O Lado bom da Vida (Ep. 4)

Um conto erótico de Garota Colorida
Categoria: Homossexual
Contém 1938 palavras
Data: 18/12/2014 10:58:19

Olha quem chegou? Euuu .... rs

Bora pro conto?

Acordei com uma puta dor de cabeça. Bruna dormia nua do meu lado, mais linda impossível. Pensei nas possibilidades com ela, mas ela merecia alguém melhor, sai de fininho pra não acorda-la. Procurei meu vestido achei todo molhado, uuh não ia por aquilo. Fui até o guarda roupas dela e peguei uma blusinha, um short, uma calcinha, um top, apenas o que eu sabia que ela não iria notar u.u .

Peguei uma folha de um caderno qualquer e escrevi :

“Grata pela noite, sua loira sexy. Tive que ir trabalhar. Nos vemos na próxima festa? Aah e a propósito você fica ainda mais linda ainda quando dorme nua. Bjos. Fernanda “

Sai peguei um táxi e fui pra casa da Re buscar meu carro. Liguei pro trabalho avisando que só iria a tarde.

Quando cheguei na casa da Re tinha algumas pessoas limpando a bagunça a maioria desconhecida pra mim. Logo vi ela na sala juntando os copos:

Eu: Oi Re tudo bom?

Re: Oi Fer, tudo certo, tirando o sono e a ressaca.- Disse dando risada e bocejando logo em seguida.- São 8 da manhã, que estranho você por aqui não devia estar trabalhando?

Eu: Vou a tarde. Vim buscar meu carro.

Re: Hm sim.

Como não tinha nada pra fazer.Tirei meus saltos, coloquei em um cantinho, peguei um dos cestos de lixo e comecei a ajudar.

Eu: Quem dos conhecidos estão aqui?

Re: Marcos, Juan, meu namorado e a Melissa.

Senti um friozinho na barriga.

Eu: Melissa?

Re: É, o namorado dela foi embora depois deles discutirem. - Deu os ombros.- Ela mencionou em uma conversa que conhecia você.

Eu: Mas alguma coisa sobre a festa que não to sabendo. - Disse tentando disfarçar meu interesse na Melissa.

Re: Fora isso, teve duas brigas, duas mulheres e dois homens se pegaram e se quebraram na pancadaria, povo agressivo. E eu peguei dois caras transando no meu quarto. - Disse irônica.

Eu: Nossa - Eu disse um pouco surpresa. - Perdi boa parte da festa então.

Re: Você saiu cedo, aliás você e a Bruna. - Me olhou com dúvida.- Vocês tem algo?

Eu: Não, não. Somos amigas.

Re: Mais vocês tem química. Aposto que se pegam as vezes. - Olhei pra ela e levantei a sobrancelha e sorri afirmando.

Ficamos conversando e limpando tudo.Quando deu 10 horas resolvi ir. Peguei meus saltos e fui até o estacionamento.

Chegando la tinha algumas pessoas limpando ainda. Abri a porta do carro, ia entrar quando recebo uma mensagem:

“ Você e suas manias de sair da cama dos outros sem se despedir. A noite foi ótima. Quero jogar papo fora. Janta comigo hoje? Espero a resposta. Bjoos. Bruna.“

Sorri e guardei o celular. Sou surpreendida quando me viro. Meu coração deu um super pulo.

Mel: Olha só. Você por aqui?

Eu: Ah Oi. Vim buscar meu carro.

Mel: Hm sim. Ainda tá me devendo, lembra ne?

Eu: É sério? Vai mesmo me cobrar? - Fiz cara de ah por favor.

Mel: Cada segundinho. - Disse e sorriu.

Eu podia olhar pra ela o dia todo, era linda e o sorriso então, nem se fala. Ela estava com um short curto, uma blusinha branca bem folgadinha, uma sandália e cabelos presos. Logo a respondi:

Eu: Marcamos qualquer hora, então. - Disse me virando pro carro.

Mel: Que tal agora? Tem algo pra fazer? - Me disse olhando fixamente em meus olhos.

Eu: Agora não. Mais a tarde trabalho.

Mel: Vamos até meu ateliê?

Eu: Aaah não pode ser outra hora? - Tava quase implorando.

Mel: Parece até que tá fugindo de mim. Não mordo não, okay. - Disse fazendo uma cara bem sinica. - Vamos?

Eu: Eu me rendo, você venceu. Vamos - Disse forçando um sorriso, na verdade eu queria correr.

Mel: Ótimo. Vou avisar a Renata, volto já.- Disse e saiu rápido.

Pensei,“ puts lascou “, eu querendo ou não me sentia atraída por ela. Mas aquilo não podia acontecer, eu não queria conviver com ela, não queria proximidade, ela tinha namorado, era hetero. Mas agora, o destino nos colocava sempre cara a cara. Ótimo.

Voltou 20 minutos depois, com calça em vez de short, colocou uma sapatinha preta com detalhes, soltou os cabelos e percebi que tinha retocado a maquiagem. Me olhou e disse:

Mel: Agora podemos ir.

Eu: Claro, entra ai. Mas antes preciso passar em casa me trocar e tomar um banho, pode ser?

Mel: Porque? Você está ótima - Disse em tom de dúvida.

Eu: Dormi fora de casa, necessitava de um banho e de roupas que fossem minhas. - Eu praticamente cuspi aquelas palavras.

Ela me olhou, percebi uma mudança ela ficou séria, e disse que tudo bem. Entramos no carro e fomos.

Não falamos nada durante metade do caminho, até eu quebrar o silencio:

Eu: Eai que tipos de quadro faz?

Mel: Aah você sabe, de tudo um pouco. - Me disse olhando pela janela.

Eu: Eu gosto de quadros. Já tentei pintar, mas não deu muito certo. Mais eu adoro desenhos. Gosto de desenhar rostos, lugares, objetos.

Mel: Sério? Adoro desenhar. - Disse um pouco mais relaxada e descontraida.

Eu: Sério. Gosto muito. Fiz até curso pra aprender direitinho.

Mel: Legal. Achei que arquitetos só gostassem de desenhar plantas de casas. - Disse tirando uma.

Eu: Ha Ha Ha,muito engraçado. - Disse olhando pra ela, enquanto ela sorria. - Chegamos. Estacionei e subimos. Entramos no meu ap e eu disse:

Eu: Quer algo? água, suco café?

Mel: Não, não. Obrigada. - Disse olhando em volta e prendendo atenção no monte de livros que eu tinha. - Nossa quantos livros.

Eu: Adoro ler. Bem sinta se a vontade. - Joguei as chaves na mesinha e fui para o quarto.

Tomei um banho breve. Peguei um short preto, uma blusa de seda azul claro, um vans, coloquei minhas correntes, deixei os cabelos soltos, perfume. Fiz uma maquiagem leve. E estava pronta.

Sai e escorei na porta, ela estava fascinada pelos meus livros.

Eu: Parece que você curtiu meus livros.

Mel: Eu adorei. Tem séries que eu já li, e algumas que eu não terminei.

Eu: Escolha um.

Mel: Não são seus. - Me disse largando um que tinha em mãos.

Eu: Vamos escolha. Qualquer um. - Disse indo em sua direção. A olhei firme.

Mel: Okay. Quero este.

A escolha dela me surpreendeu. Ela havia pego um livro de romance que contava a história de duas mulheres que sofreram muito pra ficar juntas.

Eu: Este livro é fascinante, você irá gosta.

Mel: Em breve te devolvo.

Eu: É seu. Já li umas 10 vezes.

Mel: Bom. Então, obrigada. - Me olhou sorrindo.

Eu: Vamos?

Mel: Ata, claro. Vamos sim!

Peguei as chaves e fomos. Conversamos muito durante o caminho. Estacionei e entramos.

O lugar era lindo. Tinha várias rosas plantadas em vasos la dentro. Mesas com borrões de tinta. Quadros lindos nas paredes, em pé, no chão.

Mel: O que achou?

Eu: Eu achei lindo. - Tava perdida que nem criança. Olhava tudo, atenta a cada detalhe.

Mel: Sabia que ia gostar.

Ela me olhava sorrindo, era realmente muito estranho. Todas as conversas que tivemos era assim, me sentia livre. Ela sempre me olhava da mesma forma, um olhar doce, mas ainda muito misterioso.

Sentei em uma das mesas e continuei analisando os quadros, em torno de mim. A olhei séria.

Eu: Quero ver você pintar um quadro.

Mel: O que?

Eu: Isso mesmo. - A olhei de forma desafiadora.

Mel: Okay, e você terá que me fazer um desenho.

Eu: Fechado. Você primeiro.

Ela pegou um quadro pequeno em branco, pegou algumas tintas e começou a pintar. Cada movimento era preciso, a cada segundo ela virava para trás e sorria.

Depois de 30 minutos já dava pra ver o que ela estava pintando. Era uma árvore com um galho grande, e nesse galho havia um pequeno balanço, e a frente um lindo campo vasto e verde.

Ela me olhou, pegou o quadro colocou ao meu lado na mesa, ficou próxima o suficiente. E me disse:

Mel: O que acha?

Eu: Lindo. Mas estou confusa por que um balanço?

Mel: Me sinto livre. O balanço me trás a sensação de liberdade. Me sinto assim quando estou com você.

Eu: Mas ainda não terminou não é? - Tentei fugir do assunto.

Mel: Ainda não. Quero que você venha mais vezes aqui, então vou demorar a terminar de propósito. - Disse e piscou. - Agora você. Meu desenho.

Eu: Tá certo.

Mel: Só um instante vou buscar lápis, borracha e papel. - Foi pra uma salinha minúscula que havia um pouco mais para dentro.

Voltou com um papel grande e grosso, todos os lápis para desenho e borracha.

Me levantei. Coloquei o papel em um espaço vazio sobre a mesa. Ela sentou em cima do meu lado. Peguei o lápis e comecei a desenhar seu rosto.

Fiz um desenho rápido, grande, bem desenhado mais com poucos traços. A olhei e disse:

Eu: Pra você.

Ela me olhou desceu da mesa, analisou muito o desenho do próprio rosto. Pensei até que ela não tinha gostado. Ela se aproximou e disse:

Mel: Eu simplesmente amei o desenho. - Disse quase sussurando e me olhando diretamente nos olhos.

Eu: Mesmo?

Mel: Mesmo.

Me aproximei e a olhei nos olhos. Era se como nos observassemos em câmera lenta. Eu sentia o ar da respiração dela tocar meu rosto, eu desejava beija-la. Passei minha mão pelo seu rosto, ela fechou os olhos, não pensei, fechei os olhos e fui de encontro aos seus lábios. Nos beijamos. Um beijo doce, intenso. Lábios leves, macios. A segurei pela cintura e ela colocou uma de suas mãos em minha nuca e a no meu braço.

Parei o beijo com selinhos e encostei a minha testa na dela, sorrimos.

Eu: Desculpas.

Mel: Eu também quis. A culpa não é sua. - Me disse ainda sorrindo.

Me soltei dela e virei de costas:

Eu: Preciso ir. - Disse ainda de costas.

Mel: Almoça comigo?

Eu: Deixa pra outra hora.

Mel: Certeza?

Eu: Sim - Disse virando de frente pra ela.

Mel: Bom, acho que vou ficar por aqui mesmo.

Eu: Vou pegar seu livro que ficou no carro.

Cheguei no carro e me escorei, passei a mão nos meus cabelos sem acreditar no que tinha acontecido. Bati minha cabeça na porta do carro umas três vezes. Peguei o livro e voltei para entregar e ela.

Ela estava sentada num canto onde pegava um pouco de sol, perto de um vaso com rosas vermelhas.

Eu: Está aqui - ela se levantou seu sorriso era fraco. - Tá tudo bem?

Mel: Sim. Nos vemos em breve então?

Eu: Não sei. - Disse seca

Ela me lançou um olhar de quem me pedia pra ficar. Mas fui rápida sai dali quase correndo. Meu coração saltava no peito. Minhas mãos estavam super geladas. Por mais que eu desejasse aquele beijo, não podia ser assim.

Na mesma noite encontrei Bruna. Fomos jantar em um restaurante. Conversamos bastante.

Quando cheguei em casa havia duas mensagens.

“ Me desculpa pelo que aconteceu? Melissa.“

“ Adorei o desenho. Não paro de olhar pra ele. To na casa da Re por uns tempos. Não quer vir aqui? Podemos conversar, beber, nos divertir. Sei la. Espero a resposta. Melissa.“

Resolvi dar um tempo pra pensar. Minha cabeça ainda não tava funcionando bem.

Passaram se duas semanas e ela mandava muitas mensagens pedindo umas desculpas, outras me pedindo pra ir até o ateliê buscar o quadro. Me chamava pra sair. Me ligava. A ignorei. Sempre que alguém como ela aparecia vindo na minha direção, eu corria pro lado oposto. Medo sim ou claro?

Continua.

ThisNRA, bia :3 , sizinha, porra_daniz, RafaC, Al_ obrigada pelos comentários. Vocês são uns amores. Em breve postarei a continuação.

Comentem!

Bjoos ;3

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Comentários

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Muitos comentários aqui, tenho ciumes, vou pular!

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Tensoo! Ôtima história! Você tem uma destreza com as palavras. Adoro isso! E continua logoo :D

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Muito muito interresante top muito lindo hahha..me vejo nessa historia doida p amar alguem e ao mesmo tempo medo d quebra a cara..

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Gente,criei um grupo no Facebook para publicarmos contos, tirar duvidas e nos conhecermos. Tudo no maior sigilo pois o grupo é fechado. Caso haja interesse é só entrar no link abaixo e solicitar acesso. Aguardo todos lá! https://www.facebook.com/groups/324833207714764/?fref=ts

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menina ta perfeito to achando td lindo vc escreve mto bem ansiosa cont...

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Garota você escreve muito, estou fascinada por essa historia... Perfeita continua!

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