ENRABADO PELO TRAVESTI

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2711 palavras
Data: 14/12/2014 13:57:08

O TAXISTA – Parte Dois

Eu tinha rodado a noite inteira. Aos poucos estava me familiarizando com os clientes do meu pai, assassinado com um tiro no peito quando estava de serviço como motorista de táxi. Herdei seu carro e sua praça e a cada dia conquistava nova clientela, além de estar sendo bem aceito pelos contatos antigos que constavam de sua agenda celular. Alguns ficavam indecisos, principalmente as mulheres, quando eu atendia o seu celular. Tinha sempre que explicar que ele falecera e eu o estava substituindo. Outras faziam questão de me conhecer e me falavam muito bem do meu velho.

O sol começava a raiar e eu estava ansioso para terminar minha jornada e ir para casa. Dormiria até o meio-dia, tomaria um bom banho e iria visitar minha mãe internada numa clínica psiquiátrica desde a morte do velho. Depois iria para a faculdade, onde faço Administração. O sonho do meu pai era que eu fizesse medicina. Queria o filho doutor. Mas eu nunca tive sucesso no vestibular. A concorrência era enorme e eu jamais consegui a média necessária para ser aprovado. Por outro lado, sempre achei que faculdade pública foi inventada para gente rica, que não precisasse ralar para ganhar o sustento da família. Os melhores cursos eram de dia. O pobre que precisasse trabalhar dois expedientes para seu ganha-pão não poderia frequentar as aulas, perdendo a oportunidade para quem tem pais que o sustente. Estava nessas divagações quando o celular tocou.

Atendi, olhando para o relógio. Eram quase quatro da matina. Uma voz possante pediu que eu me dirigisse ao local de sempre, pois tinha um pacote para ser entregue. Eu disse que estava substituindo meu pai, mas não falei que ele havia falecido. Houve um breve silêncio do outro lado da linha, antes que ele me desse coordenadas para chegar até onde se encontrava. Era um bar na orla de Boa Viagem, frequentado por turistas, principalmente estrangeiros. Estacionei na frente do estabelecimento e já me dispunha a ligar de volta para o número da última ligação recebida quando um homenzarrão vestido de garçom veio em minha direção. Reconhecera o táxi do meu pai e veio me dar boas vindas. Apertei a mão estendida e quase tive a minha esmagada por ela. O cara apertava com entusiasmo. Disse que gostou de mim. Perguntou se o trato feito com meu pai seria mantido e eu respondi que sim, mesmo sem saber do que se tratava. Ele sorriu satisfeito e me convidou a acompanhá-lo até o bar.

O pacote era um estrangeiro bêbado. O garçom me levou até sua mesa, onde estava debruçado e sonolento, acompanhado por uma morena tão bonita e gostosa que minha respiração ficou suspensa. Quando ela se levantou, abrindo espaço para que eu e o homenzarrão suspendêssemos seu companheiro pelas axilas para levá-lo dali, pude ver em êxtase suas curvas perfeitas. Um mulherão. Alta, bonita e elegante, com a pele bronzeada pelo sol. Ela percebeu meu interesse e deu um sorriso delicioso. Quase gozo. No entanto, tive que voltar minha atenção ao estrangeiro embriagado, que tivemos que levar até o táxi. Depositamos o “pacote” no banco traseiro e ela se sentou graciosamente ao seu lado. Depois me indicou um motel afastado do centro da cidade e rumamos para lá. Mas antes, eu teria que parar num outro bar da orla para apanhar outra pessoa. Consenti e ela pegou seu delicado celular, ligando para um número de sua agenda. Avisou que estaria chegando dentro de poucos minutos e desligou o telefone. Ajeitei o espelho do carro e vi seu olhar de desprezo para com o cara visivelmente embriagado e eu fiquei fantasiando substituí-lo lá no motel, numa noite intensa de sexo, já que não acreditava que ele seria capaz de contentar a bela e gostosa morena, tal seu estado de embriaguês.

Cinco minutos depois, paramos num outro bar da orla de Boa Viagem, bairro nobre da cidade. Já havia feito antes uma corrida até ali e percebi que era mais frequentado por homossexuais. Ao ver o táxi encostar, acercou-se de nós uma réplica perfeita da morena que acompanhava o gringo. Até as roupas que usava eram idênticas. Fiquei olhando abismado para uma e para a outra, não acreditando em meus olhos. Mas o “boa noite” dado pelo clone da morena me arrepiou até os cabelos do cu. Foi entoado numa voz tão grave e potente que me deixou de queixo caído. Respondi o cumprimento aos gaguejos, e ambos sorriram divertidos da minha cara de surpresa. O travesti pediu licença e entrou no carro, acomodando-se ao lado do cara embriagado. A morena apresentou-o como Cassandra - nome de guerra. Disse que eram gêmeos idênticos, mas ele nascera com um pinto entre as pernas. Depois se esqueceram de mim e ficaram conversando entre si, ela contando como conhecera o gringo. Ele parecia repassar tudo quanto ela dizia, até decorando algumas frases importantes. Senti cheiro de sacanagem no ar. Percebi logo ser uma dupla de irmãos golpistas. Porra, meu pai se metia em cada uma!...

Chegamos ao motel e fomos bem recebidos na portaria. A dupla parecia ser bem conhecida ali, e a recepcionista entregou-lhes uma chave sem nem perguntar que tipo de quarto os dois queriam. Estacionei na garagem do apto. 69 e o travesti me ajudou a retirar o gringo do carro e levá-lo até o luxuoso quarto. Deitamos o cara na cama, balbuciando frases desconexas. Enquanto Cassandra retirava de uma bolsa uns apetrechos de filmagem, a irmã usava dois pares de algemas para prender o cara ao móvel, deitando-o de bruços. Retirou com grande prática as roupas do cara, deixando-o totalmente nu. Depois sacou um batom bem vermelho da bolsa e passou nos lábios do bêbado. Ele pareceu-me incomodado, mas estava embriagado demais para resistir. A morena procurou em seus bolsos sua carteira e retirou todos os dólares que tinha dentro. Contou-os e dividiu-os pela metade, entregando a parte do irmão, que guardou na bolsa. Depois Cassandra despiu-se totalmente, exibindo um pau duro enorme em contraste com o corpo escultural totalmente feminino que possuía. Em seguida, se ajeitou sobre o cara abrindo bem as pernas dele. Cuspiu na mão e lambuzou o cu do sujeito. Então, enfiou-lhe aquele caralho enorme na bunda. Eu me senti incomodado e saí do quarto, voltando para o carro. Ouvi o urro medonho do cara sendo enrabado.

A morena também saiu do quarto e entrou no táxi, sentando ao meu lado. Olhava para mim com aquele sorriso sacana que eu passei a detestar. Pediu-me que eu a levasse para casa, pois estava cansada da noitada. Seguimos mudos por um bom trecho, até que ela me perguntou sobre meu pai. Não sabia que ela conhecia o velho. Contei do seu assassinato. Ela mostrou-se bastante surpresa com a morte dele. Não tinha saído nada nos noticiários. Expliquei que havia sido publicada uma nota no jornal, sem foto. Já os telejornais disseram o seu nome e não o seu apelido, como carinhosamente era conhecido pelos amigos. Então, o fato passou despercebido. Ela lamentou minha perda e até acho que vi uma lágrima escorrendo dos seus olhos, mas disfarçou muito bem. Percorremos toda a Avenida Agamenon Magalhães, ultrapassamos o limite entre Recife e Olinda e pegamos a Av. Marcos Freire, que margeia a praia de Casa Caiada. Chegamos, finalmente, em frente ao seu apartamento. Ela perguntou se eu queria o pagamento da corrida em dólares ou reais, e eu me decidi pela moeda nacional. Fez com que eu subisse com ela, para pegar o dinheiro que deixara em seu apartamento.

Assim que abriu a porta da sua residência, começou a tirar a roupa. Primeiro tirou o casaquinho vermelho que vestia sobre uma blusa de malha preta, bem curta, mostrando o umbigo, e com um decote tão generoso que parecia que os seus seios iam saltar sobre mim. Jogou ambas as peças no sofá da sala. Estava sem sutiã. Depois tirou as botas de cano longo e a calça jeans apertada que vestia, modelando suas curvas perfeitas. Ficou de costas para mim apenas de calcinha. Caminhou com seu andar felino em direção ao quarto e me chamou até lá. Eu a seguia como um cachorrinho, babando de tanto tesão. Então ela entrou no banheiro da suíte e se cobriu com uma longa toalha. Feito isso, retirou de uma das gavetas do móvel de cabeceira um monte de dinheiro e entregou para mim. Eu disse que queria apenas o valor marcado no taxímetro. Ela jogou todas as notas em cima da cama, com um sorriso sacana. Quando me aproximei para pegar o que me pertencia pela corrida, ela prendeu-me com um par de algemas à cama. Olhei surpreso em sua direção e me deparei com uma arma apontada para a minha cara.

Jogou-me sobre os lençóis e apagou a lâmpada. As cortinas do quarto não deixavam passar a luz do sol que já despontava. Ficamos numa escuridão total. Aí ela me virou, de supetão, deixando-me de bunda para cima. Juro, prezadas leitoras, que a primeira coisa que me veio à mente foi o grito do gringo sendo enrabado. Coloquei a mão livre protegendo a bunda, mas ela pegou meu pulso e me imobilizou com grande facilidade. Tentei dizer alguma coisa e ela me enfiou um lençol na boca, impedindo-me de gritar. Sim, eu ia gritar por socorro. Não queria ser enrabado. Suei por todos os poros, me debatendo, tentando me soltar. Aí senti aquela língua quente roçando pelas minhas costas, descendo até entre as minhas nádegas. Apertei-as uma contra a outra, querendo proteger meu buraquinho virgem. Então ela lambeu bem ali, me causando um arrepio misto de medo e prazer. Com certeza – pensei - ela estava umedecendo meu patrimônio para poder me enfiar sua grande trolha. No auge do meu terror, ela me virou de frente.

Meus olhos já se acostumavam com a escuridão. Procurei avistar um pênis enorme entre suas pernas e só enxerguei uma buceta raspadinha. Ela acocorou-se sobre mim e senti sua vulva abocanhar meu cacete duro. Uma xana quente e úmida, que se enfiou até o talo em mim. Senti o cano frio da arma encostado ao meu rosto. Ela gemia para que eu ficasse imóvel. Engatilhou a arma e eu quase que me borro todo. Enfiou o cano na minha boca, me fazendo doer os dentes. Aumentou os movimentos das ancas, quase me levando ao orgasmo. Então ela apertou o gatilho.

Porra, o medo que senti naquela hora foi incomensurável. Eu, já traumatizado pela morte a tiros do meu pai, quase me borro sobre os lençóis. Ela puxou novamente o gatilho e o estalido seco da arma me fez ter um intenso orgasmo. Mas ela ainda não estava satisfeita. Rindo muito da minha cara aterrorizada, começou a mordiscar meu pinto com a vulva. Colocou a mão desarmada por trás de si e massageou meus bagos, sem tirar cacete de dentro da sua buceta quente. Aos poucos, meu pau voltou a ficar em ponto de bala. Ela esticou a mão e retirou munição de dentro da gaveta do criado-mudo. Aí eu dei um pulo e saí debaixo dela. Mesmo com uma das mãos algemada, derrubei-a na cama com toda a raiva e medo que havia em mim. Aquela mulher parecia louca. Queria colocar balas no revólver para voltar a me meter medo. Dominei-a dando-lhe uma gravata, quase fazendo com que desfalecesse sufocada. Deitei-me sobre ela e forcei-a a ficar de cara nos lençóis. Ela empinou aquela bunda maravilhosa tentando impedir que eu a subjugasse. Então meu cacete duro encostou bem entre suas nádegas.

Nem lubrifiquei meu pau, enfiei-o de uma vez só no seu cuzinho apertado, de tanta raiva que eu estava dela. Nunca alguém me fizera tanto medo na vida. Achei que iria se debater para se livrar da minha pica, mas ela me ajudou a me encaixar melhor no seu buraquinho. Gemeu delirante quando eu me enfiei até o talo. Depois rebolou suavemente, até sentir-se lubrificada. Aí, fincou-se em mim num rebolado louco gritando impropérios desconexos. Eu já havia me livrado do pano que me tapava a boca. Gemi alto, sem me importar se algum vizinho fosse escutar naquela hora tão cedo. Então ela lançou um jato esbranquiçado, forte e demorado, molhando todo o espelho da cama, inclusive os travesseiros. E eu caí prostrado de lado, procurando um lugarzinho mais enxuto. Ela deitou-se perto de mim e se agarrou carinhosamente ao meu corpo.

Quando eu achei que ela estava dormindo, começou a falar com daquela forma manhosa que me deixara excitado assim que a conheci. Disse que era policial federal, assim como o irmão. O trabalho dos dois era caçar gringos que vinham ao Brasil à procura de mulheres para servirem de escravas sexuais no exterior. Enganava-as prometendo vantagens caso viajassem com eles e estas terminavam sendo vendidas para o mercado internacional de prostituição. Outros arregimentavam menores para uso de conterrâneos tarados que viajavam para cá à procura de menininhas de doze, treze anos e, além de usá-las sexualmente, ainda as fotografava para deleite de amigos depravados. A maioria desses gringos apenas queria ganhar uns trocados a mais, aproveitando-se da estadia em nosso país. Mas alguns faziam parte de um grupo organizado internacional. Esses eram presos quando descoberto seu envolvimento com a máfia internacional da prostituição. Os amadores recebiam o castigo do grupo formado por ela, o garçom do bar onde a encontrei e o irmão traveco.

Na verdade, Cassandra era considerada uma aberração da natureza. Desenvolvera formas femininas, teve os seios crescidos sem precisar usar de esteroides ou fazer implante, mas não gostava de dar o cu. Preferia enrabar a ser enrabado. Adorava estuprar machões. Frequentava bares gays por saber que estes eram os principais responsáveis em apontar crianças para gringos em troca de grana, que usavam para pagar seus parceiros sexuais.

O esquema funcionava da seguinte forma: o garçom grandalhão recebia um pedido para indicar uma vítima do sexo feminino que seria convencida a viajar com o gringo para o exterior com mirabolantes promessas de riqueza fácil. O homenzarrão ligava para a morena e preparavam a armadilha. Marcava um encontro com a policial, que se passava por uma garota ingênua. A bebida do gringo era aditivada com Rupinol, um forte medicamento para pessoas com problemas de nervos, e o cara ficava grogue. Achava que convencia a morena a ir com ele para algum motel e, no meio do caminho, o irmão assumia o seu lugar. Roubavam-lhe todo o seu dinheiro, dividindo de forma igual entre ela, o garçom, o irmão e o eventual taxista, além de Cassandra comer-lhe o cu filmando seu suplício. Depois que o efeito do psicotrópico passava, o cara via o DVD deixado por Cassandra onde estava gravado o travesti enrabando-o. A vítima jurava que estivera noite toda com uma mulher. Ficava perplexo de ter confundido com um travesti. No entanto, reconhecendo as vestes – que Cassandra usava sempre iguais às da irmã – ficava envergonhado de ter sido estuprado e nunca dava queixa á polícia. Melhor para o grupo. Sem dinheiro e traumatizado, o gringo logo voltava para seu país de origem. O trio fazia justiça e ainda ganhava uma grana extra.

Antes de finalmente adormecer a morena, que fez questão de manter sigilo sobre sua identidade e a do irmão, disse-me que foi amante do meu pai por alguns anos. Apaixonara-se por ele, que sempre a levava para casa aos fins de longas noites, depois que ela efetuava prisões ou punia algum gringo safado. Ela adorava sexo violento, e meu pai sabia contentá-la muito bem. Apesar de saber-se bela e gostosa, não tinha muitas oportunidades para namorar. Dedicava todo o seu tempo ao trabalho policial. Então, foder com meu pai era tudo que queria depois de uma noitada turbulenta. Mais uma vez fiquei abismado com essa faceta do meu pai. O velho era muito bem provido de mulheres lindas. Eu senti inveja dele. E um grande orgulho por ser seu filho.

Quando acordei, a morena já não estava no apartamento. Deixara, junto com uma quantia em dinheiro vinte vezes maior que a devida pela corrida, um bilhete agradecendo a ótima noite de amor e seu número do celular. Pedia para eu deixar a chave na portaria. Mas eu estava cansado demais para ir embora. Resolvi dormir mais e esperar folgadamente a sua volta para casa.

FIM DA SEGUNDA PARTE

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