Delírio

Um conto erótico de Fauno
Categoria: Heterossexual
Contém 1762 palavras
Data: 04/12/2014 00:11:50

A febre cedera. Já em casa, persistiam ainda as dores musculares. Eu exausto do dia de trabalho, acompanhamento na clínica e do calor intenso que, embora fosse noite, fazia àquela hora.

Deixei-a no quarto, naquelas condições físicas e de temperatura, somente de calcinha e sutiã. Mal caí sobre a poltrona da sala e a manhã se anunciava e o calor juntamente e tanto mais intenso. Fui ver como ela estava:

- Você precisa tomar um banho, veja, encharcou quase todo o cobertor durante a noite

- Não quero.

- Mas precisa, vai te fazer bem.

- Não sei se posso sequer ficar de pé.

- Vamos, te ajudo, tire logo essas roupas...

Mal havia completado a frase e ela soltou uma sonora gargalhada:

- Vais me ajudar a tomar banho? Ficou louco?

- Oras, porque não? Já fiz isso antes, qual o problema?

- Ah, por favor. Quantos anos eu tinha, nove, dez anos? - tornou a gargalhar – Completei dezoito anos, já sou adulta, lembra?

- já nos vimos nus diversas vezes, semana passada aconteceu, lembra?

- Sim, mas banho é diferente... Em todo caso, nem vai dar. Ainda pouco quis ir ao banheiro e senti tonturas, se bobear volto ao hospital hoje... - e completou rindo – tentamos mais tarde então.

Faltei o trabalho e ela dormiu placidamente o dia inteiro. Já passava das 18 horas quando chegou “mais tarde”. Entrei no quarto e já a encontrei despida sentada à beira da cama, com os cotovelos sobre as coxas e o rosto coberto pelas mãos:

- Sente-se bem?

- Sim

- Vamos então.

- Sim, mas acho que consigo tomar banho sozinha?

- Ok. Dê-me a mão!

Tomei-lhe na verdade o braço sobre meu pescoço e apenas acompanhei até o banheiro e sai. E fui tomar meu próprio banho no banheiro do meu quarto. Mal estava sob o chuveiro e ouvi um breve grito abafado vindo outro banheiro. Vi com espanto minha filha semiconsciente sob a água que continuava a cair. Rapidamente a tomei nos braços e a levei para cama. Em seguida ela acorda.

- Ai, mas que buceta, é a droga do outro medicamento, só pode ser.

- Sim eu li a bula, mas não pensei que fosse acontecer... e desde quando falas assim?

- Ah, besteira...

- Queres que vá buscar tuas roupas, ou ficas assim?

- Fico assim, ainda faz calor e... e as suas onde estão?

- Estava no banho também, quando te ouvi... Melhor que venhas para o meu quarto, tem o banheiro mais próximo e é mais ventilado, além do que dá pra deixar abertas as janelas sem que sejas vista assim nua, aqui não dá pra fazer isso.

E a ajudei para que fosse para meu quarto. Deixei próximo, para que tomasse, os medicamentos receitados para as dores e para dormir. Deitei-a despida sobre a cama. Seria a primeira noite mais insólita dos meus quase quarenta anos...

Verdadeiramente nudez nunca fora problema, estávamos sempre nus em nossa casa, em uma espécie de nudismo particular, familiar. A situação se modificou um pouco quando minha filha estava próximo de completar 14 anos de idade, com morte de minha esposa. Com a ausência da figura materna e as inseguranças relativas ao corpo em puberdade fizeram com que ela não mais ficasse despida o tempo todo dentro de casa, mas somente em algumas ocasiões, com ao trocar de roupa, sair do banheiro, etc. Eu ao contrário, costumava ficar nu pela casa ou no meu quarto. Em resumo, minha filha não andava despida, mas, sem problemas, via-me nu costumeiramente.

Agora estava ali, inteiramente despida diante de mim, dormia pesadamente. Não sei por que gênio, levantei-me para vê-la e foi como se subitamente recuperasse a visão após andar cego. Eu a vi nua, era perfeita, mas o que mais me surpreendeu, era como se os deuses tivessem esculpido a reencarnação da minha esposa ali, na minha filha! Subi a cama, os joelhos dobrados à esquerda e à direita de sua cintura. Múltiplos sentimentos tomavam conta de mim. Primeiro, via com contemplação quase artística o corpo lindo que tinha diante de mim. Havia também o sentimento mais paternal, via diante de mim algo que semelhava a uma extensão de mim mesmo, minha prole. E por fim, um sentimento quase selvagem que enxergava apenas o que ali estava, homem e mulher nus.

Tomado pelo desejo, tomei os seios róseos com ambas as mãos. Beijava-os, lambia-os, ora um ora outro, ora um ora outro, beijando e lambendo loucamente. Não me contive, beija e lambia os seios, pescoço, seios, ventre, coxas, virilha. À entrada da gruta, exitei um pouco, mas não me contive, beijava e lambia seus lábios, pequenos e grandes, clitóris, o sexo todo... beijava e lambia ensandecidamente. Sentia o cheiro de toda feminilidade que se concentrava ali. Já não era humano... mas, talvez, em um lampejo de aparente civilidade não a penetrei. Mas devorava seu sexo, ela pouco se movimentava. Me surpreendi por não esperar, enfim, naquelas circunstâncias, beber o licor dos deuses que em pequenos jorros brotava... Já não seguraria mais, em poucos movimentos, da ereção com dureza rochosa, ejaculava longe o torpor do êxtase...

Retornava a mim o que restava de pudores paternais, desorientado pelo feito. Não entendia como poderia ter em minha boca o sabor de minha própria filha. Como pude fazer aquilo. Saí. Me banhei.

Não dormi naquela noite. O sabor do sexo da minha filha não me saia da boca. Demoradamente a noite se passou. Os primeiros raios solares já apareciam quando finalmente entrei novamente no meu quarto. Já estava acordada, parcialmente coberta somente estavam os seios desnudos:

- Oi, bom dia.

Demorei um pouco para responder, mas disse:

- Bom dia querida, dormiu bem, como se sente? Não tomastes o medicamento ontem?

- Acho que estou melhor. Estes são para tomar agora – e completou - tive um sono bom, meio perturbado apenas.

- Como assim?

- Nada especial, um sonho apenas.

- Ah, bom.

- Não quer saber com o que sonhei?

- Se sentir a vontade para contar...

- Sonhei que transava com o sr. Foi estranho

- Mas que coisa, deve ter sido bem estranho mesmo

- E pensei a pouco: o senhor não tem transado nos últimos anos, depois que mamãe morreu? O sr nunca trouxe ninguém aqui.

- Nunca trouxe ninguém aqui, mas já saí com algumas mulheres que conheço, com pouca frequência, é verdade.

- E o sr pensa na mamãe?

- Não se passa um dia sem que eu pense nela.

- O sr se masturba muitas vezes?

- Mas que pergunta.

- É uma pergunta boba.

- Ok, as vezes, me masturbo no banheiro ou aqui no quarto. - o encaminhamento que se dava a conversa e a lembrança do fiz à noite não poderia ter outro efeito...

- Quando se masturba suas fantasias são com a mamãe ou comigo?

- Sim as vezes com sua mãe... mas ter fantasias com você? És minha filha.

Rindo muito ela disse:

- Bobagem, é só zoeira, eu vi que o sr tem ai uma semiereção, danadinho... vai, quer que eu termine?

- deixe de gracejos?

Ela já gargalhava alto. Em questão de segundos o que era apenas uma ereção parcial tornou-se uma ereção completa. Envergonhado, saí, fui direto ao banheiro, avisando que ia ao trabalho naquele dia.

O estresse do trabalho, e a consciência que mordia com ferocidade tornou longo o dia. Ainda assim o desejo febril ainda queimava dentro de mim de modo tal que ansiava chegar em casa. Não resisti a tentação de, duas vezes durante o expediente, ir ao banheiro e descarregar a tensão. A imagem dos seios róseos, ventre, coxas e sexo de minha filha estava logo ali... se, dizem, um homem tirou água da pedra no meio do deserto, no meu caso o leite jorrava da dureza rochosa da ereção que tive, só de lembrar da carnalidade perfeita dela. Saí do trabalho, mas teimosamente tadei a volta, gastei tempo pela rua, Já passava da 22 horas quando voltei para minha filha, para casa.

Fiquei estupefato quando ela atende vestindo apenas um vestidinho branco, semitransparente e que deixavam os seios desnudos, quase fora.

- Que está fazendo com o vestido de sua mãe, já disse que não mexesse nas coisas dela?

- Desculpe, pensei que gostaria. Vai negar que estou bonita nele?

- Está linda, mas é de sua mãe.

- Está bem, vou guardar. - Despiu-se completamente ali mesmo e saiu, voltou e me encontrou no mesmo lugar e disse: Ainda está ai paradão, anda, vem relaxar aqui no quarto.

Ajudou a me despir. Tive que pensar em mil outras coisas para evitar outra ereção daquelas. “Não está muito animado agora” – disse ela rindo – “nem estou vendo aquele pinto duro de hoje de manhã”. Não reprimi o ímpeto de tocar-lhe o cabelo, como quem já indica o desejo de receber o sexo oral. Já estava sentado, nu e ela de joelhos no chão retirando a última meia do pé esquerdo. Ela ao invés disso, me abraça e diz que me ama.

Me banhei. Jantamos juntos, assistimos um filme. E deitamos juntos bem próximos um do outro, como marido e esposa, não éramos. Toquei-lhe o braço, o ventre... toquei-lhe os seios: “amo você Carla”, “também te amo César” disse ela.

Estremeci. “Carla” era o nome de minha esposa, a tempos não era mencionado, ela era mencionada apenas como “mamãe” ou “sua mãe”. Por sua vez, muito raramente, quase nunca, minha filha me chamava por nome, mas apenas falava “sr.”, “pai” ou “papai”. Somente minha esposa me tratava por “César”. Que se passava ali eu não compreendia.

Ela se vira para mim, beija-me o rosto, e diz novamente “te amo muito César”. Eu já a abraçava fortemente, afagava-lhe as costas e bunda. Já nos beijávamos...

- Não posso. – eu disse afastando ela – Não posso fazer isso.

- Mas você quer, César? Seu pênis diz que sim, e muito. Você me quer. E estou certa que você conhece muito bem qual o sabor da minha pele, sei que tem nos seus lábios, o sabor dos meus, os de cima e os de baixo.

Silêncio sepulcral... Deitei-me junto dela... sentou-se sobre mim, beijou-me lubricamente, já não éramos mais humanos. No calor dos desejos, iniciamos a dança, a mistura de suores e fluidos, grito e gemidos abafados.

***

Foi longa a noite. Um vizinho apenas viu antes do sol raiar, no interior da casa, um “pequeno clarão”. Todo aquele delírio, a consciência nem sempre suporta. Pela manhã, César, com muito vagar arrumou-se para ir ao trabalho. Sua filha, despida, dormia pesadamente. Ele a beija, se despede e sai.

Dobra a esquina, já ouve o som dos carros. Toma a rua principal e cruza com a polícia que fazia dez minutos que havia chamado, o socorro médico seria sem efeito. Talvez o expediente na firma não se prolongasse muito...

Agora via com felicidade a imagem da esposa.

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Comentários

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Morri de ri aqui, Jinx, com esse teu "Curti, essa escrotidão", hehehe valeu. Wonderfull, acho que não vai ser possível. Obrigado a todos.

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Mas... Que porra é essa? Curti, essa escrotidão.

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