Azul do Céu - Maria (3)

Um conto erótico de T_mis
Categoria: Homossexual
Contém 2593 palavras
Data: 20/12/2014 23:19:32
Última revisão: 07/01/2015 22:42:50

-Prazer. - e dei um sorriso. Na verdade, eu estava prendendo o risco da cara de besta dela, e sei o porquê disso. Eu sei que sou bonita, tanto que isso me rendeu os trabalhos de modelo. Mas às vezes isso me incomodava , porque as pessoas me julgam muito pela aparência e não esperam conhecer a pessoas. Então sempre acham que eu sou esnobe, metida, sem conteúdo só por conta da minha beleza. Odeio isso.

Apresentações feitas, fomos todos pra sala. No meio da aula, recebo várias mensagens de Roberta me pedindo desculpas e pedindo pra conversar, e algumas da minha prima também, que falava que não tinha a intenção, que foi tudo impulso, carência e mais sei lá o que ela falou porque não quis mais ler nada dela. Aos poucos fui lembrando do que tinha visto e as lágrimas vinham junto, mais dessa vez as lágrimas era de algo mais. Algo me dizia que talvez eu ainda tivesse algum vestígio de sentimento por ela. Não queria aceitar aquilo, não podia aceitar, depois do que VI e de tudo que me falaram que ela fazia. Meu caderno já estava inundando de tantas lágrimas e eu lá discutindo, não sei porque, com a Roberta ainda. Finalmente a aula acabou, mas eu não conseguia pensar em mais nada. O pessoal desceu e fui pra cantina e ficaram conversando mais dois meninos que depois vieram me apresentar como o Fernando e o PG. Fiquei num canto remoendo os pensamento e notei que a Tah me olhava de vez em quando. "Aposto que daqui a pouco tá me chamando pra tomar alguma coisa, chamar pra sair, ficar de conversinha besta, só pra se aproximar." pensei. É sempre assim, sempre tem alguém querendo me por na lista da pegação. Depois vi que ela foi falar alguma coisa com Camile, que olhou pra mim e veio na minha direção.

Camile - Num vai me dizer que tá assim por causa daquela piranha?!

Eu - Não é isso, Milis. - e segurando o choro.

Camile - É o que então?

Eu - Talvez eu ainda goste dela - desabei - Por que isso ainda, cara?! - choro eterno. Renato Russo falou tudo quando disse "e quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?"

Mile me abraçou bem forte, um dos abraços que eu mais gosto. Me tranquilizei um pouco e fomos ver quais era as próximas aulas. Eu e Camile vimos que não teríamos a próxima aula juntas, nem com o Gomes, então fui pra sala sozinha. Quando cheguei, vi que a Tah estava lá. Fiquei pensando que agora pouco talvez ela estava olhando pra mim,não por está interessada em mim, mas sim preocupada, ai falou com Mile. Resolvi me aproximar pra ver se realmente era isso ou ela era igual a todas.

- Oi. - ela estava mexendo no celular e não me viu chegando, levando um pequeno susto.

- Oi, não sabia que vc faria essa matéria, senão tinha te esperado.

- Eu vi agora também. - Forcei um sorriso simpático, mas estava tão pra baixo que minha boca nem me obedeceu.

Ela - Tá tudo bem? - Eu devia tá com a cara péssima mesmo pra ela me perguntar aquilo. Não sabia responder. Não sabia se respondia que sim, porque tinha acabo com aquilo tudo com a Roberta, ou se dizia não, por não saber se realmente estava bem com aquilo. Acho que ela adivinhou a guerra na minha cabeça e me ofereceu um trufa. Agradeci e tentei dar outro sorriso mas não consegui de novo.

A aula começou e eu sentei do lado dela. Por um tempo fiquei nos meus devaneios pra ver se meu coração chegava a uma conclusão, mas não tive muito sucesso, então resolvi prestar atenção na aula. Às vezes notava que a Tah tentava em espiar de canto de olho. Chegava a ser engraçado isso. O professor passou um dever e eu fui tratar de me concentrar só nele. Tah estava fazendo ele também mas depois parou pra responder alguma coisa no celular. A aula acabe e eu não tinha terminado o dever. O professor fala que pode ser feito em casa, sendo individual ou em dupla e entregasse na próxima aula.

- Vamos? - me dirigindo a ela.

- Sim. A escandalosa e o projeto de viado estão aí fora esperando a gente. - Eu não pude conter o riso nessa hora. Achei que só eu achava o Gomes meio viado.kkkkkkk

Nos encontramos e fomos pegar o carro. Chegando no estacionamento, escuto alguém me gritando e pela voz já sabia quem era.

- Maria, espera! - olho pra trás e vejo Roberta correndo ao meu encontro.

Eu - vai embora!! Aproveita e toma essa porcaria. - e joguei a aliança que eu tinha entregue a ela. Confesso que senti um certo alívio de ter tirado aquilo.

R - não faz assim. Me escuta. Não é nada disso que vc tá pensando.

Eu - não quero mais saber das suas mentiras, Roberta! Já vi tudo que tinha que ver. Só queria saber por que precisava daquilo? - Recomecei a chorar. Acho que era isso que estava me incomodando. O por que daquilo? O que eu deixei de fazer pra ela procurar outra pessoa?

R - Calma, Maria, que se a gente parar pra conversar, a gente se entende. - Lá no fundo acho que eu já tinha a resposta daquilo. Pra mim um namoro tem que ter uma ligação entre as duas pessoas, um cumplicidade e companheirismo. Eu me importo mais com a essência do que com o carnal. Roberta provou que não pensava o mesmo.

Virei as costas e perguntei pra Tah se podíamos ir logo. Não queria mais ficar ali perto daquela garota. Mas quando eu estava quase dentro do carro, Roberta me puxa gritando

- Vc não vai me deixar falando sozinha! - e antes mesmo que eu falasse alguma coisa, Camile já foi em minha defesa jogando ela no chão, e gritando com ela pra não me tocar mais. Roberta ficou por conta e saiu dali e entrou no carro dela.

Saímos de lá, todos alterados por conta do que tinha acontecido. Finalmente chegamos na minha casa. A Tah fala

- Não sei o que aconteceu, mas vc sabe que vou estar aqui quando precisar.- faleu pra Camile. - Isso vale pra vc também, Maria. - Pela primeira vez na noite eu deu um sorriso sincero e sem esforço. Eu tinha conhecido aquela garota naquele dia mas ela já estava se mostrando uma companheira e tanto.

Os dias foram se passando até que tranquilo em relação a Roberta ou Vanessa, durante esses dias acabei me aproximando de Tah. Pequenas coisas como, lembrar dos meus remédios ou me encher o saco por causa de casaco, era cosias simples, mas que estavam me encantando e me fazendo acabar com aquela guerra no coração que eu até então estava tendo. Mas eu não podia demonstrar o que estava sentindo, pois ela estava fazendo um papel de amiga. Gomes e Camile, e até PG e Fernando, estava cuidando de mim, mas a diferença era que os outros me tratavam como criança, me negando quase tudo que queria fazer que exigisse algum esforço que fosse. Eu sei que não podia me esforçar ou me abalar de alguma forma, mas aquilo já estava me irritando. E a Tah não era assim. Ela cuidava de mim para eu fizesse tudo que eu queria, mas no meu limite. Mas o auge do meu encanto por ela foi quando ela me levou pra um lugar que parecia um penhasco, e naquele momento estava tendo o pôr-do-sol. Sentamos em uma pedra.

Ela - Maria, vc sabia que isso que tudo é seu?

Eu - Como assim?

Ela - Eu acredito que as pessoas não notam o que tem até ver que vão perdê-las. Nós nascemos com o mundo nas mãos para explorá-lo ma ninguém nota isso e fica só no seu mundinho, esperando uma hora certa pra fazer isso, até que algo acontece e mostra que a pessoa tinha tudo nas mãos mas nunca soube aproveitá-la. Assim também são com as pessoas ao nosso lado e as que nós amamos. Elas sempre tão ali com vc, até que um dia não está mais. - Ela ficou me olhando mas não sabia se estava esperando eu falar alguma coisa ou apenas me fitando. Aquilo tudo fez total sentido pra mim. Eu tinha tudo que eu queria e podia fazer tudo que eu quisesse, até a doença vir e me mostrar que eu nunca tinha dado o total valor as coisas e pessoas, mesmo eu sempre estando com elas.

Tah - Eu sei que vc fica irritada com aqueles cuidados todos do pessoal. Mas não fiquei, porque eles estão sentindo isso o que falei agora. Mas, ao contrário deles, eu quero que vc aproveite tudo que vc pode fazer agora, e não ficar limitada como eles fazem como vc. Vc pode e deve aproveitar as coisas boas da vida, só precisa saber seus limites. E eu, pessoalmente, sempre vou me esforçar pra ver esse azul brilhar.

Não pude deixar de dar um belo sorriso. Sempre quando nós conversamos ela sempre olha intensamente pra mim, pros meus olhos. A herança de papai sempre fez sucesso kkkk. Tudo aquilo que era estava dizendo me fez pensar mais sobre o que eu sentia por ela. Eu estava realmente gostando dela e não poderia esconder isso. Eu via que sempre tinha algumas meninas em cima dela. Eu iria arriscas a receber um não do que ficar com aquele SE pro resto da vida.

Na faculdade foi tudo calmo, até a hora da saída quando vou ao banheiro e Roberta me agarra, me beijando. Não senti nada, não correspondi. Aquilo foi mais uma prova que Roberta e nada eram a mesma coisa. E desvencilhei dizendo

- Nunca mais toque em mim!! Depois de tudo que nós passamos vc teve coragem de transar com minha própria prima!! Tenho nojo de vcs duas!!! Nunca mais quero olhar na sua cara, piranha!!! - e quando eu ia saindo, sinto ela me agarrando pelo braço num minuto e no outro estava no chão com o rosto ardendo. Não estava acreditando que ela tinha me batido.

Roberta - Nunca mais ouse me bater, garota. Depois que conheceu aquela tal de Tah, nunca mais parou de correr atrás dela. Agora eu vejo que a melhor coisa foi ter te largado. Tua prima é muito mais gostosa que vc, até porque consegui com ela o que vc nunca me "deu", né. Cansei disso tudo. Vc é gostosa, mas beijos e abraços minha mãe já me dá. Pode ficar tranquila que eu não vou mais te perturbar. - Mal ela virou e vi alguém dar um soco nela. Levantei e pude ver que era a Tah. Ela devia estar me procurando por eu está demorando. Roberta começou a falar um monte de besteiras e tomou outro soco.

Tah - VC NÃO É NINGUÉM PRA FAZER ISSO COM ELA, ROBERTA. ALIÁS, VC NÃO É NINGUÉM, APENAS UMA PESSOA POBRE DE ESPÍRITO, QUE NUNCA IRÁ VALORIZAR O QUE TEM!

Foi tudo tão de repente. Eu comecei a me sentir mal, me sentir tonta. Só lembro que as duas estava no chão brigando depois Camile estava batendo no meu rosto, Gomes me gritando. Acordei no que parecia um dos laboratórios da faculdade. Nando, PG, Mile e Gomes estavam me olhando apreensivos.

- O que aconteceu? Onde está a Tah? - já levantei perguntando. Camile tentou me fazer deitar de novo mas não deixei.

Gomes - Ela está na direção conversando sei lá com quem pra explicar o que houve. Foi um porradeiro e tanto. A Roberta saiu daqui desmaiada. Como tá se sentindo?

Não respondi, só chorei por lembrar do que Roberta tinha falado no banheiro.

Camile - Se acalma. Sua mãe falou pra levar vc logo pra casa. Não falei do seu desmaio só do resto.

Eu - Ah que legal. Agora ela vai querer me internar de novo, se bobear.

A porta se abre a Tah entrou. Estava com o olho roxo e uns cortes no rosto e o supersilho rasgado.

- Ei, fica assim, não. - e passou a mão no meu rosto e colocou um mexa de cabelo atrás da minha orelha.

No fim de tudo isso, estávamos todos na porta da minha casa, com minha mãe me abraçando e meu pai agradecendo à Tah por ter espancado a Roberta. Tranquilizei Camile e Gomes e pedi pra Tah dormir lá naquela noite. Ela iria fazer trabalho comigo mas com o que aconteceu talvez ela não ficasse. Ela aceitou, Mile e Gomes foram embora com o carro da Tah e nós quatro entramos. Fui direto pro meu quarto tomar um banho, mas antes disso meus vieram atrás de mim me enchendo de perguntas pra ver se eu estava bem mesmo. Minha mãe saiu pra falar com a Tah e pai ficou pra falar que não queria mais saber da Roberta e talz. Conversamos mais um pouco, pedi pra ele chamar a Tah e ele foi embora. Tomei meu banho e fiquei esperando a Tah sentada no meu cantinho no chão.

- Maria? -

- Estou aqui. Senta aqui comigo. - seria naquele dia mesmo que eu ria falar tudo que estava sentindo. Eu não tinha mais dúvidas. O que eu sentia, não tinha sentido por ninguém antes, nem pela Roberta.

Eu - Obrigada por hoje. Vc tem se tornado uma pessoa muito especial pra mim, Tah.

Ela - Que bom, porque vc já é especial pra mim desde que te vi. - "Ain num fala assim" pensei. Deu um sorriso.

Eu - Eu queria te dizer uma coisa, mas não sei se...talvez seja melhor... - na hora me deu um frio na barriga, várias dúvidas se ela queria tbm. Ela perguntou se tinha alguma coisa ruim pra contar e eu falei que não. Nessa hora ela segura meu rosto e me beija. Fui no Céu e voltei. Era diferente de qualquer outro que eu havia dado. Era calmo mas com muito desejo. Me ajeitei no colo dela e continuamos nos beijando até faltar fôlego, então nos soltamos e eu disse

- Tah, eu não consigo mais esconder o que sinto por vc. No começo achei, que era carência por estar saindo de um relacionamento ruim, mas depois vc foi se mostrando uma pessoa com todos os atributos que sempre busquei em alguém. Mas ai fiquei com medo que isso não fosse recíproco, até hoje, quando vc rolou no chão com aquela garota.

Ela - Olha, eu não sou boa em fazer declarações mas só posso te dizer que se vc me aceitar vou fazer tudo pra ver sempre esse sorriso que me encantou desde o primeiro dia que te vi. Eu sei que vc está desiludida com o amor, e deve estar ainda com medo de sofrer de novo, mas me de uma chance de te mostrar que eu, sim, vou dar valor aos seus sentimentos. - Realmente eu estava desiludida e com medo de me machucar, mas ela sempre me trazia paz e cuidava de mim. Eu estava disposta a arriscar, então falei - Espero que vc se esforce bastante, então, porque sou exigente. - e deu outro beijo nela.

Ela - Então vc aceita namorar comigo?

Eu - Sim, eu aceito. Mas vc precisa fazer uma coisa antesTá ai, minha gente, mais um parte da versão de Maria. Vcs devem encontrar uns errinhos ai mas relevem, por favor kkk. Tá bem grande porque é a ultima parte então pra quem gosta, tá perfeito ne kkkk. Um bjs a todas(os) que leem e obrigada as meninas que comentam. E Mm, foi coincidência kkk depois que fui ver seu nome kkk e que bom que esteja gostando. A Marcele vai ter mais o que mostrar pela frente. bjs

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Comentários

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Bom de mais as duas versões amei sou hetero. mais gosto de contos lesbicos ... não tenho nem um relato ainda mais assim q.poder conto

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