VIADINHO MALVADO 10

Um conto erótico de DUQUE DE SAXE
Categoria: Homossexual
Contém 3877 palavras
Data: 28/11/2014 19:55:45

(...) Minha casa estava silenciosa e quente devido a todas as janelas fechadas. Fui para meu quarto, querendo tomar um banho e dormir, já que tinha passado a noite em claro tomando literalmente no cu, e tomei um susto! Não havia nada fora do lugar, meu quarto estava do jeito que sempre o deixei, mas minha cama e meus lençóis estavam revirados... Em cima da cama tinha uma cuequinha azul bem pequena, do tipo que gosto de usar... E ela estava melada, toda lambuzada de porra... Alguém entrou na minha casa, pegou minha cueca e se masturbou com ela! Quem teria feito algo assim?

Ai, ai, ai... A cada dia eu tinha mais preocupações! Mas, enfim, por maiores que sejam os problemas, a prioridade é botar o sono em dia, pois a noite foi longa. Tirei toda a minha roupa e, peladinho, arranquei os lençóis usados da minha cama e dormi direto no colchão.

Acordei algumas horas depois, já revigorado e disposto, comi muito e fui mexer nas minhas redes sociais. No facebook eu já fui direto na página do Luís. Sua foto de perfil o mostrava com um olhar safado, um sorriso torto e uma praia linda ao fundo. Era impossível ver aquela foto e não se lembrar do tão delicioso que ele era. De como era mágico ser penetrado por ele, sentir seu beijo, sentir seu amor... Eu tenho ótimos parceiros de sexo, mas com o Luís eu tinha um sentimento tão intenso, como a explosão de uma estrela. Era algo muito forte, difícil de superar e de esquecer. Era também difícil de apagar da minha memória que ele comeu outro viado na minha frente! Tem coisas que a gente sabe que acontece, mas quando vê... aí que a ficha cai! E ele ainda enfiou aquele pau sujo pelo cu de outro viado na minha boca... Foi uma humilhação excessiva! Eu até poderia perdoá-lo, mas até lá... Merdaaaa! Acabou aparecendo uma atualização no pefil do Luís: era uma foto que ele postou ontem a noite: estava num restaurante chique, com uma loira peituda (aposto que é silicone!) que eu não conhecia; ele era mais velha e muita alta, tinha cara daquelas modelos esquálidas que vem lá do Sul... Na mesma hora peguei meu telefone, achei um selfie que tinha tirado dia desses com o Teco, em que ele estava sem camisa, mostrando seu peitinho sarado, abraçado comigo e me dando um beijinho na bochecha. Era uma foto bem fofa! O sol se refletia nos pelinhos e cabelos do Teco deixando ele quase loiro! Pronto! Postei! Na legenda coloquei uma frase filosófica sobre a amizade e enchi de emotions... hahaha!

O dia continuava quente, eu continuava pelado, curtir uma piscina seria uma boa. Se, pelo menos, eu tivesse certeza que o Betão estaria em casa sozinho. Seria bom me distrair com ele e fazê-lo de bobo, mais uma vez, mas ter que aturar aquele viadinho do filho dele... Lembrei-me que minha “amigona” Bruna, morava na cobertura, devia ter alguma piscininha lá. Digitei: “Gata, tô aceitando convites para um banho de piscina” e enviei para o whats dela. A resposta foi rápida: “Vem pra cá”.

Coloquei uma sunguinha bem apertada, para valorizar ainda mais meu bumbuzão, vesti um short, camiseta, chinelos e enfiei óculos, protetor e boné numa mochila. Quando já estava com o pé na porta para sair, a campainha tocou.

- Puta merda! Hoje é sábado! Deve ser alguma testemunha de Jeová querendo torrar meu saco! – xinguei em voz alta. Abri a porta sem nem olhar pelo olho mágico e tomei um susto violento. Quem estava ali era o Luís!

Eu não conseguia falar nada. Minha boca estava aberta, meu queixo caído. E o Luís ali, na minha frente, a poucos centímetros de distância. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sentia meus batimentos acelerados. Eu fiquei sem chão. Segurava a maçaneta da porta com força para não cair. Eu o fitava desconcertado, em transe profundo. Eu deveria até sentir um pouco de medo, tendo em vista minhas últimas atitudes. Mas, fiquei ali: congelado, feito uma pedra da Antártida.

- Oi leke – ele falou devagar, parecia estar meio lerdo. Seu cabelo loiro brilhava no sol. Sua camiseta era num tom dégradé cor-de-rosa e ele usava uma bermuda surfista preta simples. Seu cheiro era sempre bom e trouxe-me lembranças de momentos felizes...

- Oi... você aqui... – consegui dizer hesitante.

- Será que eu posso entrar? Tem mais alguém aí?

- Entrar? Aqui? Hã? ? ? Não, não eu tô sozinho... – ele passou pelo espaço que havia entre o vão da porta e meu corpo.

- A gente, tipo, precisa conversar... – eu voltei a ficar petrificado – tá calor... pow, tá quente para caralho... – ele tirou a camisa – tem problema eu ficar assim? – vi, extasiado, seu peitoral definidinho que eu adorava chupar e os gominhos da sua barriga, bem como a série de pelos lisinhos e loirinhos que começava logo abaixo do seu umbigo e desciam até... bem, vocês sabem - Acho que não, né? – ele chegou mais perto de mim – Cara, a gente sempre se deu bem e tivemos um lance tão legal... – percebi que ele olhava para mim com certa malícia – por que terminar assim? Vamos tentar de novo?

Ele me puxou e me abraçou. Eu não tive tempo de reagir. Nem tive vontade de reagir. Senti seu toque, seu calor, sua pele e seu cheiro. Era tudo que eu queria. Tudo que eu vinha desejando era ter ele de novo. Viver, sem ele, era algo tão sem graça. Eu precisava dele. Eu o amava. Ele me irritou, humilhou e me zoava sempre, mas ele era meu amor... Ah, como era bom o seu abraço. Percebendo que eu não ofereci resistência, ele se inclinou e me beijou, um beijo leve, devagar, sem grandes afoitos, um beijo doce, quase puro. Mas, um beijo que trouxe de volta a luz para a minha vida.

- Luís, pow, eu te amo tanto... tanto... e você sempre acaba comigo... cara, precisava ter pego o Gilsinho na minha frente... pow, sacanagem demais – eu dizia sem parar de beijá-lo.

- Cara, você tem que entender que sou macho e macho age assim – ele começou a morder e chupar minha orelha, me deixando louco de desejo para arrancar a roupa dele.

- E aquela vadia que você saiu ontem? Quem era ela? Alguma amiguinha? – quando um gay diz “amiguinha” quer dizer piranha ou prostituta.

- Cara, sem essa vei. Tipo, nada a ver, saca... ow a gente esquece o que passou ou... tu, também mano... pow, que vacilo vei, me trocar, eu, logo eu... pow, me trocar por aquele mecânico... – ele começou a gargalhar – tu deve ter problema de cabeça! Olha pra mim cara, como que tu faz uma coisa dessas? Tu ficou doido! Só pode ter ficado maluco... – e continuava rindo. Eu fechei a cara não gostando nem um pouco do jeito que ele falava do Teco – cara, aquilo lá é um leke escroto, pobre, sujo, feio, fedido... É com esse tipo de gente que tu tem andando? É isso que tu quer? Pow, sei lá, se fosse com outro cara, mas aquele lá! Um mecânico! Ah, que isso vei... toma juízo, pow...

- Para de falar assim dele! Ele... ele... ele.... é... meu amigo!

- Amigo! Sei! Conta outra cara! Aquele favelado só quer sua grana, é isso que os caras querem de viadinhos feito você! Dinheiro! Pow, ficar postando fotinha abraçada com um mecânico! Porra! Coisa de doido isso, vei! – lembrei-me do Teco recusando peremptoriamente o dinheiro que lhe ofereci... Recordei-me também dele me ajudando sempre que pedi, do carinho que tinha comigo, da forma como se preocupava em me dar prazer...

- E o que você quer de mim? Não é dinheiro, também? Não é disso que você gosta? – comecei a ficar nervoso com o comportamento do Luís.

- Gosto mesmo e não nego! Mas, pow, olha pra mim – ele abriu os braços e deu uma volta devagar na minha frente exibindo cada músculo do seu corpo – você prefere aquele bagulho do que eu? E outra: viado tem que obedecer teu macho, que mal há em você me fazer um agrado? O problema não é você dar dinheiro pra ele! É isso que os machos esperam de viadinhos feito você – o olhar dele foi ficando mais duro – O problema, leke, é você trocar eu, eu, olha bem pra mim – ele dizia enquanto batia no próprio peito esculpido em academia – por aquele verme nojento. Esse é o problema! Esse é o seu problema!

Eu fiquei bestificado com tamanho absurdo. Perdi a voz de novo. Luís continuou a falar sem parar:

- Vamos voltar a ser como era, ok? Eu não te deixo faltar pistolada e você não vacila mais comigo. E esquece aquele cretino, aquele vadio, aquele sem vergonha do mecânico... combinado?

Andei decidido até o Luís, que já tinha se distanciado um pouco, pois falava e andava sem parar pela sala da minha casa.

- Isso é a minha resposta – e esbofeteei com toda a força que eu tinha o rosto dele. Senti sua barbinha crescida irritar minha pele, daquele jeito que me excitava tanto. Ele ficou chocado. Levou a mão ao rosto e ficou me olhando sem acreditar que eu tinha lhe dado um tapa, bem forte, bem no meio da cara – E isso é por falar todas essas barbaridades do Teco – e lhe dei uma joelhada bem dada no pinto. Fiquei com remorso de estragar sua pica, mas, nessa altura, nem estava ligando muito para isso. A cada dia eu conhecia um lado mais desprezível do grande amor da minha vida.

Luís segurou o pau com as duas mãos, gemendo de dor, mas logo se recuperou e voou em cima de mim, me derrubando no chão e me imobilizando. O primeiro soco atingiu a parte de cima da minha sobrancelha. Senti o sangue escorrer. O outro acertou meu maxilar. Eu não conseguia gritar porque ele tampou minha boca com a mão livre e me imobilizava usando suas pernas e o peso do próprio corpo. Ele me virou no chão e continuou me segurando firme. Desceu minha bermuda, tirou minha sunga apertada com certa dificuldade, deu duas palmadas fortes na minha bunda e começou a dedar meu cu.

- Teu viadinho! Tu vai aprender que viado tem que obedecer nem que seja na marra – e continuava socando e tirando seu dedo, grosso e seco, do meu cu. Para ser sincero, eu não saberia dizer se estava ou não gostando – Viado – ele dizia bem perto da minha orelha – serve pra isso – e ele afundava ainda mais o dedo dentro do meu cu, enquanto me dava outra palmada – Agora me fala, cadê sua carteira? Hein viadinho, responde! – ele insistiu na pergunta enquanto puxava meus cabelos e me fazia gemer em silêncio de dor.

Ele percebeu minha mochila no chão e me largou. Eu já não oferecia mais resistência. Estava machucado, no corpo e na alma. Ele revirou minha mochila, pegou todo meu dinheiro, xingou alguns outros palavrões e saindo batendo a porta com força. Escutei o carro dele acelerar cantando pneu. Eu fiquei ali sozinho, machucado e triste no chão da minha casa, com a bunda a mostra, com a marca dos dedos deles e com o rosto todo desfigurado. Chorei de dor, raiva e vergonha. Fui rastejando até o andar de cima e me enfiei debaixo do chuveiro. Continuei chorando ali no chão do banheiro, enquanto a água quente diminuía minha dor física e minha alma ficava mais e mais dilacerada.

Cerca de uma hora depois, após um longo banho quente, deitei na cama com uma bolsa de gelo onde havia sido socado, rezando para não ficar com hematomas. Minha cabeça doía muito e eu tomei vários analgésicos.

Tive muita vontade de ligar para o Teco. Sabia que, do jeito que ele vinha agindo, ele mataria o Luís com facilidade. Mas, me contive.

Meu celular vibrou. Mensagem do Luís. Curta e satírica: “Volto qualquer dia pra pegar mais grana”. Veio uma foto junta: Luís sem camisa, com a bermuda preta que estava usando, uma lata de cerveja na mão e uma piscina no fundo. E na piscina, em um colchão inflável, tinha um menino magro, com o cabelo caindo no rosto... o Claúdio! Voltei a chorar, agora de raiva!

Minha tarde de sábado foi consumida na tentativa de conter os estragos que o Luís fez no meu rosto. Ficaram poucas marcas felizmente. Cobri-as com maquiagem. A noite estava fresca e agradável, diferente do dia quente e sufocante que tivemos. Coloquei uma roupa legal e saí.

Moro numa cidade serrana que recebe um bom número de turistas, não é uma grande cidade, é de porte médio; mas, nos finais de semana, principalmente, sempre tem muitos rostos novos. Aqui tem muitas trilhas, cachoeiras, serras e outras paradas naturais... É legal morar aqui, eu gosto. Mas, o bom mesmo é sempre ter caras diferentes e com dinheiro para gastar dando mole por aqui.

Peguei um táxi e pedi para me levar até uma área mais boêmia numa parte mais afastada. Ali havia alguns barzinhos e restaurantes discretos, nesses lugares iam muitos casalzinhos. Não era o que me interessava. Eu fui numa boate que havia ali nos arredores. Um dos seguranças era um “velho conhecido” (cliente do passado) e liberou minha entrada.

Tudo que eu queria era beber, dançar e zoar. Sim, eu queria dá o cu também. Dessa vez não pelo dinheiro, mas por vontade mesmo. Sempre que fico puto ou triste me dá um tesão desgraçado. Eu queria sim sentar em cima duma piroca grossa e dura, mas, primeiro, eu precisava beber. Não tinha esse hábito. Era algo que fazia esporadicamente, mas vocês sabem que tem coisas que só o álcool resolve.

Estava lá virando mais uma tacinha de champanhe, quando alguém se aproximou por trás.

- Eu te conheço – ele disse se sentando ao meu lado.

- Jura? Não tô lembradoamigo meu já saiu contigo. Ele me contou que tu é um furacão na cama.

Olhei bem para a cara dele. Era um homem alto, talvez 1,85 m, magro, cabelo preto liso, já com alguns fios grisalhos, devia ter cerca de 35 anos.

- Ele deve ter te contando outras coisas também... – insinuei.

- Só dizer o seu preço – respondeu objetivo.

- R$ 300,00, mais a grana pra voltar de táxi.

- Vamos embora! Vem... – ele se levantou e eu o segui.

O desconhecido me levou para um chalé numa pousada. Era um lugar romântico e bem decorado. Todavia, eu estava ali a trabalho. Ele abriu uma garrafa de vinho e me estendeu uma taça. Virei de um gole só. Ele encheu de novo a taça e tirou a blusa, ficando só de calça. Eu comecei a tirar minhas roupas, mas tive dificuldade. Estava começando a ficar meio tonto. Ele ligou o som e começou a tirar o cinto e a calça. Vestia uma cueca tipo sunga branca. Havia uma mancha em sua cueca, sinal que seu pau já estava babando.

Larguei meu copo e fui até ele. Ele segurou minha cabeça e me empurrou para baixo. Abri a boca e engoli. Mamei gostoso aquele cassete que eu nem sei dizer se era grande ou pequeno. Simplesmente estava ali na minha frente e eu chupei. Ele começou a fuder minha boca. Fuder mesmo. Tirava e colocava rapidamente. Dava tapas em meu rosto, me chamava de putinha e gemia alto, enquanto apertava os próprios mamilos. Eu estava vendo tudo meio embaçado. Não conseguia enxergar com nitidez, mas me empenhava para fazer o melhor. Chupava toda aquela pica com uma vontade enorme, como se eu quisesse arrancar a alma dele pela cabeça do pinto. Comecei a mamar suas bolas e passei a punhetá-lo. Ele derramou um pouco de vinho no próprio pinto e eu sorvi aquele liquido adocicado com desespero. Ele também bebia. E continuava batendo de leve no meu rosto. E seu pau ia ficando maior. Nossa estava grande demais. E tinha dois. Dois cassetes. Será que eu bebi tanto assim? Eu nunca tinha visto um homem com dois pênis. Olhei para cima, e vi que ele revirava os olhos de prazer. Estranho, ele estava com o cabelo vermelho agora... O cabelo dele não era preto?

O cassete entrava e saía da minha boca cada vez mais rápido. Eu babava bastante e sentia meu estomago se revirando. Os pentelhos do cara eram ruivos também e ele era muito sacudo. Mas, tinha hora que parecia que suas bolas encolhiam e seu saco ficava menor. Senti que o cara ia gozar. Seu pau engrossou e começou a vibrar na minha boca. Preparei-me para receber seu leite. Ele segurou minha cabeça com as duas mãos e me imobilizou. A porra dele desceu queimando pela minha garganta. Era uma gosma ardida e com cheiro forte. Ele tateava meu rabo com os dedos. Acho que devia ter três mãos... Afinal duas seguravam minha cabeça e tinha outra no meu cu. Em instantes senti meu cu melado. Parecia que havia porra nele também.

Levantei-me com dificuldade e tentei focar minha visão. Tudo que eu via era o cara do cabelo preto liso, só que em dose dupla. Quando eu piscava os olhos parecia que o cabelo dele ficava vermelho. Tomei mais vinho. O jeito era manter-me alcoolizado.

O cara veio até mim e enfiou suas duas línguas na minha boca. Eu gostei da sensação e comecei a tirar minha roupa. Ele estava mais apressado... Rasgou minha camisa e começou a morder, chupar e lamber meus peitinhos. Ele agora tinha duas cabeças: uma com cabelo preto, outra com o cabelo vermelho. Cada cabeça chupava um mamilo meu. Eu comecei a ter dificuldade para ficar em pé. Ele pegou a garrafa de vinho e virou na minha boca. O quarto foi escurecendo e eu fui ficando enjoado. Já tinha tomando analgésicos durante o dia e misturá-los com bebida talvez não tenha sido uma boa.

Arrancou minha calça e, em função disso, eu quase caí. O cara me segurou por trás e começou a se esfregar na minha bunda. Mas, ele também me segurava pela frente e esfregava seu pinto nas minhas coxas. Ele conseguia beijar minha boca e morder minha nuca ao mesmo tempo. Cada vez mais perdido em imagens confusas e nauseado fui cambaleando até o chão.

- Puta merda, ele vai apagar! – ouvi o cara dizer.

- Vamos fudê-lo assim mesmo! – ouvi o cara falar só que com uma voz diferente.

Daí pra frente não lembro de mais nada... tudo ficou escuroO sol queimava meu rosto. Minha cabeça doía muito. Não foi fácil abrir os olhos. Abri o olho direito e depois o esquerdo. Não sabia onde eu estava. Parecia um bosque. Estava sem camisa e enrolado num lenço sujo. Sujo de sangue, sêmen e fezes. Estava pelado. Olhei para meu corpo e vi marcas de mordidas e chupões. Haviam alguns hematomas vermelhos e arroxeados. Estava bem colorido. Meu cu doía. Levei a mão até ele e ele estava tão aberto que era possível até introduzir um punho ali dentro. Minhas pernas doíam. Todo meu corpo doía. Principalmente minha cabeça. Ao examinar melhor o lençol, vi que tinha uma camisinha usada aderida nele. Bom, ao menos quem me usou o fez com proteção. Comecei a caminhar pela mata e achei minhas roupas emboladas pelo meio do caminho. Minha carteira estava no bolso de trás da calça como havia deixado. Não encontrei meus tênis. Sai andando sem rumo, sem saber se estava entrando ou saindo da mata. Comecei a ouvir o badalar de um sino e me guiei pelo som. Encontrei uma pequena capela. Vi um ponto de ônibus e me sentei. Um senhor que passou me informou que eram 06:45 da manhã. Senti fome. Fechei os olhos e cochilei de novo. Acordei com o barulho do ônibus. Entrei. Desci no centro da cidade e de lá peguei um táxi para casa.

Estava sujo, destruído e cheio de raiva do Luís... Nem a dor, nem a ressaca me faziam esquecer a raiva daquele desgraçado. Eu não conseguia deixar de pensar na foto dele sem camisa na piscina do Cláudio.

Ele estava ali sentado na calçada da minha casa. Tinha os olhos vermelhos de sono e uma expressão triste. Quando me viu chegando foi até mim e me abraçou. Seu corpo me transmitiu força e coragem. Uma onda de adrelina me percorreu. Senti-me vivo de novo. Depois veio o remorso. Ele fez uma única pergunta:

- Cara, o que houve?

- Me perdoa, cara... me perdoa... eu faço tudo errado... desculpa pow... – comecei a chorar...

- Cara, eu tô contigo... eu... eu te amo!

- Eu também te amo, cara... eu te amo, Teco... – ele foi me amparando até em casa, me deu banho, fez um café forte e me colocou na cama. Dormi sem conseguir falar ou fazer mais nada... Senti que ele ficou ali, sua presença me trazia calor, força e paixão... isso embalou meu sono e me fez ter pazAcordei e ele me olhava. Eu fiquei tímido e envergonhado. Qualquer pessoa que me conhecesse sabia o putinho devasso que eu era. E hoje ele teve certeza. Ele viu meu estado, viu as marcas em meu corpo.

- Eu tô até agora sem acreditar, cara...

- Desculpas, Teco... eu faço só merda... você tem toda razão em ficar com raiva de mim... eu entendo... e te dou razão...

- Eu não tô falando disso...

- Hein... do que...

- Psiu... não faz esforço... antes de você desmontar na cama você me falou algo que... nossa... eu não acredito até agora...

- O que eu falei?

- Você não se lembra?

- Minha cabeça tá ruim... tá tudo embolado... eu não tenho certeza...

- Você falou “eu te amo”... era pra mim mesmo cara, era pra mim que você queria dizer isso...

Levantei-me um pouco na cama, mas permaneci sentado, escorado no encosto e apoiado em um braço. Toquei seus cabelos claros com a mão e olhando nos seus olhos repeti:

- Eu te amo, Teco. Agora eu tenho certeza absoluta. É você que eu amo. - Ele veio e me beijou. E por um momento eu lembrei da boca do Luís, mas lutei contra essa lembrança e me entreguei aquele beijo carinhoso.

Dormi de novo e quando acordei ele trouxe algo para eu comer. Sentou-se do meu lado e falou:

- Agora me conta, cara, quem fez isso com você véi? Quem judiou de você desse jeito? Parece... pow... tá parecendo... sei lá... parece que você foi... estuprado... alguém abusou de você?

Com uma timidez fingida, fiz um movimento afirmativo com a cabeça.

- Quem? Fala o nome do filho da puta que eu mato agora! Fala! Quem foi! Eu quero saber! – ele ficou nervoso e agitado. Seus olhos ficaram vermelhos de raiva. Sua expressão endureceu. Ele andava inquieto pelo quarto. Eu sentia sua raiva. Era um sentimento tangível.

- Foi o Luís... o Luís que fez isso comigo....

- Eu mato esse cara! O Luís é um cara morto! Eu vou matar ele!

- Nós vamos matar ele! Eu quero fazer isso junto com você! – ele me abraçou e eu repousei a cabeça em seu peito. Contive um risinho. Felizmente não precisei admitir que tinha sido violentado por uns caras desconhecidos enquanto me prostituía. E, no fim das contas, seria bom ter um aliado forte e corajoso para enfrentar o menino mais bonito e popular da escola... alguém que ainda fazia meu coração bater forte... mas, que eu estava aprendendo a odiar com a mesma intensidade.

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Comentários

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Tay, querido, essa é uma hipótese que também me agrada... Bruninha é gente boa e merece um cara que a faça se sentir uma fêmea... mas, até lá, gostei da sua ideia dela se interessar pelo Luís... vamos ver, amado! Beijão!

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M(a)rcelo arrasou na perspicácia! E adorei a expressão "numa bandeja vitoriana de prata"! Adoro você querido leitor!

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Concordo com todos os comentários abaixo! Entretanto, o conto segue uma linha de criaçãp gente, leiam o título! Além do mais, todos os contos do Duque até aqui seguem esse ritmo. Só não machuca o coração do Teco... mas eu quero a cabeça do Luís numa bandeja vitoriana de prata...

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Hehehe galera eu me considero gay, mas já fiquei com mulher algumas vezes, não curto muito, porém... Beijão!

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Triste saber que realmente existem pessoas assim :(. Duque você é bi ou gay ? Acho que esse eu te amo foi verdadeiro, mas não apoio ele mentir sobre a noite para o Teco. Quero que eles sejam felizes e ele parede de ser uma puta que dá pra todo mundo que aparece.

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Uma grande irresponsabilidade da parte dele por beber tanto e se prostituir, acho que ele deveria parar com isso e ficar com o teco

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