Um dia de Domingo - Cap 16

Um conto erótico de Victor V
Categoria: Homossexual
Contém 1307 palavras
Data: 20/11/2014 09:46:06
Assuntos: Gay, Homossexual, Viagem

Meus amores, terminei agora de escrever esse capítulo novinho em folha! Espero que gostem! Love you guys :3

PS.: Desculpa ter parado de responder cada comentário em particular, é que eu estou com alguns problemas aqui e o tempo ta bem curto! Mas saibam que eu leio e amo todos =')

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Depois desse fds eu tinha absoluta certeza que eu precisava encontrar um jeito de falar com o Lucão. Mas, ao mesmo tempo, uma vozinha ficava falando no meu ouvido: “Ele está feliz, deixe ele em paz”.

Durante uma semana eu não comia, não dormia, não estudava, não fazia nada, só procurava um meio de falar com Lucão. Ele tinha me excluído e bloqueado do facebook. Mandei infinitas mensagens para ele. Liguei para sua mãe, para ele, mas todos haviam mudado de número.

Depois de uma semana caçando ele na internet, não consegui de maneira alguma... Isso me deixou muito para baixo, mas por um lado foi bom: eu teria que aprender a ir em frente. Lucão, infelizmente, era um passado na minha vida. Um passado forte e feliz, mas que eu deveria saber abandonar.

Bruninha foi notando cada vez mais que eu estava triste, por isso foi querendo cada vez mais me agradar. Ela arrumava passeios legais: voar de paraglider, beber de madrugada no Cristo de Poços de Caldas (não façam isso, é pecado hehehe) até no Walter World (parque de diversões aqui em Poços) nós fomos.

Realmente eu me diverti nesses encontros legais. Mas... faltava algo nesses encontros. Eles pareciam legais superficialmente. Eles tapavam o sol com a peneira, para falar a verdade.

Meu namoro atingiu o fundo do poço 1 mês depois da minha ida a BH ver minha mãe tocar piano e, por tabela, ver Lucão de relance. Terminei com ela depois de assistir um filme no cinema. Ela chorou, esperneou, mas eu ainda sim eu terminei.

As férias vieram e eu entrei em depressão. Em menos de 6 meses eu saí do posto de popularzinho top da escola para o cara excluído sem ninguém. Tudo por causa de Lucão. Comecei a ter raiva dele por causa disso. Antes eu tinha amigos, saia, pegava todas as menininhas da escola, agora, eu ficava em casa, sozinho, sem ninguém...

Poços de Caldas parecia sem cor agora. Era tudo cinza. As bandinhas que tocavam no coreto da praça ficaram mudos repentinamente. Eu estava em um estado tão degradado que nem cuidava da aparência mais. Sai da academia, não fazia a barba...

Minha mãe até me colocou num psicólogo. Era até legal. Eu contei para ela toda minha história com Lucão. Ela escutava paciente, me dava dicas e tudo mais. O mais legal, é que ela me tratava com muito respeito.

Confesso que me ajudou ir ao psicólogo. No fim das férias eu pelo menos estava mais seguro, até mais confiante de voltar as aulas. Voltei até para o time de handebol, entretanto, o treinador tinha mudado.

Ele não era tão bom quanto Hoock, mas era legal. Ele era mais novo, mas tinha bem menos experiência. Várias pessoas do time também tinham mudado. Alguns alunos do terceiro ano tinham se formado e entrado alguns novos do primeiro ano.

O time ia bem, aos poucos eu voltara a sair com as pessoas. Os chatissimos churrascos na casa do Pompeu haviam parado, pois ele mudou de cidade, graças a Deus. Agora, esses churrascos e encontros aconteciam na minha casa.

De vez em quando até ficava com Bruninha. Mas raramente agora eu ficava com outras meninas. Ainda sim várias queriam ficar comigo, mas eu sempre dispensava. O boato que rolava no momento é que eu ainda era loucamente apaixonado por Bruninha.

No terceiro ano a matéria era mais fácil que no segundo, entretanto eu estudava todos os dias mais de 2 horas por dia para o temido ENEM. Descobri que gostava muito mais de matemática do que biologia.

Fiquei pensando nas promessas que eu Lucão fazíamos no segundo ano sobre estudar todos os dias juntos no terceiro para passar em medicina. Uma lagrima escorria do meu olho sempre que eu lembrava disso.

Tudo na minha vida parecia perfeitamente normalizado.

Um belo dia, voltando do treino de handebol, chego em casa e minha mãe me abraça e me fala:

- Victor, querido, tem um amigo seu te esperando lá em cima, no seu quarto.

- Quem, mãe? – Perguntei curioso.

- Não sei, mas disse que era seu amigo...

Subi as escadas curioso. Quando eu fui me aproximando do meu quarto, ouvi que alguém estava tocando meu piano. Mais precisamente tocando Nocturno. A pessoa não tocava bem, estava meio fora do ritmo, mas dava para saber que era Nocturno.

Quando eu entrei no quarto a pessoa deu um pulo. Era o mesmo garoto que estava com Lucão de mãos dadas na apresentação da minha mãe.

- Quem é você? – Perguntei, desconfiado.

- Meu nome é Raul. Sou, ou era – ele falou baixo – o namorado do Lucão – Fechei a cara. “O que esse babaca tá fazendo aqui?” pensei.

- Vai embora. Agora! – Falei, bravo, apontando para a porta.

- Vou, mas só depois que você me escutar – “O que esse babaca que me falar?” Pensei.

- Late – Falei, seco.

- Lucão está se mudando do país. Sua mãe conheceu um americano e eles se casaram. Ele parte para os EUA essa madrugada. E... bem... Ele te ama cara. Ama muito. Ele é fissurado nessa musica “Nocturno”. Eu demorei meses para aprender a tocar para ele, mas ontem, quando eu toquei, ele começou a chorar. Ele jogou na minha cara tudo o que ele sentia por você. Depois, ele pegou uma foto. Essa foto, e varou a noite chorando... – Ele me entregou uma foto amassada e meio borrada de lagrimas. Era uma foto minha e dele que ficava na escrivaninha dele. Segurei um choro.

- O que você quer? – Perguntei.

- Eu só queria cumprir a ultima coisa que Lucas me pediu antes de me mandar para o ínfero...

- O que ele pediu? – Escorreu uma lágrima do olho de Raul antes dele me contar:

- Nas falas dele: “Se você quer realmente me fazer feliz, vai até na casa do Victor, entrega essa foto para ele e trás ele pra mim. Só assim eu vou ser feliz” – Raul sentou e ficou olhando para o chão.

Uma ideia louca começou a passar pela minha mente.

- Se a gente sair agora, ainda dá tempo de encontrar com Lucão? – Raul me olhou curioso. Ele acenou com a cabeça e me disse:

- Sim, se a gente sair agora dá sim! – Ele me disse.

- Então espera 5 minutos. Vou fazer minha mala – Em 5 minutos coloquei um par de roupas, peguei itens de higiene pessoal e coloquei numa mala. Peguei a foto que Raul me trouxera e peguei também uma que eu tinha guardado.

- Raul, por que você ta fazendo isso? – Perguntei antes da gente sair do quarto.

- Victor, eu já senti tudo isso que o Lucas ta sentindo por um outro alguém. Eu sei o que ele sente. E... Eu amo muito ele... Mas eu percebi que somente eu estava feliz e ontem, eu tive certeza que se eu quisesse ver Lucas feliz, teria que levar você até ele. Um rei uma vez me disse que quem deixa ir tem para sempre. É por isso... – Raul limpou os olhos e nós saímos do quarto.

Cheguei na cozinha, gritei minha mãe:

- Mãe, to indo para BH agora! Te ligo assim que chegar lá! – Minha mãe levou um susto.

- Ta louco menino? Como você vai para BH? O que você vai fazer lá? Nem pensar que você vai!

- Desculpa mãe, mas eu to indo atrás do amor da minha vida e ninguém! Nem mesmo a distância ou o tempo vão me impedir de ir até lá!

Depois disso, saí. Entrei no carro com Raul e partimos. Quase não podia acreditar: estava indo do encontro do meu amor: estava indo de encontro do Lucão.

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Comentários

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Cadê esse próximo capítulo. Não atento mais toda hora olho se você já postou

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Amei. Finalmente vcs poderão estar juntos mas fiquei triste pelo Raul ele já sofreu tanto. Essa atitude mostra que ele preferi ver o Lucão feliz ao lado do victor do que infeliz ao lado dele. Ansiosa pelo próximo. :)

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Indo AO encontro do Lucão! (rsrs) Fazer o quê, né? Bora pra BH!

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O próximo capítulo será o último?

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gostei da atitude doraul. .isso mostra verdadeiramente que ele ama o lucas .que bom que ele foi de encontro a voce .e te devolveu a esperança de viver.

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porfavor deixa os 2 se encontrar se por obra do destino acontece algo errado eu matoo geral u.u

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Coração aqui apertado continua logo vai. Não demora a postar,pois sigo seu conto.

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