Prisão sem grade 2

Um conto erótico de Allana Prado
Categoria: Homossexual
Contém 1347 palavras
Data: 02/10/2014 08:31:35
Última revisão: 02/10/2014 08:36:59
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual, Sexo

Acordei no outro dia meio estranho pelo o ocorrido da noite anterior. Que coisa mais sem noção, sonhar com uma pessoa que mal conheço. Como de costume, tomei meu banho e desci para tomar o café da manhã. Dessa vez meu pai ainda estava em casa e já estava terminando de tomar seu café.

-Bom dia pai. Bom dia mãe

-Bom dia Bê

-Oi meu filho, como foi á faculdade ontem? – Perguntou meu pai

-Normal, como todo primeiro dia – Não tinha muitos detalhes para lhe contar

-Você acha que vai ficar muito corrido pra você chegar e ter que ir pra aula? Se não estiver legal, você pode sair mais cedo.

-Não pai, eu me viro

-Então tá, to indo pro escritório. Você vem comigo?

-Não, vou com meu carro

-Sem atraso

Nem respondi, foquei em tomar meu café para que pudesse sair logo. Quando me virei para ir até o balcão e pegar um pouco do liquido sagrado que me fazia acordar na cafeteira, percebo minha mãe me olhando.

-O que foi que a senhora tá me olhando?

-Não é bom pela manhã só beber café Bê. Come alguma coisa, quer que a mamãe prepare algo?

-Não mãe, a senhora sabe que eu só tomo o café mesmo. E alem do mais tá na minha hora – Falei dando um beijo nela

Vou até a garagem para pegar meu carro, dou ignição e saio de casa. O caminho passa rápido por mim, são tantas coisas a pensar, tantos problemas a ser resolvido lá na empresa. Definitivamente eu precisava de um assistente, ainda mais agora que eu ia dividir meu tempo entre o trabalho e a faculdade. Perdido em pensamentos chego ao meu local de trabalho em menos de 15 minutos, era um caminho que eu fazia desde meus 18 anos, já estava mais que acostumado.

Apesar de não ser minha especialidade, passei metade do dia analisando contratos. Verificando possíveis falhas que pudesse acarretar problemas futuros a nossa empresa, ali eu era um empregado multiuso. A hora do almoço chegou e eu nem vi, foi quando meu pai entrou na sala vindo de uma reunião e me disse:

-Bernardo você já almoçou? – Olhei para o relógio e já ia dar duas da tarde

-Não pai, tava vendo esses contratos e me esqueci

-Como alguém se esquece de comer?

-Muito trabalho pai, mas eu vou lá agora.

-Tomara que te dêem comida. Porque essa hora é meio difícil.

Saí meio apressado da sala. Meu estomago já roncava, é engraçado que até alguém te lembrar da fome o estomago não ronca. Fui até o restaurante costumeiro onde eu almoçava todos os dias, a diferença é que hoje ele tava mais vazio, pois as pessoas normais já tinham comido á aquela hora. Foi quando eu vi o Victor sentado em umas das cadeiras, caminhei até ele e toquei em seu ombro.

-Eai cara – Ele se virou pra mim

-Bernardo? Que você tá fazendo aqui por esses lados?

Era estranho ouvir isso, como se aquela área fosse dele e eu fosse um intruso. Mas na verdade era o contrário, eu é que nunca o tinha visto ali.

-Sempre almoço aqui

-Nossa que coincidência

-Posso me sentar aqui com você? – Odiava comer sozinho e já que eu tinha encontrado um amigo porque não juntar o útil ao agradável?

-Claro - Na verdade eu nem esperei por resposta dele, já tinha me sentado

Fizemos o pedido e aguardamos numa conversa animada, tanto que quando o garçom chegou com nossos pratos já tinha até me esquecido da fome.

-Você sempre come essa hora? – Perguntei a ele

-Sempre...È a única hora que o escritório tá tranquilo e eu posso sair

-Então tá explicado o porque de nunca ter te encontrado. Faço um horário mais cedo.

-O que aconteceu hoje? – Essa era a qualidade dele, dava pra ver que ele perguntava com interesse, não como uma obrigação

-Na verdade eu me esqueci – Falei dando uma risada sem graça

- Serio? – Ele tava dando risada da minha cara – Como alguém esquece da coisa mais importante pra viver? Eu acho que esqueceria de todo o resto, menos de comer.

Infelizmente terminamos nosso almoço, infelizmente porque o papo tava muito bom, nos despedimos com um lembrete de que logo nos encontraríamos na faculdade e rumamos cada um ao seu trabalho.

O resto do dia e da semana passaram como um foguete. Faculdade trabalho. Trabalho faculdade. A novidade é que eu estava tendo uma aproximação bem bacana aos meninos lá na facul, especialmente com o Victor, almoçamos juntos aquela semana toda.

Sexta chegou e é aquele dia que você trabalha olhando pro relógio. Tava doido pra sair, me divertir e esfriar a cabeça. Só tinha um problema, eu não tinha a menor idéia pra onde e com quem ir. Na hora do almoço o Victor parecendo ler meus pensamentos me sugeriu marcarmos com os meninos da facul para ir á um barzinho que tinha aberto á pouco tempo. A noite na aula falamos com o Caio e o Bruno e eles logicamente aceitaram, então assim que terminou a aula partimos para lá.

Chegamos lá o bar já estava bem cheio e até já tinha um grupo de pagode tocando uma musica bem animada. Pegamos uma mesa para nós quatro e nos sentamos, pedimos cervejas e petiscos para acompanhar. Começamos a conversar e descobri que assim como eu, Bruno estava cursando Administração para cuidar dos negócios da família, o pai tinha um mercado bem conhecido.

-Se a gente ficar aqui sentado as meninas não vão nos ver – Falou Caio

- Também acho, vamos tirar algumas pra dançar – Completou Bruno todo animado

-Cadê sua namorada Bruno?? – Perguntou Victor dando um gole na cerveja dele

-Foi viajar pra casa da tia. Enquanto o gato sai.... – Ele não terminou a frase

-Dançar? Tô fora – Falei

-Eu também não danço – Falou Victor

E foi assim ficamos só eu e ele na mesa sentados conversando e bebendo.

- Tatuagem maneira esse sua – Falei, na verdade só dava pra ver o comecinho debaixo da sua camiseta

-Obrigado, na verdade ela vai até a costa. Maior burrada que eu fiz na vida – Falou ele levantando um pouco da manga da camisa pra eu ver. Era uma espécie de tribal

- Se arrependeu?

-Um pouco, era jovem queria fazer uma coisa louca. Mas a dor não vale a pena. E você tem alguma?

- Morro de medo da dor.

Enquanto os dois meninos já estavam “dançando” Victor e eu ficamos conversando sobre coisas que gostávamos, ele era um cara legal, eu acho que já usei esse adjetivo a ele. O fato é que nós poderíamos passar horas e horas conversando e o assunto nunca acabaria.

Finalizamos aquela noite no zero-a-zero, ou seja, não pegamos ninguém. Quando finalmente as pessoas começaram a ir embora, Victor e eu resolvemos ir também. Os meninos já tinham se acertado com duas meninas e tinham seguido seus rumos. Já estávamos bem altos pro causa das bebidas e quando fomos nos despedir eu o puxei para um abraço, foi tão bom sentir seu corpo quente junto ao meu que ficamos alguns instantes naquilo. Quando ele me apertou deu pra sentir nitidamente seus músculos sob a camisa fazendo força. Era bom, quase excitante. Separamos-nos e seguimos cada um para sua casa. O que a bebida não faz né? Me fazer achar o abraço de outro homem bom. Estranho. Segui pra minha casa e dormi feito um anjo, tudo efeito do álcool, tinha certeza.

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OI AMORES...MAIS UM CAPITULO DO CONTO POSTADO. OS DIAS DE POSTAGENS SERÃO SEGUNDA E QUINTA, POIS PRA MIM FICA MAIS FÁCIL ASSIM. OBRIGADA A TODOS PELAS PALAVRAS DE APOIO E INCENTIVO A CONTINUAR. pradoallana@hotmail.com PRA QUEM QUISER SE COMUNICAR COMIGO.

samusam: OBRIGADA POR ME COMPARAR AS GRANDES ESCRITORAS DAQUI, ESPERO NÃO DECEPCIONAR...PREMONIÇÃO??? NÃO SEI, ACHO QUE NÃO, ACHO QUE SIM, TALVEZ, QUEM SABE... KKKKKK

PedroJr: OBRIGADA QUERIDO. NÃO IREI SUMIR, ACREDITO QUE A MAIORIA SUMA POR FALTA DE IDEIAS EM CONTINUAR. HOJE EU ACABEI DE REVISAR O CAPITULO 15 E A HISTÓRIA ESTA SE ENCAMINHANDO PRO FINAL.... VCS VÃO TER QUE ME ENGOLIR KKKK

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Comentários

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Parabéns, e isso ai, é bom saber que teremos contos bom um bom tempo. Abração

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Talves a premonição de algo bom que na verdade já está a um passinho de acontecer . Allana seu conto tá é muito bom e empolgante. Vá lá e faça o Bernardo entender que a vida não é só trabalhar por horas interminaveis. Agente também precisa de um amor. Tô na torcida pra que tudo dê certo entre esses dois e que eles se amem intensamente. E você é uma grande escritora sim viu? Conseguiu pender o leitor filha, cabô, rs...um grande abraço!

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