O amor vai nos separar XV

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 846 palavras
Data: 29/10/2014 17:10:10

Conforme o combinado, Bruno veio me buscar na faculdade na outra noite, e de quebra, dar uma liçao no Rafa. Seria facil, sim, mas no ultimo momento eu hesitava, sem saber porque.

- Aquele ali, de jaqueta jeans- falei já dentro do carro de Bruno, apontando os dois garotos juntos na rua.

- E o ruivo? Tambem vai apanhar?

- Nao, ele nao.

Bruno abriu a porta do carro, prestes a descer, porem segurei seu braço.

- O que foi, agora?_ indagou ele.

Hesitei, pensando em mandar ele nao ir. Mas sacudi a cabeça, sem nada dizer, e ele saiu do carro, se dirigindo aos dois, a alguns metros de distancia de nós. Vi quando Bruno parou na frente deles, de repente, e com um murro que achei exagerado, golpeou o Rafa com toda a força na cara, fazendo o garoto cair de joelhos no chao, sendo amparado por Vitor. Nao houve tempo para qualquer reaçao pois Bruno saiu dali depressa e entrou rindo no automóvel, dando partida e saindo cantando pneu.

- Facil como quebrar um ovo, Marquinhos- ele riu alto, batendo em meu joelho.

Concordei com um sorriso amarelo, tomado duma sensaçao estranha, aquela certeza de ter feito uma coisa muito errada e desnecessaria. Logo, porem, procurei esquecer isso; quando chegamos na minha casa e eu me perdi no prazer que o corpo musculoso e cheiroso do Bruno me oferecia. Bebemos e fodemos grande parte da noite.

No domingo eu estava sozinho em casa, à tarde, ouvindo discos e fazendo uma laranjada. Fazia um pouco de frio, mas nem tanto, e o dia estava aberto e bonito, sem nuvem nenhuma.

O barulho alto do liquidificador me impediu de ouvir a porta sendo aberta, de modo que dei um pulo de susto e alegria quando Tony me abraçou por tras, bem apertado, dando risada.

- Te assustei?_ disse ele me virando para si e me olhando_ Que saudade, moleque!

Beijei-o num frenesi, louco de felicidade por ele estar de volta. Daquele amasso urgente, ali, em frente à pia, passamos ao quarto e então percebi o quanto senti falta daquele sexo desvairado que apenas ele sabia fazer e me tirar de órbita de tanto prazer. Começamos às duas horas e paramos às quatro, exauridos, as bocas entreabertas de tanto cansaço.

- Nossa! Senti muita falta disso_ disse Tony ofegante, limpando o suor do rosto com a mao.

Tive vontade de insinuar que ele com certeza nao passou falta de sexo na Argentina, porem nada disse, achando melhor me calar já que eu tambem tinha aprontado na ausencia dele.

- E como voce passou, Marquinhos? Tudo bem por aqui, com voce e os garotos? _ perguntou ele, acendendo um cigarro.

Respondi que sim, que ia tudo nos conformes, os rapazes estavam bem, nada havia mudado.

- E o Bruno? Veio aqui? Andou te procurando?_ indagou, me olhando fixamente.

- Não_ respondi, encarando-o.

Por um momento, achei que ele me olhava como se refletindo na veracidade de minhas palavras, contudo ficou calado, soltando baforadas de fumaça para o alto.

"Me sinto a putinha que o namorado ciumento quer controlar! Vá à merda, Tony, voce fode com quem quiser e me exige exclusividade?", pensei indignado, indo tomar um banho e tirar aquele grude pós-sexo.

Tony telefonou mais tarde para os rapazes, chamando-os para nossa reunião de amigos ali em casa. Bebemos muita cerveja, comemos petiscos, e ouvimos musica enquanto Tony falava sobre a viagem. Bruno parecia contrariado com a volta dele, e embora fingisse amizade, uma certa raiva mal encoberta brilhava em seus olhos quando encarava o amigo.

Alex me ajudou a derreter uma barra de chocolate preto na panela, calado, mas solicito.

- Prova aqui_ peguei um pouco de chocolate com o dedo e ele lambeu, devagar, me olhando e depois ficando vermelho de vergonha_ Sem malicia, Alex. Ainda me deseja depois que lhe rejeitei?

- Eu te amo, como nao o desejaria?_ disse ele, mexendo a panela_ Penso naquela noite o tempo todo. Foi a melhor da minha vida.

- Nao diga!_ dei uma risada_ Eu nem lembro mais, sabe? Mas escuta, se voce quiser, posso te dar um beijo agora, para que nao fique com essa cara de pobre menino enjeitado a noite toda. Quer?

Ele me olhou, nervoso, com os olhos brilhando. Chegou perto e o beijei devagar, mas ele me agarrou com força, chupando minha lingua, apertando meu traseiro e começando a ficar excitado. Afastei ele, sem folego.

- Chega! Parece um desesperado...

- Voce brinca com meus sentimentos, Marquinhos_ disse ele, voltando a mexer a panela e me olhando.

- Decerto porque eles já sao uma piada, né Alex?_ falei, deixando-o sozinho e indo à sala.

Na mesa, Tony já fazia as fileiras de cocaína naquele jeito sistematico dele. Como de hábito, após se servir, passou a vez para mim. Nao demorou muito para a alegria me envolver, envolver minha casa e meus amigos, em meio ao som alto, chocolate derretido e muita risada. Um belo final de domingo, com certeza!

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Ate a proxima!

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Comentários

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Nossa o Marcos ta cada vez pior, eu concordo com o Quin que não se deve desejar coisas ruins... mas como o Marcos é um personagem... acho q ai pode, um pouquinho... né? rsrsrsrs to brincando. Bjão Irish to adoranto :*****

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Estou realmente preso a sua história. Fico imaginando os personagem e lugares dos anos 80... está tudo incrivel. E obrigado por comentar e votar na minha série também, postei um capitulo novo hoje. Se puder dê uma olhadinha e qualquer critica, sugestão ou elogio seu é sempre bem vindo :3

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Eu não desejo Aids para o Marcos e nem para ninguém. Aids não deve ser vista como uma punição. Mas o Marcos precisa aprender a ser uma pessoa melhor, gostaria que alguém aparecesse e o fizesse perceber isso. Provavelmente o Marcos terá Aids,mas não por ser uma pessoa ruim e sim porque ele não cuida de si.

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