Duas vidas

Um conto erótico de 0ximoro
Categoria: Heterossexual
Contém 661 palavras
Data: 28/10/2014 07:38:55

Sou Célia. 16 anos, família de poucos recursos, modéstia a parte inteligência invulgar, consegui uma das duasbolsas de estudos oferecidas pelo melhor e mais caro colégio de minha cidade. Com isso, passei a conviver com a juventude rica local, A bolsa, se por um lado, me deu a oportunidade de usufruir uma estupenda qualidade de ensino num colégio dotado de todo conforto e recursos, por outro me colocou num ambiente de grande desnível social, colegas de roupas de grife, viajando pelo Pais e exterior, eu com os vestidinhos feitos por mamãe, conhecendo pouco além de minha cidade. O outro bolsista, um menino, tremendo cu de ferro, pertencia a uma família tradicional, abastada, aumentando minha singularidade.

Algumas e alguns colegas de nariz empinado, me davam um desprezo acintoso, outras(os) porém me acolheram em seu meio, tratando-me de igual para igual. Dentre estes últimos, destacou-se Roberto, família fundadora da cidade, dona de imensa fazenda, herdeiro de muito dindim, bonitão, invejado e disputado por muitas colegas. Frustrando-as resolveu me namorar, sem usar de seu nível social me conquistou inteiramente, visitou minha pobre casa, conheceu meus pais, pediu permissão para o namoro, virou ídolo deles. Granjeei alguma inimigas com isso, em bom português, fodam-se.

Um ano depois, concluímos nosso ensino médio. Baile comemorativo de alto luxo. Alguns colegas convidaram artistas famosos para acompanha-los(as), a peso de ouro imagino. Os pais de Roberto não se fizeram de rogados, a essas alturas eu já os conhecia e era de seu agrado, compraram vestidos luxuosos para mim e meus pais, estes chegaram a não quere-los, convenci-os a custo, Em resumo, a Cinderela (eu) foi destaque na festa, outra vez sem modéstia, sou bonita, com o banho de loja, me destaquei.

Prestamos exame para o mesmo curso e faculdade, em muito graças à excelência do ensino de nosso colégio, passamos com destaque. A faculdade na Cidade Grande, a Capital, tivemos que nos mudar para lá. Os pais de Roberto coçaram o bolso, compraram um apê de cobertura n na beira da praia, quem pode, pode, quem não pode, se sacode.

Mararmos juntos, sem casar, inaceitável por meus conservadores pais. Ficamos noivos, dissemos quem dormiríamos em quartos separados. Um fato e uma mentirinha, se satisfizeram.

Para mim um impacto, a vida acelerada da Capital, os hábitos libertinos para meus padrões, problemas esses muito longe de serem os de Roberto. Ele tratou logo de me inserir nos padrões citadinos, quebrar meus modos interioranos. Eu só tinha um maio, inteiro, sóbrio, obrigatório para usar na piscina da escola. Fomos a praia, eu de fio-dental, nua sob meu ponto de vista, comecei encabuladíssima, fui acostumando, passei a gostar, ser desejada pelo povo em volta, a vergonha cedeu o lugar ao tesão. O noivão propôs: vamos andar nus em casa, é um hábito de meus pais. Experimentei, um pouco de frio, tesão crescendo, virou meu traje doméstico, pelada do dedão do pé até o cabelo.

Obvio que me depilei, uma novidade para mim.

Seria muito pouco crível que nunca trepassemos. Certamente que sim, de início pouco mais que ao estilo papai-mamãe, rapidamente acrescentando prolegômenos bem sacanos, meu cu sendo inaugurado sexualmente e usado com frequência. Meses depois, já frequentávamos casas de swing, eu e Roberto trepando com terceiros e terceiras, coisa que ambos nunca fizéramos antes.

Anos passaram, concluímos nosso curso, eu arrombada, já me relacionaria com coisa de 900 parceiros, Roberto com ainda mais mulheres, um hétero xiita, festa de formatura sem os desníveis da do Colégio. Dias depois, casamos na fazenda, festança, acredito que muitas ex colegas orgulhosas se babaram de raiva.

Os pais de Roberto novamente coçaram o bolso, abrimos uma firma em nossa cidade, única em sua especialidade, conquistamos freguesia, hoje somo conceituados "jovens" de meia idade, nossos pais simpáticos velhinhos, vez por outra íamos à cidade grande, matar as saudades de nossas casas de swing.

Paramos a alguns meses, agora estou grávida, 2 papais babões e 4 futuros vovós ansiosamente esperando por seu(sua) netinho(a)

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