O Amor Vai Nos Separar X

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 849 palavras
Data: 24/10/2014 17:18:03

Numa tarde de frio e vento, decidi surpreender Tony na academia onde ele treinava boxe. Era em Higienopolis mesmo, e tomei um taxi, chegando ao lugar sem dificuldades.

Eles ja encerravam as atividades, recolhendo o material usado no treino. Do vestiario partia uma variedade maravilhosa de rapazes de banho tomado, saindo perfumados para suas faculdades ou para casa. Vi Bruno entre eles, risonho, com uma mochila de soldado ao ombro. Assim que me viu, largou -os e se dirigiu a mim com um sorriso malicioso.

- Mas olha quem veio me ver! - disse baixinho, me olhando de perto - Ficou com saudade?

- Nem tanto assim - dei uma risada - Cade o Tony?

- Ja esta vindo. Vamos la no vestiario, ele deve estar se trocando.

Tony terminava de se secar, pelado, no vestiario quase vazio. Dois rapazes ja se vestiam, prestes a sairem.

- Que surpresa, Marquinhos! - disse Tony sorrindo, mordendo o labio de maneira discreta.

Quando os outros se foram, ele me agarrou na frente de Bruno, me pressionando na parede e beijando minha boca com vontade por uns bons minutos.

- Ah, se chegar alguem! - falou Bruno, alisando o penis por cima da calça.

- Se chegar, voce traça o infeliz, Bruno - disse Tony, indo se vestir sem pressa.

- Se fosse facil assim...

Fomos para minha casa, pois eu precisava tomar um banho para ir à faculdade. Mas dentro do carro eles começaram a falar em cabular aula e ir ao cinema, ver se tinha algo que prestasse para ver. Aceitei, achando que nao tinha nada de importante na faculdade naquele dia.

Em casa eu terminava de me arrumar para o cinema quando ouvi da sala um tipo de dialogo rude ente os dois. À uma pergunta de Bruno, que nao entendi, Tony respondeu com irritaçao :

- Nem pensar! Foi so' aquela vez, seu veado. Nao sustento o moleque pra outro homem ficar usando, nao.

- Mal aproveitei aquele dia - disse Bruno, tambem irritado - Voce nem me deixou gozar nele...

- Vai gozar no rabo do teu pai! - falou Tony em voz alta, furioso - Aquele dia fizemos isso por estarmos todos chapados, e foi bacana na hora, como seria bacana nadar num rio congelado. Mas depois lembrei e fiquei com raiva. Escuta, cara, se eu voltar de viagem e saber que voce andou atras do Marquinhos, arranco suas bolas. Estou falando serio!

Houve silencio, e apos um minuto, entrei na sala. Eles nao se olhavam, mas estavam de cara feia e Bruno fumava, carrancudo. Assim mesmo fomos ao cinema, ouvindo fitas cassete pelo caminho, porem o clima entre eles nao melhorava.

- Tem dois banheiros grandes nesse cinema, Bruno -disse Tony enquanto entravamos no pavimento inferior do edificio - Tenta alguma coisa la, cara. Voce esta sobrando aqui, nao viu?

Bruno encarou -o com raiva e se afastou, calado. Rimos dele, e eu pensei em perguntar a Tony sobre a viagem, mas nao achava brecha. Compramos a pipoca e fomos ver Atraçao Fatal. Torci e me diverti com a Glenn Close o filme todo. Tony nao gostou do filme, mas deu risada das cenas mais fortes.

Na rua Bruno nos esperava para ir embora, tomando cerveja, sentado no meio - fio. Estava de melhor humor, mesmo nao tendo conseguido bons momentos no banheiro do cinema. Foi mal chupado, e o cara ainda era feio, meio coroa.

Deixamos ele em casa e, no caminho para a minha, Tony começou afinal a falar que no domingo viajaria com os pais para Bariloche, passar la quinze dias. Uma viagem em familia que faziam todo inverno, e nao tinha como ele escapar.

- Voce precisa de dinheiro? - ele perguntou assim que chegamos.

- Nao. Ainda nao gastei o que voce me deu mes passado - falei, sem esconder a tristeza - Vou ficar muito sozinho, Tony.

- Chame o Alex, ou saia com os tres no final de semana. Mas nao fica sozinho com o Bruno, certo? Nao confio nele. Olha, vou deixar algum dinheiro sim, para qualquer coisa.

Assim, ele viajou no domingo mesmo, apos ter passado a noite comigo depois de uma ida alucinada à boate. Eu tinha cheirado tanto na vespera, que acordei com dor de cabeça. Mas foi erro meu, seguindo os meninos que alem de tomar a droga no carro, ainda fizeram no banheiro da boate, e eu nao recusei, cheirando mais duas carreiras e ainda sob o efeito das anteriores.

Alex me fez companhia na noite de segunda -feira, depois da aula, assistindo televisao comigo e conversando. Porem na terça, o tedio me matava. Eu nao tinha amigos fora aqueles, na faculdade me evitavam, achando que eu tinha Aids, por ser gay. Mauro continuava sumido e Vitor, agora, estava muito amigo dum moreno claro de oculos, da outra sala. Eu os ignorava, mas pensava comigo mesmo no mau gosto do meu ex -namorado em se envolver com um sujeito com cara de bolsista, mal vestido e feio ainda por cima.

Na quarta -feira, depois da aula, nao fiquei surpreso ao atender minha porta e dar de cara com Bruno, sorrindo e me olhando dum jeito cafajeste.

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Valeu, gente! Que bom que estao gostando *-*

Comentem! Um beijo em cada um!!

Ate a proxima!

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Comentários

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Nossa to pegando uma raiva desse Marcos rsrsrsr Na realidade de todos, não tem ninguém que preste perto dele :((( rsrsrs Mas continuo adorando o conto e sua escrita. :*******

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Não sei porque, mas achei esse capítulo o melhor até agora. Acho que é porque eu estou sinpatizando com o Tony. O Tony é safado, mas está se apaixonando pelo Marcos e não tem medo de demonstrar isso. Hum... acho que o Bruno ainda vai fazer mal ao Marcos de alguma forma. Ótimo conto Irish, to curtindo demais!!!

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