Três Formas de Amar - 34

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 4384 palavras
Data: 24/10/2014 03:08:07
Última revisão: 24/10/2014 03:11:18

Três Formas de Amar – Capítulo 34

Acordei sem ter a mínima ideia de que horas eram, mas o dia já estava claro. Olhei rapidamente para a cômoda em busca do meu celular, mas lembrei-me que o havia deixado na sala. O braço de Rodrigo passava por debaixo do meu, me envolvendo. Era possível sentir a sua respiração na minha nuca. Aliás, dormir de conchinha com ele era um perigo, porque também era possível sentir a sua ereção matinal forçando a minha bunda. Seria um excelente convite para começar bem o dia, não tivesse a noite anterior sido exaustiva demais.

Virei-me lentamente e pude observar melhor como ele dormia tranquilamente. Fiquei pensando em tudo que aconteceu até ali e como a simples presença dele era capaz de abreviar toda a distância que passamos. “Parece que foi ontem”. Poderia ficar todo o dia admirando o seu corpo, me convidando a viver novas aventuras e esquecer tudo que aconteceu, mas tinha um compromisso com a irmã dele.

Levantei cheio de preguiça para procurar meu celular e me assustei ao perceber que já eram oito da manhã. Voltei ao quarto e Rodrigo já estava esparramado na cama, com a bunda apontada pra mim. “Deus do céu, não faz isso comigo!”. Acordei ele, avisando que já era tarde.

- Não, não tá tarde, volta pra cá – ele resmungava ainda de olho fechado.

- Tá sim, tenho uma programação e um nome a zelar com sua irmã. Preciso que você vá buscar ela.

- Depois, agora volta.

- Rodrigo, levanta. Passaremos o dia fora, quanto mais tarde saímos, menos aproveitamos.

Parecia que ele fazia um esforço descomunal para se levantar, e confesso que já estava achando uma judiação. Mas seria muita sacanagem com a Malu. Rodrigo se sentou, ainda reclamando e ficou me observando enquanto me vestia.

- Vamos fazer o seguinte: eu vou pra casa, você pega sua irmã, traz ela pra cá, arrumam suas coisas e vão pra lá tomar café da manhã. Você deixa o seu carro na minha garagem e vamos no meu, tá? – disse terminando de amarrar os sapatos.

- Pra onde vamos? – ele se espreguiçava, já em pé.

- Conto no caminho, pra não estragar a surpresa. Mas a gente só volta amanhã. Leva toalha, roupa de banho, bermuda, sandália, essas coisas...

- Tá, beleza.

- Mas não demorem – disse lhe dando um rápido beijo – Tô falando sério.

Já estava saindo, até me deparar com a parede atrás da cabeceira da cama.

- E pelo amor de Deus, limpa essa mancha de esperma. Não deixa sua irmã ver isso.

Rodrigo olhou rapidamente para a cena do crime, e não conseguiu esconder uma risada enquanto bocejava.

...

Fiz um café da manhã com o que tinha em casa. Não demorou muito para eles chegarem, para a minha sorte.

- Bom dia Luciano! – Malu era a animação em pessoa, ao contrário do irmão preguiçoso.

- Bom dia, tudo bem? Como passou a noite?

- Não sei se foi melhor do que a sua, mas dormi bem sim – ela gargalhava.

Não dava pra esconder a vergonha e Rodrigo me olhava com um sorriso de canto de boca. Sentamos à mesa e, enquanto comíamos, os dois tentavam matar a curiosidade sobre o nosso destino.

- Então Malu... – introduzi – Por incrível que pareça, seu irmão também conhece pouco essa cidade, mal sabe encontrar uma rua. Pensei em fazer algo mais turístico com vocês, mas também sem ficar muito no lugar comum. Inicialmente, queria dar um pulo na Praia do Forte, mas decidi fazer algo mais bacana.

- Uau! Já tô gostando! Trouxe tudo o que você pediu.

Rodrigo se animava com a empolgação da irmã.

- Massa. Só espero que você não fique muito enjoada com o balanço do mar.

- Eu? Nunca! Mas conheço uma pessoa que com certeza vai ficar – disse dando um tapinha no ombro do irmão.

- Fala sério, é verdade? – olhei surpreso pra Rodrigo – Você tá brincando né?

- Não curto muito barcos e afins – ele fez uma careta.

- Putz, então vamos passar em uma farmácia e comprar algum remédio para enjoo, porque o negócio aqui é agradar sua irmã – disse rindo.

- É isso aí! – ela comemorou triunfante.

- Não precisa comprar nada não, pode ficar tranquilo – Rodrigo completou.

- Mas relaxa “Guin” – era impossível não rir relembrando a história da avó – se o mar estiver calmo, você nem vai sentir.

Pela primeira vez, consegui virar a zoação da família a meu favor, e estava começando a me divertir com aquilo.

...

No carro, expliquei melhor o que iríamos fazer:

- Vocês já ouviram falar de Morro de São Paulo?

Rodrigo confirmou, mas Malu negou com a cabeça.

- Certo. É uma ilha muito bacana que fica próxima de uma cidade chamada Valença. Não se trata de Salvador, eu sei, mas garanto que é bastante divertido e badalado. Ia muito com minha mãe antigamente. Minha ideia era a gente curtir um pouco, voltar amanhã de manhã e passar o domingo dando um giro pela cidade. Fica legal pra vocês?

Olhei pelo retrovisor e Malu era a euforia em pessoa:

- Finalmente um programa decente! Isso cunhado! Sua cotação só sobe na bolsa de valores.

Olhei para Rodrigo e ele também não escondia um sorriso de empolgação. “Agradar os mineiros, pelo visto, não será tão difícil assim”. Parei o carro em um estacionamento perto do Mercado Modelo e seguimos para o Terminal Marítimo. Aquele cenário, por si só, já era um verdadeiro cartão postal. Dali era possível ver o Elevador Lacerda, vislumbrar a cidade alta e ter uma visão diferente do Forte São Marcelo. Malu estava encantada e Rodrigo admitiu que não conhecia muito bem aquela parte da cidade.

- Amanhã a gente dá uma circulada por aqui também. Vamos nessa que já tá no horário da lancha.

Já tinha comprado as passagens do catamarã pela internet, daí a minha preocupação com o horário, mas sabia que ia dar tempo. A lancha era a maneira mais rápida de chegar à ilha, o que possibilitava aproveitar mais o dia. Ainda sim, levaríamos duas horas até o nosso destino. Nos acomodamos e Rodrigo tentava parecer tranquilo, mas o seu rosto denunciava certa tensão. Para o seu azar, o mar não estava tão tranquilo assim, e as batidas da embarcação nas ondas nos brindava com alguns sacolejos fortes. Não demorou muito para a sua feição demonstrar o resultado. Rodrigo estava pálido e sabia que ele poderia vomitar a qualquer momento.

- Toma, engole isso e bebe um pouco de água – entreguei um comprimido para ele.

Rodrigo não hesitou e Malu se esforçava ao máximo para não começar outra sessão de perturbações. Aproveitei que o barco não estava com a lotação máxima e procuramos um assento mais central, que minimizava um pouco a sensação de balanço. Levantei o braço de duas cadeiras e o mandei deitar um pouco que logo passava. Era divertido conhecer esse lado dele, mas fiquei com pena de presencia-lo naquele estado.

Pouco tempo depois, Rodrigo acabou cochilando e aproveitei o percurso para ficar conversando com Malu.

- O Digo me disse que vocês tinham brigado e queria fazer um jantar surpresa pra você. Gostou da ideia das velas?

- Ficou bem legal – não dava pra disfarçar a vergonha – Mas nem foi nada sério assim. Ele que exagera – fugi do assunto.

- É, ele curte impressionar as pessoas que ele gosta. Você pelo visto está com moral também. Quase surtei quando ele mandou as passagens pra eu ficar um tempo com ele lá em São Paulo. Acho que ele tava meio solitário lá.

Olhei para o seu rosto descansando, admirando-o ainda mais.

- Eu imagino...

- Vocês não fazem planos de morar juntos?

- Hum, tudo está bem recente, mas é uma ideia. Por enquanto é difícil, nossos trabalhos não facilitam muito. Mas quem sabe lá na frente.

- Entendi. Esses dias aqui eu tenho achado ele mais animado. Acho que é de te ver de novo, voltar pro vôlei, sair mais, sei lá. Tudo lá era muito corrido.

- O trabalho dele às vezes é bem puxado mesmo – desconversei.

- Mas e a sobremesa, tava gostosa? – ela mudou de assunto.

“Putz, a sobremesa!”.

- Acredita que nem comi? Acho que o jantar me encheu demais. Guardamos para comer outro dia.

- O jantar, sei... – disse rindo.

“Na boa, Zé Sarda, acho melhor você acordar logo”. Passar muito tempo conversando com Malu era um perigo. Levantei para comprar uma água e esticar as pernas, fugindo do interrogatório. Algum tempo depois, já era possível enxergar a ilha. Estávamos chegando. O catamarã começou a diminuir o ritmo para atracar. O dia estava excelente e o nosso fim de semana começava com o pé direito.

...

Rodrigo parecia mais disposto e começamos a caminhar para a pousada. Não existiam meios de transporte em Morro de São Paulo, mas as praias não eram muito distantes umas das outras. Após uma pequena subida, era possível chegar à vila, onde ficavam diversos restaurantes e lojinhas turísticas e de artesanato. Dali era possível seguir para a primeira, segunda, terceira, ou quarta praia, como eram chamados os principais pontos de aglomeração, com hotéis, atrações, barracas e outras atividades. A segunda praia era a mais badalada, com uma programação noturna bem diferente, mas preferia a tranquilidade da primeira praia, que era onde ficava a nossa pousada.

Chegando à recepção, e finalizando a nossa caminhada, pedi rapidamente para que fizessem uma troca, já que solicitei duas camas de solteiro em um quarto, e uma cama simples em outra. Fiz a reserva quando ainda estava “terminado” com o Rodrigo e não tive tempo suficiente para corrigir o erro. Como a pousada não estava com a ocupação máxima, a atendente nos colocou em outro quarto, no térreo da pousada. Problema resolvido, fomos nos acomodar e combinamos de nos encontrar em meia hora na recepção.

Joguei a mochila em uma poltrona e me esparramei na cama, um pouco cansado de tanto andar. Rodrigo, um pouco curioso com o ambiente, foi vasculhar o lugar. Abriu a cortina e destravou uma porta de madeira para deixar a luz do sol entrar.

- Wow!

Levantei a cabeça para ver o motivo da sua exaltação e também me surpreendi. A vista da praia era arrasadora. Por estar no térreo, a varanda do nosso quarto possuía uma espécie de deck que encontrava a areia da praia. Era espetacular.

- Gostou? – disse me aproximando.

- Demais! Sério, não precisava disso, Lu – disse sorrindo – Putz, olha essa praia, e ainda tem uma rede pra deitar! – Rodrigo parecia uma criança que via o mar pela primeira vez, e se debruçou na varanda para olhar a extensão de areia – Você vem muito aqui?

- Vim algumas vezes com a minha mãe e alguns tios, mas a gente sempre ficou na terceira praia, que tem mais pousadas. Acho que essa praia é um pouco mais sossegada.

- Ei, nada de ousadia na varanda, hein? Tô de olho!

Olhamos pra cima e nos certificamos da localização do quarto de Malu. Como o segundo andar era mais recuado, ela tinha uma visão parcial do deck do nosso quarto. Voltamos para o interior e ele veio me dar um abraço.

- Obrigado, de verdade – ele disse com as mãos na minha cintura.

- Não é tempo válido se não é com você – respondi, fitando-o.

Ele sorriu novamente, me puxando para um beijo demorado. Mas os ânimos não podiam ficar exaltados. Ainda.

- Vem, coloca uma sunga. Vou trocar de roupa também – disse pegando a minha mochila – E coloca um protetor solar, pelo amor de Deus, você já é vermelho o suficiente.

Rimos juntos e segui para o banheiro.

- Ei, você não vai trocar de roupa na minha frente? – ele reclamou.

- Sua irmã foi bem clara, nada de ousadia – disse fechando a porta.

- Fala sérioEstava quente. Muito quente. Era um desses dias sem nenhuma nuvem no céu e o calor estava de matar. Alugamos um guarda-sol na recepção e deitamos na areia. Malu não hesitou em ficar se bronzeando ao sol, disse que ia se exibir para as amigas em Belo Horizonte. Logo depois, mergulhamos e ficamos relaxando um pouco no mar. Era refrescante.

- O que é aquilo lá em cima – Malu apontou para o morro ao lado da praia.

- É uma tirolesa que tem aqui. Daqui a pouco você vai começar a ver gente descendo aí. É animal! Quer ir?

- Deus me livre! Não nasci pra essas coisas radicais.

- Murilão, topa descer?

- Hum, não me parece uma boa ideia – ele estava meio amedrontado.

- Que é isso, é divertido pra caramba, vamos lá. É uma caminhada de uns vinte minutos até o topo do morro, mas você vai curtir, eu garanto.

Ele titubeou, mas acabou aceitando. Malu decidiu ficar esperando a gente na praia. Sem que Rodrigo percebesse, pedi a sua irmã que tirasse várias fotos quando ele chegasse no mar. A tirolesa de Morro de São Paulo tinha uma particularidade: se você não encontrasse uma boa posição para a chegada, era impossível não ter a sua roupa arrancada pelo choque com a água. É claro que não perderia essa chance de zoar com o Rodrigo.

Não demoramos muito em chegar ao início da atração. Aproveitamos a fila e ficamos curtindo a vista arrebatadora daquele ponto da ilha. Na nossa vez, Rodrigo pediu que eu fosse primeiro. Reforcei o nó na minha sunga, me precavendo de eventuais problemas e disse para ele não amarelar. A adrenalina que rola quando você pula em direção ao mar é indescritível. Quando cheguei, um técnico retirou o meu equipamento e nadei um pouco para aguardar Rodrigo. Olhei para trás e Malu fez um sinal de que estava a postos. Alguns minutos depois escutei um grito empolgado e vi que ele já descia com os braços abertos. O resultado, é claro, não foi muito diferente do que eu previa: no primeiro choque com a água, a sunga de Rodrigo desceu, expondo completamente a sua bunda. Era impossível não gargalhar com aquela cena. Voltei a olhar para trás e sua irmã se contorcia na areia de tanto rir.

...

O dia estava bastante agradável. Almoçamos em um dos restaurantes da vila e nos deliciamos com uma incrível moqueca de camarão. Levei os dois para conhecerem as outras praias e expliquei a diferença entre elas. Ficamos assistindo o sol se por atrás do farol, formando um lindo colorido no céu. Estávamos aproveitando tudo o que podíamos.

À noite, escolhemos uma baladinha diferente, para Malu curtir um pouco a viagem. Não que eu conhecesse toda a programação da ilha, aliás, nem fazia ideia, já que nunca fui a nenhuma. Mas o pessoal da pousada soube dar algumas dicas. O local era um misto de boate, com música ao vivo e algumas mesas com garçons servindo as pessoas. Pedimos algumas bebidas e ficamos conversando sobre o dia, apesar de todo o barulho. Entre uma vodca com frutas e outra, Malu começou a ficar animada. Bem animada. No início, Rodrigo levou numa boa, aproveitando inclusive para se vingar do episódio da tirolesa:

- Malu, leva o Luciano pra dançar. Esse aqui é profissional – disse dando um tapinha nas minhas costas.

Todas as minhas tentativas de argumentação foram em vão. Malu me arrastou de qualquer maneira para a pista e comecei a ensaiar alguns passos. Achava até que estava tendo certo sucesso, até olhar para o Rodrigo sentado, sem conseguir parar de rir. “Vai ter troco, espertinho...”, tentava não dar muita bola. Malu, a essa altura, já não tinha muito discernimento para avaliar se eu estava fazendo certo ou não. A animação seguiu noite adentro, mas o clima começou a fechar quando alguns caras vieram paquera-la. O lado vigia do Rodrigo falou mais alto e como Malu tinha realmente bebido demais, resolvemos ir embora.

Chegando a pousada, Rodrigo foi colocar a irmã na cama, se assegurando de que ela estava bem, e eu fui sozinho para o quarto. O barulho do mar do lado de fora era um convite para passar um tempinho na rede, aproveitando o clima. Tirei a camisa, deitei, e comecei a me balançar com uma perna do lado de fora. Não demorou muito para Rodrigo voltar.

- E aí, ela tá bem? – perguntei preocupado.

- Apagou. Agora só amanhã – disse se aproximando – Será que cabe mais um aí?

- A gente dá um jeito – sorri.

Coloquei a outra perna pra fora, enquanto ele tirava a camisa e logo em seguida, ele se sentou, recostando-se no meu abdome. Era uma sensação muito gostosa.

- A noite tá linda né? – ele começou a balançar a rede lentamente.

- Demais.

- E essa praia fica tranquila, achei que estivesse mais movimentada.

- Não, essa fica bem vazia mesmo – disse alisando o seu peito – A praia que a gente estava, a da boate, fica mais concorrida.

- Saquei – ele disse dando um leve suspiro, se aninhando no meu cafuné – Nem acredito que a gente está aqui numa boa, sabia?

- Nem eu, Murilão – dei um beijo na sua cabeça.

- Sua companhia, esse carinho, a noite linda, o mar calmo, esse visual...

Rodrigo de repente fez que ia se levantar, de supetão:

- Gigante, vamos tomar um banho de mar agora?

- Tá doido Rodrigo? A praia tá deserta, a água deve estar gelada.

- Larga de frescura – ele se levantou e, apressado, começou a procurar uma sunga na mochila – Tá um calor danado, vai ser divertido, vamos...

Rodrigo tirou a bermuda e vestiu a sunga rapidamente.

- Para com isso, tá tarde!

- Quero ver se vai me deixar sozinho viu? – e saiu correndo pela areia.

Eu realmente não estava acreditando que ele ia fazer isso, até vislumbrar o seu primeiro mergulho. Levantei e me certifiquei de que a praia estava vazia. Não queria deixar a porta da varanda aberta, afinal, não era um lugar tão seguro assim. Olhei para o mar e ele fazia sinais insistentes me chamando. Não tinha jeito, ia ter que satisfazer o desejo dele. Troquei de roupa ligeiramente e segui ao seu encontro.

- Caralho, a água tá muito gelada! – exclamei.

- Olha uma coisa aqui pra te esquentar ó! – e me mostrou a sunga na mão.

- Você só pode estar de brincadeira...

- Vem Lu, nadar pelado é delicioso – incentivava.

Quanto mais eu pensava era pior, e resolvi mergulhar de uma vez. Nadei para o ponto em que ele estava e fui recepcionado com mais água no meu rosto. Era uma criança, literalmente.

- Veste essa sunga Rodrigo. Pode ter gente olhando.

- Que nada. Olha pra praia Lu, tudo apagado, todo mundo roncando. Vem cá...

Rodrigo me puxou e roubou um beijo. Estava apreensivo com a situação, mas era impossível não se deixar levar. Ele se aproximou ainda mais, enlaçando minha cintura com as pernas, debaixo d’água. Passei a mão nas suas costas até chegar ao seu bumbum.

- Você não acha que essa bunda já está conhecida demais em Morro pra ficar exibindo ela ainda mais, não?

Rimos. Seu pau duro forçando a minha barriga denunciava que a água gelada não era páreo para a sua excitação. Aquela situação era, de fato, muito prazerosa, mas o clima estava esquentando demais, e não pretendia correr o risco de ter uma plateia. Após muitos argumentos, Rodrigo se vestiu e ficamos conversando amenidades, esperando a “situação” melhorar. Brincamos um pouco mais e voltamos para o quarto em seguida. O efeito da bebida não passava, e Rodrigo era a animação em pessoa:

- Ah Lu, antes que eu me esqueça, tenho uma coisa pra te dar... – e começou a remexer a mochila.

Aquele corpo pingando, a sunga marcando as suas partes íntimas, moldando-as perfeitamente, o cabelo molhado e rebelde, tudo parecia um convite para a perdição. Era uma visão desconcertante. Ele tirou um pote, me entregando.

- Achei! Toma... A sobremesa – disse rindo.

Achei graça daquele jeito mais extrovertido dele. Abri e me deparei com uma quantidade absurda de doce de leite.

- Olha, não sei o que você fez, mas parece que minha mãe já tem um novo queridinho. Esse daí foi ela que fez especialmente pra você.

- Sério? – disse meio sem jeito, provando um pouco com o dedo.

- Juro! – ele me observava chupar o dedo.

Aquilo era uma coisa de outro mundo. Continuei a minha sessão gula, e ele não parava de me encarar.

- Gigante, posso falar uma coisa? – completou, mais sério.

- Claro, o que foi?

- Seus olhos... Quando você fica queimado de sol, parece que o azul sobressai mais... – disse me fitando – E isso tá me tirando do sério.

Senti um arrepio ao escutar aquilo.

- Murilão, você nem imagina as coisas que eu quero fazer desde que vi sua marca da sunga quando você estava trocando de roupa.

Rodrigo sorriu de um jeito sensual, se aproximando.

- Quer ver de novo?

Fiz que sim com a cabeça, e ele desamarrou lentamente a sua roupa de banho, tirando-a com calma enquanto continuava a me encarar.

- Sabe... – falei ainda compenetrado – Acho que tá faltando alguma coisa nesse doce de leite, um sabor a mais talvez – brinquei.

Espalhei maldosamente no bico já endurecido do seu peito, para logo depois passar a língua, retirando a guloseima da sua pele. Rodrigo respirou fundo, segurando um gemido, e passou um pouco de doce de leite na minha boca.

- Que estranho. Minha mãe nunca erra, deixa eu provar também.

O paraíso estava completo. Aquele beijo adocicado foi sensacional. O joguinho começou a tomar outra forma. Daí para começar uma festa com doce de leite foi um pulo. Começamos levando o dedo à boca do outro. Logo depois, livrei-me da sunga e a brincadeira chegou a um novo patamar. Era quase uma blasfêmia com o agrado da Dona Marta, mas era impossível resistir experimentar o doce em outros locais, também apetitosos. Rodrigo estava em transe, com o membro em riste. Peguei mais um pouco e, cheio de malícia, espalhei na cabeça da sua pica. O seu olhar surpreso, como quem não acreditava no que eu estava fazendo logo deu lugar a um sorriso de canto de boca, me autorizando a seguir em frente. Comecei a chupa-lo, dando especial atenção à glande, saboreando cada parte que se misturava ao gosto característico do seu órgão. Segui o caminho membro abaixo, tentando abocanhar o máximo que minha boca permitia. Rodrigo inclinou a cabeça para trás, soltando um longo gemido.

- Você tá me enlouquecendo...

Segui em ritmo lento, até senti-lo puxar os meus braços, me beijando novamente. Seu rosto transbordava desejo. Não seria capaz de negar nada a ele naquela noite. Rodrigo me levou à cama e pediu que me deitasse de costas. Obedeci. Pouco tempo depois, percebi que ele começou a lambuzar pequenas porções do doce no meu dorso, completando a operação nas polpas da minha bunda. À medida que sentia algumas lambidas descendo pelo corpo, senti um frio na barriga fora do comum.

Quando o doce de leite acabou, ele seguiu dando mordidas firmes e começou a afastar a minha bunda. Como um explorador nato, sua língua começou uma verdadeira experiência sensorial no meu cu, alternando investidas mais profundas, beijos ternos e chupadas agressivas, sempre salivando toda aquela região. Meu nível de excitação era tão alto que empinei levemente a bunda por reflexo, para lhe dar maior acesso.

Mas Rodrigo queria mais, e logo. Não demorou muito tempo e ele me virou, puxando as minhas pernas ao seu encontro e separando-as. Estava exposto à sua maior vontade naquela noite e tentava não transparecer a ansiedade, já que fazia mesmo muito tempo desde a última vez em que senti toda a sua virilidade dentro de mim. Rodrigo encaixou o pau e passou a me olhar mais sério. Com certo esforço, começou a forçar e logo senti a cabeça entrar. Fechei os olhos com força. Rodrigo apoiou os braços na cama, e enfiou de uma vez, repousando o corpo sobre o meu.

- Caralho! – exclamei.

Ele nada disse, mas procurou me tranquilizar com um beijo. Rodrigo parecia ter pressa, e já imaginava que ele viria com uma pegada mais forte. Só não imaginava que aquilo elevaria ainda mais o meu tesão. Pouco tempo depois, mas o suficiente para eu me acostumar com a sua penetração, Rodrigo passou os braços por debaixo dos meus e se encaixou segurando os meus ombros. O espetáculo ia começar. Sua lombar fazia ondas perfeitas que me deixavam em transe e logo fui invadido por estocadas frenéticas, me fazendo gemer alto. Rodrigo bombava com força e o atrito da sua barriga no meu pau me deixava ainda mais aceso. Apertei sua bunda com vontade, sentindo a velocidade das suas contrações a cada investida. “Puta merda, que delícia!”.

Beijava o seu pescoço, sentindo o sal do mar se misturar ao doce na minha boca. Era um mundo de sensações acontecendo num único momento, e ele não descolava o corpo do meu. Envolvi a sua cintura com as pernas, forçando ainda mais a sua penetração e Rodrigo começou a urrar, anunciando que ia gozar. O seu clímax veio forte, e ele queria prolongar ao máximo o seu orgasmo, continuando a me penetrar com intensidade. Estávamos exaustos e ele respirava com dificuldade, sorrindo pra mim. Pedi para ele levantar o tronco devagar, sem tirar o pau, e comecei a bater uma punheta para ele assistir. Rodrigo alisava as minhas coxas e me olhava curioso. Não demorou muito para esporrar no meu abdome. Os espasmos do meu gozo apertavam ainda mais a sua pica dentro de mim, fazendo-o fechar os olhos para desfrutar ainda mais aquela transa ardente. Em seguida, voltou a se deitar em cima de mim, roubando um novo beijo.

- Tô achando que a gente vai ter que vir pra cá pelo menos uma vez por mês – ele me olhava de um jeito sacana.

- E eu tô achando que vou precisar fazer um estoque de doce de leite – completei.

Rimos juntos. Já tinha acontecido de tudo naquele dia, e a gente queria mais. A nossa noite estava só começando, e o fim de semana parecia nos reservar momentos ainda mais inesquecíveis.

(continua)

...

Oi pessoal! Mais uma vez, obrigado a todos pelos votos e comentários afetuosos no capítulo anterior. O mistério da sala de reuniões estava fácil mesmo, vocês estão ligados no movimento (rs).

Irish, que bom que superou as suas expectativas! Docinho, Talys, Geomateus, Wyllia Paes, Ru/Ruanito e Stylo, obrigado pelos elogios! Drica Telles, seu carinho sempre alegra o meu dia. KaduNascimento, olha você apressado pra saber logo o resto da história (hehe). Guigo1, obrigado pela torcida! Junynho Play, pois é, não perdeu tempo mesmo! E ok, admito que era um pouco de “cu doce” mesmo. É mais forte do que eu, não adianta (rs).

Mais uma vez, agradeço a todos por arranjarem um tempo para deixarem seus comentários aqui. Isso é muito legal. Até o próximo capítulo! Bjão.

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Comentários

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Seu lindo demora à postar não.noticias da louca?Tomara que não apareça mais por aqui. Lindo conto vcs dois dão d++++++ .

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Claro, ja estava arrancando os cabelos q eu nao tenho esperando o cap. Nao demora. Abraços! !

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