A Volta por Cima Cap.12

Um conto erótico de avoltaporcima
Categoria: Homossexual
Contém 709 palavras
Data: 24/10/2014 02:23:34

Cap.12

Contei a história para as meninas lá de casa, ela quase não acreditou.

- Nossa, sério ?- Lucinda dizia, me dando uma xícara de café.

- Sim Lu. E o garotinho era tão fofo. Me apaixonei por ele já- Mariano colocou seu braço em meu ombro.

- Pensamos em adotar ele- ela arregalou os olhos.

- Sério ? Gui, você adotaria o garotinho ?

- Acho que sim.

- Mas você não se acha muito novo para criar uma criança ?

- Sim. Mas eu sinto que aquele garoto é traumatizado, sinto que ele não teve amores. Sei lá, tenho certeza que ele iria ficar bem comigo. Parece agora que ele já faz parte da minha vida, e eu não quero que ele caia nas mãos de qualquer um- ela sorriu.

- Seria ótimo ter uma criança por aqui- disse ela, olhando ao redor, esta tudo tão monótono. Mas será que vocês conseguem.

- Creio que sim. Mas Mari e eu ainda temos que pensar muito. Apesar de eu ter me apaixonado por aquele garoto, temos que o cria-lo bem, isso exige tempo e dinheiro. Mas vamos pensar nessa hipótese.

NO DIA SEGUINTE

24 horas depois, decidimos ir ve-lo. Ver como ele estava e se estava se dando bem com as outras crianças. Pegamos o carro, passamos no shopping, compramos um brinquedo que tenho certeza que ele iria gostar, e fomos para o abrigo. Por fora não era muito bonito mas quanto mais entramos, mais nos surpreendemos. Por dentro era bem bonito, impressionantemente decorado e limpo. Crianças corriam por todo lado, animando todo o local. Logo vimos a secretária.

- Olá- ela falou, se aproximando.

- Oi, boa tarde. É, eu vim visitar um garotinho que chegou ontem aqui- ela olhou pra nós dois, e sorriu.

- Ah sim, ele é branco ?

- Sim

- Então é aquele ali- disse ela, apontando pro outro lado do pátio. Ergui o olhar e vi ele, brincando com outra criança. Sorri.

- Obrigado- me aproximei lentamente, era tão lindo ver ele brincar com outras crianças. Definitivamente, meus hormônios paternais estavam a flor da pele. Logo ele ergueu o olhar, me viu, sorriu, e veio correndo em minha direção. Me ajoelhei e o abracei.

- Tio- seus braçinhos tentavam circundar todo o meu corpo, enquanto eu o abraçava. Acariciava lentamente seus cabelos. Fechei os olhos. Ao ver ele, toda aquela cena do mercado voltou na minha cabeça. Lagrimei.

- Oi meu amor. Esta tudo bem com você aqui ?- limpei meus olhos e olhei pra ele.

- Sim tio, melhor agora que você chegou. Já fiz até um amiguinho- ele chamou e o garoto veio lentamente em nossa direção. Ele era negro, tinha um cabelo cacheado e era um pouquinho mais alto que Felipe- tio, esse é Mário.

- Prazer senhor- ele falou, com a melhor educação do mundo.

- Ochi. Você pode me chamar de tio também- falei, sorrindo, e dando um soquinho na mão dele- esse é o Mariano- Mari sorriu.

- Achei que você não vinha mais tio- Felipe disse, olhando pra mim.

- Eu prometi que vinha, não prometi ?- ele balançou a cabeça- e enquanto você tiver aqui, vou vir sempre te visitar-ele abaixou a cabeça.

- Tio, vão me levar pra outro lugar daqui, pra outra família ?- olhei pra Mariano.

- Não sei querido

- Porque você não me leva pra sua casa ?- respirei fundo. Minha vontade de ter ele pra sempre pra mim era enorme.

- Por enquanto eu não posso fazer isso. Mas prometo vir te visitar sempre. Olha, trouxe alguns brinquedos pra você- ele sorriu.

- Ebaaa, o que é ?-peguei a sacola e mostrei.

- Bem, tem 3 carros e 2 dinossauros, além desse quebra cabeça que tenho certeza que você vai adorar montar- ele sorriu e me abraçou de novo.

- Obrigado tio, o senhor é o melhor tio do mundo- tá, meu emocional estava extremamente aflorado. Eu lagrimava com cada toque daquelas pequenas mãozinhas. Um garoto. Eu sempre pensei em ter filhos, acho que todos nós pensamos nisso em algum momento da vida. Aquele garotinho estava me fascinado. Talvez esse seria o amor que os pais dizem sentir por todos nós. Essa sensação de felicidade com o sorriso dele, e a vontade de protege-lo e mante-lo sempre feliz eclodindo dentro de mim. Algo me dizia que eu tinha que adota-lo, parecia um frenesi. Felipe seria meu filho.

Continua

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