A minha descoberta

Um conto erótico de Bruno Guimarães
Categoria: Homossexual
Contém 1132 palavras
Data: 17/09/2014 17:24:04
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá leitores!

Há um bom tempo acompanho os contos aqui da Casa e sempre tive vontade de retratar uma parte da minha vida e agora aqui estou.

Para preservar a integridade das pessoas aqui envolvidas decidi trocar seus nomes e locais onde os fatos relatados ocorreram... inicialmente planejo contar como "me descobri" e agora sem mais delongas vamos ao conto.

Nasci e cresci numa cidade pequena, fui criado por minha mãe e tias num regime bastante rígido sempre procurando a máxima eficiência seja nos estudos ou na ajuda dos afazeres do lar, meu pai nunca se fez presente nem ao menos sabia seu nome, era um tabu.

Sou magro da pele queimada (a temperatura média anual da cidade, na época, era algo em torno de 33ºC) e possuo traços fortes oriundos da combinação entre alemães e turcos como o meu famoso nariz fino e grande e a minha boca com lábios extremamente volumosos, tímido ao máximo quase um bicho do mato, mas extremamente respeitoso e responsável.Sempre fui de aloitar muito na rua, o que os moleques de hoje chamam de "dar um rolê" e foi numa dessas saídas que algo diferente ocorreu.

Num sábado depois de realizar todas as tarefas estabelecidas por minha mãe, resolvi sair com meu melhor amigo, o Thiago. Fomos juntos para a rua de baixo com a intenção de reunir a galera para um jogo de futebol, depois de chamar o Mário, Rafael (o Mário e o Rafael são primos), André e o Alan começamos a dividir os times. Foi então que do nada o Felipe chega.

- Eae galera, posso jogar também? – Felipe falou já esticando os braços e envolvendo a bola em seus braços.

- Não, não pode! Os times já estão completos. – Disse sem titubear e tentando pegar a bola de volta.

- Se não posso jogar, vamos fazer outra coisa em que eu possa participar.

Realmente não gostava do Felipe, ele era o típico cara autoritário e aparentemente todos respeitavam ele seja por medo ou admiração. Era o cara mais velho do nosso grupo, tinha o cabelo liso e olhos castanhos claros, forte, branquinho e com um sorriso cínico que nunca saia do seu rosto.

Como fui o único a não querer jogar outra coisa tive que dar o braço a torcer e depois de minutos pensando no que fazer o Felipe deu a ideia.

- Que tal fazermos uma Guerra de mamonas lá na Tengu? - Tengu era o nome de uma rua que tinha um terreno baldio gigantesco.

- Não sei se é uma boa ideia, da última vez o Alan saiu todo machucado... – Rafael disse com um pouco de receio.

- Claro que é uma boa ideia, é uma ideia minha! Vamos logo porque ainda temos que catar a munição.

Pra quem não sabe o que é uma mamona, é uma plantinha demoníaca parecida com uma bola de gude cheia de espinhos. Depois de catarmos nossa munição e guardamos nos nossos bolsos, nos reunimos em um círculo no meio do terreno baldio para o Felipe estabelecer as regras.

- 1º Regra: Foi atingido uma vez tá fora, volta aqui pro meio do terreno e fica sentado.

Aquelas mamonas quando bem lançadas doíam mais que pedras, se você fosse acertado por uma era quase inevitável o grito de dor. No momento em que ele recitou essa regra jurei a mim mesmo que iria acertar uma mamona bem na testa do Felipe para tirar por pelo menos alguns segundos aquele sorriso cínico da cara.

- 2º Regra: Só sai da guerra se ganhar ou se levar uma “mamonada”.

- E se precisar ir no banheiro? – Alan disse tão fracamente que quase parecia um miado.

- Não vai ou abaixa as calças e faz em qualquer canto. – Felipe respondeu em um tom desnecessariamente alto, ele odiava ser interrompido.

- E por último a 3º regra: É cada um por si, só vai ter um vencedor! Nada de time suas bichinhas, ouviram!?

Todos responderam balançando a cabeça afirmativamente, mas sabíamos que não seria exatamente assim. Rapidamente troquei olhares com o Thiago e o Mário e formamos um time e naturalmente o Alan, Rafael e o André formariam outro, o único que guerrearia sozinho seria o Felipe mesmo.

Depois das regras estabelecidas, começamos nossa apocalíptica guerra de mamonas. Era mamona para todo lado e no que pareceu uma eternidade só restava eu, Mário e o Felipe.

- Vamos no esconder lá atras da casa abandonada! – Disse um Mário ofegante.

Corríamos de um Felipe ensandecido, apesar de estarmos em maior número, ele parecia um leão perseguindo suas presas. Quando íamos sair de trás da árvore que estávamos escondidos em direção a casa surge o Felipe, descamisado, suado e vermelho de tanto correr. Foi tudo tão rápido que só lembro do grito quase inumano do Mário ao levar uma mamonada nas costas, não tinha o que fazer a não ser correr. Corri como se o mundo fosse acabar e me escondi atrás de uma das paredes da casa abandonada. Em pouco tempo escuto o Felipe se aproximando.

- Sai logo daí sua bichinha, se você sair por bem juro que vai sentir menos dor do que se eu foi aí e te pegar.

- Nunca!!! – Rapidamente sai de trás da parede e desferi uma mamona contra ele, infelizmente não o acertou e voltei a posição inicial.

Depois de um tempo sem ouvi-lo fiquei tenso, resolvi espiar do outro lado da parede quando de repente ouço ele falar atrás de mim.

- Ora, ora se não é a bichinha fujona!

Senti um calafrio me invadir, estava frito. A única opção era virar, encará-lo e me preparar para a mamonada.

- Não se vira mané! Fica de costas pra mim que você sabe que dói menos levar uma mamona nas costas.

- Ok seu filho da mãe, você venceu! Joga logo essa mamona e acaba com isso. - Disse apavorado.

Ele não jogou uma mamona, fez algo para o que eu não estava preparado. Me prensou contra a parede, senti seu peitoral suado grudando na minha camisa, algo me cutucando na bunda e ele fala no meu ouvido.

- Falei pra você sair, agora vou judiar um pouco de você. É disso que você gosta não é bichinha. – Ele dizia enquanto segurava minha anca e fazia o movimento de vai e vem.

Com 19 anos, muito maior e mais forte que eu praticamente não havia nada que pudesse fazer a não ser gritar, mas provavelmente os meninos não iriam escutar ou pensariam que era parte da guerra.

- Deixo você sair daqui sem levar uma mamona na testa e ainda declaro que venceu a nossa guerrinha se você fizer um favorzinho pra mim. – Ele disse isso cheirando meu pescoço e tirando sua bermudaFala galera!

Como já disse, esse é o primeiro conto que publico e espero realmente que vocês gostem!

Desculpe se essa parte ficou meio extensa.

Até mais.

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Comentários

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Caramba, muito bom! Você escreve bem e o enredo foi ótimo. Só foi um tanto malvado por parar na melhor parte.

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