Gotas de Júpiter - NÃO PULE!!!! - 01x04

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Homossexual
Contém 1785 palavras
Data: 11/09/2014 01:29:49

Thiago: - Meu Deus. É a mesma ponte que a Diretora Flora falou... (com a mão na boca)

Fui me aproximando aos poucos. Tentei ligar para a Ludmila, mas não completava a ligação.

Thiago: - Calma, Thiago. Calma.

O Gustavo se mexeu e eu dei um grito abafado. Lentamente me aproximei dele. Pulei a grade de segurança e fiquei preso, a maior parte de eu ficar parado ali abraçando o ferro era por causa do medo. Com sacrifício consegui sair, estranhei ele não ter notado a minha presença. Cutuquei o ombro dele.

Gustavo: - Meeuuu Deuuuss!!! (quase caindo)

Thiago: - Calma. Eu sei que a vida pode ser difícil, mas isso não vale a pena. (segurando na bancada da ponto o mais forte possível)

Gustavo: (tirando os fones e ouvido) – O que?

Thiago: - Não vale a pena tirar a própria vida. Pensa nos teus amigos, família.

Gustavo: - Você tá maluco Thiago? Quem vai se matar?

Thiago: - Você.

Gustavo: - Onde você tirou essa ideia? (tentando se levantar)

Thiago: - Não se mexa... não vale a pena. (escorregando, caindo e segurando na beirada da ponte)

Gustavo: - Pelo amor de Deus! (levantando-se e segurando Thiago)

Thiago: - Socorro!!!! Socorroooo!!! Não deixa eu cair!!! (tentando subir)

Gustavo: - Eu não vou. Força. Sobe... sobe cara!!! Ahhhh!!!! (levantando Thiago de uma vez só)

Thiago: (abraçando Gustavo): - Obrigado. Obrigado.

Gustavo: - Pode me soltar agora.

Thiago: (continua abraçando Gustavo) – Ok.

Gustavo: Sério. Estou com falta de ar.

Thiago: (saltando imediatamente o amigo) – Desculpa. Eu... acho... acho que vou pro outro lado. (pulando e ficando preso novamente) – Sou novo nisso de pular ponte. (rindo constrangido)

Gustavo: - Tudo bem. Eu também sou. (pulando de uma única vez para o outro lado)

Thiago: - Desculpa mesmo. (virando e caindo sentado no chão).

Gustavo: (sentando ao lado de Thiago) – Me conta.. de onde você tirou essa ideia de girico?

Thiago: - Ano passado um rapaz se matou na escola.

Gustavo: - Eu soube.

Thiago: - E eu conversei com a diretora Flora. E ela disse que sempre o via sentado na ponte. Quando eu vi você... eu.... eu....

Gustavo: - Tudo bem. É a primeira vez que alguém faz algo tão legal por mim.

Thiago: - Que bom. É a primeira vez também que um plano meu de resgate dá errado.

Gustavo: - Fico imaginando os que dão certo. (rimos juntos)

A casa do Gustavo ficava a cerca de cinco quadras da minha, ou seja, ele conheceu a minha residência. Ao chegar em casa encontro meu pai dando uma bronca no Alex. Finjo que nem estou vendo nada e subo. Deixo a minha mochila em cima da escrivaninha e deito na cama.

Gustavo não vai pra casa. Ele dobra uma rua antes e entra numa cafeteria.

Silva: (olhando para o relógio) – Está quatro minutos atrasado.

Gustavo: - Desculpa chefe. Dia cheio na escola.

Silva: - As gatinhas devem tomar todo o teu tempo né?

Gustavo: - Quem dera. Eu vou começar o serviço. (colocando um avental do Café Grand Prix)

Silva: - Então começa pela mesa quatro e sete. Eles estão esperando a vossa realeza os atender. (abrindo o caixa e conferindo o dinheiro).

Em casa, decidi pesquisar um pouco sobre a vida dos meus amigos de classe. Fucei no facebook, twitter e instagram. Obrigado tecnologia. Para a minha surpresa encontrei a Kim e resolvi adiciona-la. Conversamos um pouco e ela me contou sobre a história deles.7

Começando pela Suh, ou melhor chamando Suzana. Uma menina loira, de quase 1,70 altura, magra, cabelos loiros claro e olhos azuis. A aparência dela é sem dúvidas um grande destaque. Se eu não fosse gay, acho... quer dizer... tenho certeza que me apaixonaria por ela. A reunião com a ‘bruxa do 71’ foi cancelada por motivos de saúde, então não pude conhecer mais ela.

Na casa de Suzana as coisas pareciam normais. Era uma residência grande, com mais quartos que moradores. Seu pai era um homem muito rico que casou com a miss da cidade. Isso foi em 1900 e alguma coisa. Hoje, ele vive viajando e sua esposa ficou uma compulsiva em cirurgias plásticas.

Suzana: - Calma mamãe. Vai dar tudo certo. (pegando um pano gelado e colocando no rosto da mãe).

Sônia: - Minha filha... o sofrimento vale a pena. Vou ficar 10 anos mais jovem.

Suzana: - Mãe a senhora é linda. Não deveria se preocupar tanto com a aparência.

Sônia: - Quando você tiver a minha idade e os meus problemas... aí... saberá o meu drama. Raimunda querida, por favor, pegue aquele remédio do pode azul. (apontando para uma prateleira).

Suzana: (saindo do quarto) – Poderia pensar menos em plástica e mais em mim.

De acordo com as minhas fontes, a Suzana sempre pareceu ser uma garota dócil e meiga. Aprendeu bateria mais para chamar a atenção dos pais. Teve a fase garotinha, roqueira e agora era a patricinha. Ela integra atualmente o grupo do ‘ bonde das poderosas’. A sua líder era a venenosa Jéssica, a menina mais rica e ordinária do mundo. Quando Lucio morreu, a Suzana perdeu o rumo e decidiu integrar a high sociaty da escola. Deixando para trás a Ludmila e o Bruno.

Ai, ai... e o que falar do nosso capitão do futebol. Bruno era um rapaz bonito, moreno, 175 de altura, corpo sarado e um belo par de olhos castanhos (Maravilhosos). É de família grande. Seus pais tiveram sete filhos, então ele utilizava o esporte para fugir um pouco da loucura familiar.

Bruno: - Mãeeee. Cheguei.

Catarina: - Meu filho. Preciso que fique de olhos nos seus irmãos. Preciso ir a feira para comprar os ingredientes do trabalho.

Bruno: - Pode deixar mãe.

Bruno deitou no chão e quatro crianças começaram a brincar com ele. Durante a tarde, o jogador ajudou a mãe nos afazeres de casa e subiu para o quarto. A esperança dele era se graduar com boas notas e conseguir ingressar em algum tipo de futebol profissional. O treinar era apaixonado pelo Bruno, claro que não literalmente, e tenho certeza que no futuro o meu amigo se daria bem.

E tínhamos a Ludmila. Descobri que seus pais haviam se divorciado recentemente. Culpa? Da mãe dela. Apesar de tudo a Ludi resolvei ficar ao lado da dona Eliane. Ludmila era a melhor amiga do Lúcio. E foi uma das fundadoras da banda, mas perdeu o interesse pela música quando o amigo resolveu se matar.

Ludmila: (deixando a mochila na mesa) – Mãe?! (olhando a casa e encontrando um bilhete na mesa)

“FILHA TENHO UM ENCONTRO HOJE. SUA COMIDA ESTÁ NA GELADEIRA, ESQUENTA POR FAVOR. TENHA UMA BOA NOITE E CUIDADO COM AS COISAS QUE VOCÊ FAZ NA MINHA AUSÊNCIA. BEIJOS MAMÃE”.

Ludmila: - Novidade.

Thiago diz:

“E você Kim?”

Kim diz:

“Eu?”

Thiago:

“Sua história... me conta”

Kim diz:

“Sou uma garota normal. Com pensamentos normais”

Thiago diz:

“Vou fingir que acredito. Bem. Ainda tenho dever de ksa para fazer. Depois conversamos. Bjo”.

Abri os cadernos e fiz os exercícios. Coloquei todo material de volta na minha mochila e tirei a camisa. O sul é um lugar muito frio. Meus pés estavam congelando e no momento o nosso aquecedor ainda está em fase de instalação. O jeito é ir para o chuveiro. Abro a válvula na opção ‘férias em Cancun’. E deixo a água percorrer todo o meu corpo. Penso no Vitor e o meu pênis começa a ficar ereto. Tenho 18 centímetros e sou praticamente virgem no setor frontal. Fico imaginando o beijo dele, o toque, sinto ele me beijando por trás.

Thiago: (se masturbando e encostado na parede) – Nossa.

Parece que ele está ali comigo. Sinto o halito dele perto de mim. O beijo com força. De repente sinto outra mão encostando na minha bunda. Olho e é vejo o Gustavo. Seus cabelos encaracolados se desfazem devido à água do chuveiro. Ele é da minha altura, um pouco mais forte que eu. Enquanto o Vitor me beija e esfrega o pênis em minha costa, imagino-me beijando e explorando cada canto do corpo de Gustavo.

Gustavo: (passando as mãos nos meus cabelos) – Isso gayzinho. Agora vem chupar meu mastro... (empurrando minha cabeça) – Vem.

Vitor: - Isso. Deixa essa vadia bem aberta para eu penetrar nesse cuzinho.

Tenho dificuldade para chupar o pênis de Gustavo e ele força todo o meu limite. Meu sonho de consumo... ser preenchido por dois machos. Vitor parece insaciável e mete com toda força, fico engasgando no pau de Gustavo. Ele me levanta e ergue as minhas pernas, coloco meus braços em volta do pescoço dele, o Vitor nem continua me penetrando. Relaxo bem e sinto o pênis de Gustavo brigando por um espaço no meu ânus. Solto um grito abafado e ele finalmente consegue me penetrar. Nossa... dois homens lindos me preenchendo. Que tesão.

Thiago: (se masturbando freneticamente): - AAAAAHHHH!!!!!!!

Melei toda a parede do banheiro. Respirei fundo e percebi que estava sozinho no banheiro. O tesão é uma coisa que me tira totalmente o controle. Termino de tomar banho e coloco meu pijama. Sim. Uso pijama. Com o tema do Toy Story. Enfim.

Não muito longe dali. O Gustavo deixava um saco de lixo no camburão colocado na rua. Ele se despede de Silva e Rogéria. Durante o trajeto até em casa, o meu colega de escola passa em várias residências e fica pensativo. Ele não entra em casa pela porta principal. Sobe na lixeira e alcança uma escada de incêndio. Ele abre a janela de seu quarto e entra devagar.

Gustavo pega um maço de dinheiro, a maioria são notas de dois reais e guarda na gaveta com fundo falso. Ele deita na cama, fecha os olhos e sorri. E lembrou de uma conversa que teve mais cedo naquele dia:

Gustavo: - Quer dizer que você achou isso de mim?

Thiago: (guiando a bicicleta a pé) – Foi doidera da minha cabeça. Mas queria te agradecer, pois, eu tentei salvar a tua vida e você salvo a minha.

Gustavo: - Obrigado.

Thiago: - Por quê?!

Gustavo: - Por ser legal comigo. Quase ninguém é.

Thiago: - Tudo bem. Algumas vezes as pessoas também não são legais comigo. (respondeu sorrindo)

Todo mundo tem o ritual do sono. Claro. Eu, por exemplo, só durmo depois de escovar meus dentes meticulosamente. Outros tem suas manias. 7

(Suzana passando creme no rosto)

(Kim lê um antigo livro em japonês de baixo do cobertor)

(Alex come um pedaço de pizza)

Eu capoto fácil, acho que não levo nem cinco minutos para dormir. Mas, enquanto a maior parte da cidade dorme.

(Thiago sorrindo e embrulhado com o edredom)

Ou ficam de bobeira na frente da televisão, mesmo sabendo que haverá um dia cheio pela frente.

(Bruno assistindo a um jogo de futebol)

(Gustavo sorrindo deitado na cama)

Alguém chega. E vai mudar o destino de muita gente.

Mulher: (descendo do ônibus) – Finalmente.

Motorista: - Tem alguma mala que precisa despachar senhora?

Mulher: - Não. Ainda não. (deixando transparecer um sorriso malicioso)

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Comentários

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Quem fala, fala de alguma coisa. Então a frase "a mesma ponte que a Diretora Flora falou" tem que ser "a mesma ponte *DE* que a diretora Flora falou".

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