Relembrando o que é amar Cap.1

Um conto erótico de relembrandooqueéamar
Categoria: Homossexual
Contém 1617 palavras
Data: 01/09/2014 00:42:40
Última revisão: 01/09/2014 00:47:09

Cap.1

Tem dias que eu me pego pensando ? A maioria das pessoas deve achar a minha vida umas mil maravilhas. Eu sou um escritor de sucesso, tenho muito dinheiro, vivo numa cobertura enorme, posso viajar a hora que eu quiser, pra onde eu quiser. Definitivamente, eu não tenho do que reclamar... mas... acho que é egoísmo meu, mas falta amor em mim. Não tenho boa relação com a minha família, meu irmão morreu, e só tive um amor na minha vida. O único, até então.

FLASHBACK

7 ANOS ATRÁS

Estava em meu quarto, fazendo o que sempre faço, escrevendo. Amo escrever, mesmo tendo apenas 14 anos.

- Você quer um suco Shunsuki ?- o nosso mordomo Mário veio perguntar.

- Não, estou bem- ele fechou a porta em seguida. Olhei pela janela e foi quando vi uma pessoa que iria marcar a minha vida. Uma nova família pintava na minha rua. Descem dois adultos, uma mulher loira bem bonita, e um homem com cara de executivo. E em seguida, um garoto. Lembro de ter ficado fissurado naquele garoto. Ele era loiro, tinha olhos azuis, magro, alto, tinha uma carinha de anjo, e um jeito ingênuo. Dias depois, o conheci. Como não gostava de funcionários vasculhando o meu quarto, eu mesmo o arrumava. Estava indo deixar o lixo da faxina, foi quando o vi lá, sentado na frente de casa, olhando pro horizonte. Ele vestia uma camisa de mangas compridas, parecia estar triste, e tinha um gato em suas pernas. Acariciava o bichano. Joguei o lixo fora, e já ia voltar pra casa, foi quando senti algo arranhando meu sapato. Olhei pra baixo, era o gato.

- Oh, Erik, seu gato fujão !- era voz dele, vindo em minha direção. Me abaixei e peguei o gato no colo- Não faça isso !

- Porque não ? Esse gatinho é fofo- falava, acariciando sua pelagem.

- Geralmente ele arranha novas pessoas, mas ele não está fazendo isso com você.

- Mas esse gato é inofensivo- falei, dando o gato pra ele- Você se mudou esses dias né ?

- Humrum. Meu nome é Gustavo - falou, estendendo a mão

- O meu é Shunsuki- falei, o cumprimentando.

- Shun... o quê ?

- Shunsuki. Eu sei que é esquisito, é que minha mãe é japonesa, ai ela me colocou esse nome.

- Ah. Ok, boa tarde.

- Boa tarde- o que será que ele tinha achado de mim ? Ele era ainda mais bonito pessoalmente. Tinha uma leveza que fazia todos se encantarem por ele. Aos poucos, ficamos amigos. Além do fato de que ele estudava na mesma escola que eu, e isso facilitava muito.

- Oi- dizia eu, vendo ele na porta da minha casa- que bom que veio, você vai me ajudar bastante naquele assunto- minha mãe estava em casa.

- Tenho certeza que sim- ele entrou, minha mãe estava sentada na sala.

- Enfim você traz um amigo em casa Shunsuki- ela dizia, se levantando pra cumprimenta-lo.

- Olá senhora, me chamo Gustavo- falou, a cumprimentando

- Muito prazer, me chamo Ayiku.

- Encantado- falou, despertando um sorriso nela.

- Ai mais que garotinho fofo :)- a cara que ela fez parecia aquelas caras de animes.

- Tudo bem mãe, nós vamos estudar um pouquinho- falei, subindo as escadas

- Qualquer coisa me chame.

Logo chegamos no nosso quarto e começamos a estudar. Toda noite era assim. Mas uma noite foi diferente. Ele não veio. Decidi ir a casa dele ver o que tinha acontecido pra ele não ter vindo. A porta foi aberta por um funcionário.

- Olá

- Oi, sou o Shunsuki- ele me olhou de cima a baixo- moro na casa ao lado.

- Ah sim, o que deseja ?

- Queria saber o que houve com Gustavo, ele não foi estudar hoje.

- Ele não está muito bem.

- Posso entrar pra vê-lo ?

- Claro, espere aqui na sala um momento que vou avisar que você veio- fiquei lá, observando a bela decoração da casa deles, esperando uma resposta, logo vejo ele descendo.

- Shunsuki- falou Gustavo, sorrindo- desculpe não ter te avisado, mas é que eu não tenho o seu numero de telefone. É que hoje estou com um mal estar generalizado, uma dor de cabeça terrível, por isso não fui.

- Ok. Então, melhoras pra você- já ia voltar, mas ele chamou.

- Ei

- O que ?

- Suba, eu já conheço seu quarto, quero que conheça o meu.

- Tudo bem- falei, subindo as escadas e me encaminhando em direção ao seu quarto. Logo ele abriu a porta. Seu quarto era espaçoso, cheio de livros para todos os lados. Era organizado e tinha uma enorme cama. Tinha alguns retratos seus. O observei. Algumas medalhas de natação, outras de matemática, ele parecia ser bem atlético. Tinha fotos daquelas pessoas que eu vi no dia que ele chegou no bairro, os pais deles.

- Seu quarto é legal. Bem melhor que o meu.

- Nem é. Ei, já que não vamos estudar hoje vamos jogar video game. Ao menos assim não fico tão entediado.

- Ok, qual jogo ?

- Sei lá, que tal NFS.

- Tudo bem- falava eu, indo acariciar o gato Erik- ele está mais gordo do que quando nos conhecemos.

- É que ele está crescendo, aquele dia que você o conheceu ele tinha apenas 6 meses, agora já tem 8. Pronto, vamos jogar- falou, me dando o controle. A partir daquele dia nossa relação se estreitou ainda mais. Era comum eu ir dormir na casa, ou ele dormir na minha, um comer na casa do outro, ou quando a família de alguém precisava viajar, o alguém ficava na casa do outro. Éramos melhores amigos. Mas foi em um certo sábado que eu comecei a perceber uma atração por ele. Naquele dia, não havia ninguém em casa além de eu e os funcionários.

- Oi- ele dizia, entrando no meu quarto em plena manhã de sábado- Você ainda está dormindo ?

- Claro seu idiota, ainda é cedo- falei, jogando o travesseiro nele

-Já são 10h30- falou, jogando seu material de natação em cima da minha mesa.

- Não importa, eu estou morto de sono.

- Ah, mas agora você vai acordar, precisamos, terminar aquele exercício, looooggooo- falou, tentando me empurrar, mas eu nem me mexia- anda Shunsuki, levanta- falou, puxando meu lençol e revelando todo o meu corpo, pois só estava de cueca.

- Naao- falei, apertando ainda mais o travesseiro.

- Shunsuki !- ele ficou calado por alguns segundos- se você não levantar agora, eu lerei seus textos todos !- imediatamente pulei da cama.

- Naaao, Gustavo, não leia !- falei, correndo pra minha mesa e impedindo ele de pegar um dos meus cadernos

- Eu ainda tenho esse- falou, surgindo com um outro

- Não, devolve, Gustaaaavo- de repente, acabei o empurrando, ele caiu em cima de mim. Comecei a rir, mas ao perceber a situação em que estávamos, imediatamente pensei besteira. Ele estava em cima de mim, com a bunda colada em meu pênis, e eu segurava sua mão, tentando tirar o caderno dele. Fiquei ainda mais arrepiado quando ele soltou o caderno, e apertou a minha mão. Porque ele estava fazendo aquilo, porque meu coração estava acelerado desse jeito. Foi quando a porta abriu se de uma vez, causando um enorme susto em nós dois.

- Shunsuki, preciso que você pesqu...- minha mãe parou ao ver nós dois no chão, por sorte ele tinha saído de cima de mim- ah, Gustavo, que sorte você ter conseguido tirar Shunsuki da cama a essa hora. E o que vocês dois estão fazendo ai no chão ?- pensei rapidamente numa desculpa, e a dei.

- Estávamos procurando uma caneta minha, você achou Gustavo ?

- N-nao- falou, com uma voz tremida.

- Pegue, eu tenho uma caneta aqui, depois você compra outra. Preciso que você pesquise aquele formulário pra mim, por favor filho, só voce sabe fazer do jeito que eu gosto.

- Ok mamãe- eu ainda estava afoito com tudo o que tinha acontecido, nem conseguia respirar direito.

- E vista-se também, que mania feia de ficar de cueca no quarto- olhei pra mim mesmo, e rapidamente fui até o closet, pegar uma roupa.

- É, já que você vai ficar ocupado, eu venho depois Shunsuki.- por algum motivo eu não queria que ele fosse embora

- Espera- falei, segurando na sua mão.

- Eu venho depois, prometo- falou, olhando pra sua mão, e em seguida pra mim. Soltei a, e ele foi embora. Olhei me no espelho, e fiquei pensando "O que foi isso ?" Aos poucos eu fui descobrindo que estava sentindo atração por ele. Aquele jeito inocente, seu corpo, me despertavam sentimentos novos e desconhecidos pra mim. E foi em uma noite de quinta, que falei tudo a ele.

- Anda Shunsuki, o que nós fazemos quando o existe numeros junto com o x no mesmo lado da equação ?- dizia, com o rosto pertíssimo do meu. Podia sentir sua respiração em minha nuca, e aquilo fazia eu me arrepiar.

- Nós...- soltei o lápis- ai, porque eu não consigo aprender uma coisa tão simples !- falei, jogando meu rosto na mesa.

-Você está prestando atenção ?

- Sim.

- Então você tem que passar esse numero pro outro lado, com o sinal diferente !- falou, pegando meu lápis e fazendo a conta.

- Ah sim, lembrei !- falei, tentando tirar o lápis da mão dele, foi quando nossas mãos novamemte se tocaram. Como na última vez, ele soltou o lapis e agarrou a minha mão, porque ele fazia isso ? Pra me deixar mais confuso e atraído ? Olhei pra ele, ele me olhava. Estava vermelho. Podia ouvir sua forte respiração. Foi quando me levantei, e dei um forte abraço nele, que prontamente retribuiu.

- O-o que isso s-significa ? - falou, quase engasgando.

- Eu...- olhei pra seu rosto, que tinha uma expressão de tensão que eu nunca tinha visto. Foi quando o beijei. Não sabia se ele ia aceitar, se ia me rejeitar, apenas o beijei, sem medo.

Continua

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Comentários

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interessante e instigante !! sua historia esta sendo bem legal

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