Histórias de Isac Cap.6

Um conto erótico de históriasdeisac
Categoria: Homossexual
Contém 1470 palavras
Data: 01/09/2014 22:47:38

Cap.6

- O que eu tenho a ver com isso ?- perguntei, intrigado.

- É que ele fez uma aposta com o Pablo, por você.

- Como assim, por mim ?

- Pablo propôs que se Eduardo o ganhasse na piscina, em uma prova de 200 m livre, deixaria você em paz. Caso contrário, Pablo iria poder ficar com você e Edu teria que te esquecer.

- O que ? Como eles fazem uma aposta assim, sem nem me consultar. E o que deu na cabeça daquele maluco de apostar logo com o melhor nadador do colégio- falava, vendo ele como um louco tentar diminuir o tempo.

- Agora você deve torcer por ele. Você sabe que se Pablo ganhar isso, ele vai poder fazer o que quiser com você.

- Aff, e agora !- falei, jogando-me na cadeira da varanda- mas como esses dois são idiotas !- decidi trocar de roupa e descer. Fui direto até a piscina. Ele continuava lá, tentando bater o tempo- ei.

- Ah, oi - falou, imergindo e vindo em minha direção.

- Você não precisava fazer isso !- falei- eu sei me cuidar.

- Ah, o linguarudo Marcos abriu a boca !- falou, mexendo a cabeça e me molhando.

- Ei, não me molha !- falei, me levantando e me afastando antes de levar um banho. Ele saiu da piscina e começou a se enxugar.

- Eu fiz isso porque eu não iria permitir com que ele continuasse mexendo com você. Eu sei que ele só vai te fazer mal, e eu não quero isso pra você. É por isso que eu estou me arriscando. Por você !- por algum motivo, naquele momento só uma palavra veio na minha cabeça. "Abraça ele, abraça ele !" E foi o que eu fiz. Eu corri, e o abracei por trás. Por algum motivo eu precisava daquilo. Eu queria e precisava abraça-lo, sentir o corpo dele junto ao meu. Ele soltou a toalha, e retribuiu o meu abraço. Recostei minha cabeça na costa dele. Me sentia... feliz.

- Obrigado por se preocupar tanto comigo !

- De nada- falou, me soltando e me abraçando de frente- tudo o que estou fazendo é porque gosto muito de você. Eu não me perdoaria nunca se algo te acontecesse- olhei para seu rosto. Como ele era lindo, seus cabelos ruivos contra o sol, eu nem acreditava que um garoto como ele gostava de mim. Nos aproximamos, mas, de repente, comecei a ficar nervoso. A maldita fobia não tinha ido embora de uma vez. De repente, Hanz aparece, salvando a pátria.

- Hanz, vamos tomar café, eu estou morrendo de fome- falei, saindo de seu abraço e indo em direção ao refeitório. Será se eu estava gostando dele ? Porque eu o abracei daquele jeito ? E essa vontade de abraça-lo ? Quero respostas.

- O que foi aquilo ein ?-Hanz perguntava, sorriso.

- Um abraço ora- falei, entrando no refeitório.

- Um abraço ? Vocês estavam quase se beijando !- falou, pegando uma bandeja.

- Fala baixo. Eu não o beijei, não coloque idéias, esse povo tem ouvido de água.

- Você está gostando dele né ?

- O que ? Óbvio que não- falei, pegando um pedaço de melão.

- Tem certeza ? E aquele clima romântico ? Aquele abraço colado ? Seu brilho no olhar ? Você estava até vermelho.

- Eu não estou gostando dele Hanz !- falei, um pouco alto, o suficiente pra algumas pessoas olharem. O puxei pelo braço- vamos pra outro lugar, não dá pra conversar aqui, há fofoqueiros por todos os lados- fomos em direção ao bosque.

- Agora sim, você pode se abrir.

- Ah. O que você quer saber ?

- Primeiro, porque você estava abraçado com ele daquele jeito no meio da piscina com um monte de gente olhando. O assunto Edac voltou a reinar no colégio.

- Aff. Tudo começou por uma aposta que ele fez com o Pablo.

- Aposta ?

- É. Marcos me falou que o Pablo apostou com ele. Quem perdesse uma prova de 200 m livre teria que se afastar de mim, e o outro poderia fazer o que quisesse.

- Mas ele é maluco da cabeça, apostar logo na piscina, e com o Pablo, que é o melhor do colégio.

- É. Foi isso que eu pensei. Ai vim conversar com ele, pra saber o porque dele ter feito aquilo. Ele disse que era pra não deixar o Pablo se aproximar, só assim ele ficaria longe de mim sem ser obrigado. Era tudo pra me proteger. Ai por algum motivo eu o abracei. Não sei o que deu em mim, eu não gosto de Abraços. Mas o abracei. Dai rolou aquele clima horrível e eu quase o beijei. Mas a minha fobia me perturbou, e felizmente você apareceu.

- Você gosta dele.

- O que, não...- pelo menos, acho que não.

- Ah, eu... se tivesse alguém assim- olhei pra ele sorrindo.

DIAS DEPOIS

Era o dia do desafio. Era domingo. E eles fizeram o desafio bem cedo. Ainda não estava muito a vontade com aquilo, mas por causa de Marcos e Hanz, que insistiram muito, decidi ir ver ele nadar. Logo Pablo apareceu, olhei com uma cara horrivelmente feia pra ele.

- Bom dia Isac

- Bom dia- falei, extremamente seco. E em poucos minutos Edu apareceu. Passou por mim, sorrindo. Eles trocaram de roupa e foram pra suas raias. Me levantei. Ao vê-lo ali, fazendo aquilo por mim, diversas coisas vieram a minha cabeça. Desde a época que morava com meus pais, o dia em que ele assumiu seu sentimento pra mim, e como minha vida mudou desde então. Perdi a fobia, fiz amigos, fiquei mais sociável. Foi ai que percebi, era tudo por causa dele. Mais o que esse garoto tinha de tão bom ? Ele pulou na água em seguida. Os nossos momentos juntos fora do colégio, vieram de uma vez na minha cabeça. Felicidade era o sinônimo daqueles momentos. Felicidades que eu nunca tinha sentido antes. Espera, mais eu já tinha ido ao cinema, e a praia. Então... era tudo por causa dele. Ele deixava aqueles momentos especiais. Ele me fez ficar mais sociável. Ele me deixava meigo e calmo. Ele me dava sensação de segurança. Ele, ele, ele, ele. Era tudo por causa dele. Ele era importante pra mim ! Olhei meu celular, a foto que estava lá era dele. Nunca tinha colocado nem fotos de minha família ali. Mais tinha fotos dele. Era por causa dele. Foi com ele que eu dei um abraço depois de anos, e por vontade própria. Ele, sempre ele. Ele era importante pra mim, ele tinha que ganhar esse desafio.

- Ele tem que ganhar ! Eu gosto dele ! Eu gosto !- falava

- Enfim, você assumiu !- Hanz dizia, com a mão na boca. Eu tinha que incentivar ele de todo jeito. Olhei pra piscina, ele estava perdendo. Corri pra beira da piscina, pra que ele soubesse que eu estava ali, torcendo por ele !

- Vai, Edu, ganha essa, por mim ! Edu !- pude ver o seu olho olhar pra mim, em um milésimo de segundos, enquanto eu gritava igual a um maluco, tentando mandar todas as minhas energias pra ele. Lentamente, ele conseguiu ultrapassar Pablo. Funcionou. E logo, gritei.

- EDUUUU !- parecia que por um segundo o mundo tinha parado. Foi quando, a mão dele tocou a parede primeiro. Ele tinha ganho. Eu nem acreditava- você ganhou, você ganhou !- falei, correndo para abraça-lo. Nem liguei se ele estava molhado só queria sentir o seu corpo, e fazer ele sentir que eu gostava dele.

HORAS DEPOIS

O beijo não havia acontecido ali. Eu julguei que tinha que ser especial.

- Anda Edu, a gente vai perder o horário do passeio- falava, assinando a lista de saída.

- Calma, é que essa porcaria não quer fechar !- falava, todo atrapalhado com o botão da sua camisa.

- Ai, criança, deixa eu ver isso, e assina logo essa lista- falei, ajeitando o botão da sua camisa, enquanto ele assinava a lista- pronto, criança que não sabe ajeitar um botão !- ele terminou de assinar a lista. Logo ele puxou a minha mão, em direção ao táxi. Entrei, e antes de sair, olhei pra porta, e Mariano estava lá, escorado. Foi quando de repente, Marcos o abraçou. Será se estava rolando algo.

- Olha lá !- falei, apontando pra porta.

- Marcos me falou hoje que gostava muito dele - Edu me dizia.

- Hum. Que bom que Mariano achou alguém.

Logo fomos em direção ao canal do itajuru. Chegamos no barco, aonde iríamos passear. A idéia tinha sido minha. Eu queria que fosse especial. Logo partimos. Olhando toda aquele paisagem, ele começou a falar.

- Fiquei muito feliz quando você torceu por mim hoje de manhã.

- Eu queria muito que você ganhasse- falei, me aproximando dele- eu, gosto de você- falei, o abraçando.

- Eu... te amo- falou, virando pra mim. Passou a mão no meu rosto. O clima romântico, seus cabelos ao vento, tudo fazia eu ter mais vontade de fazer aquilo. Cheguei mais perto, e enfim, o beijei.

Continua

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