Primeira transa de verdade cap 2 (Primeiro beijo) / 1ºparte

Um conto erótico de eryckinho
Categoria: Homossexual
Contém 1970 palavras
Data: 06/09/2014 01:59:57

obrigado pelos comentários, quero agradeço ao Geomateus que sempre comenta meus contos.

e seja bem vindo SantiagoSaoFranciscodoCondeBa aos meus contos

mais um cap pra vcs Boa Leitura!

Cap 2 -meu primeiro beijo

Depois da nossa transa espetacular, Anderson limpou-se no banheiro e foi para casa, despedindo-se de mim com um sorriso meio torto. Eu fui tomar um longo banho, mas antes precisei usar o banheiro, e notei que estava destruído lá na região inferior; era de se esperar, mesmo, com um pinto daquele tamanho! Notei que sangrou um pouco, e estava bastante dolorido. Depois do banho, fui até a internet para procurar mais informações; encontrei indicações de uma pomada, e fui até uma farmácia mais longe da minha casa para comprar. Aproveitei que já estava lá, e decidi comprar um lubrificante - só para garantir. Foi uma cena muito embaraçosa, mas a mulher do caixa foi séria e profissional, e me senti mais tranquilo.

No dia seguinte, Anderson compareceu à aula normalmente, cumprimentou-me como sempre, e sentou-se relativamente perto de mim, no único espaço próximo vago. Às vezes, eu cruzava meu olhar com o dele, e via que ele estava me olhando. Queria tanto falar com ele, saber o que estava se passando na cabeça dele, mas o intervalo não chegava nunca. Apesar de ser um dia quente de já quase verão, eu estava sentindo frio, por estar inteiramente sem pêlos (já tinha poucos, e sou magrinho, então já sinto mais frio de qualquer maneira!); eu me chacoalhava e me espreguiçava para tentar me aquecer, mas parecia que havia gelo em contato comigo. Dá para entender a mulherada sempre reclamando de frio...

O intervalo finalmente chegou, e Anderson veio diretamente conversar comigo.

- Beleza...

- Beleza, cara - respondi, no tom mais amigável e normal que consegui.

- E aí, vai rolar aula de violão hoje à tarde?

A pergunta deixou minha cabeça completamente vazia. Demorei uma eternidade para responder.

- Putz, velho, hoje à tarde vem a mulher limpar a casa...

O olhar de desapontamento de Anderson cortou-me o coração.

- Até que horas ela fica, mano?

- Acho que até umas cinco... mas meus pais chegam às seis e pouco...

Vi o rosto dele se iluminar.

- A gente marca então de praticar naquele parquinho ali perto da tua casa, e depois entramos!

- É, pode ser... só tem um problema... com a entrada dos fundos.

Ele pareceu não entender; eu indiquei discretamente a minha bunda, e vi um olhar de preocupação no rosto dele.

- O que que houve?

- Arrombaram a porta - falei, meio rindo -, e agora não dá pra entrar.

- Mas tá tudo bem na tua... casa? - ele perguntou, sério.

- Tá sim... tá tudo... ótimo - um alívio me invadiu ao ver que ele se preocupava comigo.

- Então tá bom... te vejo hoje à tarde... umas quatro tá bom?

- Beleza, mano...

Passei o resto da manhã tentando entender o que ele queria fazer no parque. Ele não parecia bravo ou nervoso, nem sequer estava com a expressão que carregava recentemente, já que estava bebendo depois de descobrir o incidente todo. Eu genuinamente não sabia o que esperar.

A tarde se arrastou em minhas preocupações, e nem navegar fazendo nada na internet conseguia fazer o tempo passar. Dez pras quatro eu saí de casa meio arrumadinho, com meu chapéu sobre um rabinho de cavalo, jeans e uma camisa vermelha de botão, mas antes de fechar a porta perguntei para a mulher que limpava minha casa se ela já estava acabando, e ela falou que cinco horas ela sairia. Do portão da minha casa já se via o parque, e lá estava Anderson, sob o calor do sol, encostado numa árvore, com o violão nas mãos. Fui em sua direção, cada passo explodindo meu coração, minha cabeça quase girando em suposições absurdas, mas quando finalmente cheguei até ele, as nuvens de ilusão se dissiparam no sorriso tímido que ele me deu.

- E aí, velho... achei que tu não chegava nunca...

- Eu moro logo ali, mano, eu não ia sair de casa antes, achei que tu nem tava aqui!

- To aqui já faz um tempo - ele bateu um acorde desajeitado no violão -, praticando.

- Massa - encorajei -, logo tu vai ficar mestre!

Ele riu, meio que achando que eu estava debochando dele, mas pareceu não ligar.

- Yuri, cara, a gente precisa conversar.

Meu estômago desceu aos meus pés, e deixou um buraco gelado em seu lugar. Acho que quase lágrimas me vieram aos olhos e, apesar do calor, minha pele estava inteira fria. Arrumei meu chapéu e pigarreei, dizendo meio sem jeito com a voz entrecortada:

- Que que tá pegando, mano?

Anderson suspirou, largando os ombros. Parecia uma criança que tinha feito travessuras e precisava se confessar para o pai e pedir desculpas.

- Eu to confuso... minha cabeça não tá entendendo direito... isso tudo é muito novo pra mim...

Fiquei em silêncio. Senti que viria mais desabafo.

- Eu não entendo por que isso tudo tá acontecendo comigo. Eu sou um cara normal, não odeio ninguém, e nunca fiz nada de errado... - O tom da voz dele estava choroso, quase dolorido. - E a única pessoa com quem eu posso conversar é tu, justamente tu velho, que foi quem começou essa bizarrice toda... essa confusão toda...

Eu não sabia o que dizer. Na verdade, eu nem conseguia acreditar que iríamos conversar sobre o assunto. E o que é que eu poderia dizer para convencê-lo de qualquer coisa? Perdi uma parte do que Anderson estava dizendo porque meus delírios invadiram minha mente. Para resumir, ele estava preocupado com o que as pessoas iriam dizer, com deus, com o que os pais iam achar, e por isso a história toda era um grande erro.

- Anderson - comecei -, tu não pode viver tua vida com base no que os outros acham, velho. - Eu estava semi-confiante, comecei a falar sem parar. - As pessoas se arrependem das coisas que não fazem... e tentar esconder o que a gente é só piora tudo, mano...

- Tu tá dizendo que... que eu sou viado?

Suspirei; para mim, que sempre me soube homossexual, era uma coisa até relativamente mais fácil de se entender, mas eu não sabia como tinha sido isso tudo para ele.

- Não use essa palavra, cara... parece que é um xingamento, que é um erro que a gente é capaz de não cometer...

- E não é isso, cara? Não é justamente isso?

- Não - falei, firme. - Homossexualidade existe em animais, também. Nada no mundo é a ferro e fogo, as nossas classificações humanas não conseguem entender o universo inteiro.

Ele ficou quieto. Ele queria ser convencido, mas percebi que sua mente lutava contra isso.

- Ninguém pode julgar o que é certo e o que é errado para outra pessoa... se cada um cuidasse da sua vida e não machucasse ninguém, o mundo seria perfeito!

- Mas a bíblia fala que é errado!

- Não - interrompi -, as interpretações que as pessoas fazem é que falam que é errado. É um livro de cinco mil anos que precisa ser visto em contexto histórico.

- Mas e deus, velho?

- Anderson - suspirei -, o que que Jesus ensinou? Que deus é ódio e vingança?

- Não - ele disse, desconfiado -, deus é amor, e perdão.

- Então! Deus te fez assim e deus te ama do jeito que tu é! Por que ele te faria sofrer assim?

- Porque talvez seja o diabo me tentando...

- Se tu não fez nada de errado - concluí -, o diabo não me parece uma pessoa muito interessada em ti. Deus te ama do jeito que tu é, cara, e se ele te julgar ou te punir por isso, é porque ele não merece o teu amor. Ninguém faria conscientemente a escolha de ser homossexual, para sofrer pelos julgamentos dos outros e pela pressão da sociedade. A gente é o que é, nasceu assim, que os outros entendam isso ou não é problema deles!

Um tempo depois, em silêncio, Anderson não pareceu convencido, mas pelo menos não tinha saído em debandada.

- Cara, eu pensei tanto durante esses dias, e desde ontem - ele pareceu muito desconcertado - eu não consigo parar de pensar no que aconteceu.

Eu sorri. Senti o calor do sol na minha pele. Parecia que as nuvens iam partir, de uma vez por todas.

- É bom fazer o que a gente tem vontade - falei, simplesmente.

Anderson riu, dessa vez sem o tom de deboche.

- É...

Resolvi ir ao ataque, sem medo de mais nada.

- Anderson, velho, eu já falei e vou repetir: eu te amo, cara, sempre te amei. - Ele me olhou por um segundo infinito, e depois desviou o olhar. - Tu não pode entender a alegria que aquele retiro me trouxe, como fiquei feliz de tu ter me convidado pro teu quarto sabendo que não me dou bem com o pessoal, e fiquei me sentindo mal pelo que eu fiz. Tu me perdoa pelas fotos?

Ele balançou a cabeça. Continuei.

- Tu não sabe a alegria que é te ver e te ter por perto; só pela tua presença, eu me sinto feliz, e o mundo faz sentido pra mim. Parece que deus existe de verdade, porque ele te fez, e me fez pra eu te olhar. Cara, eu te amo desde o momento em que te vi; meu coração voou pra ti e contigo ficou.

Ele me olhou, com os olhos vermelhos e brilhantes. Prossegui, agora com mais força.

- Eu sinto muito se tomei uma atitude muito brusca contigo, mano, mas veja a minha situação, de que outro jeito eu poderia chegar até ti? Na minha cabeça, era a única oportunidade possível de eu te tocar, e a câmera estava perto, eu precisava ter a tua imagem comigo... eu não fiz isso pra te chantagear nem nada do gênero...

Anderson quebrou seu silêncio.

- Cara, tu não precisa pedir desculpa... - a voz dele estava entrecortada. Ele ficou em silêncio por algum tempo, depois prosseguiu. - Coisas em mim já me diziam o que tava acontecendo comigo, eu só não queria aceitar ou entender... mas tu deixou bem claro.

- Como assim, velho?

Ele suspirou.

- Quando eu vi as fotos no teu computador, minha reação não foi de nojo, foi de excitação. Depois minha cabeça bloqueou tudo e virou uma confusão. Acho que sempre foi assim, eu só queria me convencer do contrário.

Anderson de fato não tinha muitos amigos, como ele mesmo já tinha falado para mim. Talvez essa fosse a razão: fugir do estímulo o fazia não enfrentar a situação. Ele continuou:

- Mas é tudo muito difícil pra mim, ainda... é confuso. Foi bacana da tua parte ficar parecido com uma guria, mano... isso deixa as coisas mais fáceis.

Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo: Anderson estava se assumindo! Ele estava me dizendo não só que ele também era gay, mas que ele se sentia atraído por mim! O mundo deu um giro em minha cabeça, e agora quem estava confuso era eu. Pigarreei e sentei-me direito no chão. Ri, meio nervoso.

- Eu imaginei que fosse ser mais fácil...

Olhei para Anderson. De repente, ele estava muito vermelho.

- Tu nunca transou com ninguém, né velho? - ele me perguntou.

- Não - falei -, por quê?

- Porque a gente fez sem camisinha, e isso é perigoso...

Minha cabeça deu um estalo.

- E tu, mano? Tu já transou sem camisinha?

- Não - ele respondeu, para o meu alívio -, nunca. Na verdade, contigo foi a primeira vez que eu cheguei... nos finalmentes de verdade.

- Mas e a Lílian? E o dia que tu tava bêbado e comeu ela?

Ele fez uma cara de tanto faz.

- Eu tava de camisinha. E, aliás, aqui nem foi uma foda de verdade, foi só uma enfiada, nem contou, e nem foi bom. Não como foi contigo.

Na hora, eu suei de excitação, e meu pau endureceu. Ele, no entanto, permaneceu sério.

- E o que aconteceu contigo, cara? Tu tá bem?

Entendi que ele tava falando do meu cu.

continua...

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