Amor Romântico ♡ Cap.8

Um conto erótico de amorromântico
Categoria: Homossexual
Contém 1779 palavras
Data: 18/09/2014 01:21:50

Cap.8

NARRADO POR LUCIANO AMARAL

Minha vida, é literalmente uma porcaria. Vivo num pequeno apartamento, que nunca para arrumado. Também, sendo professor mal tenho tempo pra mim mesmo, apesar de alguns bons ganhos. Eu sei que não sou uma pessoa agradável. Que sou grosso, e chato. Quase que um monstro, como os meus alunos da faculdade me chamam. Me sinto extremamente sozinho. Minha família não liga pra mim, eu não tenho irmãos, nem melhores amigos, muito menos um namorado. É, eu sou gay. Não sei porque, mas não consigo me aproximar das pessoas. Isso já faz um bom tempo. Desde quando meu único amor morreu. Ele se chamava Alberto. Éramos unha e carne, não nos largávamos, mesmo com a chegada da adolescência, e dos estudos para os vestibulares, no caso dele,já que era 2 anos mais velho que eu. Ele sempre dava um jeito de ficarmos perto um do outro, sempre dava um jeito de fazer com que continuássemos juntos. Tudo começou quando um certo garoto ruivo passou a morar na casa ao lado.

21 ANOS ATRÁS

Lembro de estar estudando Geografia. Tinha uma prova importante no dia seguinte, e eu queria dar ao máximo de mim mesmo. Tinha 14 anos. Era um garoto sozinho. Sem amigos, nem irmãos. Um garoto que se dedicava apenas a estudar, estudar, e estudar. Não que eu fosse chato. Mas as pessoas não gostavam de mim, eu não sabia o porque. A janela estava aberta, e meus longos cabelos loiros voavam com a breve ventania. Os papéis que estava lendo começaram a se agitar com o vento.

- Ai, deixa eu fechar isso- ao erguer-me para fechar, olhei para a casa ao lado, e vi pela primeira vez aqueles cabelos ruivos impressionantes. Era ele. Estava todo bobo, olhando as folhas das árvores voarem com a ventania. Alguma coisa havia me chamado atenção no mesmo momento em que o vi.

TEMPO DEPOIS

Ouvi minha mãe me chamar.

- Luciano, desce aqui !- prontamente obedeci. Ainda bem que eu não estava um maltrapilho, já que foi aquela vez a primeira em que o vi.

- Sim mãe- falei, antes de virar o rosto e ver que aquele garoto ruivo estava ali na minha sala. Ele tinha alguns traços femininos, mas no geral era bem masculino. Pude vê-lo mais de perto, e ele tinha uma pele bem branca, como as nuvens. Seus lábios eram proporcionais, ele era alto, e tinha um corpo bem legal.

- Esses são Alberto e Luciana, são os nossos vizinhos- ele parecia um pouco nervoso, ou envergonhado, não sei distinguir.

- Muito prazer- falei, cumprimentando a mãe dele primeiro. Olhei pra ele, que continuava de cabeça baixa.

- Cumprimenta ele também !- a mãe dele falou, dando um leve empurrão em suas costas.

- Muito prazer- falei, estendendo minha mão que agora ele prontamente apertou. Sua pele estava gelada. Ele ergueu levemente o olhar, olhou em meus olhos, e lançou um leve sorriso de canto de rosto. Ele não respondeu ao meu cumprimento.

- Luciano, preciso que você leve ele a aquele mercado que fica aqui próximo- minha mãe falou, olhando pra mim.

- Só se me deixar comprar chocolate- em geral ela não deixava, dizia que dava muita espinha no rosto.

- Ai, tá bom- falou, me dando o dinheiro- mas depois que você estiver cheio de espinhas não reclame.

- Tudo bem mãe, podemos ir então- falei, colocando as mãos no ombro dele.

- Claro- falou, com uma voz baixa. Ele era bem tímido. Logo saímos andando- pra que lado é ?

- Pra esse- falei, apontando- nossa, você é bem tímido.

- É, sou um pouquinho.

- Quantos anos você tem ?

- 16- andávamos um pouco rapidamente, dando leves esbarradas um no outro, mas bastava pra me deixar arrepiado.

- Nossa, então você é mais velho do que eu.

- É ? Quanto tempo ?

- 2 anos.

- Então você tem 14 ?

- É- um silêncio reinou por alguns segundos.

- Que time você torce ?- a conversa tinha que enveredar pro futebol.

- São Paulo, e você ?

- Também. Sou Tricolor com muito orgulho.

- 2- falei, admirando seu sorriso branco. Aquele foi o início da nossa amizade.

TEMPO DEPOIS

Já éramos bastante amigos. Ele havia perdido toda aquela timidez e havia se revelado pra mim, como um garoto legal, amigável, amável, e principalmente, bonito. Não que aquela altura eu me designasse gay. Mas já sabia que não sentia muita atração por mulheres, só não aceitava.

- Zulado, chegou o nosso mangá- zulado era o apelido que ele tinha me dado, dizendo ele porque eu tenho olhos azuis muito bonitos.

- Sério ? Poxa ainda não tive tempo de ir comprar.

- Não tem problema, a gente pode ler juntos- falou, se jogando na minha cama como sempre fazia quando chegava no meu quarto. Se deitou e começou a ler. Eu até tentei manter uma distância, mas quando vi já estava com o corpo colado ao lado dele. Claro, eu não achava nada demais nisso. Só que, do nada, ele colocou seus braços por debaixo do meu pescoço, fazendo com que eu deitasse minha cabeça em seu ombro. Foi a primeira vez que fiquei tão perto dele. Olhei levemente para o seu rosto, e ele continuava lendo o mangá, como se nada estivesse acontecendo- posso trocar ?

- Pode- falei, rezando pra que ele não estivesse percebendo o quanto o meu coração estava acelerado.

O tempo foi passando, estávamos cada vez mais íntimos.

- Nossa, está super frio ai fora hoje- dizia ele, tirando o seu moletom e colocando sobre a minha mesa de estudos- o que você está fazendo ?

- Eu estava tomando banho- falei, terminando de colocar a minha roupa, e saindo do banheiro em seguida- pronto, já coloquei. Estava pensando em fazer pipoca, você quer ?

- Tá, mas só se a gente assistir um filme.

- Ok- eu adorava assistir filmes com ele. Principalmente porque ele me abraçava enquanto estávamos assistindo o filme. E em poucos minutos estava tudo pronto- e então, você já escolheu algum ?

- Já, depois de revirar todos os seus vídeos, achei esse- era um filme romântico. Porque ??????????? Ele logo colocou pra funcionar e se jogou na minha cama como sempre fazia. Aquela altura, eu nem sentava mais longe dele. Logo ao encostar na cama, ele já me puxava, e eu ficava meio sentado, entre as suas pernas, sentindo o calor de seu corpo, e seus braços me envolverem. Adorava o calor de seu abraço, e ouvir seu coração bater. Qualquer um que visse aquilo iria pensar besteiras. Eu sabia que aquilo não era amizade. Já tinha evoluído pra outra coisa, sem nem a gente perceber. Eu sabia que gostava dele, mesmo ele sendo homem. E era por isso que eu deixava ele me abraçar daquela forma tão romântica, e gostava quando ele fazia aquilo. Na metade do filme escutei sua voz- nossa, você está gelado- dizia, tocando levemente meu pescoço, enquanto acariciava meus cabelos.

- Estou com um pouco de frio- imediatamente ele me aproximou ainda mais de seu corpo, puxou o lençol que nos cobria, e lentamente, tocou minha mão, causando inúmeras sensações em meu corpo. A segurou em seguida.

- Ainda está com frio ?- perguntou, com uma voz baixa, bem perto do meu ouvido.

- Não- falei, no mesmo tom de voz, sentindo meu rosto corar. Mas tarde, ele foi embora, me deixando com borboletas no coração. Enquanto arrumava toda aquela bagunça, percebi que ele havia deixado seu moletom ali. Como já ele já estava longe, decidi guardar e entregar pra ele depois. Mas imediatamente, ao tocar, várias coisas vieram a minha. Imaginar que ele usava aquilo, me fez ter uma vontade louca de vestir. Senti o cheiro, era ótimo- é o cheiro dele- falei, pra mim mesmo. Na hora que fui dormir, vesti ele. Me deitei, com o coração acelerado, sentindo aquele cheiro gostoso, que só ele tinha. É, eu estava apaixonado por ele.

TEMPO DEPOIS

Aquela noite, ele estava sozinho em casa. Havia pedido pra meus pais pra que ele viesse dormir comigo, pra não ficar sozinho em casa. Eles disseram sim. A noite era de lua cheia, e o céu estava lindo aquela noite .

- Nossa, precisa de tantas coisas pra apenas uma noite ?- perguntava eu, olhando pra aquela mochila cheia de coisas.

- Claro que sim, eu não durmo se essas coisas não estiverem perto de mim- falou, acariciando meu cabelo. Minha mãe trouxe o colchonete pra que ele dormisse no meu quarto, mas nem usamos. Ele acabou se deitando na minha cama, comigo. Como sabia que minha mãe fazia visitas de madrugada em meu quarto, tranquei a porta, pra que ela não tivesse uma surpresa. Assistíamos a um seriado, ele me abraçava como sempre fazia. Passou uma cena de beijo na TV, e eu fiquei me perguntando se ele já tinha beijado alguém antes. A surpresa foi ouvir que ele também queria saber isso de mim- zulado ?

- O que ?

- Você já beijou alguém ?- indagou-me.

- Não- respondi, sinceramente- e você ?

- Só uma vez, mas não gostei.

- Ah sim- por algum motivo fiquei com ciúme dele.

- Zulado ?

- O que foi ?

- Você teria coragem de tentar aprender a beijar comigo ?- perguntou, imediatamente acelerando o meu coração, e esquentando o clima. Me soltei, e olhei em seu rosto. Ele chegou mais perto. Me sentei na beira da cama, olhando pro chão. Ele, ao meu lado.

- Mas... Você não acha isso esquisito ?

- Não. Na verdade, eu adoraria aprender isso com você.

- Mas, nós somos homens- falava ainda o resto do machismo que restava em mim.

- E daí ? Eu gosto de você, e você gosta de mim, eu sei que sim- ergui meu olhar, e olhei diretamente em seus olhos. Seu rosto estava tão perto do meu, que podia sentir sua respiração.

- Mas, e se eu fizer feio ?- perguntei, um pouco envergonhado.

- Não importa, estamos aqui para aprender. Não precisa ficar tão nervoso assim- falou passando a mão pelo meu queixo e meu rosto- eu adoro quando você fica todo vermelho assim- dizia, sorrindo. Chegamos mais perto. E logo, estávamos com os lábios colados. Eu não tinha reação, não sabia o que fazer, estava extremamente nervoso. Mas feliz, por isso estar acontecendo- você tem que abrir a boca quando me beijar.

- Ok- falei, quase sem voz. Ele novamente encostou os lábios nos meus. Aos poucos, os abri, e senti sua língua invadir minha boca. Ele fechou os olhos, e eu também. Instantaneamente o abracei, e logo fui retribuído. Tava claro que aquilo não era um beijo de aprendizagem. Era um beijo de amor. Deixava ele controlar. Meu coração parecia que iria explodir. Em poucos segundos, paramos- como eu fui ?- perguntei, deitando minha cabeça em seu ombro.

- Ótimo- ficamos em silêncio por alguns segundos- Zul, eu te amo.

Continua

Gostaram ????? Olha a história do "monstro", ops, professor Luciano. Até os maus humorados amam gente. Abraços.

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Comentários

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eu sabia qu l não era um mau humorado atoa.tinha que ter uma hiistoria por traz disso .esperando o final do enredo. beijo lindo

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kkkkkkkkk Ebaaaaa SÃO PAULINOS <3 ♥♡♡♡♥♥♥

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