The Scientist - 4

Um conto erótico de Pierrot The Clown
Categoria: Homossexual
Contém 1205 palavras
Data: 01/08/2014 18:15:21

-Eu a chamei pra festa hoje.

Disse puxando a cadeira e sentando ao lado de Mateus na lanchonete perto de casa.

-Bicha, se eu não estivesse tão ocupado tentando não engasgar com meu suco devido a porra do susto que você me deu eu ficaria c h o c a d o!

Eu ri.

-Ah, ela é gostosa.

-Alice, você nunca vai tomar jeito na vida

-Nop.

-Vai fazer o que agora?

-Os caras me chamaram pra ensaiar, acho que... É eu tô atrasada. Tchau, math

-EI! ESPERA! É você que vai tocar na festa hoje?

-Sim, parece que o dj vai chegar bem mais tarde então chamaram a banda pra dar uma distraída.

-Do jeito que todas as garotas do mundo parecem se jogar pra você quando ta com uma guitarra na mão, prevejo o solitario mateus voltando pra casa mais uma noite sozinho e desamparado.

-Sem drama, Mateus. Não quero ficar com ninguém hoje, muito menos ficar no meio de um monte de riquinhos mimados. Se quiser finjo que você é meu macho e ninguém chega perto.

-Deus me livre! Prefiro voltar pra casa na compania do jack estripador. E, me responde, se você odeio 99% dos seres humanos existentes ali então por que ta indo?

-Pensa. 10 segundos.

-BEBIDA DE GRAÇA!!!!!!

Ri o beijando na bochecha e me despedi. Mateus morava a alguns quarteiroes da minha casa então era fácil tê-lo por perto sempre. Enfim, fim de semana! O meu conjunto de dias santos. Sem aulas, sem professores chatos, pessoas idiotas e novatas que tentam se enturmar e grudam como chiclete... É. Passei a acreditar em karma, o meu me perseguiu no intervalo de cada aula vaga durante toda a semana tentando parecer "gostável". O problema é que eu não estava disposta a gostar de alguém, mas achava bem fofas as tentativas e todo o desconcerto da guria... Como é mesmo o nome? Rafaela. Eu não sabia se ela apareceria na festa, mas no fundo queria que ela viesse. Não sei porque. Ela me fazia rir.

Já eram 11 da noite e nada dela. Eu já havia cantado metade das musicas que o pessoal da festa tinha pedido, de novo eu pensei, nada dela. Que droga, eu mal a conheço e não dou a mínima, por que ela ta na minha cabeça? Deve ser desejo reprimido -pensei descendo do palco improvisado pra me juntar a banda que tinha dado uma pausa- uma noite e tudo resolvido. Peguei uma bebida e fui até a piscina, o jardim do lugar era bem grande e como a maioria do pessoal da festa estava na parte da frente, perto da casa, aquela área estava vazia. Fiquei olhando a lua e sentindo o vento no rosto, a noite não estava tão fria e nem tão quente, uma temperatura agradável. Terminei minha cerveja e voltei pro palco. Hora do acústico da banda, o povo quem fazia o pedido e se conhecessemos a musica ela seria tocada. Por fim uma foi eleita. Eduardo, um dos lideres da banda tocou a introdução e eu o acompanhei. Já estava no meio da musica quando encontrei o par de olhos verdes me fitando no meio da plateia, mateus estava junto mas ele foi a última coisa em que eu prestei atenção, desculpa cara.

"Pedaços do meu coração partido em frente a uma carta de amor.

Não chore, não ligue, não volte, não ouse me amar

Milhas e milhas eu tentei percorrer, por milhas eu não soube aonde ir

As vezes não espero encontrar, talvez um dia eu te encontre por aí..."

A música terminou e os olhos dela ainda continuavam fixos nos meus. Saí do transe com mateus fazendo um gesto do tipo "enxuga a baba" pra mim ao lado dela. Eu queria aquela garota, não pra sempre como nos contos clichês ou livros idiotas de romance. Eu queria sexo, só sexo. A idéia de me apaixonar por alguém me parecia absurda demais até mesmo para ser considerada. Eu desci do palco e peguei duas bebidas.

-Oi, casal 20.

Os dois riram e mateus escandaloso como sempre fez o que sempre fazia

-TA VENDO, RAFA? SOU AMIGO DE UMA ESTRELA DO ROCK, GOSTOSA, QUE ENTENDE TODAS ESSAS PARADAS E AINDA SABE FAZER MACARRONADA. SE EU NÃO FOSSE VIADO TE TASCAVA UM BEIJO NQ BOCA AGORA MESMO

-Acho que ele bebeu um pouco -Disse Rafela sorrindo-

Droga... O sorriso.

-Olha, ele te chamou pra festa mas como você vê ele não ta lá essas coisas e eu vou levar ele pra casa. Foi mal.

-Ele chamou?

-Sim, ELE.

-Tudo bem, fica pra próxima -Ela disse fazendo uma carinha de decepção tão fofa que por 10 eu realmente me senti mal-

Virei de frente pra ela

-Também achei legal você ter vindo. Sexta-Feira tem mais, você só tem que ter o trabalho de manter ele sóbrio.

Ela riu e eu fiquei parada com cara de tacho como prisioneira daquele sorriso. Larguei Mateus no chão e a beijei. Sim, eu a beijei. Nem sabia se ela era hétero, bi, trans, nada. Simplesmente a beijei, qualquer coisa eu colocaria a culpa na bebida no dia seguinte. Senti o gosto da bebida nos labios dela, senti a sua língua macia na minha. A senti estremecer quando uma das minhas mãos que estavam na sua cintura foi parar na sua nuca e também estremeci quando ela passou os braços ao redor do meu pescoço. A maioria das pessoas já havia entrado na mansão com a chegada do dj então só estavamos nós duas ali, e alguns casais se amassando pelaa redondezas tambem e... MATEUS!!! Me afastei de uma forma até bruta de Rafaela ouvindo o grito de Mateus que havia se jogado na piscina pelado. Nós duas corremos até ele

-MATEUS LIMA O QUE...

-ALICEEEE, EU SOU UMA SEREIA CUIDADO

Segurei o riso mas Rafaela não fez o mesmo, fazendo nos tres rirmos como três hienas bêbadas.

-Eu te ajudo a tirar ele daí

-Ok, obrigada.

Consegui enfiar Mateus em um táxi e dei um tchau rápido para Rafaela entrando logo em seguida.

-Olha só, pra quem diz odiar a novata você inventou uma nova maneira de odiar, dentro da boca dela

-Mateus se você não quiser que eu dê meia volta e te afogue naquela piscina, cala a boca. Você tá bêbado

-Ui, não precisa ameaçar. Tô brincando, ja sei, só sexo blablabla você não ama ninguém, senhora diga não aos sentimentos. Mas queria te dizer uma coisa: Você vai acabar morrendo sozinha.

-Eu adoto um gatinho persa.

Mateus riu e apagou no meu colo.

Já em casa eu o enfiei embaixo do chuveiro e troquei suas roupas.

-Mateus se você pode estar bêbado, inconsciente, em coma, seja o que for, mas se você encostar essa... Coisa, em mim eu corto ela fora e adeus namoradinhos pra você.

Olhei pra cima e ele estava de olhos fechados, chupando o dedo. Ri e depois de vestido eu o coloquei na minha cama. Em meio aos roncos dele deixei meus pensamentos irem até algumas horas atrás. Até o meu momento de impulso e eu não consegui negar algo pra mim mesma pela primeira vez na vida...

Negar que aquele foi o beijo mais doce que já provei na vida.

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Comentários

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Continua que eu to amando, Matheus kkkkk ótimo ele

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Li todos os seus contos seguidamente! Perfeitos! Excelente escrita! Parabéns! História PERFEITA!

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Gostei, primeiro conto lésbico que leio. Você escreve bem!

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