Colecionador de Decepções 12

Um conto erótico de D. Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 2261 palavras
Data: 04/08/2014 15:29:09

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O Thiago estava parado ali com o sorriso ainda cínico no rosto, como se fôssemos melhores amigos. Fiquei pensando quantas vezes isso se repetiria. Ele não parecia ser um cara que aceitava perder, ainda mais quando essa perda é seu relacionamento de anos no qual ele acreditava que seria sua família para sempre.

- Boa noite - eu respondi sorrindo mais cinicamente ainda, se ele queria jogar, eu aceitaria.

- O que tu quer? - perguntou o Gui seco.

- Resolvi vir jantar, só não imaginaria que flagraria o casal 20. Novamente...

- Na boa, Tito, nós não queremos brigar. Já foram muitas discussões para um dia - Agora o Gui falava já começando a perder a paciência.

- E se você não notou, nós estamos comemorando - Eu me apoiei com os antebraços na mesa e sorri. Ele finalmente tirou o sorriso do rosto e fitou o Guilherme.

- Só não se esqueça de que você ainda tem filho, e ele estava perguntando por você - falou e deu as costas indo embora.

O Gui ficou para baixo depois da saída do Thiago. Ele olhava para a comida e comia aos poucos. Eu peguei na sua mão e ele me olhou sorrindo fraco, como se me pedisse desculpas.

- Eu nunca vou deixar acontecer nada com você, amor. Nunca mais.

- Haha é bizarro tu me chamando de amor...

- Oxi, vou chamar só de... - pensei em algo que ele odiasse - meu ga-ga-gaguinho hahahaha.

Sim, o Gui era gago, quando muito novo, ele foi perdendo aos poucos a gagueira, ele dizia que era devido aos seus pensamentos surgirem com tanta intensidade que ele não conseguia se concentrar para falar. Vocês acreditam? Sei não, acho que era emoção, nervosismo por estar perto de mim, até hoje ele não confirma ou nega essa tese.

- Hahahahaha porra Daros... Depois dessa eu fujo no altar – disse após gargalhar gostoso e continuou sorrindo para mim.

- Altar? Está sério mesmo, não é? Haha – ele concordou, sorriu e depois ficou sério massageando e fitando nossas mãos que ainda estavam juntas – O que foi, amor? – perguntei.

- Eu... Nós não discutimos sobre a questão do Tuty ainda. Eu não sei o que tu acha. Se tu tiver algo contra, ou não queira, ou se considera novo... Eu sinto muito, mas nós não poderíamos continuar juntos. Eu não quero um marido que não goste de crianças e que não cuide com amor, que não seja um pai de verdade. O Arthur é o ser mais importante da minha vida, eu não sei o que tu quer, eu estou perdido, eu preciso saber o que tu acha. – ele falou tudo extremamente rápido, ele sentia necessidade de despejar tudo isso de uma vez.

- Acalme-se, mocinho... Eu quero muito cuidar do Arthur, ser pai, ele é uma criança adorável. Você achou mesmo que eu desistiria de vocês? A minha felicidade só ficará mais completa. Qual é? Já estava pensando em o que comprar para o quarto dele!

Ele sorriu para mim e deu um beijo na minha mão.

Nós terminamos de comer e fomos pagar a conta, mais uma vez encontramos com o Thiago, só que dessa vez ele apenas passou por nós exibindo um olhar um tanto assustador.

Adiando um pouco, já era fim do mês, nós continuamos trabalhando na mesma empresa, o sr. Bertoli fingia que nada havia acontecido, ele tratava o Guilherme de forma totalmente profissional, eu via que isso o entristecia. O Diego acabou sabendo de tudo, e constantemente nos observava como se não acreditasse. Mas resolveu não se intrometer nessa confusão toda.

Foi uma semana difícil para o Gui, toda vez que ele ia à casa dos Bertoli o Thiago dizia que o Arthur não estava, era “incrível” como ele vivia na casa das tias, ou dos primos do Thiago. Nunca estava em casa. Eles estavam tentando de qualquer forma afastar o Arthur do Gui, ele tentou conversar com seus pais, mas o Bertoli ainda não lhe dava ouvidos.

Certa noite nós estávamos na minha casa, meu irmão havia acabado de sair dizendo que talvez não dormisse em casa, pedi para que ele não fizesse mais nenhuma burrada, ele respondeu sorrindo dizendo que ele iria fazer a maior delas.

Enquanto isso nós estávamos sentados no sofá, o Gui estava no deitado no meu peito, frustrado por mais uma visita negada pelos dois Bertoli’s. Ele estava tão deprimido, eu só pensava em de que forma eu daria um jeito nisso, não era possível que eles continuassem o tratando assim, eu queria resolver por ele.

- Eu vou dar uma volta... – disse e ele levantou-se primeiro do que eu me olhando com cara de aborrecido.

- Tu vai o que? Eu estou precisando de ti, Daros! – disse um pouco alto.

- Eu sei amor. Juro que não demoro – me levantei e tentei abraça-lo, mas ele se afastou.

- Faça o que quiser, eu vou dormir – disse dando-me as costas.

- Mas você não vai nem jantar?

- Vai se fuder... – disse subindo as escadas fazendo barulho.

Corri até ele e puxei seu pé, antes de ele cair eu o virei e o fiz sentar-se em um degrau. Ele me olhou com os olhos arregalados. Segurei no seu queixo e o beijei com força. Apoiei-me paralelo a ele. Ajoelhei-me no degrau abaixo e sua cintura ficou na mesma direção da minha. Debrucei-me sobre ele. Em seguida comecei a puxar sua bermuda com força, ele gemia alguns “vai com calma”, mas eu nem parei para escutar. Tirei também a minha bermuda. Eu o puxava contra o meu corpo, com a minha mão direita espalmada nas suas costas e outra na sua nuca, ele estava com os braços ao redor do meu pescoço gemendo entrebeijos.

Desci e mordiscava seu pescoço e ombro, a respiração dele estava aumentando, ele arranhava minhas costas. Tirei sua cueca e a minha. Subi mais um degrau e sua boca foi em direção ao meu pau, ele começou lambendo-o como se fosse um picolé, porém não demorou a colocar tudo em sua boca, fazendo movimentos lentos, sem pressa e a melhor parte, sem machucar. Porque sinceramente, há pessoas que chupam tão forte que parece que estão desentupindo pia. Enfim, o Gui fez um trabalho impressionante e deixou meu pau todo babado no ponto.

O virei e fiz ele ficar de quatro na escada, ou quase isso. Comecei a penetra-lo com urgência, enquanto minha mão fechada segurando seu cabelo puxava sua cabeça para trás. Suas costas estavam grudadas em meu peito, nossa respiração estava conjunta. Ele se apoiava em um degrau e na minha coxa. Comecei a me movimentar com rapidez, a bunda carnuda dele batia na minha pélvis. Estávamos em sintonia, extasiados.

O levantei, beijava sua nuca e ele respirava de forma pesada. Juntei minhas mãos com as dele e lentamente levei em direção à parede, com nossos dedos entrelaçados eu voltei a penetra-lo com estocadas fortes e lentas. Seguimos nesse ritmo até eu não conseguir segurar mais. Coloquei-o de frente para mim e o beijei sugando seus lábios. Aos poucos ia direcionando ele ao banheiro do meu quarto. Assim que nós chegamos, eu o sentei na bancada da pia e comecei a chupar seu pau enquanto o penetrava com três dedos. Ele regulava a velocidade que eu chupava. Ele me puxou rapidamente quando gozou, fazendo meu rosto ficar com poucos respingos. Ele me empurrou para dentro do box do banheiro e também me chupou, mas dessa vez ele engoliu tudo.

Nós tomamos banho com ele desfalecido no meu peito, nós ficamos nos movimentando como se estivéssemos dançando uma música lenta, música que somente nós escutávamos. Eu direcionava a água pelo seu corpo, o massageava com o sabonete. Era bom poder cuidar dele.

Nós nos enxugamos, vestimos cuecas e ele se deitou, ou melhor, se jogou na cama. Desci até a cozinha e derreti uma barra de chocolate, havia morangos na geladeira, juntei tudo mais uma garrafa de água e levei para o quarto. Ele estava com os olhos fechados e com a mão na testa, como se estivesse preocupado.

- Trouxe mimos – disse, ele me olhou desconfiado e depois sorriu. Sentou-se na cama e ficou me olhando – O que foi? – perguntei.

- Tu... Com esse porte, esse jeito de adulto moleque, esse sorriso doce... Eu te amo! – eu dei um selinho nele e ficamos nos olhando.

Peguei um morango melequei no chocolate e coloquei na sua boca, ele voltou a deitar-se. Eu comia e dava alguns na sua boca.

- Mas me diz, aonde tu ia? – perguntou.

- Eu? Ia? Quando? – se não ficou óbvio, é, eu não sei mentir.

- Não tente me enganar. Fala agora enquanto eu estou dando oportunidade.

- Ta bom... Só não pira – ele já começou fazendo cara de mal, mesmo sem saber o que era – Eu ia até a casa do Bertoli – senti-o ficando menos tenso.

- Fazer o que lá, Daros?

- Tentar convencê-los. Você é pai também, merece ver seu filho, caso isso não aconteça nós devíamos procurar as autoridades. Você acha que o juiz teria cedido a guarda do Arthur apenas para o Thiago? O Thiago também é uma criança, Gui. Temos que contornar isso.

- Mas há o tio do Thiago, ele é um excelentíssimo advogado, ele vai saber da traição que eu cometi, corre o risco de eu não poder mais ver o Arthur.

- Mas você já não está mais vendo ele! Ele não pode induzir o Arthur a se afastar de você, nem o fazer acreditar que você o abandonou. Vamos lutar por ele, Guilherme!

Ele pensou um pouco, e aceitou, disse que no outro dia iríamos conversar com o Bertoli, caso ele mais uma vez negasse visita nós iríamos entrar na justiça. Eu dormi mais feliz, senti que ele estava apreensivo, mas também feliz. Nessa noite foi a minha vez de protegê-lo. Dormimos abraçados.

Ele me acordou no outro dia, notei que seu lábio inferior estava machucado, ele também tem a mania de quando está nervoso puxar a pele da boca. Eu o briguei por um curto tempo, dei um selinho nele e fui tomar banho, ele já estava pronto para sair, como sempre, ele é o primeiro a arrumar-se.

Nós tomamos café em casa mesmo e nem sinal do Jake. Então saímos. No carro o Gui apertava suas mãos, não o vi ficando tão nervoso assim desde quando o Thiago apareceu na minha casa. Segurei na sua mão enquanto dirigia, ele sorriu soltou ar pela boca.

Não demorou muito para chegarmos até a casa do Bertoli. O Gui desceu e ficou olhando, fui até ele e estendi a mão, ele a segurou e caminhamos até a porta. Uma senhora sorridente nos atendeu e abraçou muito o Guilherme, eles riram juntos.

- Meu filho, nunca mais apareceu – em seguida ela disse sussurrando – soube o que aconteceu, que babado, você sempre tão certinho!

- Pois é – ele disse sorrindo sem graça.

- Mas não se preocupa meu filho. Você deve procurar sua felicidade mesmo... – disse apertando sua bochecha, que ela quase não alcançava – E você deve ser o ladrãozinho – disse se referindo a mim, mas falou sorrindo.

- Diga-se de passagem, que sim, prazer Henrique – disse e ela me abraçou, estávamos rindo de algo que ela falava quando escutamos uma voz vinda da sala.

- O que fazem aqui? – era o Bertoli – Vocês não são bem-vindos – dizia ríspido.

- Eu vim ver o Arthur – disse o Gui, com confiança.

- Já disse que ele não está.

- Ele nunca está! Eu também sou pai dele, e pai nunca abandona! – ele falou alto justamente para atacar o Bertoli – Mesmo que não seja de sangue, ele é meu filho. E eu não vou desistir dele – ficou um silêncio, ambos olhando para os lados, até o Gui recuperar a calma – Por favor, eu preciso ver meu filho.

- Não será possível... – disse com a cabeça baixa um tom diferente, um tom triste.

- QUAL É? Eu não quero ser obrigado a tomar outras medidas! Eu só quero ver o meu filho! Estou pedindo! – o Gui já estava ficando com a voz trêmula.

- Ele... Ele saiu do país. Com o Thiago.

...

Olá meus fofos!

Eu sei, eu demorei, pisei na bola. Algumas pessoas que falaram comigo sabem o motivo, eu estou passando por um bloqueio criativo, e também estou com alguns problemas no meu relacionamento.

Mas bem, aqui está mais uma parte, e eu sei, ficou terrível, eu odiei. Mas também não posso esperar a boa vontade da minha criatividade voltar a fluir. Então, deixo mais esse capítulo, e eu não devia, mas prometo que o próximo será melhor.

Outra coisa é que, quando esse conto acabar talvez eu pense em criar mais uma história com outras perspectivas, de um enrustido, e estava pensando em usar como base esse conto e expandir mais, falar a história do Jake e assim sucessivamente. Mas é apenas uma ideia. Não sei como será minha vida daqui para frente, então, me digam o que achamGUINHO, Gik, geomateus, O Autor K...., LaaLah, muito obrigado pelos comentários. Que bom que vocês estão gostando!

. CrisBR1, Sou teu fã também cara! Pode voltar a postar o senhor também! Rum. Abraços cara! 

. pedrolima03, exatamente isso! Acho que todos deveriam ser bissexuais, o mundo seria melhor. Comia quem queria, sem rótulos, sem nada. Apenas amor (hippie haha). Acertou algo dessa vez, UHUL! / sinta-se à vontade para mandar quantos quiser, respondo quando puder  Vai pra tomorrow, sintomas de riqueza hahaha. Confirmado na Tomorrow: https://pbs.twimg.com/media/BtUZUpoIIAEDnDh.jpg HAHAHA. Abraços!

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Desculpem-me os erros e a demora (e o texto que está menor), obrigado a todos que acompanham independente de quem comenta ou não. Mas claro que comentários ajudam muito, estimula bastante. Enfim, Obrigado!

Qualquer coisa, e-maill: patrickgms@outlook.com respondo sempre que possível.

Abraços a todos!

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Comentários

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Pra variar perfeito seu conto... essa é a última vez que comento (e leio )teus contos... vou sentir muita falta, mas já não aguento mais o mal que a CDC tá me fazendo! Caso queira manter contato comigo me manda um email e podemos conversar! Caso não, boa sorte e continue sempre sendo esse autor maravilhoso, nunca deixe de usar esse dom!

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Bom demais, imaginei que o Thiago ia levar o Arthur embora só para obrigar o Gui a ficar com ele.

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Patrick meu fofo, nao esquece de mim ainda estou na ativa, fiquei meio ocupado com a faculdade mas li todos e continuo acompanhando vc...saudades de todos ...abracao a todos...

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Olha o ruim foi só a demora mesmo,mas o cap tá tão bom quanto todos os outros. E essa sua idéia aí parece muito boa. Espero q volt logo.

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