The Scientist - 11

Um conto erótico de Pierrot The Clown
Categoria: Homossexual
Contém 2265 palavras
Data: 25/08/2014 22:17:16

RAFAELA.

Nós ficamos sentadas na praça até metade da madrugada, quando ela sugeriu irmos pra casa dela. Não sei se por trás daquela carinha fofa de criança com sono depois de tanto aprontar havia segundas intenções, mas eu tinha segundas, terceiras, quartas, todas as intenções do mundo...

- Vamo pra minha casa, Rafa? Não quero ser vitima do maníaco do parque

- E existe um maníaco do parque aqui?

- Nunca se sabe... - Ela disse arregalando os olhos e fazendo uma cara engraçada, estavam incrivelmente mais azuis naquela noite. Eu ri e a beijei. Ela levantou primeiro, me deu a mão me levantando também e levando meu corpo de encontro ao dela.

- Seu cheiro é doce, sabia? - Eu disse beijando seu pescoço devagar a sentindo me abraçar pela cintura.

- Sabia, eu que compro meus perfumes. - Ela disse me fazendo dar um tapa em seu ombro.

- Você sempre estraga todo o clima, sabia? - Ela soltou uma gargalhada, me fazendo rir também.

- Vem logo - Me beijou ainda rindo e saiu me puxando pela mão.

Nós pegamos um táxi e descemos em um outro bairro, pra mim era totalmente desconhecido.

- Pensei que tinha dito pra irmos pra sua casa.

- É, eu disse. - Ela dizia com uma cara de "tô nem aí". Eu odiava aquela cara, ou amava, não sei.

Entramos em um mercado 24 horas. Ela comprou algumas besteiras, totalmente alheia a minha cara de interrogação. Passamos pelo caixa, ela pagou e seguimos caminhando.

- Você é traficante de orgãos? Faz parte de alguma seita? Me seduz e depois me leva pra morte? Alice? - Ela parou abruptamente na minha frente e virou pra mim.

- Você é bem mais bonitinha de boca fechada. Shhhh. - Ela disse me dando um selinho e pegando na minha mão.

- Shhh?!?!

- Aqui também é minha casa, ok? Era do meu pai antes, foi presente. Da pra parar de surtar agora? - Ela disse rindo. Parou em frente a um apartamento e cumprimentou o porteiro.

- Seu Zé!

- Menina Alice! Quanto tempo. Ta fazendo o que por aqui tão cedo?

Eu nem havia notado que o dia já amanhecia. Alice ainda trocou umas palavras com o porteiro e entramos no elevador. Ela encostou em um canto e ficou me ancarando com as sacolas na mão e um sorriso torto nos lábios que formava uma covinha no canto da boca. O poder que aquela garota exercia sobre mim era tão grande que eu não lembro de mais nada daquele momento, só de a estar beijando ali dentro. Paixão ou amnésia, que seja. Chegamos ao andar dela, o sexto. Ela pediu para pegar a chave no bolso da calça e abrir a porta, já que estava com as sacolas. Eu abri a porta, ela pôs as mini-compras em cima da mesinha ao lado da porta e acendeu a luz. Acho que Alice teve um mini infarto nessa hora pois encontramos Mateus no sofá deitado sobre o peito de um rapaz moreno e um monte de garrafas vazias no chão.

- Filho da mãe!!! - Disse Alice passando a mão pelo rosto em sinal de incredulidade.

- Esse é o...

- Mateus, é, eu dei minhas chaves a ele há tempos atrás quando tava na bad, mas o trato não incluia nada como gozar no meu sofá ou blablabla - Alice suspirou, foi até o quarto e voltou com uma coberta, jogando em cima dos dois que nem se mexiam, o que a fez revirar os olhos. Eu ainda estava na porta encarando a cena com uma imensa vontade de rir, tudo com ela era alegria, nunca havia me sentido tão bem assim, mesmo com todos os problemas (pra mim ainda desconhecidos) dela, a vida com Alice só não era mais doce do que ela mesma. Mateus tinha razão, afinal.

Ela pegou as compras e sussurrou um "desculpa por isso", baixinho. Fomos pra cozinha e eu a ajudei a guardar tudo na geladeira.

- Eu realmente preciso de um banho. - Eu disse cansada, me encostando na bancada.

- Idem. - Ela disse me olhando com uma cara nada inocente. - Vem comigo.

Ela me guiou pela mão até um quarto, entramos e ela fechou a porta, me encostando na mesma e me beijando de uma forma... Ok, eu não conseguiria descrever nem com as melhores palavras do mundo. Desceu os beijos para o meu pescoço, chupou, mordeu, lambeu, apertando minha cintura e colando seu corpo no meu ao mesmo tempo, me deixando louca. Fez o mesmo com meu queixo, ombros... Tudo que eu sentia era sua boca me percorrendo, o mundo que se explodisse la fora, eu não ligaria. Senti suas mãos apertando minha bunda e mordi seu lábio, ela soltou um gemido delicioso. Eu coloquei uma mão em seu peito e a conduzi ate a beirada da cama e desabotoei sua calça, a tirando em seguida. Tirei sua camisa também, a deixando só de calcinha e sutiã. Perdi o ar com tudo aquilo que estava à minha frente. A empurrei de leve até cair na cama, ela me olhava com os olhos brilhando de desejo, mordendo o cantinho da boca onde havia um pequeno piercing, o que a deixava mil vezes mais sexy. Tirei minha própria roupa e sentei sobre sua barriga, me debrucei em sua direção e a beijei com toda a vontade contida, ela gemia baixinho na minha boca, me deixando muito mas muito molhada. Eu rebolava e a beijava em um ritmo cada vez mais alucinante enquanto ela apertava minha bunda. Ela parou o beijo, me fazendo sentar novamente, me puxou até ela, me fez sentar em sua boca e apoiar as mãos na cabeceira da cama. Ela me chupava ora rápido, ora devagar em um ritmo que beirava a tortura mais prazerosa da minha vida. Eu jogava a cabeça para trás e rebolava em sua boca enquanto ela me lambia inteira e arranhava minhas coxas, me abria com os dedos e me penetrava com a lingua, a garota sabia como enlouquecer alguém... Não demorou muito e eu gozei em sua boca em meio a muitos gemidos. Caí praticamente morta ao seu lado, mas queria mais que tudo retribuir todo o prazer que ela me dava, subi em cima de Alice novamente e beijei seu corpo inteiro, dando atenção especial aos seios e à sua barriga. Deixei marcas, me agradava pensar na possibilidade de podê-la chamar de minha algum dia. Alice apenas gemia embaixo de mim, gemeu mais alto assim que alcancei seu sexo. Não demorou muito e lá estava ela me arranhando nos ombros e puxando meu cabelo e gozando deliciosamente em minha boca. Meu deus. Que mulher. O gosto mais doce que já havia provado. Deitei em seu peito e fiquei olhando aquela carinha de prazer tentando se recuperar. O quarto já começava a ser lentamente iluminado pelo sol nascendo lá fora, um raio iluminava o rosto de Alice e eu estava completamente encantada e sem palavras. Os olhos azuis, muito mais azuis e brilhantes, como águas transparentes de um oceano, transparentes e turbulentas. Os lábios rosados, o contraste dos cabelos pretos com a pele extremamente branca, o nariz fino, o olhar sério, o cheiro doce, o pequeno piercing de argola preta no canto da boca que só reforçava o ar de menina selvagem, mas meiga. Coloquei uma mecha de cabelo que caia sobre os olhos dela atrás da orelha e a beijei. O beijo mais terno e cheio dos meus sentimentos mais novos e confusos que consegui dar. Ela me deu um meio sorriso e fechou os olhos, fechei os meus em seguida e dormi sentindo... Paz, e felicidade como nunca antes. Eram os braços dela ali ao meu redor, eu me sentia a pessoa mais segura do mundo. Acordamos já era tarde, liguei para o meu pai e para minha felicidade o mesmo se mantinha sóbrio por causa da chegada do seu Pedro, o sócio, então resolvi ficar mais um pouco com Alice e voltaria de noitinha. Vesti a blusa dela que estava jogada na mesa ao lado da cama e fui até a cozinha procurar algo para comer. Pensei se deveria mesmo e cheguei a conclusão de que, Alice doida do jeito que era não se importaria comigo mexendo em sua geladeira. Sentei na bancada da cozinha e fiquei ali comendo uma fatia de pizza quando um Mateus de cabelos bagunçados aparece na cozinha de repente me fazendo gritar e quase engasgar, no momento em que me viu ele também gritou, logo atras dele apareceu o rapaz moreno da noite anterior e pra completar a cena... Alice parada na porta da cozinha também só de camiseta. Um olhou pro outro e no final foram 4 gargalhadas que se fizeram ouvir ali dentro.

- Eu odeio vocês - Disse Alice ainda rindo e voltando pro quarto.

- Desculpa, meu amor - Disse Mateus com a boca cheia de pasta, estava escovando os dentes. Só ouvimos o barulho da porta do quarto batendo - Ai, Rafa manda a vaca da sua namoradinha fazer menos barulho. Minha cabeça!

- Eu disse que minha casa era melhor - Disse o moreno, também comendo uma fatia de pizza.

- Quem é você? - Perguntei.

- Segundo o abusado ali no canto, o segundo melhor amigo da sua namoradinha. Como o próprio eu queria te dar aquele sermão do não a machuque mas estou faminto demais pra isso e com dor de cabeça também, então... Não a machuque - Falou com a boca cheia de pizza, voltando ao sofá.

- Cala boca, Vini. Loirinha, tem remédio pra dor de cabeça? A minha vai explodir.

- Não, desculpe.

- Tudo bem - Mateus disse parando em frente a mim com uma sobrancelha levantada e um ar de riso.

- Que foi?

- A noite foi boa, hein? A julgar pelo seu pescoço diria que minha amiga arrebenta. - Piscou e saiu da cozinha, me deixando mais do que vermelha de vergonha.

Entrei no quarto de Alice e ouvi o barulho de água, fui até a porta do banheiro e vendo que estava destrancada, não resisti. Parei em frente ao espelho e observei as marcas no meu corpo à luz do dia. Nossa, ela havia feito um estrago... Entrei no box e Alice se assustou mas sorriu em seguida. Sabia que deveria fazer algo mas tudo o que consegui fazer foi ficar parada, com cara de mongolóide, babando naquele corpo de curvas perfeitas, no rosto mais lindo que já havia visto. Com ela totalmente nua na minha frente pude perceber uma tatuagem, um desenho de um batimento cardíaco, feito aqueles dos equipamentos médicos. Ela virou e eu também pude perceber uma coruja média desenhada em suas costas, pelos deuses! que coisa fofa. Ela afastou os cabelos pro lado e começou a massagear o pescoço, vi que ali também havia uma clave de sol tatuada. Os seus movimentos eram tão sexys que eu já me encontrava molhada e nem queria perceber mais nada além do corpo dela colado no meu. A abracei por trás, beijei sua nuca e a encostei na parede, desci beijando suas costas, me ajoelhei e a chupei. transamos novamente até ficarmos esgotadas.

- Pode pegar o que quiser, você gosta de quase todas as mesmas bandas que eu e aí dentro só o que vai encontrar são... Camisetas de banda. - Disse Alice colocando o sutiã. - De noite tenho que ir, amanhã meu pai encontra com um sócio, almoço em "família" e bleh... Eu odeio isso.

- Boa sorte - Disse ela rindo.

- Você bem que poderia ir comigo, mas o idiota do Lucas vai estar lá e meu pai já desconfia de mim devido aos boatos, então...

- Você sabe que não fui eu, não sabe? E quem é lucas? - Ela perguntou enquanto secava os cabelos

- O idiota que você colocou pra correr na praça aquele dia - Ela gargalhou

- Qualquer coisa me liga, eu te socorro - Piscou. Meu deus, que mulher era aquela.

-Ei, Alice?

-Oi?

- Posso perguntar algo?

- Depende.

- Qual o significado dessa tatuagem? - Me aproximei dela, contornando o desenho com o dedo.

- A última batida do coração do meu pai. - Ela mandou de uma vez e eu fiquei sem saber como reagir. Vi por uns segundos tristeza em seu olhar mas ela deu de ombros e me beijou rapidamente - Você fica linda vestida na minha blusa e de cabelos molhados - Disse e saiu do quarto, me deixando perdida em pensamentos. Quando mais a conhecia, mais... Apaixonada ficava.

Passamos a tarde vendo filmes (na verdade rindo de filmes), comendo, jogando videogame e rindo com os meninos, uma vez ou outra namorávamos no seu quarto, Alice me mostrou sua coleção de cds, me emprestou alguns livros e ficou com uma carinha emburrada quando Mateus resolveu mostrar o antigo album do pai com fotos dela quando criança. Eu fiquei com cara de boba olhando tudo, não poderia ser diferente. Fizemos um pseudo concurso de dança, tocamos violão e bebemos na varanda do apê, enfim, uma das melhores tardes da minha vida, cercada por pessoas maravilhosas e a garota por quem eu estava começando a me apaixonar. À noite nos despedimos dos garotos, Alice deixou a chave com Mateus e depois de uma despedida com direito a muitos "Se gozarem no meu sofá novo, eu mato os dois!" foi comigo até em casa, me beijou e foi embora, mas não antes de me convidar para assistir o ensaio que ela tinha com a banda na noite do dia seguinte, e eu, claro, aceitei. Eu entrei em casa e abracei meu pai pisando nas nuvens, ficamos na sala brincando e conversando até tarde da noite. Fui dormir naquele dia com um único pensamento, não me importava o que viria no dia seguinte, nada conseguiria tirar do meu rosto o sorriso que se formava toda vez que eu sentia o cheiro dela ainda em mim.

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Comentários

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Seus contos são ótimos. Desde que comecei a lê-los estou sempre em busca de mais.

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Leio seus contos e imagino cenas bem enigmáticas e sensuais rs Está perfeito como sempre. Continue logo :D

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Adorooooo o jeito que vc narra o conto...Continua!!

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Assim como tudo q vc faz ❤️ te amo, meu amor.

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