O Ninfeto - Capítulo 1

Um conto erótico de Hj
Categoria: Homossexual
Contém 1672 palavras
Data: 24/08/2014 14:38:50
Última revisão: 24/08/2014 15:36:19
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual

100 anos a.C. Roma.

- Porque eu tenho que ir. Isso é injusto. Eu quero ficar aqui com vocês- digo com os olhos lacrimejantes.

- Eu também queria que você ficasse conosco pra sempre meu filho, mas, é o que diz a lei- fala minha mãe tentando não demonstrar tamanho desespero.

- Fica preso em um Palácio sendo escravo sexual de um principezinho pervertido. Participando de suas orgias vergonhosas. Eu não vou aguentar isso- digo me debruçando em lágrimas.

- Você tem que aguentar por nós, por seus irmãos- diz meu pai olhando nos meus olhos.

- Eu vou lembrar disso quando a minha honra for arrancada e eu ser jogado fora como um lixo- digo.

- Promete que vai se comportar e vai trata-los com o máximo de respeito, pois eu não suportaria receber a noticia de sua morte- diz minha mãe.

- Eu vou – digo.

Ouço o barulho dos cascos das patas dos cavalos batendo no chão. Avisando a chegada dos quardas reais montados em lindos cavalos negros que reluziam a luz do sol que vinha nascendo ao horizonte. Havia uma carruagem que cabia no máximo duas pessoas e avistei através da cortina branca um homem sentado. Ele desce e vem até mim. Seus cabelos eram raspados, aparentava pra lá de 50 anos, usava uma tinta escura abaixo dos olhos, brincos grandes de ouro que faziam suas orelhas parecerem pequenas. Ele fica por alguns segundos me observando, e andando em volta de mim, toca em meu rosto e abre um pequeno sorriso de canto de boca. Ele com certeza era um Martin. ‘Eles abrem mão da vaidade para servi o estado’. Eles eram encarregados de ficarem responsáveis pelos brinquedos da realeza todos os garotos e garotas que eram arrancados de suas famílias sem o mínimo de piedade.

- Você deve ser Valentim, não?- diz ele.

- Sim, sou eu e você quem é?- digo com cara de poucos amigos.

- Sou Cesar um ‘Martin’ dá realeza, a partir de hoje eu sou responsável por você e pelo seu bem estar.

- “Bem estar”- digo revirando os olhos.

- Antes de tudo eu só gostaria de dizer que eu sinto muito por ter acontecido com você- diz ele.

- Obrigado por sua consideração- digo com muita vontade de chorar, mas, me mantive forte. Eu não demonstrava minhas fraquezas para estranhos.

- Eu darei um curto tempo para você se despedi de sua família- diz ele se afastando.

Eu vejo minha mãe, meu pai e meus 3 irmãozinhos casulas. Eu corro para seus braços. Vejo o olhar triste deles todos nós sabemos que quando se é escolhido para ir servi ao rei nunca mais pode ter contado com a família.

- Mãe e pai não chorem, por favor. Não tornem isso mais difícil-eu digo.

- Vai fica tudo bem, não vai? Me prometa Valentim- diz minha mãe.

- Eu prometo mãe- digo dando o ultimo beijo em sua testa.

Eu ouço uma voz me chamar ao longe e ofegante.

- Valentim- Grita meu “amigo” Augusto.

- Augusto- Eu grito de volta.

Nós nos encontramos e nos abraçamos como se o tempo tivesse parado. Ele pega na minha mão e me puxa em direção ao bosque. Ele olha nos meus olhos e diz.

- Como você seria capaz de ir embora sem ao menos dizer adeus?

- Eu não queria me despedi de você- digo com o coração despedaçado.

- Então é assim você vai embora e acabou?- diz ele grita.

- Não briga comigo essa é a última vez que vamos nos ver. Eu quero guardar como um bom momento.

Ele se aproxima, posso sentir sua respiração e ele me beija. Eu fico paralisado. E um fogo me consome. Quando terminados ele diz:

- Promete que nunca vai esquecer de mim?- Ele diz.

- Augusto não crie falsas esperanças. Não quero que sofra por mim- digo

- Promete pra mim- Fala ele pegando na minha mão.

- Eu nunca vou te esquecer- falo.

- Adeus- diz ele.

Eu sigo um tanto abatido. Entro na carruagem onde o velho Martin estar a minha espera. E ao longe eu vejo a minha velha casinha de barro e palha ficar cada vez menor até desaparecer.

O meu povo é escravo dos romanos. Por isso nós somos totalmente submissos a eles. É daqui que saem algum dos soldados do exército, escravos sexuais, empregados.. . A lei a que fui injustiçado é que ”quando garotos ou garotas completam 18 anos passam por uma seleção onde os mais belos e as mais belas são escolhidos para serem levados para o palácio onde ficam sobre a tutelar do estado”. Ouvi dizer que os reis e príncipes gostam de ter uma mulher ou um garoto diferente a cada dia. Minha vó que foi cozinheira da nobreza me contou que o palácio é tão grande que podemos até se perde nos largos corredores e inúmeras portas. Há traças de ouros, monumentos gigantescos, jardins com grandes variedades de flores, bibliotecas etc. Sinceramente nada disso me enche os olhos ou faz que eu me sinta melhor.

Quando eu completei 18 anos há 2 semanas. Fiquei aterrorizado. Eu temia que esse dia chegasse, pois, quando eu olhava o meu reflexo na água no pequeno riacho da vila. Eu já podia ver os meus sinais de beleza florescendo e pelos olhares que eu atraia no povoado. Eu nunca gostei de ser o centro das atenções sempre me vestia ou agia da pior possível. Achei que poderia me livrar da seleção. Estava tão enganado...

Eu me arrependo de não ter fugido com o Augusto quando ele me propôs, mas, eu tive medo. Agora eu sofro por minha covardia. E eu me odeio por isso. Eu adormeço e até sonho em momentos eróticos com Augusto que provavelmente nunca irá acontecer. Não depois de hoje. Desperto com um vento frio soprando o meu rosto. Já é noite eu devo ter dormido por mais de 10 horas. Vejo que há uma cesta com algumas frutas, sementes, pães ao meu lado.

- É toda sua- diz ele.

Eu primeiramente pensei em recusar, mas, eu estava com tanta fome que não podia me dá o luxo. Eu comi como um animal sedento por comida preste a hibernar em pouco tempo comi 5 maças, um cacho inteiro de uvas roxas, 2 pães, algumas sementes. Ao fim me sentir satisfeito.

- Em quanto tempo chegaremos no palácio?- Eu pergunto.

- Você que dizer naquele palácio- diz ele apontando.

Eu fico admirado com o tamanho da fortaleza que cercava era impossível acredita que aquilo não foi obra dos deuses e sim de homens. Vejo a grande porta de madeira abrindo caminho para nos adentramos. Dentro ainda parecia ser muito mais grandioso. Eu pude ver o jardim do qual a minha vó falava. E tão grande, tão colorido e eu fico encantado. A carruagem para em uma das muitas entradas. Eu acompanho Cesar o Martin e ainda admirando cada cortina, tecido, detalhes pinturas, esculturas daquele lugar. Por um momento eu esqueci um pouco de casa. Ele me guia por corredores, subimos alguns andares de escadas. E abre a porta de um quarto. Eu sinto um aroma delicioso de incenso. Vejo uma cama pequena com tecidos alvo como a neve e tão macios quanto o algodão.

- Valentim, Esse é o seu quarto. Lembre-se amanhã terá de estar de pé cedo. Trarei roupas novas para você, alguma lavanda, alguns acessórios. Terá de estar deslumbrante. Os nobres retornaram recentemente de uma guerra e você deve imagina eles estão precisando relaxa se é que você me entende.

- Eu não quero atrai ninguém- digo.

- Eu acho melhor você começar mudar de ideia. Acredite você tem que atrai atenção de algum dos príncipes, pois, as sobras são jogadas para os soldados e eles não são nem um pouco bonzinhos. Eu gosto de você Valentim, e eu tenho certeza que vão se de gladiarem para ficar contigo- diz ele

- Ninguém me escuta, ninguém quer sabe o que eu penso, o que eu acho, o que eu quero.

- Peça eu farei o possível para conseguir- diz ele com toda paciência.

- Liberdade- Eu digo.

- Desculpa meu jovem, mas, essa é a única coisa que eu não posso te dar- diz ele- Boa noite.

Eu vou até aquela janela, fico olhando para as estrela assim como eu fazia quando estava ao lado de Augusto. Deito na cama e adormeço. Pela manhã com Cesar me chamando.

- Estar na hora de acorda me acompanhe.

A minha cabeça está doendo com se tivessem a partido com uma machado. Vou e chego a um lugar onde há umas 100 pessoas mulheres e garotos nus se banhando em lagos artificiais. Há pessoas por toda a parte. Eu tiro minha roupa ainda receoso e envergonhado nunca fiquei pelado na frente de estranhos e eu me sentir invadido. Água está perfumada com rosas, logo algumas mulheres passam uma mistura de odor insuportável em meu corpo.

- Para que isso serve?- Pergunto.

- Para remover os pelos- diz uma delas.

Em alguns minutos eu estou liso, sem pelos no corpo. Cesar me disse que os homens não gostam que os parceiro ou parceiras tenham pelos no corpo. Logo depois da loção fedida. Elas passam um óleo de aroma doce e suave na minha pele que a deixa reluzente e macia. Os meus cabelos cor de mel antes secos e quebrados estão macios e brilhosos. Eu me seco e logo vejo uma bonita roupa. Eu me visto e enfim estou a caráter.

Vou até a sala de banquete onde tomamos café da manhã. Pego uma maçã e de repente sou atingido por uma coxa de frango. Eu olho e vejo muitas pessoas rindo de mim.

- Quem fez isso?- Eu pergunto com fúria nos olhos.

- Eu- diz uma linda mulher que mais parecia uma deusa romana. Seus cabelos loiros cacheados brilhosos, seus olhos eram verdes- amarelados, sua pele era branca e pouco vermelha nas bochechas.

Eu pego aquela coxa no chão. E penso eu posso até se morto por isso mais não vou deixa pra lá. Eu pulo sobre ela a jogando no chão.

- Vai engolir essa coxa sua desgraçada- eu grito.

- SOCORRO, SOCORRO. ALGUÉM ME AJUDA- Ela grita

Continua...

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Comentários

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Caramba. Me surpreendi, gostei muito. Ansioso para chegar até ao final!!

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Contexto diferente, escrita legal... Vou acompanhar! Bora pro próximo!

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