O Amor Dura Cap.1

Um conto erótico de oamordura
Categoria: Homossexual
Contém 1064 palavras
Data: 22/08/2014 23:55:51

Cap.1

Ai, como é ruim chegar em um país novo, com uma cultura totalmente diferente, língua totalmente diferente da que você está acostumado. Foi isso que aconteceu comigo. Eu, muito bem, diga se de passagem, em São Paulo, tendo bons amigos, aos 15 anos, fui obrigado a me mudar pro Japão.

- Pai, cheguei.

- Oi filho, você quer comer ?

- Quero

- A Melanie fez bolo- Melaine era minha mãe. Meu pai se chamava André. Eu cortei um pedaço de bolo, e fiquei comendo. Mas ele não parava de olhar pra mim, aquilo estava estranho.

- Tá tudo bem pai ?- ele saiu de cima do balcão aonde estava escorado, deu um longo suspiro, e falou.

- Filho, eu tenho uma notícia que talvez você não goste.

- O que houve pai ?

- Eu fui promovido na empresa- soltei o bolo e corri para abraca-lo

- Ai que bom pai, que bom, enfim você conseguiu.

- Não é tão bom assim.

- Porque ?

- Eu fui promovido para diretor, mas pra assumir o cargo, temos que nos mudar pra Tóquio.

- Oi, nós temos, o que ?- falava sem acreditar- Você tá brincando né ?

- Filho, nesse novo cargo, vai vir muito mais dinheiro, eu vou poder comprar coisas novas, você vai poder fazer o que quiser, vamos fazer viagens, mas pra isso, nós temos que ir pro Japão.

- Mas pai, como assim. Sair daqui, do nada, e ir para aquela terra cheia de olhinho puxado.

- É- respirei fundo. Sabia que aquele emprego era importante pra todos nós, e por isso, tinha que dar apoio.

- Quanto tempo ?

- 6 meses. Até lá, nós vamos ter que fazer cursos de japonês, e eu já estou procurando uma escola em Tóquio que fique melhor pra você, uma escola bilingue, que tenha professores que falem pelo menos o inglês, que você sabe muito bem.

- Tudo bem pai.

As despedidas foram terríveis.

- Não migo, não vai, por favor, não me deixa só aqui- falava Liliane, minha melhor amiga.

- Infelizmente eu tenho que ir Lily. Meu voo sai mais tarde, e ele é bem longo diga-se de passagem- ela olhou pro chão.

- Promete que vai ligar sempre?

- Prometo- ela lagrimou- ai miga, não fica assim, você ainda tem os nossos outros amigos.

- É, mas o que eu mais considero vai pra terra do sol nascente.

- Prometo que não vou esquecer você- falei, saindo.

- Tchau

- Tchau

TEMPO DEPOIS

- Tem certeza que pegou tudo Eric ?- minha mãe perguntava

- Tenho- falei, puxando minhas malas, que não eram poucas. Ficamos parados na frente, olhando pra casa- eu vou sentir saudade daqui

- Também vou filho, de todo mundo. Mas nós temos que fazer o que é melhor pra nós, e o melhor é ir pro Japão. Você treinou com os hashis né ?

- Sim mãe- logo meu pai chegou. Entramos no táxi, e fomos em direção a Guarulhos. Naquela madrugada fria, São Paulo nem parecia a cidade que a gente conhece sempre. Logo chegamos no enorme e falho terminal. Colocamos toda a nossa bagagem de mudança nos carrinhos, e fomos fazer o check-in. Logo estávamos na sala de embarque. Fomos pro nosso avião e tiramos os pés do chão exatamente as 02h da manhã. Olhava São Paulo de cima, e ficava pensando quando retornaria ali.

- Tchau Brasil.

32 horas depois, chegávamos em Tóquio. Eu estava louco pra dormir. Era meio dia no Brasil. Tudo escuro na capital japonesa. Ainda não tinha me acostumado bem com aqueles símbolos, e ve-los para todos os lados era desesperador. Ao menos sabia o básico na fala. Logo chegamos aonde ficaríamos, a nossa nova casa, era um apartamento. Meu pai já tinha a chave. Fomos subindo as escadas naquele lugar desconhecido. Logo chegamos no nosso apartamento. Era tudo muito novo pra mim, e eu não sabia nem aonde ficava o botao de luz naquele lugar. Enfim pude descansar no meu novo quarto, que era lindo digasse de passagem. Era amplo, tinha muitos espelhos, e uma cama enorme. Dormi horrores. Havia chegado no Japão.

UMA SEMANA DEPOIS

Havia chegado o dia de ir pro colégio. Não sabia o que ia esperar. Além da tensão de ir para um colégio novo, tinha a tensão de eu não conseguir fazer amigos, tudo por causa da língua diferenciada. Ficava com medo de poucos falarem inglês. E não pensava em achar ninguém que falasse português. Já havia conhecido muitas coisas em Tóquio. Havia me acostumado com o fuso horário, comer com hashis, e me acostumado com as pessoas te olharem, por verem que você não tem olho puxado, não é dali. Me arrumei do melhor jeito possível. Não tinha que usar uniforme, e isso era bom. Vesti uma camisa branca, um moletom por causa do frio, uma calça jeans, e um tênis. Penteei meu cabelo, coloquei um relógio, e estava até legal. Naquela época, eu era loiro, tinha um cabelo liso, mas eu não usava ele lambido. Cortava ele e fazia um penteados legais. Tinha olhos castanhos, pele branca, e era magro.

- Oi filho- minha mãe dizia, me vendo sair do quarto- tá bonito !

- Não quero fazer feio.

- Toma um café, pra esquentar- falou, me dando a xícara.

- Nossa, tá frio mesmo hoje- logo comi a minha primeira refeição do dia, e minha mãe me levou pro colégio. Ao chegar lá, muitos olhares. Apesar de eu ver que tinha também muita gente que não era de lá, acho que eles não eram tão acostumados com isso. Fui procurando a sala da diretoria, pra saber minha sala, até achar. Entrei, tinha um menina sentada lá. Ela olhou eu entrar, e, vendo minha desorientação, apontou para o sofá. E então, ela falou algo primeiramente em japonês, que eu não entendi. Depois, falou em inglês.

- Você é daqui ?

- Não. Eu sou do Brasil- ela botou a mão na boca.

- Sério, ainda não tinha visto ninguém do Brasil aqui.

- Estuda muita gente de fora aqui ?

- Sim. Mas a maioria é dos EUA. Nem sei se tem outro brasileiro aqui.

- Ah. Que ano você vai fazer ?

- 2°

- Coincidência, eu também. Me chamo Eric.

- Ayumi- ela riu- seu nome é tão diferente.

- Eu também acho isso do seu. Logo a diretora abriu a porta.

- Querem saber as turmas né. Qual o nome ?- repetimos nossos nomes, e ela falou- os dois estão na 245

- Obrigado- saimos, e fomos procurar a bendita sala. Fomos andando, até achar uma com esse número. Ao entrar, só tinha um garoto lá dentro. Ao vê-lo, parei.

Continua

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