sizinha: Será? Talvez não, atrás de Naomi vem algo pior, só parar pra observar melhor a historia.
Carol ♥ Laila: Voltei sua fofa, Laila <3 Carol <3 saudades de tc contigo linda :3
jak7 : Preguiça não é boa não hein nina, mais tudo bem, já sabendo que tu ler, fico feliz por isso :D
MiIH: Convenhamos que... perfeito não está, mais dar pro gasto.
Feer ^.^ : Verdade, foi maldade o que eu fiz com ela, será que ela vai acordar?
Boa noite a todas, e sem delongas vamos ao conto!
Você é Meu... Amor- 12
Tinha se passado dois meses. Eu estava mais do que triste, ela não deu sinal de vida, e isso me entristece muito, porque ela está no hospital porque a culpa é minha, se eu dissesse a verdade há muito tempo, nada disso teria ocorrido. Eu deixei a Naomi atrapalhar o nosso amor, agora eu devo aguentar as consequências de meus atos. Choro em prantos todas as noites, é difícil ir a escola e se judiada por todos, ter que suportar muitas pessoas me encarando. Nunca pensei passar por isso, mais não será isso que irá me abalar e deixar de desistir do meu amor que sinto pela Karina. Agora, sua família deve saber que ela é. E quando acordar vai sofrer mais ainda.
-Vida complicada a minha! –Me arrumo, hoje seria o dia de visitar meu pai na prisão. Maquio-me, boto uma calça apertada e uma blusa vermelha. Penteio meus cabelos, e me olho no espelho. Ao deparar comigo mesmo, levo um susto. Naquele momento não parecia ser eu mesma, perdi meu corpo, o brilho de alegria em meu rosto sumiu, o sorriso já não estava ali. Meus olhos vermelhos e caídos, de tanto chorar e não dormir as noites pensando no estado de Karina.
-Nossa agora o que falta é o sorriso no rosto. –Que será difícil, pensei.
Vou até a cozinha e pego algo pra comer. –Mãe, vou sair.
-Volte aqui garota! –Chamou-me.
-O que foi? –Falo.
-O que foi Kate? Que os bons modos que lhe ensinei?! –Repreendeu-me.
-O que você quer.
-Me trata com respeito garota, vagabudazinha lésbica.
-Bruxa, idiota, hipócrita! –Berro.
Puft! Sua mão foi na minha cara, olho pra ela com raiva, meus olhos lacrimejados. Não suportando a dor, decido sair dali, ela segura meu braço com força e me puxa. –Aonde pensa que vai, só sai daqui com minha permissão. Pensa que sou idiota? Sua cola velcro.
-Vou aonde eu quiser. –Falo. –Você vai terminar sozinha, sem amor.
-Igual a você! Querida tu é parecida comigo, todos percebem isso! Enganadora! –Ao ouvir aquela palavra fiquei sem ação alguma, fiquei olhando pra ela chocada, sentindo lágrimas escorrer pelo meu rosto.
-Jamais, nunca! –Grito não acreditando em sua comparação.
-Aquele idiota do seu pai me enganou! –Disse com raiva. –Eu entreguei ele, com certeza, ele merece mais do que aquilo.
-Meu pai não é o culpado! –Digo.
-Tu nem sabe o que ele fez. –Dar uma risada maléfica. Como um ser poderia ser assim, tão malévolo. Ela deveria ser a mãe de Naomi, que não tem amor nem consigo mesma. Passo a mão em meus cabelos, os prendendo e fito seu rosto, sorridente. –Se calou querida?
Abaixo a cabeça. Ela a levanta com sua mão, apertando meu rosto com força. –Não quero filha lésbica não, ouviu? –Berrou, aumentando o tom de voz ainda mais. –Agora me diga quem é a vadia. –Instintivamente minha mão vai à cara dela. Ela me empurrou. –Sua piranha, como não percebeu isso antes.
-Mãe me desculpe. –Falo.
-Seu monstro, vou te ensinar a ser mulher, por bem ou por mal...-Seu jeito mudou, sua voz também, ela se aproximou de mim e eu sabia que o inesperado estava pra acontecer.
...
Kaiã
Ah, não acreditava que minha irmã é lésbica. Nada contra, isso é até legal, mais... Porque ela nunca me disse isso? Falta de confiança? Sempre a amei, sim, às vezes eu a tratava com indiferença até demais. Agia friamente com ela, mais, agora que eu sei que ela gosta de colar velcro, queria que ela estivesse acordada. Boa! Sinto falta dela!
Muita...
Esse fato entristece meu coração. Eu iria me assumir com ela. Só não sabia como, agora, de frente pra ela, uma lágrima escapole de meu olho. Passo a mão na cara e aperto sua mão pequena e gelada.
-Ka sinto sua falta, do seu sorriso, seu jeito, de você! –Falo baixo, aperto sua mão com força. Conduzo sua mão até meu coração. –Dois meses, espero que acorde logo. –Não conseguia olhar o rosto dela, está todo... Bom, vou dizer que está feio. Meu celular começa a tocar, ao ver quem é na tela, dou um suspiro lentamente.
-O que você quer? –Pergunto aborrecido.
-Calma cara.
-Estou calmo Cook. –Falo.
-Posso ir ai?
-Não estou em casa, to no hospital. –Digo, impaciente.
-Eu sei bobo, estou indo ai, fazer uma companhia.
-Não.. –Desligou o celular, que patético.
Durante esses dois meses, eu comecei a ficar com Cook. Ele se mostrou ser uma pessoa, diferente do que eu pensava, talvez pudesse ser engano meu mais ele é carinho e atencioso comigo, bastante. E eu precisava desabafar com alguém, esse alguém é ele. Que além de ouvir, me dar conselhos e me apoia praticamente em tudo. Lembro-me das melhores noites que tivemos, também foi triste, pois não tinha a presença de Karina.
Algo que me surpreende até agora, é que a Lohayne foi à única de suas ex-amigas que veio a visitar. Ela é uma fofa, sempre perguntando e dizendo que ajudaria em tudo pra melhora da Karina. Ouço uma voz, olho para a porta e ali eu me deparo com o Cook, com um sorriso lindo, aquele sorriso encantador, com um boque de flor na mão, usando uma blusa preta gola v e a calça saroel escura. Um sapato preto com lista laranja. Cabelo de lado, e seus olhos brilhando a me ver, aqueles olhos verdes.
-Cheguei amor, desculpa a demora! –Veio em minha direção, se agachou e me beijou.
-Uai, não precisava do boque fofo. –Digo sem graça.
-Heyy, o boque é pra sua irmã. –Olho bem, tulipas, me esqueci de que a Karina gosta de tulipas.
-Desculpa. –Falo tristonho.
-Mas tu pensas que eu ia agradar só sua irmã? Aqui, trousse pra ti, seu favorito. –Uma caixa da ferrero Roche. Beijo sua boca, com intensidade, ferocidade. Até que caímos no chão, eu em cima dele, ficamos nos encarando. Dou um selinho na sua boca.
-Lembra a primeira vez que ficamos? –Digo sorrindo.
-Lógico, como iria esquecer um momento único e mágico daqueles. –Sua mão ficou nas minhas costas, me apertando contra seu corpo.
-Tem razão, queria voltar aquele dia.
-Por causa de mim, e da sua irmã. Amor, a Karina é forte e logo estará acordada, sorrindo. Tive uma ideia, que tal de fazermos uma surpresa, quando ela acordar, comemorar o quão forte ela é, de ter superado isso tudo.
-Nem sei se ela irá acordar.
Sua mão virou meu rosto pro dele. –Escute, nunca perca a esperança, ela é a ultima que morre, ouviu? –Beijou minha boca. –Que tal?
-Tem razão, vamos sim!
...
Kate
Minha mãe tinha pegado o cinto. –Agora vou te ensinar a ser mulher.
Olho com medo pra ela. Sem reação. Naquele momento, meu coração se despedaçou, eu admirava minha mãe, a parti daquele momento, tudo quebrou, ela mostrou ser um ser irreconhecível. Até monstros tem sentimentos. Ela não. Nem amor próprio deve ter. Começo a chorar-me desespero, querendo achar uma saída. A melhor forma era poder aguentar aquela barra. Se for pra ser mais uma consequência de que eu errei, assim seria.
Sinto o cinto na minha cara, cortando meu rosto, gemi de dor. Olho com raiva dela, aquilo não ficaria daquele jeito. Não iria perdoa-la por esse momento. Jamais.
Continua...
