O Primeiro Amor Cap.3

Um conto erótico de oprimeiroamor
Categoria: Homossexual
Contém 1232 palavras
Data: 20/08/2014 00:40:09

Cap.3

NARRADO POR LEANDRO

Por alguma razão, aquele garoto que estava ali ao meu lado, me chamava atenção. Será seu cheiro, seu corpo, seu jeito e... que papo de viado é esse Leandro !!!!( de vez enquanto discuto com a minha consciência, acho que todos fazem isso, ou não, vish) o dia passou rapidamente. Para não ficar parado, andei um pouco e aproveitei pra conhecer os lugares que eu ainda não conhecia. Tomei um bom banho, que ajudava a aliviar a saudade e a tensão de estar em um lugar desconhecido e ainda estranho pra mim. Voltei, ao meu quarto, ao abrir a porta, vi Gabriel com uma cueca azul, de costas pra mim. Ele tinha um bundão (peraí, tô reparando na bunda de um macho, é isso mesmo ? Cadê o homem que ainda existe ai dentro, salva a pátria meu filho !) Aquele cena não sairia mais da minha cabeça.

- Ahh, você tá aí- falou ele, ao me ver entrar.

- É estou- entrei, e me vesti ali na frente dele, é normal entre homens isso. Logo desci para o jantar. Comi, e fui para a tal sala de TV. Tinha muitos garotos ali. Entrei e me sentei. William fez o favor de me apresentar a galera.

- Pessoal, esse é o Leandro, ele tá no 552, faz o primeiro ano- ele falou

- Olá- falei

- Eai, meu nome é Eduardo- um falou

- Jorge- outro

- Mauro- mais um. E assim se foram mais de 40 nomes que com certeza eu teria trabalho pra decorar. Ficamos mais um tempo, eu não bebia nada alcoólico, então ficava apenas no refrigerante mesmo. Gabriel bebia, mas bem pouco.

- Então, chega de bla bla bla, e vamos saber. Quem aqui já pegou uma mulher de jeito - muitos se olharam, poucos se declararam não virgens- só tem virgem aqui, até você Gabriel ?

- É. Até eu - falava ele, tomando a sua bebida. Já imaginam para onde enveredou essa conversa. Ficaram um tempo falando das suas experiências sexuais, de como era gostoso transar com uma mulher, alguns diziam que seus pais haviam levado-os a bordeis, e que lá tinham ficado com muitas mulheres. A conversa até era interessante, mas começou a me dar sono, então voltei para o quarto, sendo seguido por Gabriel.

- Eu já tava com vontade de ir embora mesmo- ele falou- só tava esperando você sair

- Hum, e porque não veio sozinho ?

- Não queria ficar sozinho, não gosto, fico extremamente triste sozinho- fomos direto pro quarto, ao entrar, nos ajeitamos para dormir. Já deitado, fiquei pensando em algumas coisas, na minha família, pai, mãe, e acabei começando a chorar. Tentava não fazer barulho, mas não deu certo- ei, você tá chorando ?- dizia ele, da sua cama

- Tô- falei baixinho

- Porquê ?

- Saudades da família.

- Mas já, ainda estamos no primeiro dia

- Já estou pensando nas saudades que eu vou sentir deles

- Sabe o que eu fazia quando sentia saudades da minha mãe- ele falou virando o rosto na minha direção.

- O que ?

- Repetia varias vezes " Eu não vou ficar triste, eu não quero ficar triste, eu não posso ficar triste !"- sorri

- Isso é patético !

- Pode parecer, mas funciona, sei lá, parece que alivia. Tenta.- respirei fundo, e falei

- Eu não vou ficar triste, eu não quero ficar triste, eu não posso ficar triste- repeti por várias vezes, e deu certo. Me deu um certo alívio- funcionou

- Legal- ele sorriu. Consegui dormir em seguida.

NO DIA SEGUINTE

Seis horas da manhã. Essa foi a hora que alguém passou batendo pratos no corredor.

- Andem, levantem, já deu 6 horas, as aulas começam as 07h15, arrumem-se e desçam para o café, andem- e o barulho era seguido pelo barulho ensurdecedor dos pratos batendo.

- Vai ser todo dia assim !- falei alto. De repente a porta abre, e quase morro de susto.

- Vocês são adolescentes, não acordam sozinhos a esta hora nem pagando, então vai ser todo dia, andem- uma mulher com cara de carcereira falou.

- Nós estamos numa prisão ou num colégio interno ?- Gabriel falou. Novamente a porta abre

- Decida você mesmo- ela falou

- Sai daqui !- falei, atirando um livro na porta- aff- pegamos uma toalha, e fomos em direção ao banheiro, ao chegar lá, Gabriel entra num box e eu em outro. Tomo meu banho, sempre rápido, como fazia todas as manhãs, por causa da água gelada. Quando saiu, olho pro lado, e vejo Gabriel tomando banho. Ele tinha um corpo bem interessante... De repente um estalo

- Para de pensar nisso cabeça !- falei, dando um tapa nela

- O que houve ?- Gabriel perguntou, lá de dentro.

- Nada. Só dei um tapa na parede- não tinha desculpa melhor ?

- Porque ?

- Tinha um bicho- agora melhorou

Voltamos para o nosso quarto, nos arrumamos com aquele uniforme que parecia de igreja. Uma camisa branca, uma gravata comprida, uma camisa preta de mangas longas por cima, calças pretas, sapato social preto.

- Estou indo pra igreja ou pro colégio ?- perguntei a mim mesmo. Olhei pra porta, só pra ver se a carcereira, ops, monitora, não ia aparecer e me dar uma resposta. Não aconteceu. Descemos e fomos tomar nosso café. Logo em seguida, a aula. A disciplina era enorme dentro das salas de aulas. Saiamos para almoçar e retornávamos para a aula. Saiamos as 15h, podíamos fazer o que quiser dentro do colégio. E assim era a minha rotina. Rapidamente duas semanas passaram. Estávamos eu e Gabriel andando pelo bosque. Decidimos parar e se sentar a beira de uma árvore.

- Você nunca me contou direito sua história Leandro.

- Tem certeza que você quer saber um coisa chata dessa ?- falei, deitando na grama e escorando minhas pernas na árvore.

- Sim.

- Bem. Eu morava com meu pai e minha mãe. Meu pai é todo fechado, acho que todo pai é assim. Mas ele é bem atencioso e carinhoso comigo. Minha mãe é um amor. Amo demais ela.

- Você gosta da sua vida ?- perguntou ele, com aqueles olhos atenciosos focados nos meus.

- Gosto.

- Já eu não posso dizer o mesmo. Tem horas que eu penso que eu sou, somente um estorvo pra todo mundo. Até hoje eu nunca tive amigos, do tipo que está do seu lado o tempo todo. Só aqueles "amigos" que só te levam pro mau caminho. Acho que a única pessoa que me amou de verdade foi minha mãe. Meu pai não demonstra o menor carinho por mim, apenas se preocupa com sua empresa e suas mulheres francesas. Meus tios, pra quem ele me deixou, apenas sabem mandar em mim, me obrigarem a fazer coisas que eu não quero. Eu acho que foi até melhor ter vindo pra cá- ficamos em silêncio por uns segundos.

- Olha aquela nuvem, parece um coração- falei, apontando pra ela.

- É mesmo- ele falou, enquanto a nuvem se desmontava com o vento- Leandro, posso te contar um segredo ?

- Pode

- Eu já tentei me matar- olhei pra ele, um pouco assustado

- Porque você fez isso ?

- Raiva do mundo- falava, fechando os olhos ao olhar pro céu.

- Você nunca pensou que sua vida pode ser melhor que aquilo. Você vai se tornar um adulto ! Vai ter sua própria vida. Não vai morar pra sempre com seus tios. Tenho certeza que um dia você vai ser feliz !

- Na hora da raiva, a gente não pensa muito- ficamos em silêncio por alguns segundos. De repente sinto uma mão tocar a minha. Afasto-a, e olho pra ele.

Continua

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