Do mais puro azul

Um conto erótico de d'Orléans
Categoria: Homossexual
Contém 1183 palavras
Data: 15/07/2014 18:12:45
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Queria tanto poder dizer que tudo começou como um dia qualquer, porém, naquela terça-feira, 13 de março de 2012, senti que minha vida estava para melhorar depois dos últimos acontecimentos. Estava em um sono profundo, quando de repente, um sonho totalmente diferente de qualquer um que eu já tenha tido começa:

"Estou deitado, sinto o sol em minha pele e a grama verde sob mim, abro meus olhos e veja que estou cercado por belas flores, uma campina repleta delas, um lugar paradisíaco, mas não é isso que mais me chama a atenção, e sim, a pessoa que sinto que está deitada com a cabeça em meu peito, olho atentamente, se trata de um belo rapaz, belo não, quase divino, ele tem a pele branco como o mármore, cabelos negros como uma noite sem luar, tem os mais belos traços, um rosto másculo, o que combina harmonicamente com seu corpo, um corpo grande, marcado sob a roupa, com os músculos no lugar, lindamente definido, ele estava vestido casualmente, assim como eu, camiseta, calça jeans e um sapa tênis, entretanto, o que mais que chamou a atenção, foi aquela perfeita visão quando ele abriu os olhos, com o azul mais cristalino e puro que eu já havia visto na vida, transmitia um paz e serenidade..."

Desperto, estou com o coração batendo forte no peito, com a respiração acelerada, sento e minha cama e começo a pensar por qual motivo eu estava sonhando com aquele cara, o qual achei tão bonito, e por que ele mexeu tanto comigo.

Penso em voltar a dormir e deixar essa coisas para o dia, porém, quando olho pela fresta da cortina na janela, vejo que já é dia, vejo o relógio digital ao lado da cama que marca 6h15, meu despertador começa a tocar e vejo que tenho que levantar para ir para a universidade.

Fico em pé rapidamente e observo mais uma vez o ambiente a minha volta, um quarto espaçoso, com uma grande cama ao centro, com janelas que iam do teto ao assoalho e inteiramente de vidro sendo tampadas por cortinas cinzas, que acompanhavam seu tamanho, passo pela porta que leva ao closet e chego ao banheiro, escovo os dente e entro no box, começo meu banho para realmente 'acordar', após terminar, me enrolo em uma toalha e paro frente ao espelho, não posso negar que a imagem que vejo é realmente bela. Me chamo Edouard, pertenço a família d'Orléans, tenho 23 anos e estou cursando arquitetura, possuo um corpo normal, músculos definidos (nada muito exagerado), tenho 1m85, 80 quilos bem distribuídos, minha pele é bem clara devido ao fato de eu não tomar sol, meus cabelos são castanhos e meus olhos em um tom que pode variar de um mel até quase beira o preto, possuo um barba no rosto e para leitura uso óculos estilo aviador cinza, me considero um cara atraente, desperto olhares nos lugares por onde passo.

Depois de terminar de me arrumar, desço as escadas que dão na sala de estar, a atravesso e chego na cozinha onde vejo minha linda irmã tomando café, junto-me a ela.

Monique é um linda menina, chamo-a assim, mas ela já é uma mulher, com seus 19 anos, um pouco mais baixa que eu, 1m75, cabelos quase até a altura da cintura, num tom de loiro escuro, com seus olhos verdes (herdados de nossa mãe), e com seu marcante sorriso, o qual encanta a todos que a conhecem.

-Bom dia, dorminhoco! Como passou a noite? - perguntou ela.

-Bom dia, minha pequena! Dormi bem, considerando a casa nova, o novo país, o novo continente - ao terminar de dizer isso, ambos demos uma leve risada, não iria falar nada por enquanto sobre o sonho e o rapaz misterioso que tanto me intrigou - com o tempo vamos tentando nos acostumar com os acontecimentos e a dor vai diminuindo.

-Realmente concordo com você, tudo está muito diferente, um novo país, um novo clima, novos ares, novas pessoas, tudo novo, exceto essa sua cara que continua a mesma - gargalhou ela - espero que essa dor melhore, mas a saudade que eles deixaram é o pior - ficamos em silêncio por alguns instantes.

-Ah, é assim então!? - comecei a fazer cocegas nela, agora que percebi que ela havia me zoado e aproveitei para descontrair o clima, fazendo o que ela mais odeia, me diverti muito com isso, terminando essa brincadeira acrescentei - Vamos indo, se não chegaremos atrasados!

Saímos do apartamento e vamos em direção ao meu carro, assim rumamos para a universidade, não poderíamos nos atrasar hoje, já faltamos ontem, devido ao cansados pela a desarrumação das mala perdemos o horário e só levantamos depois das 11h.

Nunca me cansaria de admirar quão bela cidade é Paris, tivemos uma drástica mudança de cenário, de toda agitada São Paulo para a romântica e sofisticada cidade luz.

Chegamos rapidamente à École d'Architecture de Paris-Belleville, respeitada instituição parisiense (sim, já estava me esquecendo de falar isso, eu e minha irmã cursamos arquitetura, eu no quinto ano e ela no segundo), nos dirigimos até a secretaria e em um perfeito francês, resultado de aprendermos desde pequenos a língua materna de nossa família, perguntamos:

-Bom dia, senhora. Somos novos aqui e gostaríamos de saber onde ficam nossa salas - indaguei à aquela senhora que devia ter seus 50 anos.

-Sr. e Sra. d'Orléans? - perguntou a senhora simpática que imediatamente assentimos - O reitor deixou avisado que assim que vocês chegassem, eu os conduzisse às suas respectivas salas, me acompanhem, por favor!

Eu e minha irmã seguimos aquela senhora que carregava consigo dois envelopes que ela retirou da secretária e andamos através dos corredores de pedra da universidade, com seu chão todo de madeira, parecia um antigo castelo, o que na verdade realmente era antes de se tornar a instituição que é hoje. Creio eu, que toda essa atenção do reitor para conosco era devido ao carinho que esse senhor sentia com nossa família, em especial, nosso falecido pai. Chegamos primeiro à sala '2C', a qual supus que seria a da minha irmã.

-Srta. d'Orléans, aqui é sua sala para as suas primeiras aulas, a terceira vocês terão à juntos na sala '3F', aqui estão seus horários e qualquer coisa que precisarem, me procurem! - após terminar de dizer isso, ela nos entregou um envelope com nossos nomes e parou um pouco adiante, aguardando eu me despedir da minha irmã.

-Até logo, Moni. Nos vemos daqui a pouco - disse eu, ela somente assentiu com a cabeça e entrou para a sala. Continuamos andando e atravessando corredores até chegarmos a grande sala que tinha sobre a porta uma placa que dizia '5A'.

-E aqui é sua sala meu querido.

-Muito obrigado, senhora... - nesse momento lembrei que ainda não sabia o nome dela.

-Senhora Donatti, perdão por não dizer antes, acabei me esquecendo desse detalhe.

-Imagine, muito obrigado senhora Donatti, até mais tarde! - assim que ela se virou e partiu, me vi diante de uma sala repleta de alunos, o professor já havia chego e para piorar ainda mais a situação, fazia algumas semanas que as aulas haviam começado...

[Continua]

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Só acho que to gostando!!! CONTINUA!!!

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