Chuva de Verão

Um conto erótico de LoboEscritor
Categoria: Homossexual
Contém 3349 palavras
Data: 30/07/2014 17:31:27

"Chuva de Verão ou como fui foder com o marido da amiga?!"

Não é de se espantar que tem-se vinculado notícias sobre o verão mais quente em quinze anos, e coisas do gênero. O leitor há de convir que deveras esse último verão foi avassalador. Estive acostumado com verões amenos e inverno rígidos em Curitiba, mas este acabou com a minha estrutura física e psíquica. Acalme-se, meu querido leitor, não vim aqui divagar sobre o clima ou ressaltar minha preocupação quanto ao aquecimento global. Vim contar-lhes algo interessante que me ocorreu num desses domingos de verão.

Trabalhei por alguns anos em uma empresa familiar na Região Metropolitana, até que o patriarca da família bateu as cachuletas e todo o conglomerado ruiu pela disputa de herança. Ora, depois de muita briga, muita putaria e sacanagem que pude presenciar (e participar, porque adooooro putaria), concluí que infelizmente o ser humano é um bicho desgraçado, egoísta e ignorante. Topa tudo por dinheiro.

Putarias que compartilho outra hora, estava eu precisando de um emprego. Eu tinha contas pra pagar e por mais que eu ame Sampa de Amor Eterno, por mais que eu seja filho desta metrópole imensa e linda, por mais que eu sinta falta de casa, meu padrão de vida curitibano seria insustentável na minha terra natal com os trocados que eu ganho. Estou ciente de que precisaria ganhar quase o dobro pra manter a pose de 'bicha fina'.

Mas A Sorte, ou O Destino, ou Caralho-a-Quatro sempre está do meu lado (principalmente o último. #prontofalei). E eu consegui um trampinho bem legal numa industria de fertilizantes, e pra complementar renda, comecei a dar aulas (não foi dessa vez, meus caros). Nesta empresa de fertilizantes conheci aquela que veio a ser não muito tempo depois a minha melhor amiga. Vivian era uma mulher incrível. E o que eu mais adorava nela era seu jeito sincero e nada pseudomodesto de encarar a vida. Gentil, educada e finíssima, rolou uma química quase que imediata entre nós.

O curioso é que ela já tinha estado em minha casa em algumas ocasiões, mas nunca surgira a oportunidade de retribuir a visita. Até que ela surgiu numa quarta-feira com a ideia maluca de que eu precisava conhecer o espetacular Alfredo, seu marido, na cozinha. "Tá bom, né?! Se você faz tanta questão, vou conhecer o bofe na cozinha", pensei com meus borbotões. Marcamos então que sábado no almoço era o grande dia.

Sábado estava fazendo aquele calor lazarento que nem eu e nem ninguém estava acostumado. Tomei um bom banho e segundos depois estava soando em bicas. Passei desodorante até no cu, pra ver se parava de transpirar (quanto exagero ¬¬). Saí do centro onde estou morando atualmente e peguei um ligeirinho até a cidade vizinha do lado leste. Lá no terminal, liguei pra Vivian vir me buscar. Viria em vinte minutos. “Puta merda… vinte minutos da Vivian são quarenta… Que eu vou fazer enquanto isso?”

Olhei pra frente e vi o banheiro do terminal. A ideia surgiu clara na minha mente: precisava tirar água do joelho (quem pensou em Banheirão? Errou! Outrora conto bafos de banheirão. Não sou dessas). Depois de usar o banheiro, sai do terminal e fui esperar minha amiga em algum lugar com sombra.

O carro dela encostou e fui logo entrando. Nos cumprimentamos e ela arrancou o carro.

— Tudo bom contigo, Pedrinho! Achou muito longe?

— Você não mora Vivian, se esconde! — e ri — Nem é tão longe assim. Eu já trabalhei num lugar ainda mais afastado aqui em Pinhais. Lembra da outra empresa que te falei?

— Siiiiiiim… aquela que você pegou o russo?

— Exatamente… — fiz cara de tristeza — nem pude ir pra Moscou de novo…

— Realmente, você precisa ir pra Moscou… É uma experiência antropológica única — disse ela, ajeitando a maneira como ela fala. Uns dez minutos depois chegamos num condomínio de sobrados bem avantajados. Dobramos três ruas e voilà!

A casa da Vivian era imponente. Um palacete de três andares cheio de linhas retas, bem contemporâneo. Janelas de vidro que praticamente vão do teto ao chão, varandas em todos os quartos. Dentro então, uma mulher refinadíssima até na decoração. Junto da sala de estar tinha um garden, com duas cadeiras de sol. Na parte de trás, estava a sala de jantar, onde a mesa estava posta para três pessoas.

— Onde estão as crianças, Vi? — notei a ausência de lugar para os dois filhos.

— Argh! Estão na minha mãe. Ela quis cuidar de todos os netos por duas semanas. Não sei como aguenta.

— Amor, está tudo pronto, eu já vou servir — disse Alfredo esgueirando a cabeça pela porta que liga a cozinha. — Boa Tarde, Pedro! — endereçou a mim um sorriso. E O-M-G, que sorriso! Alfredo trouxe então as panelas.

Um homem gracioso surgiu daquela cozinha. Era alto, tão alto quanto eu. E era forte. Não do tipo musculoso marombado, mas tinha um peito largo, os braços grossinhos. Tinha uma barriga saliente deliciosa. Sabe aquele cara que é uma fofura de ver? Então, era o Alfredo. Tinha os olhos como dois farois azuis, uma barbicha de cavanhaque e bigode em tons de cinza-castanho e era careca. O sorriso era perfeito. Quanto mais eu passar descrevendo o Alfredo aqui, mais encantado eu fico.

Sentamos a mesa, e fomos comer. Alfredo fez uma salada tipo Caesar’s, com um molho que segundo ele, era mais parecido com o ranch do que com o caesar. De entrada tinha umas berinjelas com queijo gratinado. De prato principal, tinha medalhões de mignon ao molho vinho tinto. E uma massa ao molho Alfredo.

— Pedro, o Alfredo é quem faz a massa do macarrão e segue a receita do molho Alfredo original.

— Nossa! Que empenho?!

— É uma delicia! Eu amo passar horas na cozinha, transformando alimento em comida — e sorriu mais uma vez. Esticou a garrafa de vinho e emborcou em minha taça — tome mais vinho, Pedro!

— Opa, obrigado! — dei uma garfada no macarrão. Aquele molho estava divino. Brinquei — Hummm… que delicia de Alfredo! — e Vivian caiu na gargalhada. O marido, alvo da brincadeira, ficou com um sorriso amarelo e voltou a atenção ao seu prato.

Terminado o almoço, a Vivian tinha encomendado uma cheesecake de frutas vermelhas, pois sabia que era minha sobremesa preferida. Fomos para os fundos da casa, onde ficava uma varanda, com um redário. Estendia-se até uma parede alta, um gramado perfeito, uma piscina e uma hora. Era incrível como era grande aquele lugar.

Vivian foi lavar a louça, eu ofereci ajuda mas ela e o Alfredo me tocaram da cozinha. Sentei numa das cadeiras de balanço feita de capim dourado (como mandava a decoração daquela varanda). O sol estava forte ainda, mas ao que tudo indicava, ia chover. Alfredo veio com dois copos pequenos desses de licor, e com uma garrafa na mão.

— Prova disso, senhor Pedro. Sei que vai gostar. — entregou um copinho pra mim e encheu-o com uma bebida dourada, quase marrom. Tomei dum gole só. — Ô loco, meu! — riu da expressão utilizada por meus conterrâneos — Isso aqui é pisco. Tem no Chile, Peru… esses caras aqui do lado — e riu. A pinga era forte que só, mas continuei tomando. Alfredo além de lindo era simpático. Duma simplicidade impar, por mais rico que fosse. Conversamos sobre o clima quente, sobre politica, sobre economia (ele sabia que eu sou economista e então foi feroz em seus comentários. Suei a camisa pra conversar com o homem). Ele me contou um pouco de como foi difícil a vida, como sofreu, como chegou no topo da cadeia alimentar. Falou dos filhos da mulher, que ele amava tanto. Então foi interrompido pelo telefone. Quando fez menção que iria atender, Vivian o fez. Segundos depois da ligação, ela parecia transtornada. Bateu o telefone bufando.

— Alfredooooo!!! Vou ter que sair! — exclamou correndo de um lado para o outro.

— O que aconteceu Vivian?! — indagou o marido aflito.

— A Julinha, Alfredo! Parece que o Henrique [o sobrinho], AQUELE PEEEESSTE, derrubou a nossa filha e ela caiu em cima do bracinho. Posso com isso?! Deve ter só torcido, mas você… MAS VOCÊ SABE COMO ELA É MANHOSA! PARECE O PAI!

— Tá, então vamos até lá! — disse ele.

— Não mesmo! Pode deixar que eu resolvo. Você está bebendo e não vai me ser útil quando eu chegar no hospital e você estiver com este bafo etílico. Fica aí — ordenou como se ele fosse um cão. Levantei então para dizer que iria embora, mas a mulher estava uma arara — Pare já, Pedrinho! Fique! Alfredo fará sala pra você enquanto eu não volto. Só peço que cuidem das roupas, por que vai chover! — disse ela, já pronta, com a bolsa no ombro, passando batom rapidamente, pegando as chaves e zarpando — Beijo Marido, beijo Pedrinho, sinta-se em casa.

Ficamos os dois atônitos com o furacão Vivian. Continuamos jogando conversa fora e bebendo pisco. Levantei um pouco para ir ao banheiro. Quase caio, diga-se de passagem. Ele me indicou o lugar, na varanda mesmo, no fim do corredor, onde havia uma porta. Voltei pro meu lugar, e ele levantou pegou um cinzeiro e colocou no centro. Acendeu um charuto contando que pela Vivian tinha deixado de fumar constantemente e que de vez em quando dava uns pega quando ela não estava em casa. Riu da situação. Levantou e foi ao banheiro. Pude notar em seus shorts brancos, bem apertados, que tinha as pernas torneadas e ao que tudo indicava, um pacote imenso. Quando saiu do banheiro, veio em direção à cadeira e lentamente foi tirando a camiseta azul claro, mostrando o peitoral forte e peludo. Tive que cuidar para não babar.

— Tá um calorzão! Pode tirar a camisa, homem! Senão nós vamos derreter aqui… — sentou-se sem camisa, e puxou o shorts, se arrumando na cadeira. Fiquei numa situação desconfortável com todo aquele homem delicia alí na minha frente — quer uma cerveja?! Eu aposto que você nunca tomou esta — levantou e foi até a cozinha buscar uma cerveja e dois copos. — Esta daqui é belga, feita por monges trapistas… as tenho do tempo em que estudei no monastério.

— Você foi monge?! CAPAZ!

— Sim… meu pai também foi. Eu queria estudar direito na Holanda, mas como meu pai também foi monge trapista, eu fui “obrigado” a estudar por um tempo lá também — e bebeu um gole da cerveja — bons tempos…— com um sorriso de lado contemplou o céu escurecer. — A Vivian me contou que você trabalhou aqui perto.

— É trabalhei para uma indústria moveleira. Na verdade o foco deles era madeira. Estávamos perto de fechar um baita negócio com uma empresa russa parecida com a nossa, daí, o velho patriarca morreu. E levou consigo toda a harmonia. Rolou muitas brigas, brigas feias entre os irmãos… daí foi o fim.

— Compreendo… é triste ver tudo se acabar assim — e pausou por um instante. Tomou mais um gole, e soltou — A Vivi tinha me contado sobre o acordo russo…

“Porra, quem não conhece essa história ainda?!”, pensei comigo mesmo. Alfredo se espreguiçou e colocou a mão por dentro do shorts, arrumando sua piroca. Aquele movimento era hipnótico, não consegui descolar os olhos até ele terminar.

— Quer saber, Pedro?! Vam’bora dar um mergulho na piscina! — disse me puxando para fora da cadeira. Correu alguns passos até perto da piscina, baixou os shorts e a cueca e pulou.

— Ei! Calma aew! Não trouxe roupa de banho, homem! — argumentei.

— Tira tudo e vem pelado — disse de forma insinuante. Alfredo riu e desatou a nadar. Seguiu até o fundo da piscina e voltou — Venha logo, homem! — quando tornou a nadar até a borda do lado oposto, arranquei meu shorts, e fiquei com vergonha de tirar tudo, então entrei de cueca. Ele retornou até a borda onde eu estava e se aproximou olhando para dentro d’água — Ei! Eu não falei para tirar tudo?! — não deu nem tempo de eu reclamar. O homem me agarrou e puxou pelas pernas. Puxou minha cueca com força enquanto eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Apenas me debati um pouco e senti meu corpo de encontro com aquele corpo quente. Ao terminar de tirar minha cueca, ele me colocou em pé novamente. — Aaahh! Agora melhorou — disse arremessando minha cueca perto de nossas roupas.

Ele sorria e me encarava a medida que se aproximava de mim. Perguntei o que ele estava fazendo, e ele me respondeu que estava curtindo o momento. Eu perguntei o quão perigoso era, e me respondeu que não tinha problema. Foi aí, que ele se aproximou de mim, e pude sentir sua rola roçar em minhas pernas. Estava esturricada e quente. Senti seu peito encostar no meu e ele respirar profundamente. Encheu de ar os pulmões submergiu. Quando dei por mim, Alfredo estava chupando minhas bolas. Que sensação incrível! Ele ficou uns dois minutos chupando quando voltou à superfície para respirar.

— Aaaarhh…— respirou novamente — Gostou?! Agora é a sua vez! — e me empurrou como se eu fosse um boneco. Afundei na piscina e senti a p dele esbarrar na minha cara. Me debati bastante e ele me trouxe pra cima de volta — O que foi?!

— Deixa eu tomar um ar, homem! Cê quase me matou afogado! — e rimos. Tomei um ar e disse — Deixa que eu controlo… sou bom no que faço — e submergi. Agora, com ar e autocontrole ajoelhei até encontrar a piroca dele. Era grossa. Não cabia muito bem na minha boca não, mas me esforcei para chupá-la com gosto. Enfiei a pirocona até o talo. Chupei as bolas do cara, e precisei de ar. Quando voltei, ele me agarrou e beijou minha boca. Senti sua língua invadir minha boca, desesperado.

— Porra Pedro, que delicia de boquete… você não estava mentindo — sussurrou em meu ouvido. Foi então que começou a desgraça. Começou a chover. — Rápido Pedro! vamos pegar a roupa seca do varal, senão a Vivian nos mata! — e saímos da piscina correndo até os três varaizinhos que tinha na lateral, perto da horta. Estava cheia de roupa branca seca. Alfredo e eu corremos para tirá-la antes que molhasse mais e então me lembrei de nossas roupas do lado da piscina. A chuva tinha apertado. Quando me agachei pra pegar, Alfredo veio com tudo, me agarrou e rolamos no chão enquanto chovia.

— O que você está fazendo?! — gritei para ele enquanto ouvíamos o som de um trovão bem alto.

— Curtindo o momento — disse ele em cima de mim, me abraçando — Você quer curtir comigo?

Então virei e fiquei por cima dele. Nos beijamos e nos esfregamos enquanto a chuva molhava nossos corpos quentes. Desci beijando seu pescoço, peito, barriga e virilha. Uma vez mais chupei o caralho cogumeludo e rosa do Alfredo. Continuei lambendo suas bolas e ele urrava de tesão. Alfredo então decidiu me colocar de quatro e com as duas mãos cheio de vontade, abriu minha bunda metendo a língua fundo. Quase gozei de tanto prazer. Senti aquele homem me devorar com a língua e suas mãos que se dividiam entre abrir minha bunda e apertar e punhetar minha rola.

Alí no gramado do quintal de sua casa, Alfredo me colocou de frango assado e enfiou seu mastro pulsante dentro de mim. Com muito gingado e tesão aquele homem estava me possuindo. Sentindo a chuva tocar meu corpo, eu estava em êxtase. Insaciável, Alfredo tornou a me virar de quatro, com o rego pra cima e cabeça encostada no chão. Ele levantou e encaixou de cima pra baixo a rola dele na minha bunda. Cada socada, eu ameaçava gozar sem nem tocar na rola. Se deitou por cima de mim, enquanto me fodia a bunda e perguntou bem no pé do ouvido onde eu queria que ele gozasse. “Na boca”, respondi.

— Então vem cá! — Ficou de pé, enquanto me obrigava a ficar ajoelhado. Socou fundo na minha goela, e com três estocadas, ele anunciou o gozo. Tirou tudo e colocou só a cabecinha e minha boca encheu-se porra saborosa daquele senhor delicioso. Quando percebi, tinha gozado em minha barriga. Levantamo-nos, e ele recolheu nossa roupa encharcada e entramos.

Primeiro ele foi até o banheiro do andar debaixo e pegou um chinelo reserva pra mim. Se enrolou em uma toalha e subiu para o quarto. Voltou com roupas para nós e uma toalha pra mim. Disse que iriamos tomar banho alí embaixo. nos enfiamos dentro do box, debaixo duma ducha quentinha.

— Gostou?! — perguntou-me em meio ao banho.

— Sim… mas...por…

— Sshhh… — me calou com um dedo — Eu disse: curtindo o momento.

Saímos do banho, e sentamos na varanda novamente. Alfredo nos fez um café e ficamos alí, contemplando a chuva diminuir enquanto entardecia. Me deu um charuto, decidiu que iria me ensinar a fumar um. Aquele homem era tudo. Minha melhor amiga era uma mulher de sorte. Quando pensei nisso, e em tudo que eu acabara de fazer, bateu um sentimento estranho. Ele, parecendo adivinhar meus pensamentos, decidiu se pronunciar:

— Pedro, seu Lindo, não fique assim. Meu casamento com minha mulher vai bem. — “Ótimo, então por que fudeu comigo?” pensei — Mas… às vezes sinto falta de fazer coisas que ela não vai poder fazer. Porque ela não é homem! — fez uma cara de cachorro que cai da mudança — Tive um grande momento contigo, e eu sou grato por isso. Você, com esse seu jeito de bicha simpática é cativante, cara! Tenho certeza que você deve ter seduzido muitos homens por aí. — e parou ao achar a sentença gozada — O que eu quero dizer é que transar contigo me fez bem. Me fez lembrar dos tempos do monastério. E é por isso que eu te agradeço.

Fiz cara de compreensão, e continuamos fumando nosso charuto. Depois, Alfredo me pediu para “fumar” o charutão de carne dele de novo e fiz com o maior prazer.

Anoiteceu. Vivian chegou lá pelas nove e meia, com a pequena Julia com o bracinho enfaixado, e a maiorzinha Lilian carregando a mochilinha da irmã. Alfredo que tinha um ar todo sexy agora assumira uma identidade meiga, a de pai protetor. Ele seguiu com as meninas para o quarto. Minha amiga viu minhas roupas numa sacola e percebeu que eu estava com roupas do marido olhou bem nos meus olhos e perguntou:

— Que aconteceu aqui? — naquele tom de mulher ciumenta desconfiada. É claro que eu sou um cagão e neste momento congelei.

— Eu derrubei o Pedrinho na piscina com roupa e tudo. Tomamos pisco demais e misturamos com cerveja, daí fiquei mais louco que o Batman e joguei o homem na piscina — disse Alfredo num tom sério, numa afirmação que qualquer um que não viu a putaria toda, acreditaria. Eu acenei com a cabeça, afirmativo. Ela mudou de louca ciumenta para melhor amiga num segundo e veio me abraçar. Depois me levou ao terminal para eu tomar meu rumo de volta pra casa.

No meio da semana, outra vez aquele calor infernal, estávamos conversando no escritório sobre banalidades. Vivian me disse que o Alfredo gostou muito de mim, me achou muito simpático e recomendou fortemente que enquanto eu não arrumasse alguém, qualquer festa de família eu deveria passar na casa deles.

— Ah, Vivi! Já ia esquecendo: Agradeça ao Alfredo pelas roupas. Sabe que ficaram certinhas em mim. Acho que posso ser seu Ricardão, amiga! — e rimos alto da cena. Devolvi a roupa e o calçado emprestado do Alfredo. Fiquei com dó e não devolvi a cueca só. Enquanto entregava a sacola, ouvimos um trovejar alto e uma torrente de chuva.

— Ixi…outra chuva de verão — completou Vivian. Me deu um beijo e saiu. Fiquei mais um pouco olhando para o céu cinza, contemplando outra Chuva de Verão.

P.S.: O tal acordo russo se trata de um conto publicado aqui na CdC (http://www.casadoscontos.com.br/texto/

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Comentários

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EXCELENTE. PODERIA CONTINUAR ESSE CONTO. CREIO QUE ESSES DOIS MERECEM UMA CONTINUAÇÃO.

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Muito bom, amigo! Adorei a cena da transa.

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