Como o último sol de verão (4)

Um conto erótico de liahbook
Categoria: Homossexual
Contém 1067 palavras
Data: 03/07/2014 23:24:24

Capítulo 4

- Me desculpa, eu não a vi. Tudo bem?

- Sim.

Rafaela estava segurando um bolo na mão, esbarrou na camisa branca do uniforme, sujou na altura do seio. Anna olhou para o seio, mesmo com o calor que fazia, o bico do seio estava em destaque na camisa.

"Caramba, eu estou admirando o seio de uma mulher! Faz alguma coisa sua idiota..." (pensamento de Anna)

- Deixa que eu ajudo...

Anna pegou um pano de prato na mesa e se pôs a limpar o chocolate na camisa de Rafaela, devido ao nervosismo o pano caiu e ela acabou tocando o seio dela. Se afastou totalmente sem graça.

- É... Me desculpa, foi sem querer. Você não quer subir no meu quarto? - Achou duplo sentido na frase. - Posso te emprestar uma camisa.

- Não precisa, está tudo certo. Tenha uma boa noite, tchau.

Rafaela saiu rápido da casa, aquela proximidade poderia pôr em risco seus planos.

"Ela é linda, mas meio maluquinha, rsrs" (pensamento de Rafaela)

Anna bebeu um copo de suco rapidamente, respirando fundo.

- Nossa, eu quase dei em cima de uma menina... O quê está acontecendo comigo?

- Falando sozinha, querida? É assim que começa a loucura. Viu sua mãe por aqui?

- Não. Vai ver ela está com algum amigo, igual você era.

- Você me respeite, menina!

- Se dê ao respeito, gigolô. Se minha mãe aparecer diga que fui andar de skate com as meninas da quadra.

- Não vai sair com essas marginais não. Vai já pro seu quarto!

- Você não manda em mim, ok. Fui, olhar pra sua cara me da nojo. - Saiu.

"Marrentinha, adoro. Se for virgem, melhor ainda, rsrs. Não perde por esperar, Aninha." - Pensou Dyoxe bebendo seu uísque importado, vendo Anna sair da mansão com um skate debaixo do braço.

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Rafaela voltou para a padaria, seu horário de trabalho estava terminando, pediu para sair mais cedo, Seo Zé concordou sem problemas.

Fazia tempo que Rafaela não andava de skate, resolveu tirar o skate do guarda roupa e ir lá na rampa. Não acreditou quando viu Anna descendo a rampa, completando com uma manobra simples de escorregar em uma barra de ferro.

Anna viu Rafaela fazer uma manobra radical, mas ao voltar para a rampa a roda do skate quebrou e ela caiu rolando pelo concreto. Correu até ela, parecia um pouco confusa, "aérea", a ajudou a se levantar, a levou para a arquibancada.

- Está bem?

- Anna, o quê faz aqui?

- Acredito que o mesmo que você, rsrs. Seu braço...

- Não se preocupa, é só um ralado.

- Devia ir ao médico, pode infeccionar.

- Estou bem, já disse. Obrigada, vou nessa.

- Espera... Eu estava fora do país, não conheço ninguém aqui, estou me sentindo sozinha, sabe? Você me parece ser uma menina legal, podíamos ser amigas. O quê acha?

"Antes ou depois de eu matar seu pai?" - Rafaela olhou para ela com fúria, Anna abaixou os olhos.

- Com o dinheiro que você tem não será difícil fazer amigos. Boa noite.

Rafaela e seu skate quebrado sumiram no escuro da noite. Anna não entendeu nada, também foi embora após consultar o relógio.

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Victoria chegou em casa completamente alterada por bebida alcoólicas e possivelmente drogas. Dyoxe avisou os empregados para pedir à Victoria fosse ao escritório assim que chegasse, ele estaria a esperando.

Dyoxe tomava um.cálice de licor, fumando charuto, vestindo apenas um roupão de seda cinza, lendo o site da igreja mais rentável da família de Victoria, quando esta chegou trançando as pernas, completamente fora de si.

Cheirava a perfume barato, a maquiagem borrada, a roupa desalinhada, com marcas escuras no pescoço. Ela o havia traído, estava óbvio.

- Victoria, onde estava?

- Fui à uma festa beneficiente.

- Nota-se pelo seu estado que a festa foi boa.

- Não imagina o quanto, haha.

- Me traiu?

- Traiu em qual sentido? Nosso envolvimento é puramente comercial, Dyoxe. - Tomou a taça do cálice da mão dele, tomando de uma vez o líquido. - Humm, delicioso!

- Tenho algo novo pra você. Quer?

- Já usei demais por hoje, Dy.

- Porra, Vic. Quem é o filho da puta? Eu vou matá-lo.

- Parece tão fácil fabricar uma falha mecânica... Hahahahahahaha...

- Cala a boca! - Deu um tapa no rosto dela.

Victoria devolveu o tapa, os dois caíram no chão embolados em uma luta ferrenha. Estatisticamente o homem é mais forte que a mulher, Dyoxe pegou a seringa em cima da mesa e aplicar seu conteúdo no braço de sua noiva.

Instantaneamente Victoria perde os sentidos, Dyoxe a toma nos braços e leva para o quarto. Deita com ela na cama de casal, afaga os cabelos de Victoria, olhando-a nos olhos até adormecer, pensando que sua vida toda podia ter sido diferente.

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Dyoxe Saturno, 38 anos, ex-policial, aposentado forçadamente após uma ação policial oculta.

Dyoxe foi abandonado pela mãe no portão de uma família rica, poucas horas após o nascimento. Sua mãe era usuária de drogas, prostituia seu corpo para poder manter o vício. Engravidou de um turista, recebeu ajuda financeira durante a gravidez, mas duas semanas antes do bebê nascer o "gringo" morreu vítima de acidente aéreo. Estava vindo para o Brasil de Jato fretado, uma falha mecânica fez o avião cair em uma montanha e explodir.

A família do pai não quis se responsabilizar, a mãe de Dyoxe não podia criá-lo, o abandonou. A família rica tentou judicialmente adotar o menino, porém haviam pessoas na fila.

Dyoxe viveu 13 anos na casa da família Rocha, até que fugiu. Fugiu porque foi abusado sexualmente pelo "pai".

Viveu 2 anos na rua, conheceu uma policial corrupta, ela o soltou com os 30 papelotes de cocaína após praticar sexo com ele no banco traseiro da viatura.

Esta policial o colocou na academia policial quando Dyoxe fez 16 anos. Eles continuaram tendo envolvimento amoroso até ela se casar, grávida do marido.

Victoria e Markun contaram com a segurança de policiais em um evento, nessa festa Dyoxe conheceu Victoria. De um comprimido azul para sexo na viatura foi questão de minutos.

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Rafaela chegou em casa quebrando tudo, a revista mostrava com detalhes a casa de campo onde seria realizado o casamento. Muito luxo, fotos do casal apaixonado e uma foto de Anna vestida com roupa militar.

Rasgou a revista, jogou longe. Abriu uma caixinha de leite condensado, despejando na boca, vendo televisão.

"Vai ser na festa do casamento. Seo Zé vai me ajudar entrar nessa festa, como empregada".

Não tinha nada interessante na tv, desligou e foi se deitar.

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Comentários

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Otmo ki bom ki voltou ja lia mas nao tinha conta fiz so pra comentar seu conto cont...

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