O Pior e Melhor emprego do Mundo... Parte I

Um conto erótico de Digo.Diogo
Categoria: Homossexual
Contém 1755 palavras
Data: 29/07/2014 09:49:32

Era mais um dia como qualquer outro na empresa, eu tinha acabado de retornar das minhas férias estava bem relaxado e tranquilo, já tinha mais ou menos uns dez dias que nada me estressava, eu na época trabalhava em uma empresa de grande porte, ainda não era uma S/A pois não tinha capital aberto para investimento, mas ao que tudo indicava isso iria acontecer e mesmo sendo uma empresa grande ainda conservava ares de empresa familiar os donos todos pertencentes a uma mesma arvore genealógica sempre iam a nossa unidade quando necessário, e eram todos muito queridos, com o crescimento dos negócios nossa empresa saiu do estado de Goias e migrou para Minas Gerais e Mato Grosso, eu sabia que poderia ser transferido para alguma nova unidade considerando que havia acabado de me formar e nada me prendia a minha cidade.

Eu já estava na firma a mais ou menos quatro anos e meu cargo era o de analista Comercial, sempre fui elogiado pelo que fazia, mas a grande verdade era que justamente por ser elogiado a empresa não tinha o menor interesse em me mudar de cargo, ou me transferir eu nunca recebia um feedback favorável ao meu bolso, se é que posso dizer assim, quando montaram a unidade de Cuiabá, que nem era direito na cidade era bem na cidade da capital eu fui convidado e trabalhar na unidade porém como “estagiário” do Gestor da unidade, fiquei por entender se aquilo era uma promoção ou se era um rebaixamento, a minha duvida era pela discrepância do cargo e do salario, um estagiário de gestor ganhava mais que eu, um analista que faltava pouco limpar o chão pra ganhar um aumento, triste realidade do mundo corporativo.

Mas enfim, eu não poderia recusar, pois corria o risco de ser mandado embora, eles me convidaram e já colocaram o meu cargo a disposição para candidaturas internas, ou seja, eu tinha que ir e pronto, afinal a empresa me pagaria um ano de aluguel na outra cidade até eu conseguir caminhar com minhas próprias pernas, então eu comecei a me preparar para a tão sonhada mudança (SQN)... Deixa eu me apresentar me chamo Diogo, sou branco, tenho 1,88 de altura, cabelo castanho escuro, malhado, peso 80kg, sou até bonito só não gosto muito do meu nariz, mas já to aprendendo a conviver com ele, acho meio grandinho, mas de tanto as pessoas falarem que gostam to começando a curtir... Quando ocorreram os fatos eu tinha 26 anos de idade. Tudo bem, eu admito, demorei pra me formar, foram muitos cursos técnicos antes de ingressar de vez no superior.

Após três semanas me arrumando fui para Cuiabá, Cheguei na cidade as cinco da manhã, o motorista da unidade já estava no aeroporto pra me buscar, fui encaminhado para um hotel, me recordo até hoje o nome, era Hotel Presidencial, nem teria como esquecer, comi metade das funcionarias (As que eram comestíveis, e sim eu era hétero nessa época, ou melhor, eu ainda não havia experimentado ser gay) nem tive tempo de dormir, as 7:25 o mesmo motorista me buscou para irmos a unidade, eu pensei que ainda estivesse só na planta baixa, mas já estava quase que toda pronta, o escritório já estava todo decorado e ambientado, entrei e fui recebido por uma das meninas do recursos humanos, que me levou a uma sala, onde apresentou o Gestor da Unidade, me fez um resumo do cara, sem ele nem estar presente, me contou tudo sobre o guri...

– Diogo, o senhor Jonas Franceski é formado em Ciências Economicas pela FGV, pos graduado em Gestão Empresarial também pela FGV, PHD em Economia pela University of Wisconsin nos Estados Unidos, prestou serviços para multinacionais como Ambev e Unilever e foi recentemente contratado pelo Grupo.

– Nossa, esse senhor realmente fez muita coisa da vida, ou melhor não fez nada né, deve ter passado sua vida toda estudando, e trabalhando para grandes empresas.

– Bem a vida toda não, considerando que ele tem apenas 23 anos de idade, ele fez Graduação e Pós ao mesmo tempo, entrou na universidade com 15 anos de idade, é bem jovem.

– Estou me sentindo mal agora, o cara é mais novo que eu e já fez isso tudo? Só falta plantar uma arvore e já pode descansar em paz. Existe mais alguma coisa que eu preciso saber sobre ele?

– Na realidade existe sim, mas seria um pouco anti-ético da minha parte falar, mas como sei que esse assunto vai morrer aqui nessa sala eu vou falar, digamos que ele seja um tanto quanto peculiar no trato com seus colegas de trabalho.

– O que seria, ser peculiar?

– O temperamento dele é explosivo, ele não tem muita paciência e ninguém para no cargo de assistente, e nem secretária, o cara é um carrasco.

– Não acredito que me tiraram do paraíso para me jogar nas mãos de um cara desses, mas ele não pode ser assim tão ruim, todo mundo tem dias ruins mas o cara deve ser firmeza, afinal é bem novo pra ser ranzinza, e por falar nisso onde ele esta?

– Está retornando de São Paulo, o voo dele chega as 9:00 agora mesmo ele deve apontar por aqui, agora deixa de conversa, e me permita apresentar sua sala.

Enquanto ela ia andando na minha frente e falando comigo eu pensava se a pele dela era realmente boa daquela forma, ou se ela estava com alguns quilos de maquiagem no rosto, minha sala era uma graça, e tinha uma porta de acesso para sala do tal Jonas, aquilo me assustou um pouco pois não havia visto em nenhuma outra unidade uma porta de acesso a sala do gestor, mas aquela planta havia sido alterada pelo próprio Jonas, o cara mal tinha chegado e já era o maior comentário da empresa, de modo geral em todas unidades se falava dele, e do salario absurdo que ele receberia, mas também não é pra menos sendo tão bem qualificado igual o cara era, até a menina do RH já era do Fã Clube oficial do fulano, me instalei, dei uma lida nos e-mails que estavam na minha caixa de entrada, e respondi a algumas duvidas das minhas antigas colegas de trabalho.

Nunca tive problemas em transmitir conhecimento, afinal de contas a empresa não era minha eu iria e ela continuaria da mesma forma, que direito eu tinha de reter informação? Continuando […] Eram mais ou menos 10:30 quando ele chegou no escritório eu sabia que ele havia chegado pela movimentação. A secretária em desespero tentando se organizar o máximo possível enquanto o cara se aproximava, ele passou como um raio eu mal o vi, na verdade não vi mesmo só ficou o cheiro do perfume, quando tudo se acalmou eu perguntei a secretária o porque da ansiedade quando o Jonas chegou, e ela me disse que no primeiro dia dele, quando a olhou ele falou que provavelmente ela não serviria para trabalhar pra ele, quando questionou o porque ele respondeu dizendo...

– A secretária Executiva é meu cartão de visita através de você os clientes e fornecedores que vierem nos visitar iram julgar a mim e a empresa, e com essa aparência infelizmente não iremos funcionar como equipe, não esta maquiada, esta de sapato baixo e usando uma saia Jeans, não sei qual é sua religião, mas que ela fique lá fora de amanhã em diante, aqui dentro eu preciso que esteja o mais apresentável o possível.

A menina me contou isso com os olhos cheios d'água eu perguntei se ela havia ficado magoada e ela me respondeu dizendo que não, que apesar do ocorrido, ao final do dia ela entrou dizendo que se desligaria da empresa porque não tinha condições financeiras de mudar o guarda-roupas assim de uma vez, e apesar de adorar a empresa se desligaria para não decepcionar o Jonas, e segunda ela, ele chamou o motorista e disse para ele a acompanhar a uma loja de preferencia dela, para que comprasse roupas para o trabalha e entregou o seu cartão de credito a ela dizendo que poderia gastar 3 mil reais, eu fiquei pra cair no chão quando ela terminou de me relatar o fato, não sabia mais se sentia nojo do cara ou se me tornaria mais um fã, foi bem foda a atitude de ajudar a menina, nada mais certo já que exigiu uma postura, então que desse os meios para a garota se adequar.

O nome da garota é Luanda eu aconselho todos a conhecerem ela, é uma gracinha de menina, alem de linda, é um amor de pessoa, meiga, educada e inteligente, fala quatro idiomas, na empresa é aquele mulherão poderoso de longos cabelos, e sorriso marcante, na rua é uma menina doce e inocente, nem parece ela... Sem contar a personalidade cativante, tão cativante que se tornou uma amiga do Jonas, mesmo assim ainda ficava tensa sempre que ele a chamava na sua sala para passar qualquer diretriz a ser cumprida, coisas de Luanda... Enfim, depois de uns minutos em sua sala sem falar com ninguém ele me chamou para uma conversa e lá fui eu, quando entrei na sala dele fiquei de cara, muito bem decorada, totalmente diferente das demais unidades, tinha uma coisa muito atualizada ali, era única mesmo, toda branca com detalhes em preto e vermelho, até o piso era de uma madeira preta.

Me sentei em sua frente na mesa, ele de pernas cruzadas e olhar firme, o cara era bem bonito, tinha uma barba cerrada, rosto serio sem muitas marcas de expressão, parecia mais baixo que eu, e realmente era ele tem 1,80 de altura, pesa uns 85 kg é mais corpudo que eu, tem costas largas, é moreno, olhos escuros, cabelo curto também castanho escuro, sobrancelhas grossas e marcadas, corpo todo em ordem e seu rosto tem um ar de superioridade que não incomoda mais intimida bastante, foram poucos os segundos que fiquei sentado ali em sua frente o analisando sem dizer nada, estava esperando ele me dizer alguma coisa, ou um sinal para eu começar a falar, não foi muito tempo... Ele sem deixar de olhar em nenhum momento disse:

– Espero que seja muito bom de memoria, pois irei pedir uma serie de coisas para você realizar, e pelo que notei não trouxe nenhuma agenda ou bloco de notas.

– Só um minuto, eu irei pegar e já volto é bem rapidinho.

– Não, não vai ser rapidinho, porque você não vai, como eu disse é melhor você ser bom de memória.

[Continua]

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