O desenhista cap-4

Um conto erótico de Caio Evans Sobral
Categoria: Homossexual
Contém 2079 palavras
Data: 25/07/2014 23:32:56
Última revisão: 25/07/2014 23:53:34

Oiii, voltei pessoal. Desculpem a demora de uma publicação pra outra, ando meio sem tempo por conta da faculdade e trabalhos... Mais voltei pra pintar o sete com vocês. :pComo dito no conto anterior eu me mudei pra minha casinha hehe, finalmente me livrei do aluguel, teria novas responsabilidades claro, mais nem se comparam a satisfação de ter algo meu, batalhado por mim. Depois que todo mundo foi embora, me joguei no chão e fiquei olhando pro teto, estava me realizando pouco a pouco, logo teria que correr atrás de um estagio, seria mais uma etapa, formatura chegando, estou concluindo o sétimo semestre, imaginem... mais conta aff rs.

Fui tomar banho tava um caco, depois disso só queria cama. Acordei no outro dia, aquela rotina de cão, livraria pela manhã, grafitar as paredes internas de uma academia nova a tarde, bem a dita academia tem dois andares, e só o de baixo estava funcionando, em cima ainda faltavam instalar os equipamentos, tatame, sacos de areia, vai ser pra aulas de boxe e jiu-jitsu e o dono resolveu radicalizar por lá e me pediu pra grafitar. Na parte de baixo as atividades continuavam normal . O dono um rapaz jovem, uma simpatia, percebi logo de cara que é aquele tipo de pessoa dada, de bem com a vida sempre, seu nome é Eduardo. O jeito sonhador e de fibra dele logo me lembraram meu maninho David. Ele precisou sair tinha que resolver algo lá em baixo, me deixou sozinho ali, comecei meu trabalho, grafito mais prefiro os desenhos e pinturas, gosto do lápis e dos pincéis, de misturar minhas tintas, criar tons... Ele me deu umas idéias do que queria, eram todas relacionadas a esporte mesmo, então imaginem ai... acho que o comercial da Kapo explica melhor rsrsrrs. Passou-se cerca de umas três horas desde que comecei ouvi um barulho, alguém vinha subindo a escada, nem me virei pra olhar, imaginei que fosse o Eduardo, mais vi uma sombra diferente, usava calça de moletom e o Eduardo estava bermuda, virei pra olhar e vi aqueles olhos me fitando.

Augusto:_ E ai cara, vim ver como tá ficando o point. Você tá sempre em todos os lugares né?

Eu:_ Em todos que me convém estar pelo menos rsrs.

Augusto:_ Essa pixação toda está fican...

Eu:_ Não é pixação é grafite.

Augusto:_ Ok. Seu grafite está ficando legal, de quem é a ideia do Eduardo?

Eu:_ Ele mesmo, achei tudo a ver com o ambiente, jovem com energia.

Augusto: _Verdade, quer dizer que você vai ser meu novo vizinho agora né?

Eu: Sim, mudei ontem como soube?

Augusto:_ Já sabia que você era o dona daquela casa nova, só não sabia que já tinha mudado.

Eu:_ Pois é... Mais nem seremos tão vizinhos assim, já que sua casa apesar de ser na mesma rua fica a uns duzentos metros da minha.

Ele não disse nada, apenas ficou analisando as imagens, eu tava quase acabando mais uma, notei de relance ele sentado naquela base onde se coloca os acolchoados do tatame, sei lá... desconheço esse mundo do pugilismo rsrs, ele me olhava.

Augusto:_ Então, Caio né? quero me desculpar com você, pois acho que não tem tido uma boa impressão de mim. Desculpa aê cara.

Eu:_ Tudo bem cara.

Augusto:_ Vou descer, acho que já liberaram os halteres, a gente se ver cara.

E saiu. Fiquei tipo, oi?... Ah, deixa pra lá, já tava quase acabando, só mais um pouquinho e eu iria pra minha casa descansar, sorte que hoje nem me sujei, quer dizer... só as mãos rsrs. Assim que acabei cheguei ao topo da escada e fiz sinal com as mãos pro Eduardo que estava não muito longe com uns caras conversando, ele entendeu e subiu, mostrei tudo e perguntei se gostaria de mudar algo que não tivesse gostado. O cara adorou, falou que ia me indicar pra uns amigos e tal, me pagou uma boa grana, lavei as mãos no lavabo do banheiro e me despedi dele, fui saindo. Ao alcançar o estacionamento ouvi alguém chamar meu nome, era o Augusto. Disse que também estava indo, tinha acabado sua serie de exercícios, me ofereceu carona, agradeci e recusei... ele me olhou meio sem expressão.

Augusto:_ Qual é carinha? Mordo não. Vizinhos lembra?

Fiquei sem jeito, não sei por que perco a noção das coisas e de mim perto dele... quero dizer... não controlo, sou meio sarcástico as vezes, ironia é minha arma de proteção na maioria das vezes, não queria reconhecer que ele era legal pois minha primeira impressão disse que não. Sabe sou aquele tipo de pessoa que pra gostar de alguém demora muito, consigo conversar com a pessoa, ri com ela e posso fazer isso por meses a fio sem considerá-la amiga, mais quando gosto é pra valer, tipo morango e chocolate, guaraná e açaí sabe? Nãm. rsrsrsrsrsrsrs. Enfim, aceitei a carona meio que a contra gosto, mais agora admito, ele era legal, tinha papo cabeça, ele é maduro. Não o descrevi né? É que antes não valia a pena. Alto, deve ter 1,85 por aí, moreno bronzeado, corpo em forma, definido mais sem aqueles músculos inchados sabe? Continuando, uma barba por fazer, cabelos pretos e os olhos não consegui ver no primeiro momento pois colocou os óculos escuros, mas vi depois e são pretos também, maxilar bem marcado, aparentava ter uns trinta anos, hoje sei que tem vinte e nove rs.

O caminho não seria longo, mais falamos sobre muitas coisas, dentre elas minha faculdade, sobre ele, me disse que formou em administração e que veio gerir a empresa em que o Flavio trabalha, lembram? Chegamos de frente a minha casa, agradeci e quando ia saindo ele disse que passaria lá depois pra ver como ficou minha casa e pra conversar mais pois me achou legal, disse a ele que viesse sim, ele disse que só ia tomar um banho e voltava. Eu meio que estranhei a aproximação, mais é porque sou muito fechado, na minha sabe? Bem, eu não teria aula nesse dia, só tinha uma disciplina nas segundas feiras, mais com carga horária pesada rsrs, e a professora não iria por motivo de doença na família, ia remarcar uma aula extra pra compensar.

Fui tomar banho, depois coloquei uma calça jeans e uma camiseta e chinelos, já que teria visitas não poderia ficar zanzando em minhas costumeiras sambas canção. Eu sei, eu sei... nada sexy pra alguns encontrar o cara de samba canção, eu até gosto... em mim rsrs. Peguei a coleira do Marvin, o chamei, o danadinho veio correndo, já sabia que ia passear, eu ia a padaria comprar uns pães e minha amada torta de chocolate e aproveitava pra levar meu filho pra passear pois tava em falta com a criança com o pouco tempo que tinha ultimamente. Passear com cachorro é sempre uma diversão, pelo menos pra mim, sempre encontro alguém querendo fazer carinho nele, principalmente crianças rsrsrs. Comprei e dei meia volta volver rsrs (acho que é assim que se escrevi) vinha tranquilo com meu bichinho, já perto de casa e notei que o Augusto vinha caminhando do lado oposto com duas garrafas de cervejas nas mãos, sorriu ao me ver.

Augusto:_ Aposto que não se acha nada com álcool na sua casa, então eu trouxe meu arsenal de guerra.

Eu:_ Hahahaha, cara tu é melhor que encomenda e realmente não tem.

Terminamos de chegar de frente a casa, abri o portão e entramos, ele logo atrás de mim. Passamos pelo gramado recém colocado e convidei-o a entrar na minha casa, mostrei todos os cômodos, ele disse que gostou de lá, que era mesmo a minha cara. Peguei os copos pra tomarmos as cervas, mais não beberia muito pois não tenho costume e como já disse não gosto do cheiro, beberia um pouquinho pra não fazer desfeita. Conversávamos de tudo, ele tinha assunto, e um sorriso fácil. Hora ou outra notava ele me olhando de soslaio quando eu estava rindo de algo, tipo me analisando sem querer dá na vista. Podia estar imaginando. Falou das muitas namoradas que teve e suas aventuras ao longo da juventude,de um casamento com uma delas, do divórcio um ano depois... me limitei a dizer que não tinha ninguém, que sou romântico demais pra sair catando qualquer pessoa. Ele pescou algo quando eu disse isso, falei pessoa e não mulher, mais ele não disse nada. Colocou mais cerveja em nossos copos e continuou a beber o seu. Começou a falar da família que mora em Porto Alegre, os pais e irmãos eram os tesouros da vida dele. Ganhou pontos comigo essa hora, mesmo que tenha ficado um clima estranho entre eu, meu pai e irmão mais velho nunca os deixei de amar, ter eles de volta em minha vida não tem preço.

Resolvi fazer uns sanduíches pra gente e fiz suco de laranja também, assim eu teria um motivo pra parar de beber cerveja e não correria o risco de embebedar, ele ficou da bancada conversando comigo o tempo todo. Ele resolveu ir ao banheiro, já tinha mostrado onde era, ele foi e fiquei terminando o lanche, coloquei na bancada, ele voltou. Comemos e voltamos pra sala, ele viu meu violão, pegou e perguntou se podia tocar algo. Eu disse que tudo bem, começou a tocar O Tempo Perdido de Legião UrbanaTodos os dias quando acordo,

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo.

Todos os dias antes de dormir,

Lembro e esqueço como foi o dia

"Sempre em frente,

Não temos tempo a perder".

Nosso suor sagrado

É bem mais belo que esse sangue amargo

E tão sério

E selvagem,

Selvagem;

Selvagem.

Veja o sol dessa manhã tão cinza

A tempestade que chega é da cor dos teus

Olhos: castanhos.

Então me abraça forte e,

Me diz mais uma vez

Que já estamos distantes de tudo

Temos nosso próprio tempo,

Temos nosso próprio tempo,

Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro,

Mas deixe as luzes acesas agora,

O que foi escondido é o que se escondeu,

E o que foi prometido,

Ninguém prometeu.

Nem foi tempo perdido;

Somos tão jovens,

Tão jovens,

Tão jovensGostei muito do timbre de voz dele, a voz é grossa, e nessa musica achei que ficou perfeita, ele cantava de olhos fechados quando acabou a ultima frase ele os abriu e me fitou uns instantes sorriu e me entregou o violão.

Augusto:_ Agora é você.

Peguei e comecei a tocar uma do meu favorito Daniel Chaudon 'Descobriram nós dois'... Acho ela perfeita"Descobriram nós dois, onde é que vai morar esse amor

Mal começou, não vai calar

Deixa de pavor de viver o que nem conheceu

Arruma um canto pra ficar comigo

Se você não se importar, eu posso te levar

O meu carinho que carece abrigo

Todo mundo vai saber que a gente vai voar

Enquanto todo o resto se debate

Ó lá... Olha lá

Ó lá... toda essa gente que inventa o mal pra separar

Ó lá... o desperdício de viver

Aqui só cabe eu, você, nós dois nessa canção que dói

Eu sei que logo mais vou gargalhar

Descobrimos nós dois."Quando terminei de cantar ele estava me olhando sério, se aproximou tirando o violão de minhas mãos, pensei que ele fosse tocar outra, mais não, ele colocou no chão com uma das mãos e com a outra enlaçou minha cintura e me beijou com uma urgência sofrega. Fiquei meio estático uns segundos, ainda me situando, depois me entreguei a situação e me deixei levar. Ele beijava bem, e como beijava bem, ficamos uns dois minutos naquilo dando pequenas pausas de frações de segundos pra respirar. Então ele me soltou bruscamente, levantou e saiu batendo a porta me deixando ali no chão. De repente me veio uma vontade de chorar... Corri pra cama e fiquei lá um tempo chorando em silêncio sem entender o que aconteceu ou ao menos o por que de eu está chorando daquele jeito, logo eu que não me apego fácil a ninguém. Resolvi não me deixar abalar com aquilo, e fui saindo com intenção de trancar o portão, nem lembro de ouvi-lo bater quando ele saiu...

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Por hoje é só pessoas, desculpa se foi curtinho assim, tempo curto. Abraços amoras e amores.

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Comentários

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eu tambem achava que não me apegava fácil a ninguem,estava engando tsc'

Adoreei seu conto caio,não demore a postar logo agora que eu li tudinho hehe 10'

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Como sempre sensacional caio meu chara

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Maravilhoso seu conto, Caio. Esta se tornando um de meus preferidos por aqui. O cara te deseja, beija e depois foge? Ah, esses "heteros"...Logo ele volta todo humilde, querendo mais, querendo tudo.

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