A COLECIONADORA – CAPÍTULO 14

Um conto erótico de KRÉU
Categoria: Heterossexual
Contém 2679 palavras
Data: 20/07/2014 22:34:57

Continuação do capítulo 13

Logo depois Arbab entrou com algo grande envolto em um pano; parecia ser pesado.

—Arbab coloca aqui no mesa de centro. É um pouco pesada. Arbab vai buscar mais...

—Por favor, Arbab... Amanhã você me mostra as mercadorias. Tenho certeza que vou comprar muito de você.

—Mas esse Arbab não quer vender... Arbab que dar presente para senhorita.

Mais uma vez ele foi lá fora e voltou com uma caixa menor, mais leve. Depois começou a desfazer o embrulho de pano e surgiu um objeto que eu ainda não conhecia. Era uma caixa quadrada de madeira envernizada grande com um chifre de metal torto, fazendo uma curva e que se abria na ponta imitando uma flor aberta. Tinha também um braço de madeira envernizada, bem fino. Coisa esquisita! Depois abriu a caixa de papelão pequena e retirou um prato preto, liso com um furinho no centro. Colocou o prato naquela coisa e deixou. Virando-se para mim, falou:

—Isto ser o maior maravilha da mundo! Ouça:

Arbab começou a girar uma pequena manivela que tinha num dos lados da caixa e o prato preto começou a girar. Depois ele pegou o bracinho e colocou sobre o prato que girava e daquela coisa começou a soa uma música que eu ouvia quando criança ia às festas nos palácios na Holanda.

—Senhorita Astrid apresento-lhe a gramofone! Uma invenção maravilhosa das cientistas alemães. Este prato preta chama-se disco. É aqui que se guarda os músicas que senhorita vai ouvir.

Para minha maior surpresa Arbab começou a dançar sapateando e batendo com as palmas das mãos. O som da música logo atraiu as mucamas que vieram olhar espantadas. Quando a música acabou, Arbab virou o lado do disco e uma nova música começou a ecoar pela casa e o libanês começou a dançar saltitando pela sala. No final, ele me explicou que a primeira dança era a “estampie” e a segunda era de origem árabe e se chamava “saltarello”. Naturalmente fiquei encantada e perguntei curiosa:

—Esse... Essa caixa mágica deve ser muito cara, não?

—Gramofone, senhorita Astrid, gramofone. Não! Pra senhorita Arbab faz baratinha...

—Não sei se vou poder pagar...

—Senhorita deixa essa assunto para discutir depois.

Como as mucamas estavam ainda ali, mandei que saíssem todos.

—Tomé você pode tirar essa roupa e ir para seu quarto. Mais tarde se eu precisar eu chamo.

Ficamos sozinhos na sala. Curiosa, comecei a especular sobre sua vida.

—Arbab infeliz. Arbab tinha noivo na Líbano, mas prima Salim escreveu contando noivo de Arbab estava traindo Arbab. Depois Arbab não quis mais saber de ninguém. Solidão não mata, não fere e não machuca Arbab. Só quando perde dinheira em negócio Arbab fica ferida.

—Mas você é novo ainda... Não sente falta...

—Arbab tem 30 anos e aprende lição. Mas senhorita é novo também... Marida faz falta pra moça bonito igual senhorita. Se Arbab sabia de senhorita, Arbab tinha vindo aqui antes...

A conversa foi evoluindo na mesma velocidade em que o licor ia sendo consumido. Ambos estávamos inebriados ou pelo licor ou pelo fato de sermos dois jovens estrangeiros, solitários, naquele fim de mundo. Quando dei por mim estava nos braços dele, sentada em seu colo. Nos beijamos e nos acariciamos. Minha vagina e meu corpo estava em chamas.

—Arbab... Não devemos... Mal nos conhecemos... Vamos dormir!

Levantei e vi o quanto ele estava excitado. Seu pau árabe, digo, libanês estufava a calça.

—Desculpa Arbab. Faz muito tempo que Arbab não encontra mulher branco, civilizado.

—Não se desculpe Arbab, a culpa foi minha. Pelo menos você está demonstrando que é homem e é viril.

—Ah! Isso Arbab é mesma! Arbab...

—Arbab vai dormir! Amanhã conversamos mais.

Deixei-o em seu quarto e corri para o quarto de Tomé que já estava dormindo. Me atirei sobre ele que acordou assutado.

—SINHA!

—Shiiiiiu! Não faça barulho. Temos visita em casa. Tira logo essas ceroulas... Tô com vontade de mamar seu leitinho gostoso.

Mal ele tirou as ceroulas caí de boca em sua vara que acordava sonolenta. Melhor assim! Mole e macia começando a crescer e a endurecer na minha boca enquanto eu a sugava com avidez. Tomé gemeu de prazer e eu mamando e escarafunchando em seus pentelhos. Minha vagina palpitava e vazava se apertando e se expandindo esperando por algo que não viria. Não naquela noite. Breve talvez! Quando Tomé gozou, mudei de posição e implorei que mamasse nela, tadinha! Ele mamou e tão logo que começou, entrei em êxtase e gozei, apertando bastante os lábios para não gritar de prazer. Gozei muito, muito, muito e depois fui para meu quarto dormir.

Na manhã seguinte, quando acordei, Arbab já havia levantado e gentilmente me aguardava para o desjejum.

—Sbah alkhair! (Bom dia!) Senhorita Astrid.

—Se você disse: Bom dia! Bom dia pra você também!

Tomamos nosso café e saímos passeando, andando à toa, apenas conversando.

—Arbab... Fiquei encantada com aquele aparelho que toca música, mas não sei se...

—La-ana... Arbab não cobra de Astrid. Arbab presenteia moça bonito com gramofone se Astrid promete

permitir corte de Arbab.

—Você quer dizer namorar?

—Alah testemunha! Arbab ficou apaixonada por moço bonita!

—Me diga uma coisa Arbab. O que o fez se apaixonar assim tão de repente por mim?

—Arbab fica maluca quando viu moço vestida pro jantar e depois Arbab gosta muita do jeito que Astrid trata escrava. Pulso forte, coragem igual mulher libanesa. Astrid ser mulher certo para Arbab.

—Mas você viaja muito...

—Arbab continua viagens, mas fica mais tempo com esposo aqui na engenho ajudando cuidar de tudo. Depois, bandidas não se atreve atacar engenha se sabe que Arbab mora aqui.

—É verdade que você também me atraiu, principalmente porque aqui vivo isolada de tudo e de todos. Vim pra cá ainda mocinha e não sei nada sobre homens... Nunca namorei...

—Arbab ensina! Arbab bom pra ensinar! Depois, Arbab sabe fazer esposo gostar...

—Então está certo, mas no engenho quem manda sou eu. Não vou admitir interferência... Nem mesmo do meu marido.

—Arbab aceita termos de esposo.

—Muito bem. Vamos cavalgar?

—Mas Arbab precisa mostrar produtos pra suas soldados...

—Depois você mostra. ARMOND!

—Pois não senhorita Astrid,

—Sele duas montarias para mim. Avise aos soldados que depois do almoço o Arbab vai abrir o carroção para vender para quem quiser comprar algumas coisas.

—Arbab tem sabonete, tem pente, espelho, tem ropua de homem, tem...

—Chega Arbab! Depois você mostra tudo para eles. Vá Armond e traga as montarias!

Partimos para a cachoeira Mãe Benta. Lá teríamos mais privacidade. Quando chegamos na cachoeira, Arbab ficou maravilhado.

— Alah seja louvada! Esta lugar parece moradia de onze mil virgens! Arbab pode tomar banha?

—Claro que pode! Veja e ouça o canto dos pássaros...

—Senhorita Astrid espera Arbab tirar roupa...

Ele foi para trás de umas pedras e veio somente vestindo ceroulas. Seu corpo forte e moreno coberto de pelos no peito e nas pernas era o de um belo exemplar macho. Mesmo louca de vontade, me contive e resisti ao seu convite de juntar-me a ele na água. Ele nadou com destreza e mergulhou bastante. Quando saiu da água, suas ceroulas que iam até o meio das coxas não puderam esconder o quanto ele era bem dotado. Rapidamente ele correu e se vestiu por cima mesmo das ceroulas molhadas. Eu fingi não olhar quando ele saiu e sua vara libanesa estava bem evidenciada. Sentamo-nos na grama e começamos a traçar planos. Quando menos esperava, eu que sempre tomava a iniciativa, fui surpreendida quando ele me abraçou e me beijou na boca. Caímos de costas e ele começou a me beijar com fúria, tentando apertar meus seios. Empurrei-o e o afastei de mim.

—Espere Arbab! Não é assim que se conquista uma moça. Não sou qualquer uma, lembre-se disto! Se você quer se casar comigo, tem que ser conforme meus costumes.

—Desculpe Arbab! Na Líbano a gente pega o mulher e depois casa!

—Você devia que saber que aqui não é o Líbano e essas mulheres que você tem encontrado por aí não são iguais a mim. Se Arbab quer casar, namorar direitinho e depois casar, traga um padre aqui para realizar casamento.

—Mas Arbab é mulçumano...

—Mas eu sou cristã e só me caso se for com um padre, senão nada feito! Agora vamos voltar. Você deve estar louco para vender suas mercadorias.

—Senhorita Astrid perdoa Arbab?

— Perdoo, mas lembre-se! Somos namorados e você deve se comportar com tal. Quando casarmos aí sim você será meu marido e terá direitos sobre meu corpo, antes não!

Voltamos e Arbab começou a desmontar seu carroção. Armou uma tenda enorme onde expôs toda a mercadoria e ficou lá. Eu fui ver os barracos que já estavam prontos. Gostei! Depois fui até o barracão que seria o prostíbulo. Chamei Armond e mandei que aumentassem o tamanho, achei pequeno e abafado.

— Quero janelas maiores para melhor ventilação e mais um quarto. Nesse e num outro qualquer, quero que você mande colocar um tronco onde possamos acorrentar uma pessoa. Nesse aqui que vai ser construído ficara minha mãe e no outro, vou colocar o Cazú, caso ele sobreviva. Vamos ver agora com ficou o quarto de banho.

As instalações de encanamento de bambu estavam quase prontas e terminavam numa área quadrada de 2x2, sem janelas e apenas com uma porta feita de palha de esteira trançada.

—Armond, se você não mandar colocar pedras no chão isso aqui vai virar um lamaceiro. Mande os escravos colocarem lascas de pedra e calçarem bem de piso. Depois, se você achar que dar pra fazer, forre com madeira. Hoje, depois do almoço não haverá trabalho pra ninguém, leve todo mundo para ver as mercadorias do Sr. Arbab e mande o soldado Cristiano vir falar comigo em meu gabinete.

Durante o almoço, acertei com Arbab para, depois dessa viagem ele trouxesse um padre para realizar nosso casamento. Foi quando ele me propôs montar aqui no engenho uma loja que serviria de espécie de entreposto, de onde ele sairia para suas andanças de vendas pelo interior. Concordei, mas deixei claro que as despesas correriam por parte dele. Os escravos eu poderia ceder, desde que ele os recompensasse por isso. Almoçamos e Arbab foi lá para a tenda. Deitei-me na rede da varanda bebericando meu licor de jenipapo e fiquei observando. Um pouco mais tarde o soldado Cristiano chegou. Levei-o para o gabinete e avisei Akula que não queria ser incomodada por ninguém. No escritório mandei que Cristiano se sentasse no sofá e me sentei ao seu lado.

—Está muito ansioso para a inauguração do prostíbulo?

—Senhorita Astrid, a senhorita não sabe como estou sentindo falta das negrinhas...

—Mesmo? Não parece... Seu pinto tá mole...

Bastou eu dizer isso e ele logo começou a ficar ereto. Coloquei minha mão nele e falei:

—Eu também sinto muita necessidade física de homem, embora ainda não tenha experimentado. Você sabe que sou virgem, não é? Mas na minha idade essa necessidade é fisiológica. Mas acho que a gente pode ir se satisfazendo igual aquele dia no lago. Por isso chamei você aqui hoje. Abra essa calça que quero mamar no seu pinto português.

Ele abriu e desceu as calças e a ceroula até os pés. Segurei naquela vara grossa, branca e de cabeça vermelha. Ah! Esse cheiro de macho! Lambi sua glande e chupei sua vara com prazer. Quando vi que ele ia gozar, parei e desci minhas calças também.

—Quero que me penetre na bunda, mas bem devagar para não me machucar.

Apesar de ainda estar dolorida, não podia esperar mais de tanta tesão. Por que não dei atrás para Arbab? Não! Jamais! Pelo menos até a gente casar! Arbab me teria por inteira, mas só depois de casado. Só com cuspe, doeu mais que o normal, mas aguentei bem a vara lusitana e a dor aumentava ainda mais minha excitação. Tive que me conter para não gritar de prazer enquanto o legítimo representante de Camões navegava em minhas entranhas. Aquele soldado português não representava em nada o inferno que Dante Alighieri descreveu, pelo contrário, era o paraíso jamais alcançado na Divina Comédia. Quando Cristiano gozou, senti-me quase uma “expert” internacional em varas multirraciais. Faltava ainda a vara árabe ou libanesa. Quando o liberei, Cristiano saiu sorrindo do gabinete. Era como se tivesse ganhado um prêmio. Tornei a me vestir e fui dar uma olhada nos produtos que Arbab vendia. Tinha de tudo: desde frascos de remédios, unguentos, emplastos, gaze, facas e facões, terçados, bijuterias e tecidos, muita variedade deles; tinha chapéus, de palha, de couro, roupas masculinas e até vestidos. Num baú grande que mantinha fechado ele guardava roupa de cama, mesa e banho finos. Disse-me que aquelas peças eram encomendas de outras senhoras esposas de coronéis de outros engenhos. Assim terminava aquele dia e eu mandei avisar que na manhã seguinte eu autorizaria que os casais se mudassem. Mandei também que levasse minha mãe e Cazú que já se recuperara para a casa-bordel, juntamente com as escravas bundeiras. À noite durante o jantar, expliquei para Arbab meus planos com aquela atitude. Ele considerou sábia minha decisão e anunciou que partiria na manhã seguinte, prometendo voltar em um mês com o padre para realizar nossa união e alguns outros “primas” para trabalhar no entreposto. Namoramos até a hora de irmos dormir.

No dia seguinte, que era sábado, antes de Arbab partir, escolheu um local bem junto ao portão principal da paliçada onde ergueria seu entreposto e depois de conversar com Armond, deixou num rabisco o desenho de como queria que fosse construído o que ele chamou de armazém. Com minha autorização, contratou um soldado e dois escravos para a construção e partiu, levando como encomenda, o meu vestido de noiva e um novo enxoval de cama e mesa para a casa grande. Depois que ele se foi me reuni com aqueles que formariam casais e autorizei que fossem ocupar suas casas e se virassem como pudessem para fazer as camas, mesas, cadeiras, etc. Todos os barracos fomar construídos de taipa e cobertos com palmas de carnaúba e lama e dentro, foram construídos fogões de lenha de modo que pudessem fazer suas próprias comidas. Poderiam ter suas criações de galinha, porcos, etc., mas lembrando que os soldados continuariam a meu serviço e continuariam recendo seus soldos normalmente. As escravas que cuidassem dos seus próprios machos.

—Aproveitem o sábado e o domingo para trabalhar nisso.

Na casa-bordel, mandei que dois escravos fizessem duas camas, uma para o quarto em que minha mãe ficaria e outra para o quarto do Cazú. Minha mãe foi acorrentada em uma das camas e Cazú, depois de ter sido banhado, mandei que o vestissem de mulher e até dei um vestido meu velho. Mandei que fosse acorrentado pelo pescoço preso com uma gargalheira de ferro e fechada com um parafuso de ferro.

—Pronto Cazú! Seja bem vindo à sua nova casa. Você não tem mais pinto nem saco, portanto agora é mulher. Vai ficar aqui e quem quiser cu, vai poder desfrutar do seu à vontade.

—Branca mardita! Vai arder no inferno desgraçada!

O sábado estava fervilhando no engenho. Todos estavam muito eriçados. Mandei chamar Araújo, o pretendente de Akula para a gente conversar.

—Então Araújo, está animado? Você ainda não começou a erguer o seu barraco.

—Sabe o que é Senhorita... Andei pensando...

—Você só quer a negrinha se for sem casar, não é?

—É isso sim. Não sou homem de ter uma mulher só. Gosto de variar.

—Melhor assim. Gostei que foi sincero e considere o compromisso desfeito. Pode ir.

—Obrigado senhorita! Com licença!

—AKULA!

—Sinhá chamou?

—Chamei sim. Seu soldado não quer casar mais.

—Ele falou pra mim que só queria trepá comigo e não sabia se queria casá. Não faz mal Sinhá... Quem sabe aparece algum outro que queira casá... Da minha raça...

—Acho que já sei quem... Prepare-se porque hoje você deixará de ser virgem!

—Mas sinhá...

—Prepare-se mucama que vai levar vara grossa! Agora mande servir meu almoço. Quero dar umas voltas por aí e escolher alguém digno de você.

Almocei e saí andando pelo engenho, pensando quem eu escolheria para Akula.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Kréu a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários