Layla em: samba, suor e sexo (1ª parte)

Um conto erótico de manicure
Categoria: Heterossexual
Contém 3587 palavras
Data: 02/05/2014 13:49:10
Última revisão: 16/05/2014 17:48:45

O clima de carnaval pairava por toda a cidade, os blocos antecipavam a folia do Centro à Zona Sul. Rio de Janeiro é assim! Como pela primeira vez eu iria desfilar na Sapucaí, pegava pesado na malhação e nos tratamentos de beleza: massagem com cremes a base de algas marinhas; clareamento dos pelos do corpo; uma repassada na depilação à laser; e, finalmente, algumas seções de drenagem linfática a fim de garantir a definição do contorno dos músculos (principalmente das coxas e do bumbum) e evitar a celulite.

Passava todas as manhãs na academia, depois ia à praia manter o bronzeado e reforçar as marquinhas. Foi numa dessas manhãs que recebi um SMS de Gil com os seguintes dizeres: “Como vai, cadela? Recuperada do estrago? César falou comigo do fds de vcs... Já tá sentando direito? Tá ficando com fama de rameira, hein! kkkkkkkkkkk“. Aquilo me deixou furiosa, acabou com a minha manhã. Realmente, quem leu os meus dois últimos contos (Layla, arrombada e esculachada – partes 1 e 2), viu que César literalmente acabou comigo. Mas pô, aquilo foi uma situação específica. Não queria ter a reputação manchada. Transtornada, sai da praia, atravessei a Av. Sernambetiba, e subi pro meu flat chorando de raiva.

Desde que larguei a corretagem de imóveis e decidi ganhar dinheiro com o meu corpo, jamais imaginei passar por tamanha humilhação. Como tem cara babaca nesse mundo! Não sou uma qualquer, pô! Estudei, fiz faculdade, falo dois idiomas além do português, frequento os mais diversos ambientes com naturalidade e elegância. Não vou me submeter a isso! Se for pra ser assim, prefiro largar tudo e voltar a ser a Leila de 2 anos atrás, corretora de imóveis.

De tarde, fui ao salão fazer as unhas e conversei muito com a Manicure, ela é praticamente uma terapeuta pra mim. Nos conhecemos há muito tempo e não há segredos entre nós. Desabafar ela e escutar seus conselhos foram um grande alento. Mais calma, voltei pra casa e liguei pra minha amiga Andrea. Conversamos longamente sobre os últimos acontecimentos. Pensei, refleti e acabei cochilando. Muitas vezes o desgaste emocional supera o físico. Eu estava desanimada mas precisava fazer alguma coisa, nunca fui dessas mulheres que ficam se lamentando da vida. Levantei do sofá, fui ao banheiro lavar o rosto, olhei-me no espelho: minha aparência, meu rosto, meus cabelos, meu corpo e realizei... Não tenho mais como voltar à vida de civil, mas posso redefinir algumas coisas.

Não é porque tornei-me garota de programa que tenho, obrigatoriamente, que ter a fama de “puta vulgar“. Após as conversas com a Manicure e com Andrea, decidi, de agora em diante, focar na carreira de modelo. Uma denominação que hoje comporta várias atividades, exatamente o que eu queria. Encerrei todos os meus perfis em portais de acompanhantes aqui do Rio e fiz uma pequena reformulação no meu site pessoal, retirei as fotos mais vulgares e optei pela sensualidade. Agora meu cartão de visitas era: “Layla, modelo para ensaios fotográficos e eventos”. Um status perfeito! A primeira vista sou modelo, inclusive já fiz alguns trabalhos de fotos, e também me disponibilizo a fazer eventos. Entenderam? “Eventos“, aí cabe tudo. Ou seja, tacitamente, é óbvio que continuo fazendo programas.

A parte mais difícil foi dizer à Tia Rosana que eu ia deixar o night club. Gosto muito dela e das meninas de lá, mas uma modelo não pode bater ponto num puteiro três vezes por semana, né?! Combinamos que eu apenas apareceria em noites especiais. Afinal, lá conquistei uma infinidade de clientes, os quais tinham o meu contato e, a partir de agora, eu os atenderia no meu flat.

No entanto, essa mudança de rumo na minha vida só será possível porque agora eu sou a musa de uma escola de samba do grupo especial do carnaval carioca. Uma combinação de fatores perfeita. Layla, modelo e musa do carnaval! Mas, por debaixo dos panos, continuo fazendo os meus programas e atendendo uma cartela de clientes cada vez mais seleta que se disponibilizarão a pagar o preço dessa beldade. Existe melhor disfarce? Pra isso eu tinha que arrasar no carnaval. A Marquês de Sapucaí seria a minha grande vitrine.

Mergulhei de cabeça no mundo das escolas de samba, até então eu só aparecia nos ensaios na quadra às sextas e sábados. Agora, eu estava sempre marcando presença, tornando-me conhecida, me promovendo. As portas estavam abertas, era só eu saber aproveitar a oportunidade. Passei a frequentar nosso barracão na Cidade do Samba também, para acompanhar a confecção dos carros alegóricos, das fantasias mais elaboradas, e assim, realmente, me tornar parte daquilo. Fiz amizades com carnavalescos, rainhas de bateria, com musas de outras escolas, puxadores de samba famosos... É aquela história, hoje estou nessa escola, mas amanhã posso ir pra outra. O lance é estar sempre sob os holofotes. Foi assim que comecei a entender porque certas musas e rainhas de bateria chegam a desembolsar até R$,00 por uma fantasia para desfilar. Amor à escola? Ao carnaval? Agora entendo que não necessariamente. Em realidade, isso é um investimento para se manter na mídia: fotos em jornais e revistas, participações em programas de TV, entrevistas, fama, status... E, no meu caso, bem como no de mais algumas (sem generalizar), mais eventos e programas.

Há poucas semanas do grande desfile, quando já rolavam os ensaios técnicos na Sapucaí, fui ao barracão da escola experimentar a minha fantasia. Já tinha visto um desenho e era bem sensual, mas não fiquei dando pitaco pois não estava pagando por ela. Lembram que eu venci aquele concurso no final do ano passado?! Chegando lá, me levaram para uma sala aonde estava o carnavalesco, um estilista, e duas pessoas da equipe que confecciona as fantasias. Pediram que eu me despisse e ficasse de pé num mini-tablado. Assim o fiz, eles me observaram e cochicharam entre si. Depois de quase 10min romperam o silêncio. Eu já estava nervosa quando um dos membros da equipe me disse:

- Fica calma, Layla! Só queremos confirmar algumas medidas.

Com uma fita métrica tiraram novas medidas das minhas coxas, da cintura e do busto.

- Seu corpo é perfeito, você vai ficar linda! – me disse a moça que manuseava a fita métrica, e pediu que trouxessem a fantasia.

Realmente era linda, senti uma pontinha de emoção. Primeiramente calcei as sandálias plataforma prateadas que tinham fitas trançadas até quase o joelho. Depois, vesti um cinturão todo feito de pedras prateadas que deixava o meu bumbum todo a mostra e, na frente, elas se prolongavam um pouco mais (na altura da bucetinha) fazendo o formato de uma seta pra baixo. Em seguida me ajudaram a vestir um sutiã que, em realidade, era uma armação que mal cobria os meus seios, pra segurar duas asas de penas azul claras que ficavam atreladas a essa armação nas minhas costas. Também toda em prata com pedras azul marinho. Finalizando, um cocar feito de pedras azul claras, azul marinho, e brilhantes prateados. Quando achei que tinha acabado, vieram mais dois grandes braceletes feitos do mesmo material. Agora sim! Desci do tablado e me movimentei pra ver se algo machucaria, pediram que eu sambasse, balançasse o corpo, afinal, era a última prova antes do desfile na Sapucaí. Tudo perfeito! Mas, notei um fato e perguntei:

- Gente, não tem aquele negócio que se aparecer a genital durante o desfile a escola perde pontos? Essa parte da frente do cinturão só tampa a minha periquita quando eu estou parada, quando eu sambo aparece tudo. Isso pode?

O carnavalesco me respondeu na hora:

- Esqueci de dizer... Quando nós estivermos vestindo você, momentos antes do desfile, colocaremos um tapa-sexo e faremos uma pintura corporal, de azul, como se fosse um fio dental, pra disfarçar que na verdade você estará nua. O bumbum vai ficar todo de fora mesmo. Aliás, seria um pecado esconder um traseiro desses, né!!! – Ao dizer isso ele riu e todos caímos na gargalhada.

Me preparava pra tirar a fantasia quando fui informada que haviam repórteres de jornais e revistas, eles queriam tirar algumas fotos de mim fantasiada e me entrevistar. Fomos para o barracão, em meio aos carros alegóricos, e lá fizeram várias fotos da musa Layla. No fim, fui entrevistada pelos repórteres que queriam saber, afinal, quem é Layla? Estava me sentindo no céu, mídia de graça, lembram dos “holofotes“ que falei há algumas linhas?! A única saia-justa que passei na entrevista foi quando perguntaram o meu nome. Quem lê os meus contos desde o início sabe que não me chamo Layla, mas sim Leila. Ocorre que eles queriam saber também o meu sobrenome. Uma modelo e musa do carnaval, não necessariamente, precisa usar seu nome verdadeiro, muito embora a grande maioria o faça. Pensei, pensei... Pensei em usar o meu sobrenome verdadeiro, mas, naquela fração de segundos que você tem dizer alguma coisa, me apresentei como Layla Lemos. Fácil e sonoro.

Ao fim de tudo voltei correndo pra casa pois havia marcado de atender dois clientes à noite. Vocês sabem como o trânsito pra Barra no final da tarde é terrível, ainda mais saindo da Cidade do Samba. Não queria me atrasar. Profissionalismo acima de tudo! Gozando então, melhor ainda! Confesso que estava com muito tesão, essa coisa toda de carnaval acende a minha libido. Trabalhei duro essa noite, meu atendimento completo dura 1:30hs. O primeiro não exigiu muito de mim, cliente ocasional, amigo de Celso (o presidente da Escola). Aqueles coroas que só metem na buceta, gozam logo, e depois ficam de papo.

O segundo, em especial, é um tesudo, adoro ele. Jovem, trinta e poucos anos, forte, educadíssimo e mete muito gostoso. Sempre super carinhoso, me beija toda e chupa bem demais, já gozei algumas vezes na língua dele. Dessa vez não foi diferente. Começou com aqueles beijos que me roubam o ar e depois vão se prolongando por todo o corpo. Algumas vezes, como nesse dia, foi ele quem fez a massagem em mim. Não é qualquer cliente que eu beijo na boca não, mas ele eu não resisto, pelo contrário! Em seguida, a piroca deslizou deliciosamente pela minha buceta, suas bombadas são sempre profundas e compassadas. Metemos de ladinho, eu com as pernas bem abertas deixando que ele tivesse livre acesso à bucetinha. O safado, me abraçando, massageava os meus seios enquanto nos beijávamos ardentemente. Num segundo momento fui colocada de bruços com a bundinha empinada e tomei no cú gostoso. Sentia sua respiração ofegante na nuca, o suor pingando nas minhas costas e a piroca dilatando o meu buraquinho. Abraçada ao travesseiro com a bundinha empinada e as pernas arreganhadas, eu gemia e suspirava enquanto o danado socava a piroca no meu rabo.

- Vai, safado, vaaaaiii!!! Mete com força no cú da sua putinha, meeete!!! Aaaiii... Aaaiii... Aaaiiieeeeee!!!!

Quando o ritmo das investidas aumentou eu fiquei de quatro pra ele meter melhor até derramar sua porra quente no meu reto. Ofegantes e exaustos, ficamos abraçados na cama por alguns minutos trocando beijos e carícias. Ele realmente mexe comigo. Homem com pegada, pra mim, é isso. Não é meter por meter, mas saber tratar a mulher como fêmea: abraçar, beijar, acariciar e, na hora de meter, castigar gostoso. Vi que ele olhava para o relógio na minha cabeceira, estiquei o braço, guardei-o na gaveta, e disse pra ele:

- Você sabe que com você eu não tenho horário, né?!

Eu estava muito carente e, na presença de um homem lindo, que sempre me trata como uma rainha, queria tê-lo por perto o máximo de tempo possível. Desde que o conheci, na casa da Tia Rosana, nunca mais esqueci do seu olhar e, todas as vezes que nos encontrávamos, ficava um gostinho de quero mais. É por isso que digo que ele é especial, acho que há um sentimento entre nós, sei lá... Sem que eu dissesse nada, ele me perguntou sorrindo:

- Quer que eu passe a noite com você?

Não respondi com palavras, mas com um beijo que me deu a impressão de que nossas bocas nunca mais descolariam. Imediatamente seu pau acordou, encaixei-o na xoxota, olhando nos seus olhos, para iniciarmos um intenso papai-e-mamãe. Sentia ondas de prazer, como se fossem pequenos choques, por todo o corpo, cada vez que ele metia forte tanto na buceta como no cuzinho. Gozei loucamente algumas vezes. E assim, literalmente, fizemos amor a noite inteira, até desfalecermos exaustos num sono profundo. Na manhã seguinte, tomamos banho juntos. Me sentia leve, renovada. Depois do café da manhã, ele seguiu para o trabalho e eu pra academia.

Na reta final da minha preparação para o grande desfile na Marquês de Sapucaí, fui à fisiologista que cuida de mim há mais de um ano. Ela elogiou o meu empenho e mudou o treinamento, saíram de cena os exercícios de força, que foram substituídos pelos aeróbicos (caminhadas e corridas), bastante alongamento e uma alimentação feita somente de legumes, verduras, frutas e proteína. Carboidratos e carne vermelha nem pensar! Tudo para relaxar a musculatura e evitar contusões. Nessas duas semanas até o desfile minha rotina era: academia de manhã para alongar e correr um pouco na esteira, em seguida eu ia direto pra massagem. Saindo de lá eu ia à praia, onde reforçava o bronzeado e fazia caminhadas bem tranquilas observando os paparazzi que me fotografavam. Depois, almoçava e ia pro barracão da escola na Cidade do Samba marcar presença, dar entrevistas, fazer fotos, enfim... Perdi a conta das revistas e jornais que me fotografaram, alguns sites também. Em algumas dessas ocasiões fui fotografada por Camargo. Fotógrafo freelancer muito bem relacionado e, realmente, as fotos que ele tirava de mim rapidamente estavam em sites que cobriam o carnaval, jornais, revistas de fofoca... Era um contato quentíssimo, além de ser um gato. Devia beirar os 40 anos, malhadão, alto, bom de papo... Adorava fotografar com ele.

O último ensaio na quadra da escola antes do desfile ocorreu num clima de euforia sem igual. Tudo pronto para o carnaval! Eu estava deslumbrante com um vestido vermelho (a principal cor da escola) colado ao corpo bem curto, todo furadinho e com um mega decotão nas costas. Para arrematar, um fio-dental, também vermelho. Luxuosíssima! Agora, a loira desconhecida na comunidade, que antes causava estranheza, era ovacionada pela galera. Afinal, sou a musa Layla Lemos! Sambei, requebrei, beijei a bandeira da escola, rendi todas as homenagens à rainha de bateria, que tem muito mais tempo de carnaval do que eu. Mais tarde, quando o ensaio terminava, eu estava no camarote da diretoria quando Celso (o presidente da escola) veio a mim todo sorridente e disse que uma famosa marca de cerveja, que tem um camarote concorridíssimo na Sapucaí, mandara pra escola algumas credenciais. Ele me entregou uma junto com uma camisa vermelha dessa cervejaria, que eu deveria vestir e subir pro camarote logo após o nosso desfile. Uaaauuuu! Sempre vi as fotos dos famosos nesse camarote e agora - euzinha - recebo um convite para ir pra lá depois de desfilar. Fiquei animadíssima!

Há poucos dias do desfile segui minha rotina de preparação. Fui à academia de manhã correr na esteira e fazer alongamentos, perdi 4kg nos últimos 2 meses, estava sequinha e com o corpo super definido. De tarde – pra variar – fui ao barracão da escola fazer mais algumas fotos para revistas, jornais e sites. Suspendi todos os atendimentos naquela semana, tinha uma sensação de que aquele desfile seria um divisor de águas na minha vida. Estava totalmente focada. Quase ao final de mais uma seção de fotos, Camargo chegou. Permaneci com o mesmo figurino - fio-dental dourado, sandálias plataforma, cabelos soltos e maquiagem pesada – achando que fosse fotografar mais. Camargo se aproximou e me chamou pra conversar. Primeiro falamos sobre amenidades, a ansiedade de uma novata às vésperas do carnaval, enfim... Depois, num tom mais sério, ele me disse:

- Layla, você está chegando agora no mundo carnaval, das escolas de samba.... É uma modelo linda e sexy, mas inexperiente. E você sabe que esse meio é complicado. Se sobressair num carnaval, como está acontecendo contigo, não é difícil. Mas se manter sob os holofotes da mídia é complicado. Eu tô te falando isso porque há 2 anos montei uma agência que assessora a carreira de modelos e celebridades. – ao dizer isso ele tirou um fichário da mochila e seguiu falando: - Aqui eu tenho centenas de fotos suas, é um baita book. Queria te agenciar, temos material pra caramba e eu tenho muitos contatos. Você tem interesse?

Ouvir sua proposta e, do jeito que ele falava, era irrecusável. Obviamente aceitei e antes que eu perguntasse qualquer coisa, ele completou:

- Então assim que chegar em casa vou selecionar algumas fotos e mandar para agências de publicidade onde tenho bons contatos. Aí o céu é o limite!

Combinamos de jantar depois do desfile, na quarta-feira de cinzas, pra assinarmos o contrato. Super otimista e certa de que minha vida realmente tomaria outro rumo eu só pensava no que estava por vir...

Enfim chegou a segunda-feira de carnaval, fomos a segunda escola a entrar na Avenida. Devo dizer que mal consegui dormir de domingo pra segunda, tamanha era a minha ansiedade. Assistia pela tv o desfile das escolas de domingo quando o sono começou a bater, coloquei a tv no modo ‘sleep‘, fechei os olhos, mas não pegava no sono. Rolava na cama de um lado pro outro enquanto meus pensamentos voavam. Custei a relaxar, nem vi a hora que dormi, e acordei muito tarde. Só tive tempo de tomar banho, comer alguma coisa e ir pra quadra da escola encontrar o pessoal que iria comigo pra Marquês de Sapucaí.

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Chegando na passarela do samba fui para um camarim montado especialmente pela liga das escolas de samba, para as musas, rainhas de bateria e destaques se aprontassem para o desfile. Com a ajuda de duas meninas e um maquiador começou a preparação. Me despi toda para que passassem gel corporal em mim a fim de deixar a pele brilhosa. Depois iniciaram a maquiagem no rosto e a arrumação do cabelo. Logo em seguida colocaram o cocar e os braceletes que faziam parte da fantasia. Levantei-me para calçar as sandálias plataforma e colar o tapa-sexo. Mas, quando íamos iniciar a pintura corporal pra colocar a última parte da fantasia, o ar-condicionado do camarim pifou... Se ficássemos ali por mais tempo eu iria suar e não daria pra fazer a pintura. Assim, tivemos que sair dali pra finalizar ao ar livre, isso mesmo, na rua! Não acreditava no que estava acontecendo. Eu, saindo do camarim, somente de cocar, braceletes, plataformas e tapa-sexo. Quando pisei desse jeito na Av. Presidente Vargas, um grupo de fotógrafos e repórteres me cercou. Tiravam fotos, faziam breves perguntas, achando que eu fosse desfilar daquele jeito. Sorri com muita naturalidade, respondi às perguntas que consegui, aproveitando cada segundo de exposição na mídia, até que um grupo de seguranças da escola me cercou e caminhamos até a concentração da Escola. Entrei em uma van, com o ar-condicionado no máximo, onde fizeram a tal pintura corporal em forma de fio-dental e me ajudaram a vestir o restante da fantasia. Fiquei pronta em cima da hora!

Quando saí da van a escola já se preparava para entrar na Avenida. Minha ansiedade estava a mil, nossos carros alegóricos posicionados, a escola anterior deixando a Marquês de Sapucaí, até que o diretor de harmonia me chamou:

- Vamos lá, minha musa! Chegou a hora!

Nosso carro abre-alas apontou na passarela do samba mais importante do mundo e nosso puxador entoou:

- Alô povão agora é sério! Alô comunidade! A hora é eeeessaaa!!!!!

A bateria ensandeceu, os puxadores aumentaram o tom de voz, as arquibancadas do sambódromo lotadas cantando o samba, uma energia vibrante que contagia a todos. Começou o nosso desfile!

Entrei à frente da bateria, mas um pouco destacada da rainha, a emoção de vivenciar esse momento foge a compreensão, não há palavras que consigam descrever com exatidão o sentimento de estar ali. Sambei, cantei, chorei de alegria. Meu corpo suava em bicas, tamanha era a excitação que me tomava. Num breve momento de lucidez, reparei que a tinta com que fizeram a pintura corporal imitando um fio dental, estava escorrendo com o suor, bem como a cola do tapa-sexo, deixando minha bucetinha totalmente a mostra. Mas nem liguei! Vocês sabem que adoro me exibir! Ainda mais quando observada por milhares de pessoas nas arquibancadas, camarotes, e filmada por câmeras de tv do mundo inteiro. Ou seja, do meio do desfile em diante eu fiquei com tudo a mostra! Mas nada poderia deter minha animação. Acenava para o público, mandava beijos, requebrava sem parar, abusando do rebolado com o bumbum todo de fora. Adoro mostrar o rabo! Fico louca de tesão! Com a bucetinha explanada eu sambava com mais vontade pra fantasia balançar e a xoxota lisinha brilhar com meu suor na Avenida. Imaginava quantas fotos minhas sairiam nos jornais do dia seguinte e os comentários sobre a musa Layla Lemos nua na Marquês de Sapucaí. Ali eu era a rainha e a Avenida a minha corte.

Dos 80min que escola tem pra executar o desfile, eu permaneci uns 20min na passarela do samba e sai com um gostinho de quero mais, muito mais! Assim que entrei na dispersão alguns fotógrafos e repórteres caminharam na minha direção. Já via os flashes disparando quando alguns seguranças da escola vieram com um roupão e me tiram dali. Voltei àquele camarim, já com o ar-condicionado consertado. A essa altura eu só pensava em subir pro camarote... (Aguardem a 2ª parte).

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Comentários

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Mais um excelente conto da Manicure! Quero ler a continuação.

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Achei que você se empolgou um pouco demais na parte...vamos dizer assim: "carnavalesca do conto". Mas mesmo essa parte achei bem interessante de ler, o modo como você descreveu a excitação de ser pintada e a emoção de entrar na avenida. Quando falou de sexo, achei excitante. Então só posso dar nota 10. Fazer o quê?

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