Eu não sou gay,eu só me apaixonei por outro cara! (História Real) 25

Um conto erótico de Vinicius..
Categoria: Homossexual
Contém 3402 palavras
Data: 11/05/2014 11:16:25
Última revisão: 14/08/2018 17:55:43

— Fica calmo, que agora tá tudo bem!

— Como agora?

— Ele também tava em coma, mas pelo que o doutor falou ele acordou ainda há pouco.

Fiquei um pouco aliviado depois do que a mamãe disse. Uma coisa que eu nunca gostei nela era isso, fazer suspense com tudo, até pra dizer que a água do bebedouro tinha acabado ela fazia suspense. Então eu perguntei como tinha acontecido, ela foi me contando o que sabia e o que tinha passado na TV.

— TV?

— Sim, logo que vocês sofreram o acidente passou um carro de TV que tinha acabado de cobrir um acidente de carro também.

Não me lembro se foi a Record ou a Band daqui que filmaram, mas enfim, ela me contou que quem viu o acidente disse que o carro tava com a velocidade alta e que ele passou por um buraco, o Rafael perdeu o controle e o carro capotou. Ela me disse que o carro chegou a girar no ar, segundo as testemunhas.

— Mas agora graças a Deus tá tudo bem contigo e com ele.

— Eu quero ver ele!

— Depois tu vai poder ver ele, agora vou chamar teu pai pra te ver.

Ela saiu do quarto e o papai entrou logo depois.

— Meu filho, tu queria morrer e me levar junto contigo? — ele me deu um beijo na testa — Faz isso mais não, porque se não eu te mato!

Dei uma risada.

— Prometo, mas e o Rafael, pai?

— Ele tá bem agora, tava falando com o pai dele e ele já acordou, mas ainda tá meio aéreo.

Respirei aliviado mais uma vez.

— Ele chamava teu nome!

— O quê?

— As pessoas que viram o acidente e pararam pra tentar ajudar disseram que ele tava acordado e que ele chamava por ti, mas tu já tava inconsciente, mas no caminho pro hospital ele perdeu a consciência.

Eu fico imaginado até hoje o desespero dele, eu acho que faria a mesma coisa.

Depois o médico voltou pro quarto pra me ver e fazer alguns exames, ver se nada tinha sido afetado. Meus pais tiveram que ir embora, mas falaram que voltariam no outro dia.

Acordei com um enfermeiro no meu quarto.

— Te acordei? Desculpa! — disse ele.

— Não, relaxa. Que horas tem?

— Oito da manhã.

— Valeu!

— Tu foi o que sofreu o acidente de carro, né?

— Eu acho que sim!

— Tu nasceu de novo, pela forma que o carro ficou, tu nasceu de novo mesmo!

Perguntei pra ele se tinha visita pela manhã, ele disse que sim e pela tarde também e que a de manhã começava às 9 da manhã e ia até 10h30min.

Ele me ajudou a ir ao banheiro. Fui com muita dificuldade e quando me vi no espelho quase não acreditei, tava muito escroto! Tava com o rosto todo ferido e roxo, no meu pescoço tava uma marca roxa com um vermelho de ferimento, acho que era do cinto de segurança. Voltei pra cama e ele disse que logo trazia o café da manhã. Deu 9 horas e fiquei esperando meus pais aparecerem mas nada, quando deu 9:10 a porta abriu e o Rodrigo entrou. Ele fechou a porta e ficou parado me olhando.

— É, eu sei que tô muito fudido, mas não precisa fazer essa cara não!

Ele respirou fundo e foi se aproximando, sentou na poltrona e ficou me olhando até que começou a chorar.

— Cara, tu não sabe a agonia que foi esses dias. — ele falou com uma voz de que queria segurar o choro — Quando eu soube o que tinha acontecido contigo naquela madrugada, foi algo aterrorizante, só a sensação de que tu podia não voltar mais pra casa vivo ainda faz meu peito apertar.

Ele levantou e chegou perto de mim e me deu um beijo na testa.

— Agora tá tudo bem. — quem tava segurando o choro era eu naquele momento.

— Faz mais isso não, viu? — disse ele rindo.

— Pode deixar.

— Depois vou lá com o seu Rafael e também vou dizer pra ele nunca mais querer achar que tá fazendo alguma cena de filme!

Ele que ficou ali comigo naquela manhã...

Bem, já chega de hospital, vou da uma adiantada. Fiquei mais dois dias e depois fui pra casa, o Rafael continuou lá. Quando cheguei em casa, botei os pés na sala, deu vontade de gritar, depois de tudo eu tava em casa e não tem lugar melhor do mundo que a nossa casa. Fui pro meu quarto descansar, foi o que o médico disse, que não era pra eu fazer muito esforço por enquanto e tudo mais. Pela tarde o Guga apareceu em casa.

— Tu já tá bom?

— Tô, por quê?

— Então eu posso quebrar a tua cara, né filho da puta!

— Tua mãe é moça né?

Ele deitou do meu lado.

— Tu sempre fazendo meu coração bater mais forte, né?

Comecei a rir, ele ficou um pouco lá comigo e depois foi pra faculdade. À noite o Rodrigo apareceu por lá.

— Posso entrar?

— Claro, entra aí.

Ele entrou meio desconfiado.

— É, tem uma pessoa aqui que quer te ver.

— Quem? Manda entrar aí.

— Tu ouviu né? Entra.

Quando a pessoa que ele disse entrou, confesso que esperava todo mundo menos o Fábio. Fiquei olhando pra ele que tava completamente sem graça.

— Fala...

— Fábio...

— Caralho, esqueci uma coisa lá em casa, vou lá buscar e já venho. — o Rodrigo disse.

Ele saiu do quarto me deixando só com o Fábio.

— Senta aí, fica a vontade.

Ele sentou na beira da minha cama.

Quando o Fábio ficava sem saber o que falar ele tinha e tem uma mania de ficar mexendo os dedos da mão e ele tava fazendo aquilo.

— Tu não sabe o que dizer né?

Ele riu e coçou a cabeça.

— Fiquei preocupado contigo.

— Sempre te dei preocupação, uma vez tu disse que eu ainda te matar de susto algum dia.

Ele riu e foi ficando mais relaxado.

— E quase que mata mesmo. — ele já olhava pra mim — Eu não ia me perdoar se tivesse acontecido algo contigo sem tu ter me perdoado pelo o que eu fiz contigo.

— Esquece isso Fábio.

— Não, o que eu fiz é algo imperdoável. Tu sempre foi meu amigo, sempre teve do meu lado quando eu precisei e quando tu precisou de mim, do meu apoio, eu fugi.

— Irmãos também brigam, né?

Ele se aproximou de mim e me abraçou.

— Desculpa brother, desculpa. — e me deu um beijo no rosto.

Quando olhei pra ele vi que ele chorava.

— Ih mano, tô desconfiando de ti, tá chorando.

— E daí? Tem preconceito mano?

O Rodrigo voltou e viu a que a gente tinha se entendido e ficou feliz também. Ele deitou do meu outro lado dizendo:

— Tudo bem contigo, tá sentido dor ainda?

— Um pouco ainda, mas tá tranquilo. Brigado pela preocupação.

— Eu sempre vou me preocupar contigo.

Fiquei olhando pro Rodrigo e ele pra mim. O Fábio:

— Só acho que tu deveria tá com o Rodrigo ainda.

Olhei pra ele e depois pro Rodrigo.

— Sabia que tu não tinha trazido ele aqui por nada Rodrigo.

— Juro que sou inocente dessa vez.

Acho que eles ficaram comigo até quase meia noite.

Três dias depois eu já tava melhor e no mesmo dia o Rafael ia pra casa, eu tava numa ansiedade foda pra ver ele. Quatro da tarde meu celular começou a tocar, era o número do Rafael. Meu coração quase saiu pela boca, então atendi:

— Rafael?

— Vinícius.

Nossa, ouvir a voz dele foi a coisa mais maravilhosa do mundo. Na mesma hora meus olhos se encheram de lágrimas.

— Vem aqui em casa?

— Tô indo agora.

Desliguei e fui pra casa dele, quando cheguei lá o pai dele que abriu a porta, ele me olhou e me abraçou.

— Vocês filhos foram feitos pra dar cabelo branco e dor de cabeça pros pais.

Depois fui pro quarto do Rafael, quando cheguei na porta parei e abri. Fui olhando o quarto até que meus olhos viram ele deitado na cama, ele tava bem machucado. Pelo fato de ele ser bem branco ficava mais evidente qualquer coisa nele.

Entrei e ele ficou me olhando da mesma forma que eu olhava pra ele. Me aproximei da cama e me deitei do lado dele e o abracei, ele segurou a minha mão entrelaçando os dedos dele com os meus e a gente ficou assim por um tempo sem falar nada. Até que ele falou:

— É tão bom te sentir de novo! — meus olhos encheram de lágrimas — Me desculpa, se eu tivesse deixado tu dirigir nada disso teria acontecido.

— Agora isso não importa, a gente não tá aqui? Então, o resto é o resto!

— Tu já viu a foto do acidente?

— Não.

— Pega ali, ó. — ele apontou pra um papel que tava perto da tv.

Me levantei e peguei, quando vi a imagem fiquei assustado de como o carro tinha ficado. Se eu tivesse visto só aquela imagem eu diria que ninguém tinha sobrevivido.

— Cara, teu carro ficou imprestável.

— Deu pt. Por sorte, aí o seguro vai dar um novo.

— É, sorte. — me deitei do lado dele de novo, acabei dormindo com ele aquela noite.

Os dias foram passando e as nossas vidas foram voltando ao normal, eu pra faculdade e ele pro trabalho.

Voltei no hospital pra fazer alguns exames pra ver se tava tudo bem. O médico perguntou se eu sentia algo de estranho e eu disse pra ele que eu me lembrava das coisas com mais frequência, como conversas que aconteceram há meses atrás eu lembro como se fosse ontem. Ele riu e disse que era bom e que me ajudaria nos estudos (sim, depois do acidente parece que a minha memória ficou mais presente, me lembro das coisas com muito mais facilidade. Ex: se eu quiser me lembrar de algo de algum mês, basta eu lembrar de um fato importante, como um aniversario, que eu lembro de tudo que aconteceu naquele dia ou período).

Isso era quase final de novembro, uma sexta feira, o Rafael foi me buscar na faculdade no carro do pai dele.

— Oi.

— Oii. — dei um selinho nele e ele ligou o carro e deu partida. Ele tava estranho, meio sério. — Aconteceu alguma coisa? Tá sério...

— Nada não, tô cansado, só isso!

O resto do caminho a gente veio calado, ele me deixou em casa e disse que ia tomar um banho e que depois ia lá em casa pra conversar. Comi algo e fiquei no quarto esperando ele, que não demorou muito. Dei um beijo nele que retribuiu com um beijo longo.

— Quase fico sem ar. — disse.

— Foi bom.

Me sentei na cama e ele ficou me olhando.

— Tu não vai me falar mesmo o que tá acontecendo contigo?

— Então, é que eu não sei como tu vais reagir.

— Me conta que tu vai saber.

— Tá bom. — ele espirou fundo — Eu recebi uma proposta de emprego pra ir mora em outro estado.

— Como é?

— E eu aceitei.

Me Levantei da cama e fiquei olhando pra ele e comecei a rir.

— Filho da puta, tu tá fazendo graça da minha cara. Égua, quase que eu acredito!

Ele não respondeu, só abaixou a cabeça.

— Rafael, diz que é mentira, que tu não tá falando sério.

— É melhor assim, vai ser melhor pra gente.

— Como assim melhor pra gente? Tu vai pra casa do caralho e vem dizer que vai ser melhor pra gente? — ele ainda continuava olhando pro chão. — Porra, olha pra mim que eu tô falando contigo, caralho!

Já falava gritando com ele, quando ele olhou pra mim e os olhos dele tavam vermelhos.

— Já aceitei e não tem como voltar atrás, no máximo em quinze dias tô indo embora.

Não aguentei e comecei a chorar, chorava muito e tentava entender o porquê de ele estar fazendo aquilo. Ele se aproximou de mim:

— A gente foi longe demais com isso, tava na hora de acabar.

— Não. Não. — enxuguei meu rosto.

— Vou pra casa, tu tem que ficar só.

Quando ele foi saindo eu segurei o rosto dele e comecei a chorar de novo.

— Pelo amor de Deus Rafael, fica comigo! Eu preciso de ti, não faz isso comigo, eu te adoro, por favor!

Ele segurou minhas mãos e tirou do rosto dele.

— Tu disse tudo, menos a única coisa que poderia me fazer ficar tu não disse! — ele foi se afastando de mim — Tu não disse que me ama.

— Rafael, por favor?

Ele fez sinal com a mão pra eu parar de falar.

— É melhor pra gente Vinícius, vou deixar tu seguir com a tua vida, vou deixar tu ser feliz!

— Eu sou feliz contigo!

— Pode até ser, mas é uma felicidade incompleta.

Ele saiu do quarto e me deixou lá, chorei acho que por uns 30 minutos. Me sentia horrível, a sensação de ser abandonado por alguém é horrível. Me assustei com o papai no meu quarto.

— Aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

Limpei meu olhos e olhei pra ele e disse:

— Não, tá tudo bem, não foi nada.

Ele sentou do meu lado e colocou a mão na minha perna.

— Tudo bem, tu não quer conversar, mas qualquer coisa eu tô aqui! — ele levantou e saiu do quarto.

A vontade que me deu foi de ir na casa do Rafael pra quebrar a cara dele até ele dizer que não ia pra porra nenhuma, mas não fiz isso, fiquei na minha cama e foi inevitável não ficar com a voz dele na cabeça dizendo que eu não amava ele. Claro que amava! Ele era meu melhor amigo, o cara que eu escolhi pra tá do meu lado naqueles meses, e como ele podia duvidar do que eu sentia por ele? Que se dane, levantei da cama e fui pra casa dele.

Apertei a campainha e quem atendeu foi a mãe dele.

— Tia, o Rafael tá aí?

— Tá sim.

— Posso ir lá falar com ele?

Ela abriu o portão e quando fui passar por ela, ela disse que queria conversar comigo:

— O Rafael já te falou que ele vai morar em outro estado?

— Falou e é por isso que eu quero falar com ele.

— Eu já tentei de tudo pra ele desistir disso, mas ele não me escuta, e eu sei que se tu falar com ele, ele vai te ouvir!

Fui pro quarto dele e bati na porta. Ele disse que era pra mãe dele ir embora, bati de novo até que ele abriu.

— Mãe, eu quero ficar só!

— Mas tu não vai! — e entrei no quarto dele. — Quem tu pensa que é pra me dizer o que eu sinto ou não por ti?

— Vinícius, nada que tu diga vai fazer eu mudar de decisão.

— Por que isso Rafael?

— Porque vai se bom profissionalmente.

Cheguei mais perto dele.

— Eu te amo!

Ele deu um sorriso.

— Eu sei disso, mas tu sempre me amou como amigo e a gente não é só mais amigos!

— Rafael, eu...

— Vinícius, deixa eu te dizer uma coisa que eu nunca te disse: nesses pouco mais de 4 meses que a gente ficou juntos eu fui muito feliz. Cara, tu sabe que eu nunca tive nenhum preconceito em relação a nada, mas eu nunca achei que dois homens podiam ser felizes juntos e tu me mostrou que é possível sim e contigo eu descobri o que é amar de verdade... — ele respirou fundo — Eu poderia ficar aqui por horas e dizer o quanto eu aprendi contigo e eu realmente soube o que é amor, mas tudo tem um final e com a gente não vai ser diferente.

Eu já tava chorando com o que ele dizia, ele se aproximou de mim e passou o dedo limpando meu rosto.

— Não chora não, eu sempre vou te amar porque tu é meu amigo!

Ele me abraçou e eu não consegui me controlar, chorei de soluçar no abraço dele. Não sei quanto tempo eu fiquei ali abraçado com ele, mas em nenhum momento ele fez menção em terminar o abraço, o abraço só terminou quando eu me afastei dele, ele me olhava com um sorriso no rosto.

— Não tem nada mesmo que eu posso fazer ou falar que vai ter fazer ficar, né? — ele balançou a cabeça fazendo não, eu respirei fundo e com a manga da minha camisa enxuguei meus olhos. — Promete que toda vez que eu te ligar tu vai me atender, promete que tu sempre vai me ligar?

— Mas a gente ainda vai ter tempo pra se despedir.

— Promete Rafael?

— Prometo, claro que prometo.

— Vou pra casa, vou esfriar a cabeça.

— Vai, faz isso, amanhã a gente conversa!

Saí do quarto dele e fui pra casa, fui andando olhando pro chão. Tava me sentindo cansado, só queria descansar, tava perdido nos meus pensamentos.

— Ê rapá, olha pra frente, assim vai acabar batendo no muro!

Eu olhei e era o Rodrigo, ele tava todo arrumado, dei um sorriso amarelo e olhei pro chão.

— Vinícius?

Olhei de novo pra ele que já se aproximava de mim, parou na minha frente e segurou meu rosto.

— Tava chorando, cara?

— Não!

— Aconteceu alguma coisa?

— Rodrigo depois a gente se fala, tô com dor de cabeça, quero tomar um banho e deitar.

Entrei em casa e fui direto pro banho e depois me joguei na cama. Dormi pesado naquela noite.

No outro dia fiquei no quarto o dia todo e assim os dias foram passando. Eu falava o mínimo possível com o Rafael, tava querendo prolongar aquilo tudo.

Enfim chegou o dia que ele iria viajar, ele foi transferido pro Paraná (não sei se falei, mas o Rafael trabalhava e trabalha ainda numa construtora nacional, não vou dizer o nome porque não é necessário) os pais dele resolveram fazer uma pequena despedida pra ele. Quando eu apareci na casa dele era por volta das 11 da noite, o voo dele ia sair 4 da manhã se eu não me engano. Ele tava feliz, rindo e falando alto, quando ele me viu fez um sinal com a mão pra eu chegar até ele, fui me aproximando, ele colocou o braço envolta do meu pescoço e me deu um beijo no rosto.

— Se tu não viesse, eu ia na tua casa e te trazia a força.

— Não acredito que tu ainda vai embora, filho da puta!

— Aii, chamou de filho da puta é porque já aceitou minha viagem.

— Príncipe, vou sentir saudades de ti.

Ele não disse nada e só riu.

O clima tava bem legal, só os mais íntimos estavam ali. Então começaram a lembrar coisas que cada um tinha passado junto com o Rafael, só pra dar risada. Como aquela noite tava quente, então eu fui pra fora da casa pegar um vento, isso era mais de uma da manhã. O Rodrigo:

— Nem dá pra acreditar que ele vai embora, né?

— Não é? Mas vai ser bom pra ele.

O Rafael apareceu lá fora.

— Vinícius, tu pode ir lá no quarto comigo?

— Claro.

A gente foi pro quarto dele, ele entrou e depois eu entrei.

— Vou sentir saudades daqui. — ele disse.

— Também vou.

— Quero que tu me prometa uma coisa, pode ser?

— Sim.

— Quero tu que seja feliz, tu sabe do que eu tô falando.

— Rafael, eu...

— Tu me prometeu, então vai ter que cumprir.

Ele riu, eu ri pra ele. Ele me abraçou, eu segurei o rosto dele e dei um último beijo nele.

— Brigado por tudo! — ele disse.

Depois disse que tinha que ir embora se não ele perdia o avião, falei que ia com ele até o aeroporto, mas ele disse que não precisava. Ele já tinha colocado as malas no carro e começou a se despedir de todo mundo deixando eu e o Rodrigo por último.

— Nada de chorar, eu vou cobrar mesmo de longe o que tu me prometeu.

— Ai Príncipe...

Ele chamou o Rodrigo pra mais longe e ele falou algo pra ele e depois eles se abraçaram, então ele entrou no carro e foi embora.

E ali ia meu melhor amigo embora.

Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad https://www.wattpad.com/user/viiniiciiusp Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.

Caso queria mandar um e-mail: viiniiciiusp@hotmail.com

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Comentários

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Triste, a vida é como é, derramando lagrimas aki

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Por que tao perfeito? Esse conto me fez chorar, vi o quanto é importante uma amizade e o quanto é grande esse amor. Ótimo conto, to completamente apaixonado.

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Sendo sincero, acho que o príncipe é perfeito pra você, sei que ele fez isso pq viu que você não o amava do jeito que ele te amava, e o acidente fez ele ver que a vida é muito curta, e que não vale a pena impedi que a pessoa amada seja feliz do lado de quem ama, e ele viu que não era ele.

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Sendo sincero, acho que o príncipe é perfeito pra você, sei que ele fez isso pq viu que você não o amava do jeito que ele te amava, e o acidente fez ele ver que a vida é muito curta, e que não vale a pena impedi que a pessoa amada seja infeliz do lado de quem ama, e ele viu que não era ele.

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cara esse conto é muito bom desde quando comecei a lê eu não consigo mais para eu fico muito ansioso esperando por novos capítulos vc escreve muito bem só que eu to um pouco triste por ta no fim mais espero que vc mesmo este conto acabando não pare de posta que vc é incrível escrevendo.

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amei.to aconpanhando o conto direto.eu tb sou do para nota10

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Aiii que emocionante. Mmm Rafael e um homem e tanto e fiquei triste por sua partida, mas como a galera ja disse ele teve atitude e merece toda a felucidade do mundo. RODRIGO agora que tente e vc seja Feliz com ele.

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Eu vi um acidente na TV meio parecido com esse que vc sofreu, faz um tempinho já...

Enfim cara, voltana quarta com um texto tão bom quanto este! Valeu!

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muito linda essa atitude do rafa , ver quem ele ama com alguém que realmente ama! Mesmo com alguém que não seja ele!!! Mil o conto,vc Escreve muito bem!!!!

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amei a decisão dele.... mostrou que ele é homem de vdd para reconhecer q vc ama mesmo o Rodrigo.. agora o obedeça nao vai inventar de achar outro não, toma posse logo do Rodrigo... SEJA FELIZ...

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não queria isso, tava torcendo por tu, e o principe depois de tudo que o rodrigo fez...

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