Guerra Fria - Final part.01

Um conto erótico de Liahbook
Categoria: Homossexual
Contém 2028 palavras
Data: 04/05/2014 21:53:17

((((bom galera ficou muito grande vou dividir em duas partes. Perdoa os erros e boa leitura pra vcs, bjs))))

_____________________________________________________________________________Me chamo Angela, 22 anos, sou descendente de africano e brasileira. Meu pai morreu em um confronto com tropas africanas, ele era um líder revolucionário.

Com sua morte minha mãe trabalhou exaustivamente para um general do exército africano até contrair uma doença fatal, eu apenas uma criança fui criada por este homen, mas me neguei a ser sua amante. Após levar uma surra, fui vendida para um brasileiro dono de terras com plantações.

Achei que a vida em outro país seria menos miserável, ledo engano, fui estuprada e escravizada por este homem que me trouxe para o Brasil.

Consegui fugir no dia que houve a explosão do barco, já se passaram 2 dias. Estou escondida não casa de uma senhora, ela teve pena ao me encontrar na rua, na chuva, revirando o lixo do seu pequeno restaurante.

Trabalho e ela me dá pouso, sem abusos. De tanto ser interrogada acabei contando minha história, falando inclusive do trabalho escravo no Rancho Hermanos.

- Você devia ir à polícia e denunciar, Angela.

- Dona Albina, não quero me envolver com este povo de novo.

- Tem pessoas sofrendo lá nesse Rancho... Como você dormi à noite sabendo que eles sofrem, você pode ajudá-los e nada faz?

Comecei a chorar, a senhora me abraçou:

- Eu não tive filhos, não posso tê-los, mas Deus me trouxe você, eu te amo como ser fosse minha filha. Não me decepcione, ajude essas pessoas à ir pra casa, a ter uma vida digna.

- Tem um exército aqui?

- Sim. O Quartel General de Foz do Iguaçu.

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Anna se lembrou do acidente, acordou agitada, sentou na cama, tirando a agulha do soro no braço e o aparelho medidor de seus batimentos vitais. Fernando dormia na poltrona ao lado da cama de Anna, acordou segurando-a ou ela podia se machucar, com ajuda de um enfermeiro conseguiram contê-la e dar uma injeção tranquilzante.

Horas depois Anna acordou um pouco mais calma, reconheceu a enfermaria, pediu água, sendo cuidada por Fernando.

- Quêm é Marina?

- Marina... Como ela ta? Me diz que vocês resgataram ela...

- Não sei. Muitos corpos ainda não foram identificados.

Anna ficou agitada, só então percebeu que seus pulsos estavam algemados por uma munhequeira de couro à cama.

- Me solta, cara. Eu preciso ajudar a Marina! Ela não morreu, não, não.... - Começou a chorar, Fernando preparou uma injeção. - Fernando, amigo, não faz isso, não me dopa. Eu to bem, eu só preciso pensar.

- Eu nunca te vi chorar por mulher, fiquei assustado. Mas me conta quêm é essa milagreira, rsrsrs.

- Ai Fernando, curioso. É aquela que eu prendi na operação do mês passado. Lembra?

- Vagamente... Acho que é uma que te deu uma surra e foi preciso 3 pra domar a fera, rsrsrs. To vendo como você revidou, com a língua na pepeka dela, kkkk.

- Quando eu sai dessa cama eu vou te bater, você até corre viu?! - rsrsrs.

- Anna você sabe que eu te amo, amiga. É bom tê-la de volta.

- Para de ser babão e me conta o quê aconteceu. Nossa meu rosto dói, arde, se tiver um remédio que não dá sono, facilita Fernandinho.

- Ta bem, uma injeção na veia. - Aplicou. - A bomba era pra você, tenho quase 99% de certeza. Foi o irmão da sua namoradinha que mandou por a bomba no barco, ele deve ter muita raiva de você.

- Imagina, ele me ama, por isso tentou me explodir. - Irônica.

- Alex está preso e passando o diabo na mão dos inimigos na cadeia. Acho que em pouco tempo ele vai fazer companhia às suas vítimas no cemitério.

- Eu quero mais é fritem ele no óleo quente ou joguem água fervendo nos ouvidos dele pra derreter o cérebro desse filho de uma puta. Perdoa Dona mãe dele, talvez ela tenha sido uma boa mulher, mas esse tal de Alex é uma desgraça. Ele que não cruze comigo, affz!!!

- Calma ou vou ter que te pôr pra mimir, rsrsrs.

- Fernando vê se descobre alguma coisa sobre a Marina, eu sinto que ela precisa de ajuda.

Fernando balançou a cabeça afirmativamente.

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Marina acordou muito debilitada, demorou um pouco para se acostumar com o escuro do cubículo onde estava jogada no chão frio, algemada pelos pulsos e tornozelo como uma escrava rebelde. Há dois dias não comia e a água era regrada.

Seu primeiro dia de trabalho no corte de cana foi intenso, na hora de ir embora Marina viu o celular de um dos "chefes" jogado no painel do caminhão e não havia ninguém por perto, aproveitou a oportunidade pegando o celular e mandando mensagem para Leninha com informações de sua conta no banco.

Disse também que estava bem, que voltaria assim que possível. Não pôde ver a resposta, o dono do celular a pegou no ato, batendo nela, levando para essa sala de tortura.

- Oi, princesa. Hoje você pode comer, chefinho quer a vadiazinha bem forte pra foder o dia todo. Coma! - Ordenou.

Marina pegou a bandeja e jogou o café da manhã no chão, recebeu um tapa forte no rosto, um chute na barriga, mas logo seguraram o rapaz.

- Vou adorar te matar depois que ele te usar sua vadia desgraçada! - Saiu.

"Deus cuida da minha filha. Anita eu te amo tanto, creio que sua cirurgia vai dar certo e você vai poder nadar no mar com as próprias pernas. - Sorriu. - Anna eu queria te ver de novo, linda. Adorei estar contigo." Marina pensava em tudo que era importante, podia ser a última vez viva não é?

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Até agora os médicos não conseguiam enquadrar a doença de Anita em nenhuma já existente, quando formam uma opinião fatores novos surgem e voltam a estaca zero. Inicialmente e urgentemente precisam operar o cérebro que inchou e a pressão no crânio pode fazê-lo literalmente derreter e sair pelos orifícios da cabeça.

Cinquenta mil reais tinha havia na conta de Marina, Leninha tirou 40 mil em notas de cem reais. A cirurgia estava marcada para às 10:00 horas da manhã, Anita demonstrava ter muita dor na cabeça quando estava acordada, mas pedia para ver a mensagem que sua mãe mandou para Leninha. Sorria, voltava a dormir otimista.

- Se eu... Eu...

- Vai dar tudo certo, Ani. Confie em Deus, ele vai agir nas mãos desses médicos.

- Eu sei, mas se caso eu... Morrer, diga a minha mãe que eu a amo muito. Pra ela procurar a tia Anna.

- Quêm é Anna?

- Ela vai saber. Obrigada Leninha, você sempre cuidou bem de mim.

- Não faça isso Ani, não se despeça. - Leninha chorava, beijando o rosto da menina. - Te vejo quando voltar. Vou trazer sorvete.

- Tudo bem, de morango. - Sorriu.

- Claro. - Sorriu em meio as lágrimas.

Anita foi levada para a sala de cirurgia. Às dez horas em ponto a cirurgia começou.

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Angela chegou ao Quartel acompanhada de Albina, pediram para falar com o Coronel, dizendo que era sobre tráfico humano e escravidão. Rapidamente o Coronel as atendeu, ouvindo atentamente os detalhes.

A sirene de emergência e a movimentação chamou a atenção de Fernando e Anna. Fernando foi requisitado, veio se despedir de sua amiga e acabou falando sobre o Rancho.

"Ela pode ter escapado do barco antes de explodir, estar sendo mantida presa naquele lugar. Droga, como vou fugir daqui?" Anna viu um rapaz fazendo guarda na porta, o enfermeiro preparava um medicamento injetável.

- Eu preciso ir ao banheiro.

- Te ajudo. - Disse o enfermeiro.

Pensei em recusar, mas me senti tonta, fui amparada por ele. Em frente a porta ele me soltou, entrei.

Dentro do banheiro Anna encontrou roupas do exército, se trocou com dificuldade, olhando para a janela, decepcionando com o ferro grosso na grade.

"Eu posso estar colocando minha carreira em risco, mas sinto em meu coração que eu tenho que ir pra esse Rancho, que você está em perigo meu amor. Amor? ..."

- Tudo bem ai dentro?

- Sim, já estou saindo.

Anna saiu do banheiro, surpreendeu o enfermeiro com uma chave de braço no pescoço deixando-o inconsciente. Antes de sair para o pátio pegou a chave da moto do bolso do rapaz.

De capacete foi impossível reconhecê-la, em alta velocidade deixou o Quartel.

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Marina foi levada ao quarto do patrão após tomar banho de mangueira, na água fria. Tremia de frio e medo de não sair viva daquele quarto.

Vestia uma camisola sexy de seda, cor vermelha, pentearam seus cabelos e passaram batom em seus lábios. Olhando-se no espelho, via uma puta.

O olhar de cobiça fez o homem de idade se aproximar molhando os lábios com a língua, tocou no seio de Marina por cima do tecido, apertou. Sorriu, tentou beijá-la, Marina o mordeu, cortando o lábio dele com os dentes, logo em seguida tentando correr para a porta, mas o capanga a segurou, trazendo-a de volta, jogando deitada sobre a cama.

- Putinha brava, adoro! kkkk... - Pulou por cima de Marina, agarrando.

- Me solta, seu nojento!!!

Embora Marina esperneasse o homem tinha mais força que ela, a dominava. Conseguiu tirar a roupa dela, ia penetrá-la quando escutou os cachorros latir insistentemente, logo após tiros. Muitos tiros.

- Chefe vamos, invadiram o Rancho.

- Logo agora, eu tava quase lá. (raiva) Atira nela e vamos. - Ordenou enquanto se vestia.

Anna viu uma arma apontada para Marina, da janela atirou no capanga, o dedo na arma fez ela disparar acertando Marina. Atingiu de raspão o braço de Marina, sem chance de revidar o "chefe" levou um tiro no peito, caindo no chão.

Fernando foi chamado às pressas para atender Marina, o corte foi simples, contudo sangrava muito.

- Como ela está?

- Bem. Ela não desmaiou por causa do tiro, deve ser fraqueza. Você devia estar de repouso, está encrencada!

- Sei. Só quero que ela fique bem. Se eu não estivesse aqui, Marina estaria morta agora.

- O quê o amor não faz?

Sorriram os dois.

A ambulância chegou para socorrer os feridos, o "chefe" morreu no local, sem chance para socorro, isto agravava mais a situação de Anna.

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Uma semana depois...

- Filha!

- Mãe!

Anita abraçou a mãe ao sair do hospital, ainda usando a cadeira de rodas, mas com esperanças de ser por pouco tempo. Iniciaria fisioterapia em breve, Marina gastaria até o último centavo e trabalharia com afinco para pagar a fisioterapia da filha.

A cirurgia foi complicada, Anita teve 3 paradas cardíacas, mas não se entregou, não será Marina a fraquejar agora.

- Cadê tia Anna?

- Ela não pôde vir, está sendo julgada.

- Mãe ela salvou sua vida, porquê estão querendo prendê-la?

- É a lei minha filha. Anna vai ficar bem, fique tranquila.

- Tive uma ideia... Anita eu prometi sorvete aquele dia, mas foi barrado na entrada do hospital. Que tal se afundar numa taça de sorvete de morango, linda?

- Leninha, te love.

- Me ama até em inglês, rsrsrs. Viu, Marina? To podendo!

- Ta sim, vamos.

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- Anna Karbuckem, vulgo soldado Águia foi sentenciada culpada de assassinato, condenada há 10 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Por desobedecer uma ordem suprema, agredir um colega de trabalho, roubar seu veículo, levando ao fim deste ato ao assassinato do Sr. Santiago H. Reis, condenada há 5 anos de prisão em regime fechado, inicialmente. Passará 15 anos no Quartel General do Rio de Janeiro, podem levá-la. - Bateu o martelo.

Anna pediu para Fernando contar para Marina, já que ela não podia ligar.

- Diga à ela que eu estou feliz por ela estar viva e por Anita estar se recuperando. Que 15 anos passam rápido, mas eu não quero cobrar nada dela. Eu quero que ela seja muito feliz, amigo. Fernando eu te amo, amigo.

Um abraço apertado e um adeus, Anna foi levada para o Quartel cumprir sua pena.

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Um mês depois...

Alex foi encontrado morto não cela, se enforcou com um lençol.

Marina cuidou do enterro. Após o enterro ela foi procurada por um rapaz, ele entregou à ela uma maleta cheia de dinheiro, dizendo antes de ir embora:

- Alex queria você segura, tem mais de onde veio esse. Entro em contato em breve.

Trinta mil reais O_o . Marina deixou 15 mil com Leninha para cuidar da saúde de Anita, ela iria para o Rio de Janeiro ver seu amor.

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Comentários

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Muito lindo Liah,e apaixonante ficou perfeito!

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