Um amor duplamente proibido II (parte 8)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 984 palavras
Data: 03/05/2014 07:03:07

Olha eu aqui...

Parte 8

... Lucas assume a narrativa...

Passaram duas semanas, minha rotina estava o melhor possível. Já estava me acostumando aos pesadelos e conseguia até dormir bem algumas noites. Na escola eu fiquei invisível para a maioria. O Timóteo era o meu melhor amigo, saímos varias vezes, ele me fazia rir as primeiras avaliações haviam passado e eu estava... Bem... Minha vida estava normal. Claro, ainda me consultava toda a semana com meu psicólogo (pai) e tomava remédio para ajudar a dormir quase as noites (para não dizer todas).

Era uma terça feira, eu havia acabado de chegar da escola, mais cedo um pouco, pois não tivemos o último horário. Sentei na sala e fiz algo que não costumo fazer, prestei atenção ao jornal que estava passando, a reportagem me chamou a atenção de um modo que eu não posso explicar...

“Repórter – o caso foi fechado por faltas de provas. O delegado responsável por este caso afirma que não há pista do culpado pelas mutilações. Até o presente momento há seis vítimas confirmadas e oito desaparecidos. A policia acredita que os ataques ocorreram nos arredores da floresta. Os moradores próximo aos locais colocam a culpa em lendas...”

Enquanto ela falava apareceram algumas imagens dos locais e das vítimas. Eu conhecia aqueles lugares e podia jurar que já vira aquelas pessoas. Minha cabeça começou a doer e eu fui para o meu quarto. Nem preciso dizer que minha vida social estava um lixo, mas isso é o de menos.

O dia decorreu com a mesma rotina, escola dormir, comer, dormir, insônia, remédios, pesadelos... Durante esta noite, porém, tive um sonho novo que me puxou a atenção...

“Eu estava em uma caverna escura. De uma sala à frente vinham vozes, algumas exaltadas e outras mais calmas, entretanto nenhuma parecia humana. Com passos curtos e cheios de receio, caminhei até a fonte das vozes. Era uma parte maior da caverna, grande como um salão de festas. A luminosidade vinha de veias de lava que incandesciam nas paredes. Havia mesas grandes e curvas no entorno da sala, excetuando pela parte mais afastada de onde eu estava que se erguia uma espécie de palanque, uma elevação. Não conseguia focar no rosto de ninguém, mas sabia que eram monstros, eu reconhecia esse lugar. Eles falavam sobre coisas esquisitas, não consegui entender a maioria. Meus olhos varreram a sala e me deparei com a mesma sombra que costumava pular do precipício em meu sonho mais recorrente. Parecia um pouco mais forte e vigorosa e passava uma sensação meio ruim, mas era a mesma forma indistinta que me causava tanta dor. Ela permanecia calada durante todo o debate. Eu comecei a ir mais próximo, mas antes de alcançá-la meu sonho se desfez”

Eu estava suando frio, novamente em meu quarto, as luzes apagadas e a noite fria atrás da janela. Esse novo sonho era perturbador. Dentro de minha mente algo me dizia: “rápido! O tempo está se esgotando”. Eu não sabia que pensamento era esse, tampouco tivesse ideia do que queria dizer. Qual tempo?

Não dormi o resto da noite, não tinha sono em muito tempo, algo estava me preocupando, mas eu não sabia o que era, não lembrava, e isso me aborrecia bastante. Nesse dia tomei café ainda pesando no sonho. Cheguei à escola, passaram as primeiras aulas e veio o intervalo. Timos e eu conversávamos, sobre coisas pequenas, estávamos num banco, abaixo de uma arvore de uma área dentro da escola.

Timos – hei, já decidiu se vai para o passeio. Olha, vai ser divertido, vamos poder nadar e tomar banho na cachoeira. Tem também as gincanas que a escola organiza para o evento. Vai ser bom para esquecer os problemas.

Eu – Passeio? Que passeio?

Timos – eu sabia que você não estava prestando atenção. Falei dele na semana passada. O aniversário dessa escola coincide com o aniversario de outras duas escolas das cidades vizinhas. Todo o ano elas se reúnem em um acampamento perto da cachoeira, na floresta. É uma área segura, já tem até uma casa lá, quer dizer, mansão. Ouvi dizer que foi montada pelos primeiros habitantes ricos desta cidade e servia para reuniões. Isso não importa.

Eu – a escola pretende ir para a floresta mesmo com os desaparecimentos?

Timos – sim, o local do acampamento e longe da área dos desaparecimentos, além do mais. Eles fazem isso todos os anos e terão vários responsáveis.

Eu – onde nos dormimos?

Timos – em barracas, o clima essa época do ano é bom, não tem muitas chuvas e a noite estrelada é ótima. Eram só os professores e funcionários que iam, ai os alunos começaram a ir e ficavam em barracas do lado de fora. Agora todos ficam em barracas, pois é mais gostoso ficar perto da natureza, e tem a fogueira de noite...

Sabe aquela “voz” da noite passada? Ela voltou e estava berrando para mim dizer sim.

Eu – é, vai ser legal... Quando vai ser?

Timos – semana que vem, vamos na terça e só voltamos domingo de tarde.

Eu – ótimo!

Timos – você parece mais disposto, o que aconteceu?

Eu – apenas uma boa noite de sono, depois de tanto tempo, consegui um sono que fez efeito.

Não era de todo mentira, realmente a noite passada havia me deixado mais disposto. Conversamos sobre as coisas que compraríamos. Mais tarde naquele dia. Por algum motivo esquisito minha intuição me dizia que esse passeio definiria meu futuro.

Continua...

Eu estive pensando, na verdade lendo todo o meu conto desde o começo e descobri algumas coisas que já haviam sumido de minha memória. A questão é que vocês até poderão compreender o enredo principal da história, mas se eu não narrar nem um capitulo pelos olhos de alguém de lá, isto é, pelos olhos de alguém que sabe sobre os monstros mais detalhadamente, vocês jamais saberão a "verdade". Em fim, digam nos comentários o que acham de alguém como a estriga assumir a narrativa.

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Comentários

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SERIA BEM LEGAL, SABER O PORQUE ELA MATA AS PESSOAS E COM QUE PRÓPOSITO FAZ ISSO.

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