Amor Diferente Cap.3

Um conto erótico de amorgay
Categoria: Homossexual
Contém 1005 palavras
Data: 18/04/2014 00:18:00

Cap.3

De longe, viu seu amigo, no pátio da escola, beijar a tal Luisiana. Foi como se uma facada invadisse seu peito. No fundo, sabia que aquilo, um dia iria acontecer, mas não esperava que fosse tão rápido. E agora !!! Ele não podia nem se declarar, morria de medo de perder o amigo, de ser exposto. Porquê é tão difícil amar alguém ???? Lentamente voltou pra cama e chorou. Chorou por muito tempo. Até adormecer. O seu sonho foi extremamente reconfortante e ajudou a entristece-lo ainda mais.

NARRADO POR EDUARD

" Eu me vi num lugar deserto. Não conseguia ver ninguém por perto. Parecia estar sozinho e desamparado. Mas alguma coisa não o fazia desesperar-se. De repente escutei uma voz.

- Que bom que eu te achei meu amor- era a voz de Jorge. Olhou ao redor, mas não o viu. Até que viu, em cima de uma pedra bem grande, que chamava muito a atenção- vamos, eu sei o caminho de volta !- em questão de segundos, ele desceu da rocha e chegou perto de mim, pegou na minha mão, e nós começamos a andar para leste, sem saber aonde iriamos parar !"

NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA

Eduard logo acordou. Olhou ao redor, seu quarto ainda estava vazio. Pegou seu relógio de bolso, e viu que eram 13h45. Se levantou, e apesar de sentir seu coração um pouco mais leve, pelo sonho que havia tido, mas continuava com um aperto, depois de ter visto aquele beijo. Foi ao banheiro, e se olhou no espelho. Admirou sua aparência. Eduard é branco, loiro, olhos azuis, tinha um fisico atlético, 1,85 de altura, boca pequena, nariz afilado, e tinha umas pontinhas de bigode, que queriam aparecer. Era um "alemão" em corpo de italiano. Era bem bonito, mas carregava consigo uma tristeza que as vezes era visível. Tudo isso por se sentir culpado por ter esses sentimentos obscuros, que ele nem sabia se era ou não retribuído. Desceu, comeu, e depois subiu de novo. Pensou em continuar lendo aquele romance, mas decidiu voltar a dormir. Como estava muito calor, e em 1895 não existia nenhuma dessas tecnologias climatizadoras do século XXI, ele decidiu tirar a roupa e ficar apenas de cueca. Se deitou de bruços, e depois de um pouco pensar, pegou novamente no sono. Depois de alguns minutos, Jorge abre bruscamente a porta, vê que seu amigo está dormindo e tenta fazer menos barulho. Depois de fechar a porta, ele pode admirar melhor seu amigo dormindo. Observou seu rosto quase perfeito, em uma posição que o deixava com um aspecto fofo e irresistível, a cueca realçava a bunda dele, e fazia com que ele ficasse extremamente gostoso. Dr repente, Jorge se pega pensando no corpo do amigo. Dai começa a atração desses dois garotos. Jorge se senta na beira da cama, e fica lá, admirando Eduard por um bom tempo. Por pura coincidência, seu olhar se esvai do corpo do amigo, e foca num quadro. Era uma pintura feita de tinta a óleo, feita por um famoso pintor paulista, deles dois. Pensou em como eles já tiveram grandes momentos juntos, em como eles eram amigos. Foi ai que os sentimentos de Jorge começaram a mudar. Se olhou no espelho, assim como o amigo tinha feito a poucos minutos atrás. Jorge era moreno, mas quase branco, tinha olhos castanhos, cabelos pretos, tinha 1,83 de altura, físico normal, era totalmente sem pelos, talvez pela genética, tinha boca média, o nariz também é afilado. Jorge ficou se admirando, e pensando em como aquela amizade pura e honesta havia surgido, e como ele tinha consideração por aquele garoto. Seu coração bateu mais forte... o quê será isso ? Será se ele está doente ? E esse nervosismo surgindo ? O que esta acontecendo com ele ? Saiu dali correndo e foi direto pra capela.

" Senhor Deus, me perdoa por tudo. Me esclareça por favor o que é isso, que foi isso que eu senti naquele banheiro. Nunca senti isso por ninguém. Por favor, abra minhas idéias "

Enquanto isso, um garoto apareceu batendo no quarto dos dois.

- Eduard, você está ai ? Levanta, o bosque foi aberto , você queria ver. Acorda !- instantaneamente Eduard se levantou e se vestiu

- Calma Fernando, deixa eu terminar de me vestir !- ele vestiu logo a roupa e abriu a porta

- Vamos cara, não quero perder nada !- Eduard saiu correndo, mas se lembrou de que tinha prometido que iria ver o bosque com Jorge

- Vai ns frente Fernando, eu já vou, esqueci um negócio

- Ok, te vejo lá

Ele saiu procurando pelo colégio, até que chegou na capela e viu que tinha alguém lá. Entrou e viu que era ele, mas escutou algo que o intrigou.

-... me esclareça o que sinto por ele Deus- quem será ele ? Eduard ficou mais que intrigado, mas interrompeu a oração de Jorge

- Jorge ?- chegou mais perto. Jorge se virou e levantou

- Ah, é você. O que houve ?

- O bosque abriu, vamos lá ver

- Achei que ia sozinho

- Não prometi que iamos juntos

- É por isso que você é meu melhor amigo.

Eles foram andando num silêncio terrível. Até que chegaram no local, e como ele tinha ficado bonito. Árvores e plantas lindas para todos os lados, floridos, e o lago no meio. O clima era agradável, o vento batia no rosto, causando um frisson incrível. Eles correram um ao lado do outro pelo local, até chegarem a árvore mais velha do local, a árvore que eles haviam apelidado de Gina, por causa de um desejo mútuo dos dois, ter uma filha chamada Gina.

- Lembra quando a gente veio aqui pela primeira vez- Jorge lembrou

- Claro que lembro, demos o nome de Gina pra essa árvore- o silêncio reinou por alguns segundos- sinto saudades daquele período, era tudo extremamente diferente, ser criança é tão fácil, não nos preocupavamos com nada, agora... esquece

- Ok- eles se escoraram na árvore. Sem que eles percebessem, as mãos dos ddois foram se aproximando, como se uma exercesse poder sobre a outra, e de repente, houve o toque.

Continua

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