The First Love- O Primeiro Olhar

Um conto erótico de loveyouforever
Categoria: Homossexual
Contém 3921 palavras
Data: 17/04/2014 12:17:21

Bem este e meu primeiro conto, se tiver algum erro me avisem! Este conto e baseado nos livros de crepusculo, espero que gostem!!!

Alexandre Petrova chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver.Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Lucas Salvatore.Ele é lindo, perfeito, misterioso e, à primeira vista, hostil à presença de Alex - o que provoca nele uma inquietação desconcertante. Ele se apaixona. Ele, no melhor estilo "amor proibido", alerta: Sou um risco para você. Ele é um garoto incomum. Ele precisa aprender a controlar seu corpo quando ele a toca.

Capítulo 1 - O Primeiro Olhar

Minha mãe me levou ao aeroporto com as janelas abaixadas. Estava fazendo 24°C em Phoenix, o céu estava um azul perfeito e sem nuvens. Estava vestindo minha camiseta preferida: sem mangas, de renda furadinha. Usava-a como um gesto de despedida. Minha bagagem de mão era um parka.

Na Península Olímpica, no noroeste do estado de Washington, nos Estados Unidos, existe uma cidadezinha chamada Forks que está quase que constantemente coberta por nuvens. Nessa cidade desimportante chove mais do que em qualquer outro lugar do país. Foi dessa cidade e da sua sombra depressiva e onipresente que minha mãe fugiu comigo quando eu tinha só alguns meses de vida. Era nessa cidade que eu era obrigada a passar todos os verões até completar 14 anos. Aquele foi o ano em que bati o pé. Então, nos últimos três verões, meu pai, Bryan, passou duas semanas de férias comigo na Califórnia.

Agora era em Forks que ia me exilar, algo que fiz com muito custo. Eu detestava Forks.

Eu amava Phoenix. Amava o sol e o calor escaldante. Amava a cidade vigorosa e grande.

—Alex — minha mãe me disse - pela milésima vez - antes de eu entrar no avião. — Você não precisa fazer isso.

Minha mãe parece-se comigo, exceto pelo cabelo curto e pelo rosto risonho. Senti um espasmo ao encarar os olhos infantis e bem abertos dela. Como poderia deixar minha amorosa, errática e ingênua mãe para se cuidar sozinha? Claro, ela tinha o Raphael agora, então as contas provavelmente seriam pagas, haveria comida na geladeira, gasolina no carro, e alguém pra ligar quando ela se perdesse, mas ainda assim...

— Eu quero ir — eu menti. Sempre fui uma péssima mentirosa, mas já estava contando essa mentira tão freqüentemente por esses dias que agora já soava quase convincente.

— Diz 'oi' para o Byan por mim.

— Pode deixar.

— Verei você logo — ela insistiu. — Pode voltar pra casa quando quiser. Virei assim que você precisar.

Mas pude perceber o sacrifício em seus olhos, por trás da promessa.

— Não se preocupe comigo — eu pedi — Vai ser ótimo. Amo você, mãe.

Ela me abraçou apertado por um tempo, então entrei no avião e ela se foi.

De Phoenix para Seattle o vôo dura quatro horas, mais uma hora num pequeno avião até Port Angeles, e então uma hora de carro até Forks. O vôo não me incomodava, já passar uma hora num carro com Bryan estava me preocupando.

Bryan estava sendo até legal sobre essa história toda. Ele parecia genuinamente feliz que eu iria morar com ele quase que permanentemente pela primeira vez. Ele já tinha me matriculado na escola e ia me ajudar a arranjar um carro.

Mas com certeza ia ser estranho morar com Bryan. Nenhum de nós era o que se poderia chamar de falantes, e nem sei o que haveria para ser dito. Sabia que ele estava mais do que confuso com a minha decisão - como minha mãe já havia feito antes de mim, eu nunca tinha escondido que não gostava de Forks.Quando o avião pousou em Port Angeles, estava chovendo. Não achei que fosse um mau presságio, só era inevitável. Já tinha me despedido do sol.

Bryan estava me esperando no carro. Já era de se esperar. Bryan me deu um abraço meio estranho, de um braço só, quando sai tropeçando do avião.

— Bom te ver, Alex. — ele disse sorrindo, enquanto automaticamente me segurava para eu não cair. — Você não mudou muito. Como vai Cassandra?

— Mamãe vai bem. É bom te ver também, pai. — ele não me deixava chamá-lo de Bryan.

Só tinha trazido algumas malas. A maior parte das roupas que usava no Arizona era muito permeável para usar em Washington. Minha mãe e eu tínhamos nos juntado para suplementar meu guarda-roupa com roupas de inverno, mas ainda tinha pouca coisa. Coube tudo na mala do carro,facilmente.

— Achei um bom carro para você, bem barato. — ele anunciou quando já estávamos no carro.

— Que tipo de carro? — achei suspeita a maneira como ele disse "carro bom para você", ao invés de só "carro bom".

— Bem, na verdade é uma caminhonete, um Chevrolet.

— Onde o achou?

— Lembra-se de Robert Singh,de La Push? — La Push é a pequena reserva indígena na costa.

— Não.

— Ele costumava ir pescar conosco no verão. — Bryan ofereceu ajuda.

Isso explicaria porque eu não lembrava dele. Me dou bem em bloquear da minha memória coisas dolorosas e desnecessárias.

— Ele está numa cadeira de rodas agora — Bryan continuou quando não respondi — então não pode dirigir mais, por isso se ofereceu para vender a caminhonete bem barato.

— De que ano é? — pude ver pela mudança de expressão que essa era uma pergunta que ele esperava que eu não fosse fazer.

— Bem, Robert trabalhou bastante no motor - só tem alguns anos.

Esperava que ele não fosse achar que eu desistiria assim tão fácil. — Quando ele comprou a caminhonete?

— Acho que foi em 1989.

— Era nova quando ele comprou?

— Na verdade, não. Acho que era nova no começo dos anos 70 - ou no fim dos 60, no máximo. — ele admitiu, envergonhado.

— Br... pai, não sei muito sobre carros. Não saberia consertar nada se estragasse, e não poderia pagar um mecânico...

— Realmente,Alex,a coisa anda direito. Não fazem mais carros como aquele.

A coisa, pensei comigo mesma... era uma possibilidade - como apelido, no mínimo.

— Barato é quanto? — afinal, essa era a parte onde eu não podia abrir mão.

— Bem, filho, eu meio que já comprei ele pra você. Um presente de boas-vindas. — Bryan espiou para o meu lado, com uma expressão esperançosa no rosto.

Uau. De graça.

— Não precisava fazer isso, pai. Eu ia comprar o carro eu mesmo.

— Eu nao me importo meu fiho.

— Bom entao... obrigado pai. Ficamos uns cinco minutos em silencio ate que ele me pergunta como era em Phoenix.

— Ah era bem legal, eu gostava de la, so que eu queria passar um tempo com o senhor ja que o Raphael viaja muito. E ela nao queria que eu perdesse meus tempos de estudo.

— Hum!!! Voce tinha algum namorado la? Meu pai sabia da minha opção sexual e me aceitava mesmo assim.

— Não, eu nao tinha ninguem.

— Hum!!! Entao tomara que aqui voce tenha sorte!!

— Obrigado pai. Tomara mesmo, eu pensei.

— Ahh voce lembra do filho do Robert,o Samuel? Eu pensei e pensei mais eu nao me lembrava desse nome.

— Não. Respondi— Por que?

— Por que quando eu falei que voce estava voltando para Forks ele ficou bastante feliz.

— Hum, talvez quando eu o ver eu me lembre.

— É talvez sim.Trocamos mais alguns comentários sobre o tempo, que estava molhado, e era isso em termos de conversa. Ficamos olhando pela janela em silêncio.

Era lindo, claro, não podia negar isso. Tudo era verde: as árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos pendurados formando uma cobertura, o chão coberto com plantas. Até mesmo o ar ficava meio verde ao passar pelas folhas.

Era muito verde - um planeta alienígena.

Finalmente chegamos à casa do Bryan. Ele ainda vivia na casa pequena, de dois quartos, que ele comprara com minha mãe logo que se casaram. Esse foi o único período do casamento deles. Ali, estacionada na rua em frente à casa que nunca mudara, estava minha nova - bem, nova para mim - caminhonete. Era uma cor preta desbotada, com uma grande cabine e enormes calotas.— Uau, pai, adorei! Obrigado! — agora meu dia horrível que seria amanhã iria ser um pouco menos horroroso. Eu não precisaria escolher entre andar na chuva por mais de três quilômetros ou aceitar uma carona no carro para chegar no colégio.

A noite jantei com meu pai e fui me deitar pensando como seria meu primeiro dia na nova escola e se as pessoas gostariam de mim e me aceitariam.

Eu não queria chegar cedo demais na escola, mas não podia ficar mais na casa . Vesti meu casaco - que me fazia sentir como numa roupa anti-nuclear - e sai para a chuva.

Ainda chuviscava, mas não o suficiente para me molhar muito enquanto procurava pelas chaves da casa que sempre ficavam escondidas nas plantas perto da porta e a trancava. O barulho das minhas novas botas à prova d'água era irritante.Quando eu pisei na entrada da escola um garoto veio puxar papo comigo:

Garoto: oi, pelo visto voce e novo aqui, acertei?

Eu: sim, me chamo Alexandre Petrova, mais pode me chamar de Alex. E voce como se chama?

Garoto: ah, que falta de atençao a minha, eu me chamo de Jhonatan, mais pode me chamar de Jon.

Eu: Jon vc sabe onde fica a sala do 1ºd?

Jon: vc e dessa sala? Eu fiz que sim com a cabeça e ele continuou.— Eu tambem sou desta sala, vem vou te levar ate o refeitorio para conhecer os outros. Chegando la ele me apresentou ao seus amigos sarah,pietro,cassie e o juliano. Eu me apresentei e eles tambem.E foi ali, sentado no refeitório, tentando conversar com vários estranhos curiosos, que eu os vi pela primeira vez.

Eles estavam sentados num canto do refeitório, o mais longe possível de onde eu estava. Eram cinco. Não conversavam e não comiam, apesar de cada um deles ter uma bandeja intocada de comida na sua frente. Eles não estavam me encarando, como a maior parte dos outros alunos, então era seguro ficar olhando para eles sem ter medo de encontrar um par de olhos excessivamente interessado. Mas não foi nenhuma dessas coisas que chamou, e prendeu, minha atenção.

Eles não se pareciam em nada. Dos três garotos, um era grande - musculoso como um levantador de peso profissional, com cabelo escuro e encaracolado. Outro era alto, mais magro, mas ainda musculoso, e com cabelo loiro escuro. O outro era mais magro, menos musculoso, com cabelo cor de bronze, meio bagunçado. Ele parecia mais jovem do que os outros, que pareciam que poderiam estar na faculdade, ou até mesmo serem professores ao invés de alunos.

As garotas eram opostos. A mais alta era maravilhosa. Ela tinha uma silhueta linda, do tipo que se vê na capa da revista Sports Illustrated, na edição de roupas de banho, e daquelas que fazem as outras garotas se sentirem mal consigo mesma só por estar na mesma sala. O cabelo dela era dourado, gentilmente balançando até o meio das costas. A outra garota era mais baixa e parecia uma fadinha. Bem magra, com feições pequenas. O cabelo dela era totalmente preto, cortado curtinho e apontando para todas as direções.E ainda assim, eles se pareciam muito. Todos eram muito pálidos, os mais pálidos de todos os alunos dessa cidade sem sol. Mais pálidos do que eu, a albina. Todos tinham olhos bem escuros, apesar da diferença na cor dos cabelos. Além disso, eles tinham olheiras - sombras arroxeadas, como machucados. Como se todos eles tivessem passado a noite em claro, ou quase se recuperando de ter o nariz quebrado.

Eu: quem são eles? — perguntei à cassie>

Enquanto ela olhava para ver de quem eu estava falando - apesar de já saber, provavelmente, por causa do meu tom de voz - de repente ele olhou para ela, o mais magro, o mais garoto de todos, talvez o mais jovem. Ele olhou para a cassie por só uma fração de segundo e então seus olhos escuros se dirigiram aos meus.Ele olhou para longe bem rápido, mais rápido do que eu conseguiria, apesar de numa onde de vergonha eu tenha baixado meus olhos na mesma hora. Naquele pequeno instante, seu rosto não aparentou interesse - era como se ela tivesse chamado o nome dele, e ele olhara numa resposta involuntária, já tendo decidido que não ia responder.

A cassie estando do meu lado riu envergonhada, olhando para a mesa, assim como eu.

Cassie: aqueles sao:Lucas Salvatore e Bernardo Salvatore e Rebeca e Ryan Halle, e a que foi embora ainda pouca e Luana Salvatore. Todos vivem juntos com o Dr.Salvatore e a esposa dele. — Ela falou isso meio entre os dentes.Olhei meio de lado para o garoto lindo.

Eu: eles são... muito bonitos. — lutei contra a óbvia falta de intensidade do que disse.

Cassie: Sim! — Sarah concordou dando outro risinho. — Mas eles já estão juntos - Bernardo e Rebeca, e Ryan e Luana. E moram juntos. — A voz dela continha todo o choque e reprovação de uma cidade pequena, pensei criticamente. Mas se eu fosse honesto, teria que admitir que até em Phoenix algo assim seria motivo de fofocas.Eu: Quais são os Salvatores? — perguntei — Eles não se parecem...

Cassie: Ah, mas não são. O Dr. Salvatore é bem jovem, tem uns 20 ou 30 e poucos. São todos adotados. Já os Halle são irmão e irmã, gêmeos - são os loiros - e vivem com eles.Eu: Eles não são um pouco velhos pra isso?

Cassie: Agora sim, Ryan e Rebeca já têm dezoito anos, mas vivem com a Sra.Salvatore desde que tinham oito. Ela é tia deles ou algo assim.

Eu: Isso é bem legal - deles cuidarem de todas essas crianças assim, sendo tão jovens.Cassie: Acho que sim. — Cassie admitiu relutantemente, e fiquei com a impressão de que ela não gostava do doutor e da esposa dela por algum motivo. Com os olhares que ela dava na direção deles, imaginei que o motivo fosse inveja. — Mas acho que a Sra. Salvatore não pode ter filhos. — ela disse, como se isso diminuísse a bondade deles.

Durante toda essa conversa, meus olhos iam e voltavam para a mesa onde a estranha família estava sentada. Eles continuavam olhando para as paredes e não comendo.

Eu: Eles sempre moraram em Forks? — perguntei. Com certeza eu os teria notado em algum dos meus verões aqui. A Sarah me responde: Não. Cassie: ela disse num tom de voz que implicava que isso era óbvio, até alguém recém chegado como eu deveria saber. — Eles vieram para cá dois anos atrás, vindos de algum lugar no Alasca.

Enquanto eu os analisava, o mais novo, um dos Salvatore, olhou para mim e nossos olhos se encontraram, dessa vez com uma expressão evidente de curiosidade. Enquanto eu esquivava meu olhar, me pareceu que no dele havia alguma expectativa não alcançada.

Eu: Qual deles é o garoto de cabelos castanhos avermelhados? — perguntei. Espiei com o canto do olho e ele ainda me encarava, mas não como os outros alunos tinham feito durante todo o dia - a expressão dele era meio frustrada. Olhei para baixo novamente.

Caasie: Aquele é Lucas.Ele é maravilhoso, lógico, mas não perca tempo. Ele não namora. Nenhuma das garotas daqui sao boas o suficiente para ele, aparentemente. — ela desdenhou, um caso claro de rejeição. Fiquei me perguntando quando ele tinha rejeitado ela.

Mordi o lábio para esconder um sorriso, e então olhei para ele novamente. Seu rosto estava virado para o outro lado, mas me pareceu, pelos músculos do rosto, que ele sorria também.

Após mais alguns minutos os outros quatro deixaram a mesa juntos. Todos eram notoriamente graciosos - até mesmo o grandalhão. Era algo desconcertante de se observar. O que se chamava Lucas não olhou para mim novamente.

Eu e o jon fomos para nossa sala que era biologia II. Quando entramos na sala de aula, Jon foi sentar-se numa mesa de laboratório, com tampa preta, exatamente como as que eu estava acostumada. Ela já tinha um par. Na verdade, todas as mesas estavam ocupadas, com a exceção de uma. Ao lado da fileira do meio, reconheci Lucas Salvatore por seu cabelo peculiar, sentado ao lado da única cadeira vazia.

Enquanto fui até o professor para me apresentar e pedir para que ele assinasse meu papel, secretamente observava Lukas. No momento em que passei, ele ficou rígido de repente. Ele me encarou novamente, seus olhos encontraram os meus com a mais estranha das expressões em seu rosto - era hostil, furiosa. Olhei para longe rapidamente, chocado, ficando vermelho novamente. Tropecei num livro e precisei me segurar em uma mesa. A garota sentada ali riu.

O Sr. Taner assinou meu papel e me entregou um livro sem o besteirol das apresentações. Pude prever que nos daríamos bem. Obviamente, ele não tinha escolha a não ser mandar eu me sentar na única cadeira vazia no meio da sala. Mantive meu olhar baixo enquanto ia sentar ao lado dele, confuso com o olhar maldoso que ele tinha me dado.

Não olhei para cima enquanto colocava o livro na mesa e me sentava, mas vi, com o canto do olho, sua postura mudar. Ele estava se inclinando para longe de mim, sentado bem na ponta da cadeira e virando a cara como se eu tivesse cheiro ruim. Durante a aula toda ele não relaxou de posição, sentado na ponta da cadeira, o mais longe possível de mim. Pude ver que sua mão sobre a perna esquerda estava em punho, os tendões se destacando sob a pele clara.

A aula parecia se arrastar mais do que as outras. Será que era por que o dia estava finalmente acabando ou por que esperava que seu pulso fosse relaxar? Ele nunca o fez. Ele estava tão imóvel que parecia que não respirava. Qual era o problema dele? Será que isso era o comportamento normal dele? Me questionei sobre o que tinha pensado sobre a amargura de Cassie durante o almoço. Talvez ela não fosse tão rancorosa como eu pensava.

Não poderia ser comigo. Ele nunca tinha me visto na vida.

Espiei de novo e me arrependi. Ele estava me olhando novamente, seus olhos negros cheios de repulsa. Enquanto me afastava dele, me espremendo na cadeira, a frase "se olhar matasse" cruzou minha mente.

Naquele momento o alarme bateu alto, me assustando, e Lucas já tinha se levantado. Ele era muito mais alto do que tinha imaginado, e de costas para mim ele se foi fluidamente. Antes que qualquer um dos outros estivesse de pé, ele já tinha saído pela porta.

Fiquei congelado no lugar, olhando para ele. Ele era muito mau. Não era justo. Comecei a juntar minhas coisas devagar, tentando bloquear a raiva que me consumia, para não acabar chorando. Por algum motivo, meu humor tinha ligação com meus canais lacrimais. Geralmente chorava quando estava com raiva, uma mania humilhante.

Você não é Alexandre Petrova? — perguntou uma voz masculina.

Olhei para ver um garoto bonitinho, com cara de bebê, o cabelo castanho,quase loiro, claro cuidadosamente moldado com gel, sorrindo para mim de um jeito amigável. Ele, com certeza, não achava que eu cheirava mal.

Eu: Pode me chamar de Alex.Corrigi com um sorriso.

Ele: Sou Marcos.

Eu: oi Marcos.

Ele: Precisa de ajuda pra encontrar sua próxima aula?

Eu: Na verdade, estou indo para o ginásio. Acho que consigo achá-lo.

Ele: Essa é minha próxima aula também. — ele parecia extasiado, apesar de não ser muita coincidência numa escola tão pequena.

Fomos para a aula juntos. Ele era um conversador - ele falava bastante, o que facilitava para mim. Ele tinha morado na Califórnia até os dez anos, então ele me entendia com relação ao sol. E ele estava na minha aula de inglês também. Tinha sido a pessoa mais legal que conhecera aquele dia.

Mas enquanto entrávamos no ginásio ele perguntou — Então, você fincou o lápis no Lucas Salvatore ou o quê? Nunca o vi agir assim.

Então não tinha sido só eu que notara. E, aparentemente, não era assim que ele se comportava normalmente. Decidi bancar o desentendido.

Eu: era aquele menino sentado junto comigo na aula de biologia? perguntei me fingindo de ingenuo.

Ele: Sim. — ele disse — Parecia que ele estava com dor ou algo parecido.

Eu:Não sei. — respondi — Nunca conversei com ele.

Ele:É um cara estranho. — Marcos ficou por ali ao invés de ir para o vestiário. — Se eu tivesse tido a sorte de sentar do seu lado, teria conversado com você.Sorri para ele antes de ir para o vestiário.Ele era legal e claramente gostava de mim, mas isso não foi o bastante para diminuir minha irritação.

O professor de Educação Física, Treinador Clapp, me deu um uniforme mas não me fez vesti-lo para a aula. Em Phoenix, só dois anos de EF eram obrigatórios, aqui, era obrigatório durante todos os anos. Forks literalmente era o meu inferno na Terra.

Assisti a quatro jogos de vôlei ao mesmo tempo. Lembrando quantas vezes tinha machucado a mim mesmo - e os outros - jogando vôlei, me senti nauseado.O sinal tocou finalmente. Fui lentamente até a secretaria para entregar minha papelada. A chuva tinha parado, mas o vento estava mais forte e mais frio. Me enrolei mais nas roupas.

Quando entrei na quente secretaria, quase me virei e saí de novo.Lucas Salvatore estava parado de costas para mim e parecia alheio a minha entrada, e quando o vi de costas olhei aquela bunda e pensei:"que bunda".

Ele estava conversando com ela numa voz baixa e atraente. Logo peguei o motivo da conversa: ele queria trocar o período da aula de biologia para outro horário, qualquer outro.

Não podia acreditar que era por minha causa. Tinha que ser outra coisa, algo que acontecera antes de eu entrar na sala. A expressão em seu rosto tinha que ser por outro motivo. Era impossível que esse estranho tivesse me detestado tanto assim, tão subitamente.

A porta abriu novamente, e o vento frio entrou de repente, levantando os papéis sobre a mesa, jogando meu cabelo sobre meu rosto. A garota que entrara simplesmente chegou na mesa, colocou um bilhete na cesta de arame e saiu novamente. Mas Lucas Salvatore ficou rígido e se virou lentamente para me olhar - o rosto dele era absurdamente lindo - com olhos fulminantes e cheios de ódio. Por um instante senti puro medo, levantando os pelos dos meus braços. O olhar só durou um segundo, mas me congelou mais do que o vento enregelante. Ele se virou novamente para a recepcionista.

Lucas: Deixa para lá, então. — ele disse apressadamente com uma voz aveludada. — Vejo que é impossível. Muito obrigado pela ajuda. — se virou sem olhar para mim de novo e saiu pela porta.

Fui calmamente até a mesa, meu rosto branco ao invés de vermelho, e entreguei o papel assinado.

Recepcionista: Como foi seu primeiro dia, querido? — a recepcionista perguntou, maternalmente.

Eu: Bem. — menti com a voz fraca. Ela não pareceu convencida.

Quando cheguei na caminhonete, era praticamente o último carro no estacionamento. Ela era como um refúgio, a coisa mais perto de um lar que eu tinha nesse buraco verde e úmido. Sentei lá dentro por um tempo, simplesmente olhando pelo vidro. Mas logo estava frio o bastante para precisar do aquecedor, então virei a chave e o motor ganhou vida. Peguei meu caminho de volta para a casa do Bryan, lutando para não chorar durante todo o caminhoBom gente e so isso por hj espero que gostem!!! Por favor comentem! Bjus

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Comentários

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Primeiro: gostei do conto, a narrativa ficou muito boa por alguns momentos lembrei-me das sátiras de crepusculo. Segundo: observe os pronomes pq sua personagem é um garoto, mas lendo a gente acaba por se confundir e achar q eh uma mulher. Terceiro e último: parabéns auguardo sim a continuaçao.

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