Tempest Zero 1 – The flapping wings of a butterfly

Um conto erótico de DobLe
Categoria: Homossexual
Contém 2138 palavras
Data: 08/03/2014 14:35:12

Tempest Zero – The flapping wings of a butterfly

Light Point

No elevador com o homem mais sinistro da empresa, mas também sendo ele o chefe, nada mais apropriado. Apesar do seu porte altivo e postura inabalável ele é sempre muito simpático e agradável com todos. Mas carregava um manto de mistério em volta dele que acentuava ainda mais a beleza fora do normal que tinha. Era alto e louro com olhos tão escuros como uma noite de lua nova, andava sempre elegantemente vestido de preto.

-Como vão os avanços com a tecnologia de desenvolvimento meteorológico? Perguntou com a voz penetrante depois de ter cumprimentado, sempre muito educado.

-Vão bem Sr. Atho, ultimamente conseguiu-se estabilizar melhor e mais rapidamente as amostras.

-Fico feliz que assim seja. Respondeu com um sorriso. Mas ele sabia de tudo pelos relatórios que tínhamos de entregar semanalmente, devia ser só para meter conversa e não ficar aquele clima chato de impessoalidade.

Ele saiu em um andar e continuei a descer, entrou Tifão, do departamento de biologia e fomos conversando até o estacionamento.

-Como vai o desenvolvimento? Algum avanço? Perguntei curioso enquanto soltava o cabelo pois no laboratório usava-o preso.

-Conseguimos fazer as células replicar numa velocidade vertiginosa mas ainda estão muito sensíveis a muita energia. Respondeu Tifão sempre muito simpático também. Ele era de meus muitos amigos na empresa. Por ser muito curioso acabo sempre por meter o bedelho em todos os departamentos e acabei por fazer muitas amizades. Já organizava festas surpresas nos aniversários e eventos de convívio fora do horário de trabalho. Gostava de ver os sorrisos genuínos de quando alguém está feliz e fazia isso porque a maioria dos trabalhadores de lá, tal como eu estavam longe de casa. Quase todos gostavam da minha presença.

-Uau, depois tens de me mostrar. Digo sem conseguir conter o meu sorriso.

-Tudo bem, só passares no departamento quando tiveres tempo. Respondeu sorridente

-Adoro ver os experimentos de todos os departamentos! E ainda bem que ninguém têm problemas com a minha curiosidade. Disse.

-É que ninguém consegue resistir a esse brilho nos olhos e jeito de criança. Disse ele me olhando no fundo dos olhos com seu olhar cor de mel. Ainda não disse mas Tifão era forte de ombros largos, sorriso brilhante e bronzeado caramelo. Um cabelo castanho chocolate. Um autentico mau caminho.

Para minha sorte (ou azar) o elevador parou e a porta abriu. Saímos e fomos cada um para o seu carro.

-Temos de combinar qualquer coisa, um destes dias. Gritou-me enquanto entrava no carro.

-Claro! Gritei do meu. Meu pai eterno! Pensei para comigo.

Cheguei em casa e recebi uma mensagem. Sai ao encontro da pessoa que me tinha enviado.

Caramba até que em fim um dia de descanso, adoro o meu trabalho mas passar tanto tempo enfornado num laboratório acaba com o humor de qualquer um.

Tinha-me mudado para o Brasil a cerca de 3 anos e toda a gente que me conheceu juraria de pés juntos que sou baiano. Ai se soubessem que nem sou brasileiro… Eita beleza!

Passava por uma livraria no centro da cidade e resolvi entrar. Tinham alguns livros antigos expostos encontrei um de capa dura muito interessante que falava sobre mitologia e resolvi levar. A minha amiga é doida por esse tipo de coisa e acabei levando-o para ela.

Desde que nos conhecemos quando mudei para cá que acabamos por fica os melhores amigos, nem sei exactamente quando ou como aconteceu mas hoje em dia não nos imaginávamos um sem o outro.

Depois de finalmente estabilizarmos as amostras da pesquisa íamos ter algum tempo para nos mesmos! O fato é que quem nos vê na rua ou numa pista de dança nem imaginam que somos doutorados e que trabalhamos de jaleco branco num laboratório que mais parece a versão moderna do castelo do Frankenstein.

Nos os dois nos formamos bem cedo e terminamos o mestrado e o doutoramento e só estávamos com vinte e quatro anos. Sou físico e ela engenheira Hidráulica.

Cheguei ao café onde tínhamos combinado de nos encontrar.

-Bom dia pequena sereia! Gozava com ela por causa do seu nome.

-Bom dia meu minion favorito! Respondeu Ariel com uma voz melosa.

Ela já se tinha acostumado com a brincadeira e podia até dizer que gostava. E além do nome ela era ruiva!

-Ainda estás com a tiara princesa. Disse ela olhando para minha testa.

-Cheguei em casa e vi a mensagem e nem lembrei de tirar.

-Eu te pedi para me fazeres um desses mas nunca mais. Eu ri-me. A tal tiara que ela se referia era nada mais nada menos que um campo de força que usava a volta do cabelo. Eu tenho um grande afro de cabelos negros e muito encaracolados. Como gosto dele assim e senti receio de ter de cortar, fiz um campo de força para tanto o proteger dentro do laboratório, como para não haver contaminação de nenhum experimento com fios de cabelo – abomino toucas brancas! Ela sempre me pedia para fazer um para ela mas sempre me esquecia…

-Trouxe um presente! Disse entregando o embrulho que o rapaz interessante da loja dos livros me tinha feito. Preciso por o atraso em dia. As minha três mãos amigas por dia já não me estavam a chegar.

-Ai obrigada coisa fofa! Disse ela beijando minha bochecha enquanto me sentava.

-Eu cheguei ao fim do conto que estava lendo!

-Qual deles?

-Meu chefe minha paixão! Fiquei a madrugada toda lendo.

-Só agora!? Neguinho vc precisa dar uma actualizada no seu repertório. O conto novo desse autor já terminou.

-Eu sei, eu vi. E a tentação para começar a ler foi tanta que quase tive que atirar o Tablet da janela. Se começasse agora não ia ter concentração para nada.

-Vida de cientista maluco é assim…

-Pera ai um minuto… você já leu o conto novo? Disse eu olhando bem no fundo dos olhos dela.

-Eh… acabei lendo…disse ela desviando a cara para o lado.

-Hahahaha! Desmanchei-me a rir e o café inteiro virou-se para nós. Fala aquele que me criticava e dizia que devia ser internado para desintoxicação do meu vício de ler contos eróticos.

-Tá vendo! Safadeza pega! Disse ela enquanto me deitava a língua fora. Adivinha o que eu consegui! Disse mexendo na sua bolsa!

-O telefone do autor de “Brutamontes da minha vida”, para ligarmos e subornarmos para terminar o conto!

-Não sua criatura maquiavélica! Eu pequei o autógrafo de Bernardo DelaVoglio!

-Não acredito! Nisso dai não vou cair. Como foi isso!? Me conta sereia macumbeira do terreiro da esquina! Digo tão rápido que o empregado cuspiu de rir e escondeu-se atrás de uma guarda-sol se recompondo.

-Foi naquela universidade que fui a semana passada. Encontrei-o num banco esperando por alguém e conversa vai conversa vem, arranquei o autografo! Mas tive que mostrar minha carteira de identidade para ele acreditar que o meu nome era mesmo Ariel e ainda me arrastou até o noivo dele para apresentar.

-Dá maneira que você fala até parece sacrifício…

-É meu bem. Conheci o ruivo mais querido do Brasil enquanto você estava brincando com furacões de garrafa.

-Nunca devia ter-te apresentado a Casa dos contos…

-Do cotovelo, do cotovelo.

-O que é seu ta guardado.

-Calma Pluto! Também peguei um para ti, dos dois.

-Eu te amo! Digo pulando nela.

Ficamos de nos encontrar mais tarde. Voltei para casa. Meu prédio ficava bem em frente ao mar. Precisava do mar para me sentir em casa, sempre vivi numa ilha e os anos que passei estudando no interior do continente me tinha deixado doente.

Dormi umas horas. Acordei perto do final da tarde e telefonei aos meus pais. Eles estavam bem, aproveitando a reforma em mais uma viagem de cruzeiro. Me dá uma alegria quando ouço suas vozes de satisfação! Depois de tanto trabalho nada melhor que um bom descanso.

Fui buscar Ariel no prédio dela, morávamos perto.

Voltamos e ficamos um pouco na praia vendo as ondas e conversando um pouco. No meio da conversa distrai-me e fiquei olhando para o horizonte deveria mesmo ligar a Tifão? Aquela colega dele me irritava…

-Pensando na morte da bezerra? Perguntou Ariel

-Não, só imaginando uma conversa entre Copelha (Toma la dá cá) e Augusta Eugénia (Porto dos milagres).

-Besta! Disse ela dando um tapa no ombro. E desmanchamos na gargalhada de novo.

Voltamos para minha casa e ficamos vendo Naruto enquanto fazia o jantar: strogonoff de peru com ananás.

Jantámos e saímos para dar uma volta.

Era um Sábado, então, no dia seguinte, também estaríamos de folga. Paramos um pouco num café e sentamo-nos numa mesa aproximadamente no meio e contava-lhe algumas peripécias da minha infância. Estava-mos rindo a brava quando fomos interrompidos.

-E ai gatinha porque está com esse Crioulo pé rapado e não com um gostosão que nem eu? Perguntou um desconhecido metido que passava na rua (nem gostoso a figura era).

-Porque se eu quisesse carraça procurava num cão vadio.

Ele fechou a cara e foi embora.

-Essa foi óptima Princesa Ariel.

-Meu prazer Conde de Cristal. Disse ela simulando uma vénia enquanto sentada.

Fui deixa-la em casa e fui para minha. Quando estava chegando lá recebi uma mensagem:

“Estas em casa? T”

Respondi “Sim estou.”

“Posso ir ai?”

“Podes sim”

E ouvi uma batida na porta. Já!?

Abria porta e la estava ele de regata e samba-canção – Só podia ser provocação!

Shadow Point

-Bebe! Disse o meu pai depois de cortar o braço e saindo o sangue.

-Mas pai assim o senhor vai morrer! Disse entre lágrimas.

-Não me importa! Desde que você viva! Você tem que viver! Cresça! Se case! Tenha filhos e acima de tudo seja feliz!

Inclinei-me para o corte no braço sentindo o ardor na minha garganta desespero acordei do pesadelo.

Tinha adormecido em cima da secretária outra vez. Levantei-me, organizei os documentos e fui em direção a saída do meu andar.

No elevador lembrava-me do encontro que tive nele mais cedo. Ele é mesmo uma pessoa peculiar no meio dos muitos génios que tinha reunido para formar esta empresa. A Néon Aqua já ia fazer cinco anos. A consequência da decisão que tinha tomado Dez anos antes. Depois do acidente.

Montei esta unidade de pesquisa inicialmente como uma empresa de purificação de água. Devido a tecnologias utilizadas inigualáveis em termos de inovação e consciência ambiental, rapidamente cresceu e tornou-se uma empresa de renome. A partir dai resolvi expandir a empresa para áreas de investigação e desenvolvimento de novas tecnologias. A evolução foi tremenda principalmente nos últimos três anos. O ambiente na empresa tinha melhorado exponencialmente e acho que a melhor comunicação entre os departamentos fez com que a evolução dos resultados fosse muito mais rápida. Sei exatamente quem era o responsável por tal coisa, mas a única pessoa que via isso era eu. Via que a felicidade tinha entrado na vida daqueles cientistas viciados em trabalho cujas únicas palavras que trocavam era sobre os experimentos, viviam enfurnados nos seu departamentos e não saiam nem nos dias de folga.

Hoje em dia via sorrisos, e uma troca de energia e informação entre todos que me fazia até a mim sorrir.

Entrei no carro e fui devagar em direção ao meu apartamento. Mandei uma mensagem para ela e fui para o banho. Quarenta e cinco minutos depois lá estava ela.

Não falávamos muito. Só havia sexo. Arranquei o vestido azul-escuro que usava e tirei o roupão que ainda tinha vestido. Fiz-lhe ajoelhar-se a frente do meu pénis amolecido e metendo-o na boca. Alguns minutos depois endureceu e o continuava forçando na sua garganta.

Tirei-lho da boca, apanhei um preservativo coloquei-o. Inclinei-a no sofá e comecei a penetração. Ela gemia alto e aumentando em proporção direta os meu ritmo de estocadas.

Finalmente atingi o orgasmo inundando o preservativo. Deitei-o fora e fui tomar banho. Comecei a encher a banheira e fui até a sala. Ouvi a água correndo na casa de banho social.

Ela devia estar lá. Eu não tinha nenhuma relação pessoal. Pagava-a mensalmente para que estivesse disponível quando precisasse de sexo. Nunca lhe toquei mais do que precisava. Nem sequer tirava-lhe o sutiã. Tínhamos uma relação diria “estritamente profissional”. Acompanhei-a a porta e com uma despedia impessoal fechei a porta depois da sua partida. Dirigi-me a banheira no meu quarto, fechei a água e entrei nela. Fechei os olhos e sem querer apanhei-me pensando nele.

Quanto mais fugia, mais ele aparecia em minha mente. Tinha de uma forma ou de outra tira-lo da minha mente porque desta forma enlouqueceria.

Doble Point

Ola a todos! Está aqui mais um conto. Espero que gostem. Muito mistério envolto em algumas personagens e muitos desenvolvimentos surpreendentes virão. Por favor tenham paciência porque não sou nada mais que um amador. Desculpas também pelo comprimento, não queria que tivesse ficado tão longo mas não podia resumir mais que isto.

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