O Cálice Devassado

Um conto erótico de Knight
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2544 palavras
Data: 26/03/2014 00:26:34
Última revisão: 21/11/2023 20:48:20

Bárbara está na minha frente agora, apoiada em quatro patas como uma boa cachorrinha. O esforço que ela faz é notável, lutando para manter suas costas retas, perfeitamente paralelas ao chão, equilibrando a bandeja que apoia a garrafa de vinho e duas taças, uma na qual eu bebo, na outra; parte de uma surpresa nos meus planos para essa noite, tudo enquanto decido o que fazer com ela. Subo minha mão acariciando pelo contorno de suas coxas e aperto com força a bunda firme, proporcional ao seu corpo esguio e modelado de atleta, mas carnuda e bem apetitosa nessa posição. Deslizo meus dedos devagar até a fenda entre suas nádegas e empurro mais para dentro o plug que vibra dentro de seu ânus, tornando ainda mais árdua e dolorosa a sua tarefa. Desço com a ponta dos dedos e provoco seu clitóris: ela está tão úmida que meu dedo médio praticamente desliza para dentro da gruta enquanto meu polegar desenha círculos cada vez mais rápidos ao redor do grelinho, delicado e pequeno, escondido entre os lábios macios.

Ela está usando apenas o par de sapatos de salto, a única vestimenta que eu permito quando estamos em uma sessão, e começa a ofegar timidamente, tentando se concentrar ao máximo, afinal sabe o que acontecerá se ela derrubar a bandeja. Aposto que a lembrança da última vez que isso aconteceu ainda está bem fresca em sua memória: amarrei bem firme seus dois punhos ao apoiador no painel de uma esteira elétrica na minha academia particular e a fiz caminhar por meia hora, com o aparelho em uma velocidade razoável, usando o também o salto alto, mas daquela vez um par dois números menor que seus pés. Em certo momento achei que a tarefa estava fácil demais e resolvi obrigá-la a usar uma calcinha vibratória ativada por controle remoto, a qual eu manejava a meu gosto e na hora que eu bem quisesse.

Hoje ela está deliciosa como sempre. Descanso a taça após um longo gole de volta sobre a bandeja e passo meus dedos por sua nuca, causando-lhe algum arrepio e pegando um punhado de seus longos cabelos loiros, virando seu rosto para mim num dos breves momentos em que permito que seus belos olhos azuis se encontrem com os meus durante nossas sessões. Parece que ela não vai aguentar mais muito tempo, mas ela já é bem treinada e acostumada aos meus castigos. Continuo a percorrer seu corpo ate chegar aos seios, nos quais me detenho pressionando e raspando um dos mamilos entre a ponta dos meus dedos, puxando-o para baixo. É o golpe de misericordia em Bárbara, que geme longamente como se libarasse toda a tensão de seu corpo. A bandeja cai, a garrafa derrama o vinho manchando o tapete e as taças se estilhaçam no chão. A noite será longa.

Quando eu conheci Bárbara ela era uma menina rica, mimada e inconsequente, típica patricinha nos seus dezenove anos. Não havia muita diferença de idade entre nós dois. Esportista, campeã de vários torneios de triathlon desde os seus quinze anos, era a mais bonita e consequentemente a mais invejada de sua turma. Minha história com ela começou quando ela e algumas amigas, voltando de uma festa, sofreram um acidente de carro destruindo a Land Rover de seu pai. Bárbara estava no volante, e mesmo após comprovado estar alcoolizada conseguiu escapar da cadeia graças à influência de sua família. A única condição para isso é que ela teria que passar por uma série de sessões comportamentais terapeuticas, e a juiza da execução da pena no caso me nomeou como psiquiatra para isso, trabalho voluntário que eu fazia quando recém-formado. Uma coisa levou a outra, e após alguns exames também encontrei esteróides no sangue de Bárbara, bem como algumas ampolas em sua mochila numa quantidade suficiente para configurar tráfico. Quando chamei-a para uma conversa particular fiz questão de mencionar todos os seus títulos que seriam tirados, a cadeia que desta vez seria inevitável, e lógico: a decepção enorme por parte de seus pais. Sua primeira reação foi me oferecer dinheiro, como ela estava acostumada a fazer para ganhar todos a sua volta. Lógicamente não aceitei e fiz questão de demonstrar como fiquei ofendido fazendo menção de avisar seus pais e a organização de desportos na mesma hora, caso ela insistisse nesta estratégia. Ela então teve certeza que estava em uma situação pela qual nunca havia passado em sua vida, e percebi a pontada de desespero em seu rosto e no seu tom de voz. A segunda reação obviamente foi oferecer-se, “faço qualquer coisa, só me diga o que você quer de mim”. Disse isso colocando a palma direita sobre minha calça por cima do meu pênis. Interrompi pegando sua mão educadamente e afastando-a. Aposto que ela esperava que uma mera noite de sexo convencional, uma chupada em minha clínica mesmo, ou qualquer coisa do tipo iriam resolver a situação e fazê-la ficar esquecida para sempre. Pobre garota rica, mal sabia o que a esperava.

Mandei-a entrar em meu carro e dirigi por um longo tempo com ela quieta no banco ao lado. Paramos em um mirante na beira da praia, de onde podia se avistar a cidade do alto, estavamos sós lá e eu teria todo o tempo para demonstrar como seria sua vida dali em diante, ou em suas próprias palavras: “o que eu queria dela”. Liguei os faróis de milha do carro e aumentei o som. “Desça, vá até a frente do carrro. Dance e tire a roupa para mim”. Ela parecia perplexa, mas meu olhar de reprovação mostrava que eu não iria repetir a ordem. “Toda a roupa” – completei. Ela obedeceu, meio travada no início, mas logo estava fazendo direitinho, rebolando e se livrando das peças uma após outra. Quando Bárbara estava nua fui em sua direção e joguei-a sobre o capô. Com ela deitada de barriga para cima iniciei um movimento friccionando seu clitóris enquanto segurava-a pelos cabelos com a outra mão, não dando tempo dela reagir ou sequer raciocinar. Ela gozou em meus dedos, deitada e ofegante, imaginando que em seguida seria finalmente penetrada. Ledo engano. Ainda não era a hora. Mandei que se levantasse e entrasse de volta no carro. Ela fez menção de pegar de volta suas roupas mas eu a proibi. Ordenei que as deixasse lá e fizesse o caminho de volta nua. No trajeto conversamos sobre como seria dalí para frente; se ela aceitava ser minha sem questionar nada ou ter as provas enviadas para todos ao seu redor. Ela aceitou pertencer a mim. Certa noite fui até sua casa e convoquei seus pais para uma conversa sem a sua presença, apenas para fazer o sangue dela gelar. Após uma longa hora no escritório de seu pai, mostrando-lhe somente os exames alcoolêmicos do dia do acidente, chamei Bárbara e informei-a que havíamos concordado que eu a levasse para uma “clínica” especializada. O velho, preocupado com a saúde de sua princesinha atleta, não foi difícil de dobrar. Tal lugar era apenas minha casa de campo, onde eu teria todo o tempo, liberdade, e quem sabe paciência para desciplinar completamente Bárbara. Cabisbaixa e sem opção ela concordou.

Minhas ordens foram claras para o dia da partida. Roupas: só as que eu permitir. Tirei todas as roupas de marca e vestidos renomados de seu guarda roupa e joguei em uma caixa de papelão. “O pessoal do grupo de caridade no hospital vai ficar bem feliz com essa sua doação”. Escolhi as calcinhas e soutiens que ela poderia usar, os menores, claro; algumas roupas de academia, mais justas e que revelavam bem seu corpo, duas calças jeans, duas blusas, e mais alguns sapatos de salto, os outros também joguei para doar à caridade. Em seguida obriguei-a a deletar sua conta no facebook, no twitter, instagram e em qualquer rede social na qual ela tivesse comunicação com o mundo. Tomei seu iPhone, seu tablet, seus cartões de crédito, cheques, e todo o dinheiro que ela tinha no momento. “Você não vai precisar de nada disso onde eu vou te levar. E será uma terapia intensa: pode esquecer os fins de semana, feriados, e as festas e baladas com as amigas por um longo tempo”. Mandei então que se despisse, jogasse as roupas que estava usando na caixa para a doação e vestisse o que eu escolhi para ela. Quando ela ajeitava a calcinha minúscula tentando não marcar a calça justa, toquei em seu clitóris mais uma vez, e acariciando-o disse: “isso só vai acontecer até colocarmos um piercing aqui”. Seus olhos azuis brilharam apavorados e indefesos. Mandei-a colocar a mochila no carro e partimos.

No início Bárbara relutou, mas com o tempo sua resistência foi vencida e ela, vendo não ter escolha, mostrou-se bem aberta à disciplina que eu a impunha. Ela era obrigada a estar sempre nua, exceto em raras exceções na qual eu a permitia usar alguma lyngerie ou seu uniforme de empregada com botas de salto até as coxas, luvas que cobriam dos dedos aos cotovelos, avental e lenço no cabelo. Em minha presença ela deveria ficar sempre ajoelhada com as pernas entreabertas, os braços cruzados nas costas e o olhar voltado para o chão, até a hora em que eu a mandasse ficar em alguma outra posição que mais me agradasse. Momento este no qual eu a penetrava em todos os buracos, dependendo do que me parecesse mais aprazível na hora. Era a minha parte favorita, onde eu gozava quantas vezes quisesse e em seguida a mandava para alguma outra tarefa. Ela deveria estar sempre limpa, sendo que seu corpo todo, mesmo as partes mais íntimas, deveriam ter o aroma do sabonete líquido que eu escolhesse; e era obrigada a estar sempre completamente depilada, sendo minuciosamente e pacientemente inspecionada por mim todos os dias em cada milímetro de sua pele, explorando as parte mais recônditas de seu corpo e castigando-a por cada mínima falha. O mais difícil foram as aulas de sexo anal, prática que ela nunca havia experimentado antes de mim, e à qual relutou muito, mas mais uma vez foi vencida com muito carinho e uma série gradual de plugs e consolos em tamanho crescente, os quais ela tinha que usar diariamente enquanto fazia qualquer tarefa que eu a impunha. Certa noite, após um longo dia de afazeres e exercícios, ela estava de quatro em minha cama enquanto eu laceava seu ânus preparando-o para o sexo quando ela começou a chorar e disse que não estava aguentando, seu buraquinho mais íntimo doía demais após ser usado sucessivamente. Simplesmente deitei-a em meu peito deixando suas lágrimas caírem. Eu sabia que naquele momento seu espírito havia sido definitivamente quebrado, e da sua personalidade anterior só haviam restado os escombros, com os quais eu contruiria uma nova Bárbara, obediente e disciplinada da maneira que mais me agradasse. Em seguida passei lhe um creme gelado de aloe vera em toda a região. Ela suspirava e agradecia pelo alívio que não recebia a tempos. Acabado o momento de ternura, naquela noite sua buceta “apanhou” em dobro, mas ela gozou. Muito.

Após alguns meses do início da terapia, no dia do aniversário de Bárbara, permiti que ela fizesse uma visita à casa de seus pais, acompanhada por mim, logicamente. Não antes de exigir todas as senhas, tanto de sua corrente quanto da poupança. Ela as entregou sem fazer objeção, e com o seu dinheiro fomos as compras. Ela estava deslumbrante em sua festa, com o vestido que eu escolhi, o corte de cabelo e a quantidade de maquiagem que eu, mesmo sem entender disso, orientei a profissional do salão no shopping de como deveria ser. Seus pais elogiaram a melhora em sua maturidade e seu comportamento, dizendo que hoje em dia mais garotas deveriam passar pelo mesmo tipo de tratamento. Com um sorriso no canto da boca obviamente concordei. Bárbara apenas chegava perto das bebidas alcoólicas agora quando era para encher meu copo e entregá-lo em seguida a mim, mesmo em sua casa agora ela mantinha a mesma submissão, docilidade e deferência de sempre. Após a festa, quando quase todos haviam ido dormir, levei-a ao seu quarto da mansão, o quarto onde ela havia crescido. Antes de retornar ao meu hotel dei detalhes sobre o dia da nossa volta e o que esperaria dela na próxima fase da disciplina. Ela não mais fazia objeção a nada. Desci as alças de seu vestido deixando-o escorregar pelo seu corpo, mandei que tirasse a calcinha e, apalpando seus seios médios e rijos, coloquei-a de fronte a um grande espelho na parede, onde fiz com que desse algumas voltas em torno de si mesma e olhasse como seu corpo estava delicioso após as sessões e exercícios a que eu a submeti. Transamos lá mesmo, eu a fodi sobre sua enorme cama e entre seus bichinhos de pelúcia. Ela me chupou por um longo tempo, como eu a havia ensinado: olhando para mim e com os braços para tras, na intensidade e voracidade que eu ordenasse; ora mais vadia, engolindo-me até onde sua garganta aguentasse e sua saliva escorresse pelos cantos da boca, ora mais carinhosa percorrendo-o todo e circulando a cabeça com a ponta de sua língua. Essa foi uma das partes mais intensas no treinamento de Bárbara: ensiná-la a me chupar por muito tempo, horas as vezes, sem sequer poder tocar sua vagina e com o plug em seu ânus. Ela aprendeu muito bem, e o resto da noite foi maravilhoso.

Agora, após todo esse tempo e a tudo o que eu a submeti, me delicio com a sensação do êxito. Bárbara está perfeita, de um modo como eu jamais vi em qualquer outra submissa que eu já tenha tido ou sequer imaginei que pudesse torná-la no início disso tudo. Ela está aos meus pés, após quebrar a bandeja com as duas taças, vejo uma lágrima escorrer do canto de seu olho enquanto ela se coloca de joelhos na posição inicial de escrava e espera o castigo. Caço o seu olhar com o meu num golpe, e dessa vez permito-a me mirar diretamente. Sorrio e direciono seus olhos apontando com meu rosto para os cacos do que restou da segunda taça, a que estava vazia. Ela estranha por um segundo o que vê.

O pequeno anel dourado brilha se diferenciando dos pedaços de vidro estilhaçado. É a minha vez de ajoelhar-me com ela e levantá-la apoiada em meu peito, não antes de pegar o anel e colocar próximo a ela.

“-Casa comigo, Bárbara?”

Dessa vez a pergunta é séria, não apenas retórica, como nas pré-ordens que costumo dar a ela. É uma dúvida que eu tenho e só Bárbara pode dar a resposta. Um dos raros momentos nisso em que eu permito que seu livre-arbítrio seja realmente livre. Daquele cálice destruído, o cristal estilhaçado era uma metáfora tal qual a antiga Bárbara, e dali surge uma nova, junto com a possibilidade de uma nova vida.

Ela se esvai em lágrimas, e colada a mim num abraço apertado, fitando-me diretamente balbucia “Sim”.

Trago seu rosto até mim com a mão em sua nuca e toco meus lábios nos dela, invadindo sua boca com minha língua. Naquele momento, só nos dois, e mesmo sem pronunciar nenhuma palavra a mais, sabemos que tudo isso foi só o começo.

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Comentários

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Belo escrito, vale a leitura... Veja os meus (http://contosdahora.zip.net)

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