As férias da minha vida XXI

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Homossexual
Contém 1851 palavras
Data: 22/03/2014 19:59:21

Capitulo vinte e um: Reencontro

— Pai! — corri até ele no aeroporto sem me importar que todos vissem um menino de quinze anos chorando de saudades do pai. O abraçei apertado e beijei seu rosto.

— Eu senti tanto a sua falta! — Ele admitiu me abraçando cada vez mais apertado. Pude sentir suas lágrimas quentes em meu rosto pouco antes delas esfriarem.

— Eu também senti pai — eu o soltei e meu pai enxugou as lágrimas com o casaco — Como foi a viagem de volta pra casa?

— Horrível como sempre. Turbulência, o almoço que serviram era péssimo, tinha um gordo do meu lado que brigava com a esposa a viagem inteira! Não consegui dormir um segundo sequer por causa deles.

— Da pra ver pelo seu olhar cansado — ele sorriu e afagou minha cabeça por cima da touca azul.

— Como ela está? — indaguei.

Ele sorriu sabendo a quem eu me referia. Eu já a tinha visto em fotos e duas ou três vezes pelo Skype, mas eu finalmente iria conhece-la.

— Está muito bem. Você vai adorar ela! Não para quieta! Engatinha o tempo inteiro e pela casa inteira.

— Estou louco para conhece-la.

Meu pai me levou até o carro e fomos para Calgary. Eu observava o caminho coberto pela neve branca. As casas e as arvores estavam revestidas por um manto de neve que parecia ser feita de algodão de tão macia que parecia. Crianças brincavam de bonecos de neve, trenó e guerra de bolas de neve por todo caminho. Havia também um casal de adolescentes que chamou minha. atenção quando paramos o sinal perto de minha casa. Eles brincavam de pega-pega em volta de um boneco de neve que um menino ruivo estava construindo com a ajuda de outro garoto ruivo um pouco mais novo. O rapaz moreno segurou a garota ruiva pelo casaco a fazendo gritar quando caiu por cima do boneco. Ele se deitou por cima dela e começou a beija-la sobre os protestos dos meninos que pareciam irritados. Mas Matt não se importou com eles. Continuou a beijar a menina de forma tão apaixonada que me lembrava de nosso primeiro beijo. Matt disse que me sempre me esperaria no dia que deixei o Canadá, mas ele tinha quebrado essa promessa e eu não podia culpa-lo. Porém ve-lo ali a alguns metros de mim e sendo feliz ao lado de outra me quebrou o coração. Eu amava Matt e não podia mais negar isso para mim mesmo. Que ele seja feliz — desejei em silêncio enquanto uma lagrima escapava por meus olhos.

Chegamos em minha casa cerca de vinte minutos depois. Olhei para ela com um sorriso no rosto.

— Minha casa — disse baixinho.

— Sempre foi sua casa — Meu pai concordou tirando minhas malas do carro — Você nunca deveria ter saido daqui.

Meus olhos foram atraídos para a casa ao lado da minha em uma esperança de ver Nathan, mas tudo o que eu via era uma casa escura.

Ajudei meu pai a levar minhas malas para dentro e as deixei aos pés da escada, pois Cindy me esperava ao lado da lareira com os braços estendidos para mim. Apesar de ser a mesma, ela estava diferente. Continuava sendo baixinha e com cabelos encaracolados, pode tinha ganhado um pouco de peso e em seu rosto havia agora um olhar mais materno do que de costume.

— Cindy! — eu corri para abraça-la e ela retribuiu o gesto da mesma forna carinhosa e cheia de saudades.

— Meu bebê — ela murmurou com a voz embargada pelo choro — Meu lindo Bebezinho. Como você faz falta nessa casa.

— Não vou mais fazer Cindy — disse e ela começou a chorar emocionada — Quer conhecer sua irmã?

Assenti e ela me levou até o andar de cima em um quarto ao lado do meu que servia de quarto de hóspedes, mas agora era o lado de minha irmãzinha. Ela abriu a porta de um quarto com papel de parede branco decorado com flores coloridas e bonecas. Um berço de madeira branca se encontrava no centro do quarto ao lado de uma cadeira de balanço. Megan dormia graciosamente entre as mantas brancas. Seu cabelo era liso e castanho e sua pele era clara como a dos seus pais.

— Ela é linda — Eu disse começando a chorar de emoção no quarto de minha irmã. Tão linda e tão frágil com suas bochechas rosadas e rosto rechonchudo. Toquei de leve em sua pele quente de bebê e ela choramingou protestando e em seguida acordou abrindo um berreiro.

Cindy a aninhou em seus braços e começou a acalenta-la até que parasse de chorar.

— Sabe quem é esse Meg? — ela perguntou a minha linda irmã — É seu irmão Lucas.

Megan me olhou com aqueles grandes olhos castanhos achando fascinante cada um doa traços do meu rosto estranho a ela. Segurei sua mãozinha e ela agarrou meu dedo e o olhou dando uma gostosa gargalhada.

— Quer segura-la? — Cindy me perguntou e eu assenti — Senta na cadeira.

Obedesci e Cindy aninhou a pequena Megan em meus braços um tanto trêmulos pelo nervosismo. Em nenhum momento Meg parou de me olhar comi se eu fosse a coisa mais incrível do mundo.

— Oi Meg. Sou Lucas, seu irmão mais velho. Vim para cuidar de você. Só de você.

Ela sorriu para mim e eu beijei sua testa então ela gofou em meu colo impestiando o quarto com o cheiro azedo do leite materno.

Meu pai e Cindy começaram a rir seguidos por Megan que parecia estar entendendo exatamente o que estava acontecendo.

— Você acha isso engraçado mocinha? — disse rindo para ela — Seu irmão vem de muito longe te ver e você gofa nele? Esperava mais consideração da sua parte.

Ela se divertia a cada palavra que eu dizia. Cindy limpou o gofo com um pano úmido e me deixou em Megan até que ela voltasse a dormir de novo. Depois a colocou no berço e a deixamos dormir.

Desci as escadas e com a ajuda r meu pai e Cindy, Levamos tidas as seis malas para o meu quarto onde meu pai me deixou a vontade para trocar o casaco gofado. Olhei para o meu quarto e tudo parecia estar exatamente no lugar exceto o notebook novo em minha cama. Eu já sabia sobre ele, pois meu pai não resistiu e me contou no caminho para casa. Mas o que eu queria ver não era isso que eu queria ver. Abri a cortina que permanecia fechada desde a ultima vez que a Fechei e vi seu quarto vazio como sempre estava naquela hora da tarde. Nathan estava no jogo treino do time de hóquei.

Tirei o casaco vomitado e levei até o sexto de roupa suja no banheiro. Voltei para o meu quarto, deitei na minha cama e apaguei.

Acordei somente no dia seguinte no momento que minha mãe me ligou para me dar uma brinca por não ter ligado para ela assim que cheguei. Ouvi tudo e aceitei sabendo que ela estava certa.

Tomei café da manhã com meu pai e Cindy até que Megan acordou com fome e faminta. Fiquei brincando com minha irmã até duas da tarde.

Bati em sua porta e foi a Sra Thompson que me atendeu. Ela estava sorrindo e quando me viu seu sorriso desmoronou.

— Nathan está? — indaguei sentindo sua repulsa sobre mim.

— Está na casa do Brian — pude ver um certo contentamento em me dizer aquilo.

— Por que não gosta de mim? — indaguei.

A Sra Thompson pareceu surpresa com a pergunta.

— Eu não sei. Nunca gostei de você. Talvez por causa do seu jeito. Você também sempre despertou esse lado em Nathan. Ele sempre foi um menino normal, mas quando estava junto de você... Ele te imitava.

— A culpa não é minha por ele ser gay — eu lhe disse.

— Talvez não. Mas foi você que despertou isso nele e eu nunca vou te perdoar.

— Até por que não a nada a ser perdoado. Se não fosse eu, seria outro.

— Então eu o diária esse outro — suas palavras soaram afiadas como navalhas — Mas está certo sobre uma coisa. Não aceitei e talvez nunca aceite o que Nathan é, mas sei que não posso muda-lo. Ele é assim e eu tenho de conviver com isso quer eu goste ou não. Quero o meu filho sempre na minha vida se se para isso tenho de vê-lo com outro homem, então que seja!

— Estou feliz de ouvir isso. Nathan já perdeu o pai e sei que não gostaria de perder a senhora também. E espero que um dia deixe de me odiar.

Me virei para ir embora quando ela me chamou.

— Lucas! — me virei e ela estava chorando — Não quero odiá-lo, mas não consigo. Sei que é errado colocar a culpa em você quando na verdade você não é o culpado. Eu sei disso, mas meu coração parece cego quanto a essas coisas. Espero que não me odeie.

— Eu nunca te odiei, Sra Thompson. Nunca.

— Espero deixar de te odiar um dia. Você foi muito bom para meu filho quando o pai dele morreu e isso pesa muito ao seu favor.

— Obrigado.

— E mais uma coisa. Nathan não está na casa de Brian. Está na de Jess. Todas as sextas ele trás o Aaron para cá. Ele é um pai e tanto.

— Eu sei que é. Quando ele chegar, peça para ele vir me ver.

— Ele está chegando agora.

No fim da rua um carro cinza vinha lentamente. Era um carro que eu não conhecia e aquilo me causou desconforto. Ele estacionou em frente a casa de Nathan e a porta do carona se abriu.

Nathan saiu do carro como num anjo. Os cabelos dourados estavam um pouco mais curtos desde a ultima vez que o vi. Ele cresceu alguns centímetros também e seus olhos nunca estiveram tão azuis. Os traços infantis en seu rosto o haviam abandonado quase completamente. Em seu rosto havia alguns pelos que formavam sua barba rala. Seu rosto também estavam mais quadrados e alinhados. Seu corpo parecia mais forte também. Mas o sorriso que abriu ao me ver ainda era o mesmo sorriso de uma criança. Um sorriso infantil e puro capaz de fazer meu coração pulsar alucinado. Nathan. O meu lindo e amado Nathan estava se tornando um homem. Um lindo homem.

Ele caminhou pesadamente na neve como se não acreditasse que eu estivesse ali. Só se convenceu se que era eu quando chegou três paços de distancia se mim e me abraçou. Um abraço forte e carregado de saudade e carinho.

Um garoto alto, pele clara, olhos verdes e cabelo castanho esperado saiu pelo lado do motorista do carro.

— Não vai esquecer seu filho Nat!

Nathan me soltou e virou para o rapaz que sorriu.

— Está me chamando de pai relapso?

— Não. É que você por um momento esqueceu dele.

Nathan e o garoto caíram na gargalhada.

— Luke, esse é Brian. Este é Luke.

Então aquele era Brian? O garoto que eu achava estar me tomando Nathan, mas era bem pior. Ele já o tinha. Percebi isso no momento em que Nathan me abraçou ao invés de me beijarEspero que tenham gostado de mais esse capitulo e até o próximo.

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Comentários

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ESPRO QUE O NATHAN NÃO TENHA DEIXADO DE AMÁ-LO. E MUITO BOM O CONTO.

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