Nas mãos do Diabo.(2)

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1136 palavras
Data: 03/03/2014 01:39:08
Última revisão: 03/03/2014 13:00:48

Os piores pesadelos são os mais agradáveis. Que nos envolvem de um jeito tão gostoso que quando descobrimos a verdade não nos importamos e ficamos parados vendo o mundo ao redor ser destruído.

Nas mãos do Diabo.

Segundo episódio.

Halls não está gostando nem um pouco de como seu namorado o olha. Desde a noite passada não houve dialogo entre os dois. Ambos sentem que o fim da relação chegou. Só estão tentando descobrir quem vai ter coragem de começar a dizer a verdade.

Em sua ultima viagem, Halls descobriu que o amor que sentia por João não era mais quem uma forte paixão. Que o tempo tratou de jogar uma pedra em cima. Seu semblante agora mostra com todas as letras que não dá mais.

— Eu tenho que te contar uma coisa — lá vem à bomba. Só espero que Halls conte rápido, pois está chegando uma visita muito próxima de João. — Eu...

Não dá mais tempo Halls. Agora é a vez de João colocar as cartas na mesa. Ou melhor, a carta.

— Eu também tenho algo para lhe falar — diz o namorado solitário caminhando até a porta. Depois de ouvir a segunda batida ele a abre. Para sua “namorada” entrar.

— João quem é ela? — pergunta Halls depois de ver o glorioso beijo que a fulana deu em seu namorado. Os dois não se soltam, nem quando Halls ameaça partir para cima.

Secret se prepara para mais um café da manhã em sua cobertura. Há comida para dez pessoas sobre uma mesa, mas ele olha como se não tivesse nada. Seu apetite foi embora quando Halls lhe deu as costas. Agora seu desejo é de ter o cara que o esnobou em suas mãos.

Segurando seu copo de uísque, Secret observa passivamente B8 se aproximar da mesa. Sem se sentar, B8 lhe entrega um envelope cor de mel. A espessura é grande, o que significa que: ali a quase tudo sobre a vida de Halls e quem o cerca.

— O senhor vai gostar de saber em que situação ele se encontra — diz B8 com um sorriso sem a menor graça. Nunca teve muita diversão na desgraça dos outros. Sem dizer mais nada o detetive se retira da varanda.

Antes de abrir o envelope, Secret vira o copo e toma todo o liquido. Com uma sobrancelha em pé, ele bate a unha na pequena cola que está na borda.

— Evan Halls — ele começa a ler, e sorri por ver que Halls não mentiu sobre seu nome. — Vinte e três anos. Formou-se na Universidade Internacional da Flórida. Atualmente namorando, com um porém. No período que Halls ficou nos Estados Unidos, seu namorado teve um caso com uma prostituta, por nome Luana... — Secret não precisa ler mais nada.

Deixando o dossiê sobre a mesa. Ele vai para o quarto se vestir. Procura por sua melhor roupa.

Ele sabe que uma hora ou outra Halls ira descobrir o caso e vai sair de casa. Nessa hora ele quer estar esperando por ele dentro de sua limusine, não há que resista, há?

— Eu já pedi para me soltar — fala Halls tentando sair de casa. Ele não fez nada quando descobriu o que o ex-namorado o traiu. Apenas quer sair dali e procurar um lugar para ficar. E se tudo der certo até o fim do mês ele ira lançar seu primeiro cd. Assim poderá comprar uma casa só para si.

— Olha eu e Luana já conversamos sobre isso. Ela disse que eu posso ir para a casa dela. Você não tem que sair — por um segundo, Halls hesitou e quis ficar. Mas seu orgulho falou mais alto.

— Se não me soltar agora, eu vou chamar a policia — o calcanhar de Aquiles. João não é um menino comportado, e não quer voltar para uma delegacia.

— João solta ele. Deixe-o pensar. Olha... Evan eu não quero me meter, mas você deveria fic...

— Cala a boca sua vagabunda — se soltando de João, Halls consegue dar um tapa certeiro em Luana. Aposto como deve ter doido. Os olhos de Halls tremem e o choro vem em sua garganta. Seu orgulho salva sua honra o impedindo de chorar, pegando as malas, não mexidas depois da viagem. Ele caminha até a porta.

Com o rosto queimando Luana dá um passo para trás. A marca da mão se Halls fica cada vez mais roxa. Ela quer revidar com todas as forças, mas sabe que será em vão.

— Vocês se merecem — diz Halls deixando a apartamento.

Depois de entrar no elevador, ele joga as malas para o lado e cai sentado. Nesse momento de solidão ele pode colocar tudo para fora. Com a cabeça no meio das pernas ele começa a chorar.

Ele se lembra de como tudo estava há dois dias antes da viagem para os Estados Unidos. João o levando ao restaurante e o pedindo em casamento. Aquele era o momento mais feliz que ele já vivera em sua vida. De repente ele sente o anel em seu dedo.

— Desgraçado — ele murmura olhando a esfera de ouro na palma de sua mão. O jogando contra a parede o anel volta em sua direção e para perto de sues pés. — Não vou chorar por você.

Parece que Halls se recuperou bem rápido se sua perda. Ele se levanta e limpa o rosto com a própria blusa. No lugar de dor e amor ele deixa uma sentimento extremamente poderoso. O ódio! Pelo menos o ódio não o fará chorar nem sofrer.

Quando a porta se abre ele sai como se nada tivesse acontecido.

Secret pula no banco de trás da limusine quando vê Halls sair do prédio que consta no dossiê.

— Segue — diz ele para o motorista que liga o morto.

Secret começa a seguir o rapaz que caminha com duas malas nas mãos. Logo estas ficam pesadas, e Halls faz uma pausa para descansar. O momento perfeito para oferecer uma carona.

— Precisa de ajuda — a voz de Secret faz Halls estremecer mais uma vez. Com o vidro na medida certa, ele lança um olhar estudioso para Halls.

— Não. Só estou tomando um pouco de ar — Halls nega o que imaginou ser um convite, mas...

— Não fiz uma pergunta. Você precisa de ajuda e eu vou ajuda-lo.

Ouvindo um estalo de dedos o motorista desce e pega as duas malas de Halls.

Evan pensa em negar, mas junta os pontos. 1°. Não tem para onde ir. 2°. Não consegue levar as malas nem mais um metro.

— Entre! — ordena Secret quando vê que as malas já estão guardadas.

Sem dizer nada Halls desvia do motorista que se apressa em abrir a porta para ele. Antes de subir, ele olha uma ultima vez para a casa onde imaginou criar seus filhos. Com o choro preso as lembranças, ele conclui que é melhor sair dali.

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O que Secret planeja para Halls?

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Comentários

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Com tanto que o Halls não se dê Malls pra mim tá ótimo, gostei muito do Evan Halls, confesso que torço muito por ele. Com relação à Secret... Ele me parece aquele tipico vilão charmoso, elegante e irresistivelmente cruel, resumindo: O tipo de pessoa mais perigosa que se possa ter ao lado! Gostei muito desse capítulo (até mais do que do primeiro), mantenho minha simpatia com a série, o enredo se demonstra competente e você narra tudo de uma forma bem clara e coerente (meu trabalho atual é o oposto disso rsrsrs...), amando a série "Nas mãos do diabo" e vê se posta logo o próximo capítulo, eu já quero mais - Beijos & amaços misteriosos ;)

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