Frozen - Parte 3

Um conto erótico de Um Velho Leitor
Categoria: Homossexual
Contém 1961 palavras
Data: 05/02/2014 00:13:13

- Senhor Hector, o que deseja? – Perguntou minha secretaria através do ramal.

- Ouça, quero que esse merda do Pietro venha a minha sala imediatamente! – E desliguei o mesmo. Estava espumando de raiva. Se pudesse tirava os olhos dele com as minhas próprias mãos.

~HORAS ANTES

- Bom dia seu Hector.

- Bom dia Maciel, me leve até a ACC.

O caminho foi extremamente tranqüilo. Sem congestionamento nem nada do tipo. Meu humor se ficasse um pouco melhor, estragava. Estava feliz sim, há quanto tempo não sentia isso... Uma das poucas ligações de afeto que tenho é com o Fred... O amo demais, confesso que a alguns meses atrás não falaria isso de maneira alguma mas, eu o amo, como eu amaria um irmão.

Chegando a ACC me deparei com um prédio imponente, em pleno certo da cidade com prováveis 40 andares, arquitetura extremamente futurista. Entrei e fui direto em direção aos elevadores. Sabia, ainda que vagamente, como era a empresa, já que fazia muito tempo que não vinha, desde a minha infância não pisava nesse chão.

- Senhor, o senhor não pode entrar sem se identificar! – Falou a recepcionista se dirigindo a mim.

- Querida, - Disse me virando e a olhando nos olhos – se você não sabe que eu sou, procure se informar.

Logo em seguida, voltei minha atenção ao elevador. Apertei no botão pra “chamá-lo” até o andar onde eu estava. Ouvi a recepcionista disser que chamaria a segurança. Neste instante meu bom humor se esvaiu. Sinceramente, assim que chegasse a minha sala, demitiria essa vagabunda.

- Senhor me acompanhe, por favor – Disse um segurança, estilo armário, negro, que se pôs ao meu lado. Logo em seguida, outro seu juntou a ele. Paciência, eles estão achando o que, que eu vou roubar o que é meu?!

- Não sou obrigado a acompanhar ninguém! Você sabe ao menos quem eu sou? – Disse já exaltado.

- Se você tivesse se identificado, não estaria acontecendo isso. – Falou uma voz extremamente rouca. E logo em seguida vi de quem se tratava. Um rapaz alto, bem jovem, dos cabelos castanhos e de olhos escuros.

- Quem você pensa que é pra se meter nesse assunto? – Disse já bufando. As pessoas já prestavam toda atenção a aquela cena.

- Pietro Muller, sou o diretor executivo dessa empresa! – Falou de peito inflado - Eu que devia perguntar; quem é você mesmo? – Disse me olhando da cabeça aos pés, como se eu fosse um qualquer.

Minha reação é claro foi de aproximar-me dele e falar: - Sou o novo presidente dessa empresa.

Mas o maldito sorriso de menosprezo não saia do rosto daquele estúpido.

- Sei, presidente... – Disse num tom de escárnio puro - ... que estranho, porque, ninguém foi comunicado dessa troca de cargo. E que eu saiba, Dr. Rafael não tinha a menor intenção de vender as ações dele.

- Mas vendeu. Vim aqui pra comunicar essa mudança na presidência. Acho que você sabe aonde é a sala da presidência, lhe espero lá. – Disse a ultima frase num tom de ameaça e voltei em direção ao elevador. Meu sangue fervia nas veias de tanto ódio. Essa criatura se acha a ultima bolacha do pacote.

- Senhor – Disse um dos seguranças – ainda assim preciso que o senhor se identifique formalmente.

Abri minha valise e entreguei a ele uma pagina.

- Leia, sou o novo presidente dessa joça! – O papel era uma copia autenticada do contrato que Rafael assinou.

- Perdão senhor, mas são normas, eu meus companheiros temos que segui-las...

A porta do elevador se abriu e entrei rapidamente.

- Não se preocupe. Você será poupado de ser demitido por justa causa.

As portas do elevador se fecharam, mais ainda pude ver o sorriso presunçoso daquele ser que teve a petulância de me peitar.

~FIM DO FLASHBACK

Desde que me instalei na sala estava esperando por esse maldito. Meu ódio só aumentava em relação a ele. Poucas pessoas se atreveram a me tratar do jeito que ele me tratou. E todas que o fizeram, tiveram o que mereceram...

A porta se abriu e logo desatei a falar:

- Você pensa que está lidando com quem? Me faz ficar esperand---

- Nossa, eu pensava que você tinha se tornando um homem forte e não bronco.

Não, caros leitores, quem estava a minha frente não era o Hector... Era o pai de Fred, Raul. Mas pra mim, é como um tio. Explicando brevemente: Raul e Rafael eram grandes amigos, conheciam-se desde a infância assim como eu e Fred. Porém algumas coisas aconteceram e eles nunca mais se falaram, a não ser quando era necessário.

- Tio Raul, como o senhor anda?

- Com as pernas meu filho.

- Sempre bem humorado – Disse eu. Raul sempre conseguia me arrancar um sorriso.

- Meu filho, eu não lhe vejo há tanto tempo. Soube que você conseguiu o que tanto queria. – Disse ele sentando-se na poltrona que ficava ao lado oposto ao meu na grande mesa de acrílico. Logo em seguida, passou as mãos nos próprios cabelos que já estavam denunciando-lhe a idade.

- Consegui sim, ou o senhor acha que “papai” me deixaria ficar brincando de presidente na sala dele – E logo em seguida sorri.

- Claro que não! Rafael não lhe deixava brincar nem na infância... Imagina agora, que tá esse homem feito.

- É verdade, mas o que importa é o agora. Imagino até que o senhor está aqui por algum motivo. Então diga!

- Sempre muito objetivo! Queria que meu Fred fosse tão objetivo como você. Depois que ele encontrou essa tal Bárbara não quer saber de nada. Eu não vou durar muito, ele, como meu filho mais velho, tem que tomar conta dos negócios, mas não, só quer saber de fazer caridade.

- O senhor não sabe o que ta dizendo. O seu filho é um ótimo homem. Eu não presto, não sei nem como ainda sou amigo dele.

- Eu que falo que você não sabe o que esta dizendo. – Falou o Raul – Mas queria te apresentar o meu filho Felipe, ele está aqui na ACC.

Nunca cheguei a conhecer esse irmão do Fred. Lembro na época, que Fred devia ter uns nove anos. Diana, esposa do Raul, ficou grávida e a segunda maternidade não foi nada fácil pra ela. Diana chegou até a ser levada pra fora do país. A criança teve algumas complicações e teve que fazer uma serie de tratamentos lá mesmo. Um dia questionei Fred o porquê o irmão dele não morava com ele. Ele me explicou que o pai o tinha o posto num internato com quatro anos de idade e desde então nunca mais o tinha visto.

- Claro, seria um prazer. Mas... não teria como ser em outro momento? É que preciso resolver um problema que estou tendo com um funcionário.

- Claro que sim. Um almoço hoje? Que tal?

- Seria perfeito! Foi muito bom falar com o senhor.

- Também meu filho. Deixarei o endereço do restaurante com a sua secretaria.

Raul saiu pela porta e minutos depois surgir Hector.

- Você me chamou por acaso?

Meu sangue fervia novamente nas minhas veias só de olhar pra cara dele.

- Claro que sim.

- Quero saber por que fez isso. Que eu saiba não fiz nada de errado. Pelo contrario, tentei lhe ajudar...

- Olha... Pietro, né? Esse é seu nome? Na verdade não importa! Vou ser curto e grosso: Você esta demitido!

O desgraçado olhou pra mim e riu! Não foi uma risada qualquer não, ele ria de soluçar!

- Qual é a graça? – Disse irritado.

- Você é patético! – Falou ele a mim – Tente me demitir e veja o que vai acontecer com você.

Levantou-se da poltrona, ajeito o próprio blazer e saiu da sala, me deixando falando sozinho.

Esse moleque simplesmente me pegou de surpresa. Tão seguro de si, parecia até uma copia bem pior minha...

Liguei através do ramal e disse pra secretaria chamar todos os diretores e mandá-los ir à sala de reuniões, menos Pietro. Não queria, ao menos por hora, mais confusão. Quando todos estavam na sala de reunião, expliquei que agora era o dono majoritário da ACC, mas que não haveria mudança alguma no quadro de funcionáriosh10min

Estava resolvendo alguns problemas burocráticos quando lembrei que tinha marcado com meu tio o tal almoço. Conclui o que estava fazendo e peguei o cartão com a secretaria. Pedi a ela que chamasse o motorista. Vagner não demorou muito a chegar.

- Como foi o dia seu Hector? –Disse logo depois de fechar a porta do carro e dar partida.

- Foi bom.

O resto da viagem foi silenciosa. Eu estava pensativo, em quem esse Pietro confia tanto pra me peitar, porque, pra fazer isso, ele deve ter as costas quentes.

Assim que cheguei em casa, fui atrás de Fred. Cheguei até a piscina e o encontrei em uma espreguiçadeira, apenas de sunga. Estava dormindo como um anjo. A pele dele estava muito avermelhada devido ao sol que ele havia se exposto. Tive que acordá-lo.

- Fred, Fred... – Em seguida o cutuquei na região das costelas.

- Me deixa... – Disse com a voz manhosa.

- Vem, você tem que sair do sol, assim amanha não vai conseguir nem tocar na sua pele.

Depois de muita paciência, e com a ajuda de Vagner, consegui acordar-lo e o levei até o quarto. Quando queria, Fred conseguia ser bem manhoso.

Decidi não fazer nenhuma hiperprodução, afinal de contas, não iria a nenhuma balada. Pus uma calça jeans de lavagem escura, uma simples camisa de botões branca e um sapatenis.

Logo depois, dispensei os serviços do Maciel. Hoje queria dirigir um carro. Tirei o Mercedes que nem sei dizer que linha é, liguei o GPS e digitei o endereço do tal restaurante...

Chegando no restaurante, estacionei o carro e entrei no mesmo. Dirige-me a atendente e perguntei pelo nome do Raul. Fui levado até a mesa dele.

- Meu filho, já chegou?

- É, é que consegui escapar mais cedo da ACC.

- Entendo... Mil perdões, o meu Felipe já devia estar aqui.

- Não se preocupe tio. Eu nem estou com fome.

Mentira, eu estava sim. Tomara que ele não demore a chegar, pensou eu.

~TRINTA MINUTOS DEPOIS

- Bem... Hoje eu tive que fazer uma reunião com a diretoria da ACC.

Falei puxando assunto. Meu estomago a essa altura implorava por comida, mas por respeito ao Raul, continuei aturando a demora do tal Felipe.

- É mesmo? Esqueci de lhe falar, meu filho Felipe é diretor na ACC.

- Serio. Então não falei com ele. Que eu lembre não me apresentaram nenhum Felipe...

- Já sei o que houve... Olhe ali, meu filho chegou!

Olhei na direção da entrada. Meus olhos não podiam crer no que viam. O tal Felipe era o Pietro, o filha da mãe que me desafiou!

- Hector, eu te apresento o Pietro Felipe Muller. Felipe, esse é o Hector.

No rosto de Pietro surgiu um sorrisinho. Desgraçado!

- É um prazer lhe conhecer.

Falou Pietro...

Gente, eu devia ter postado ontem, mas tive alguns problemas. Esta aí mais uma parte. Como sempre quero saber a opinião de vocês. Eu não estou me prologando muito aqui porque estou cansado. Porem, agradeço a cada um de vocês: liehzinhaa, THIAGO SILVA, Geo Mateus, fabi26, chicao02, Edu19>Edu15, ofpm, Alê12, Drica Telles(ametista), Perley, Docinho21, Pyetro_Weyneth, Jimmy lucas.

Respondendo a duvidas:

chicao02: Desculpe-me se escrevo de forma complicada. Estou tentando aprimorar minha escrita. Tomarei mais cuidado com essas “cenas” de flashback.

Alê12: Obrigado. Eu queria bater um papo com você. Deixarei meu Skype ai embaixo... Abraços.

Docinho21: Oi querida, olha eu amo esse conto Adestrando Betão... Acho que já li umas 3 vezes. Acho que talvez eu faça um remake de verdade deste conto. Abraços.

Pyetro_Weyneth: (~Rindoney) Se você acha... Eu não posso falar muito senão entrego alguma coisa importante da história. Abraços e continue comentando.

Enfim, se quiserem falar comigo, por e-mail ou Skype: henriquesias@live.com

P.S.: Eu escrevi apenas cinco folhas. Eu sei, eu prometi, mas como disse, tive alguns problemas...

Abraços,

De Um Velho Leitor

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Comentários

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Nossa esse dois ai vão travar uma briga de gato e rato, mas parecer que vai surgir um romance ai, so acho, ta muito boa a historia.

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Não tem problema, só de ter postado já me alegrou, todos nós temos problemas por isso te entendemos, e to doido pra ver o sorriso sumir da cara desse Pietro.

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Cada vez mais interessante e intenso,volte logo... Abs!

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ai senhor lá vem fumaça, esses dois já vão brigar de primeira senhor...

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