Paixão Secreta | 01x20

Um conto erótico de Mike
Categoria: Homossexual
Contém 2302 palavras
Data: 03/02/2014 23:06:08
Última revisão: 29/01/2015 12:45:35

Capítulo Vinte

ACIDENTE

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Estava tonto e deitado no colo de meu pai. Olhava para cima e o teto parecia girar.

- filho! – falou meu pai alterado.

Logo atrás vieram Adam, Steve e Denny.

- me ajudem a leva-lo pra cama. – falou meu pai.

- pai – falei tonto enquanto ele me levantava e me levava de volta para o quarto. Eu ouvi passos na escada, mas não vi quem tinha chegado.

Eles me colocaram na cama e eu deitei com tudo. Eu senti algo escorrendo do meu rosto. Tinha sangue saindo do curativo.

Passei o dedo e vi o vermelho.

- Fritz ele está sangrando – falou Adam.

Olhei para a porta e Fritz entrou e se aproximou de mim.

Ele abriu meus olhos com os dedos e colocou uma luz forte nos dois.

- ele está consciente, os reflexos estão bons. Ele só forçou a ferida e por isso vou ter que tirar o curativo e verificar, pois alguns dos pontos podem ter sido abertos.

Me sentei me escorando na cabeceira e Fritz se sentou na cama e ficou de frente pra mim.

- olá rapaz – falou Fritz em alto e bom som – está me ouvindo?

Eu balancei a cabeça positivamente.

- você sabe seu nome? Se sim eu preciso que me diga voz alta.

- Mickey – falei quase sussurrando.

- ótimo, agora preciso que diga o nome das pessoas que você vê nesse quarto.

Eu olhei e fui dizendo os nomes.

- Larry, Adam, Steve, Xavier e Denny.

- muito bem – falou Fritz.

Você consegue levantar os braços e mate-los no ar por 10 segundos?

Levantei os braços deixando ele na horizontal e Fritz contou até dez e eu logo eu desci os braços.

Ele foi até minhas pernas e deu beliscões.

- ai – falei.

- ótimo. – falou Fritz. – ele tem o movimento de todos os membros – falou ele olhando para trás.

- graças a deus – falou meu pai.

- pelo visto não temos uma sequela aparente, mas não estamos livres do risco, as próximas 12 horas são de suprema importância ele precisa caminhar, conversar e o mais importante, não pode dormir.

- você entendeu? – perguntou Fritz pra mim.

- sim.

- vamos fazer de tudo para que não precisemos levar você ao hospital entendeu? Seja um rapaz obediente e não durma.

- okay – falei dando uma risada que fez minha testa doer. Duas gotas de sangue caíram no meu rosto. Era hora de fazer um curativo.

- nós temos que fazer o curativo. Pessoal eu vou precisar que vocês saiam. – falou Fritz.

- alguém pode ficar aqui comigo? – perguntei – eu tenho medo de agulhas.

- pode sim – falou Fritz – mas só uma.

- eu fico filho – falou meu pai.

- não pai – falei – eu me lembro da mamãe.

- eu até ficaria – falou Adam. – mas eu não posso ver sangue se não desmaio.

Quando ele disse isso eu vi que ele estava de costas.

- pelo amor de deus, qualquer um. – falei sentindo uma pontada na ferida.

- eu fico – falou Steve. – dando a volta na cama e se sentando ao meu lado e escorando na cabeceira.

- filho, eu liguei para o Charley e logo ele vai estar aqui. – falou meu pai antes de sair.

Fritz tirou o curativo revelando a feria.

- não – falei tremendo a voz. – não o quero dentro dessa casa pai! – a cada palavra que eu falava eu aumentava o tom da minha voz.

- ele não pode passar estresse nenhum durante esse tempo. – falou Fritz.

- tudo bem – falou meu pai confuso – eu vou ligar para ele e dizer que você está cansado.

Eles saíram e fecharam a porta.

- alguns pontos abriram – falou Fritz.

Ele se levantou e foi até a cômoda e pegou a pasta preta que ele tinha trazido e pegou uma agulha de sutura e a linha para fechar.

- Mike, infelizmente eu não vou poder colocar anestesia em você então vai doer. Vou ser bem sincero, vai doer bastante.

Eu respirei fundo quando ele disse isso.

- ainda bem que você não veio de jaleco – falei – isso me assustaria mais.

Ele se aproximou e sentou-se na cama e limpou a cicatriz e preparou a agulha. Eu estava com tanto medo que me tremia todo, meus dentes começaram a bater como se eu estivesse com muito frio.

- fica calmo – falou Fritz. – eu preciso que você se acalme e não se mecha.

- segura minha mão – falou Steve.

- conversa com ele Steve assim ele se distrai.

Ele me deu a mão e eu segurei.

- pode apertar – falou Steve – mas não se acostumando a segurar minha mão. Já fique sabendo que comigo você não tem chance

- coitado – falei sentindo a agulha entrar. Eu apertei a mão dele e gemi de dor.

- A Vanessa também veio – falou Steve – ela está lá em baixo.

- todos vocês... – dei uma pausa enquanto o ele puxava a linha – todos vocês vieram?

- sim. Você não sabe o que seu pai aprontou. Ele deixou todo mundo doido. Quando você desmaiou ele foi até você e arrancou a camisa e cobriu o corte. Ele correu aqui no seu quarto e ligou para todo mundo da sua lista. Ele ligou pra mim, pro Adam, Gray... Todo mundo. Ele ligava e perguntava se não conhecíamos um médico que atendia em casa, mas nenhum de nós sabia, até que ele ligou para Adam que ligou para o Fritz.

- ainda bem que ele não ligou para a ambulância – falei – seria pior pra mim. Ele sabe o que eu faço quando entro em um hospital.

- prontinho – falou Fritz.

- foi rápido.

Eu soltei a mão do Steve e esperei Fritz colocar outro curativo.

- pronto, agora não levanta daqui até você estar bem. Quando você não estiver mais tonto você chama um de nós para te ajudar a descer as escadas.

- obrigado – falei – obrigado por ter vindo.

- não me agradeça. É meu trabalho. E não precisa ficar com pressa que eu vá embora porque você precisa ficar em observação e como você não vai ao hospital o hospital veio até você. Preciso ficar aqui.

- me promete que não vou precisar ir para o hospital. – falei.

- você precisa fazer duas coisas: não dormir e se sentir alguma dor me dizer imediatamente. Ou do contrário vou precisar te levar ao hospital para fazer uma série de exames.

- tudo bem – respondi.

Fritz olhou no relógio e disse que viria me ver em 10 minutos.

Steve se levantou para sair.

- chama meu pai pra mim, por favor?

- tudo bem. – falou ele saindo.

- deixa a porta aberta.

Ele saiu e a porta ficou aberta.

Algum tempo depois meu pai entrou no quarto.

- o que foi filho?

- pai eu não quero mais que Charley entre nessa casa está ouvindo?

- porque filho?

- eu vou terminar o namoro com ele assim que eu vê-lo. Eu não te dizer o motivo, mas pode considerar nosso relacionamento acabado.

- tudo bem – falou meu pai – mas fique sabendo que ele é um rapaz muito bom.

- pro favor pai, não posso me estressar nem toque no nome dele perto de mim.

- tudo bem – falou ele segurando minha mão. Eu vi que ele estava com um curativo no dedo.

- aonde o senhor se cortou?

- quando eu estava na estante da sala procurando a lista telefônica eu esbarrei no anjo de vidro que sua mãe comprou o dia que nos mudamos pra cá. Eu fui recolher os cacos e acabei me cortando.

- tudo culpa minha – falei.

- não se preocupe com isso.

Fritz bateu na porta e entrou.

- vim checar como nosso garoto está – falou ele checando mais uma vez os meus reflexos. – tudo certo – falou ele, te vejo em 10 minutos.

- pai chama a Vanessa pra mim eu quero vê-la.

- tudo bem – falou meu pai saindo do quarto e logo Vanessa veio.

- oi Mike – falou ela ficando em pé.

- senta na cama, você está em casa.

Ela se sentou.

- como você está?

- estou bem melhor agora.

- obrigado por ter vindo – falei – fico feliz que tantas pessoas se importam comigo.

- eu fiquei muito preocupada, liguei para Adam e perguntei onde você morava e ele me passou o endereço.

Vanessa e eu conversamos por quase 1 hora, eu não tinha marcado, mas Fritz tinha vindo até meu quarto ver como eu estava seis vezes então foi mais ou menos isso.

- já vou descer você precisa descansar.

- chama o Xavier pra mim.

- eu chamo – falou ela saindo do quarto e descendo as escadas.

Em poucos minutos Xavier apareceu.

- oi Mike – falou ele entrando e ficando em pé.

- não se acanhe pode sentar na cama.

Ele então se sentou.

- que susto você nos passou.

- quase morro e levo todos comigo? – falei dando uma risada.

- mais ou menos isso.

- eu estou é envergonhado, o único dia… - nesse instante eu não consegui dizer mais nada. Eu tentava formar as palavras, mas elas saiam diferente. Xavier percebeu que eu não dizia nada com nada.

- o que você disse? – perguntou Xavier.

Eu respirei fundo e mais uma vez tentei falar, mas as palavras não saiam. Se eu pensava em dizer “tudo bem” minha boca dizia “casa vermelha”.

Me assustei com o que tinha dito. Era como se eu não controlasse o que queria dizer. Eu pensava nas palavras, mas não era elas que saiam.

- FRITZ! – gritou Xavier na porta.

Eu comecei a ficar com medo.

Ele veio correndo e meu pai veio atrás junto com todo mundo.

- o que aconteceu? – perguntou Fritz sentando na cama e já olhando meus reflexos.

- nós estávamos conversando e então ele começou a falar coisas sem sentido.

- quantas vezes? – perguntou Fritz.

- duas vezes. Ele começou a falar normalmente e então de repente ele dizia várias palavras sem sentido.

- Mike, você está entendendo o que eu digo? – perguntou Fritz.

Não me atrevi a dizer uma palavra com medo do que fosse sair e apenas balancei a cabeça positivamente.

- você precisa falar algo. – falou Fritz.

- eu apenas balancei a cabeça negativamente – e se eu perdesse a fala?

- eu sei que você está com medo – falou Fritz – mas isso pode acontecer não significa que você não vai conseguir conversar normalmente. Existe uma parte do cérebro que é responsável pela dicção das palavras, é mais provável que tenha sido só um choque. É normal isso acontecer em casos de pancadas no crânio.

- você sempre diz uma frase quando está se sentindo com medo de fazer algo, qual é ela? – perguntou meu pai.

- sempre faça aquilo que te dá mais medo – falei.

- diga outra vez – falou Fritz.

- sempre faça aquilo que te dá mais medo. – falei outra vez sem erros e dei um sorrido. – ainda bem.

- eu não te disse? A pancada foi forte é normal isso acontecer, eu trabalho com muitas crianças eu já vi casos de perda da visão temporariamente, perda do movimento de um dos braços e até pessoas que não conseguem segurar a urina e fazem na roupa.

- ainda bem que não fiquei com esse.

- diga mais algumas coisas só para eu ter certeza.

- tudo bem – falei.

- me fale algo sobre você? – falou Fritz

- não sei o que dizer. Além do fato de eu ser o garoto mais azarado do mundo.

- cante alguma coisa pra mim. – falou ele – uma música que tenha aprendido a letra recentemente.

Cantei um trecho de “Moon River” de Louis Armstrong.

- ainda bem que você não é cantor – falou Steve em tom de brincadeira. Todos deram boas risadas.

Todos riram e Fritz rindo disse que não precisaria mais cantar.

- vou precisar que façam algo por mim, preciso que fiquem conversando com ele o tempo todo e que observem o comportamento dele. Se ele começar a dizer algo e parar de repente ou então esquecer o que estava falando.

- tudo bem – responderam todos.

- eu fico aqui com ele – falou Denny.

Todos saíram e Denny se sentou na cama.

- você está melhor?

- estou sim. Desculpa ter que ficar acordado em uma noite de domingo.

- sem problemas. – falou Denny.

- Denny eu preciso contar uma coisa séria pra você.

- o que é?

- fecha a porta do quarto, por favor, e tranque.

- o que foi?

- liga meu computador e abre um programa chamado Camera TSG. Eu coloquei umas câmeras escondidas na casa.

- você está me assustando – falou ele indo até o computador e ligando ele.

- quando abrir o programa clique na barra azul e vão aparecer quatro telas. As imagens estão salvas é só clicar em play.

O computador ligou e ele abriu o programa e fez o que eu orientei e logo o filme começou a passar.

- você escondeu câmeras na casa toda? – perguntou ele vendo as filmagens.

- só na cozinha, na sala e no quarto do meu pai.

- que dia é esse? – perguntou Denny assistindo ao Charley chegando e meu pai o recebendo.

- sexta-feira passada. Eu estava trabalhando.

Avança até a hora em que eles bebem.

Denny avançou e ficou assistindo atento. Então chegou a cena que Charley via a cozinha pegar a cerveja.

O filme passava e eu via a cara de Denny.

- Mike... isso é uma piada? – perguntou Denny quando Charley tirou a roupa do meu pai.

- não – falei limpando lágrimas que caiam dos meu olhos – infelizmente essas filmagens são reais.

Ele continuou assistindo até que não conseguiu mais e desligou.

- não consigo assistir mais isso – falou Denny – Mike, seu pai sabe disso?

- não – falei engolindo e limpando os olhos para que não ficassem vermelhos.

- o que você vai fazer? Você tem que levar isso a policia.

- não posso – falei – não posso fazer isso.

- eu estou chocado Mike. Estou horrorizado com isso. Você não pode deixar isso passar. Ele poderia ter matado seu pai com aqueles remédios e com a bebida.

- eu sei – falei – você não acha que tudo isso passou por minha cabeça? O pior é que eu pensei que Charley estava tendo um caso com meu pai.

- então foi isso que aconteceu aquele dia que me ligou chorando?

- foi.

- Mike ele precisa pagar pelo que fez.

- eu estou pensando em algo e quero sua opinião – falei.

Ele então deu a volta na cama e se sentou meu lado. E eu comecei a explicar o que faria.

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Comentários

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Cara gosto da forma como escrece, mas vc coloca ele muito no centro de tudo. Como se tudo no mundo fosse ao redor dele e isso fica chato as vezes. Acho q pode melhorar

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