Um amor diferente do habitual Cap.5

Um conto erótico de heterogay
Categoria: Homossexual
Contém 1381 palavras
Data: 24/02/2014 21:09:55

Cap.5

- Você só pode estar brincando com a minha cara né Luiz

- Não, eu não estou brincando com você Danilo. Eu não sei o que houve comigo, mas eu me apaixonei por você.

Me levantei, e minha cabeça foi a mil. Eu não sabia o que fazer, eu não sabia o que pensar. Eu não sabia como agir. Parecia que eu estava prestes a explodir, de tanta pressão. Mas não foi o que aconteceu. A única reação que eu tive foi me afastar, mesmo sabendo que eu também estava apaixonado por ele. Meu instisto machista me fez afastar me dele. Em seguida eu olhei pro chão. Meu cérebro parecia estar tendo uma sobrecarga. Os meus pensamentos soavam de modo estranho. A pressão foi tanta, que de repente minha visão sumiu.

NARRADO POR LUIZ

Eu não tinha acreditado no que tinha acabado de dizer. Eu não acreditava que tinha assumido que estava apaixonado por um homem. Um homem. Ele olhava firmemente pra mim. Parecia que ele estava em conflito. Eu estava em conflito. Estava sentindo um sentimento novo, estranho, diferente, mas igual ao amor. Eu senti meu coração pular ao ve lo pela primeira vez, eu senti minhas mãos tremerem todas as vezes que tinha que cumprimenta lo, eu senti minha respiração descompassar todas as vezes que eu via um sorriso no seu rosto, eu não tinha dúvidas de que eu estava apaixonado. Mas isso me preocupava. A idéia de paixão por um homem, não era muito boa. Mas era o que estava acontecendo comigo. Pensei nisso em uma fração de segundos. Quando mal espero, vejo ele cair como uma vara no chão.

- DANILO!!!- meu coração acelerou na mesma hora que o vi cair ali- Danilo, acorda, fala comigo- coloquei a cabeça dele sobre as minhas pernas, o pulso dele estava normal. Logo me aliviei quando vi os olhos deles se mexeram. Como uma música por ai diz, só de olhar nos olhos dele, eu fiquei zen.

- O quê houve ?- ele parecia não entender nada

- Você desmaiou, quase me matou de susto.

- Eu, eu, eu preciso ir- ele se soltou de mim e levantou, mas logo pôs a mão na cabeça- ah, que dor, acho que bati a cabeça.

- Deixa eu te levar em casa

- Não, não. Tá tudo bem. Eu, eu, eu vou sozinho.

- Porquê você tá fugindo de mim-ele já estava longe, mas parou ao ouvir isso.

- Eu não sei, não tenho motivos. Eu só. .. eu não consigo me entender. Eu, não tenho o que te dizer

- Eu acho que eu fiz errado te dizendo isso né- olhei pro chão, estava triste e decepcionado

- Não- três letras que me fizeram olhar pra cima e sorrir- eu só... ah...- ele virou de costas-isso é tudo novo demais pra mim. Eu nunca... fiquei com um homem

- Nem eu

- Então você me entende.

- Eu entendo, que quando a gente ama alguém, devemos ficar com essa pessoa, não se esconder.

- Eu preciso pensar- eu cheguei mais perto

- Pensar no quê Danilo

- Nisso- ele se virou e se surpreendeu por eu estar colado a ele, ele deu um passo infalso e acabou levando nós dois pro chão.

- Você me dá um beijo

- Não s...- nem esperei ele responder. Tasquei um beijo pra ele nunca mais esquecer de mim. Ele retribuiu na hora, o que me fez ter mais certeza de que ele estava gostando de mim. Mas de repente, ele se virou, e me fez ficar embaixo dele. Continuamos a se beijar, quando ele se levantou.

- O quê estou fazendo- ele saiu correndo sem direção.

Me levantei do chão, sentindo seu perfume ainda no ar. Fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer. Acabei voltando pra casa. Mas eu já tinha certeza que aquilo não acabava ali.

NARRADO POR DANILO

O que eu tinha feito. Tinha beijado ele. Duas vezes. Será se correr tinha sido a coisa certa a fazer. Será que me afastar era o certo. Fui andando, em direção a um bar. Não conseguia parar de pensar naquele beijo em nenhum momento. Foi como um divisor de águas nessa nova fase da minha vida. Decidi ir pra um bar, beber alguma coisa. Cheguei lá, estava vazio. Apenas um senhor de uns 60 anos estava em pé bebendo. Cheguei e pedi uma cerveja e me sentei numa mesa. Lá fiquei organizando as minhas idéias. De repente, sinto uma mão no meu ombro. Olho pra trás, era o senhor de 60 anos.

- Com licença, desculpe se estou me intrometendo, mas, você não me parece bem.

- Eu estou bem- ele se sentou na minha frente e olhou sério- Não estou bem. É uma longa história.

- Parece problema com amor

- Você é mágico ?

- Não. Apenas passei por um problema amoroso, que doeu demais.

- Sinceramente, acho que você não vai gostar da minha história.

- Porquê ?

- Tem um homem no meio

- Ah, você é gay- ele riu- eu também- agora ele olhou pra mim- pode falar, eu não vou falar nada pra ninguém. Eu sou psicólogo e mantenho o segredo de consultório, mesmo a gente estando num bar.

-Bem. Dias atrás eu conheci um garoto. O nome dele é Luiz. De cara eu senti uma coisa diferente, estranha. Eu nunca havia sentido nada por homem, só amizade. Mas com ele foi diferente. Eu senti desejo, senti vontade de abraçar, de beijar, de cuidar, de dar carinho. Isso me deixou confuso. Como eu, um hetero convicto, vou sentir desejo por homem. Eu não me entendia, ainda não me entendo.

- Sim, continue

- Ficamos amigos, um dia atropelei ele por acidente, mas nada grave. Assim, acabamos ficando amigos. Estudamos na mesma faculdade, e podia falar e ver ele diariamente. E quanto mais eu descobria um jeito doce, inocente e safado ao mesmo tempo- ri- um jeito extremamente apaixonante, eu fui me apaixonando perdidamente. Mas não consigo aceitar, é novo demais, vai contra tudo o que eu aprendi. O que os outros vão dizer. Mas foi ficando cada vez mais claro que eu estou amando ele. Hoje, fui ajuda lo numa matéria de faculdade na casa dele. Na hora do almoço, quando estávamos lavando as louças, pintou um clima e de repente fui surpreendido por um beijo. Não nego que gostei, mas minha consciência, meu orgulho machista diz que eu não devo fazer isso, que devo ir contra meu coração. Passei a tarde toda querendo desembaraçar minhas idéias. A noite, estava racionando, enquanto olhava a bela lua que hoje está no céu. De repente, eu recebi uma mensagem no celular que me fez ter força de vontade pra caminhar e espairecer. Fui até uma praça e ele estava lá. Só pode ser o destino. Eu me sentei e perguntei porque ele tinha feito aquilo. Então ele fez uma revelação que mexeu comigo - ele ouvia tudo antentamente, com muito interesse - ele disse que estava apaixonado por mim. Tremi e tentei sair de perto. Mas numa aproximação dele, acabei me desequilibrando e cai. Ele caiu em cima de mim. E acabamos nos beijando duas vezes. E ai eu corri pra cá. Está sendo muito difícil lidar com esse novo sentimento, que me confunde mais que tudo.

- Deixa eu te contar uma história agora. Quando eu era novo, eu me apaixonei por um hetero. Sofri muito, pensando que ele nunca ficaria comigo, mas um dia ele me surpreendeu dizendo que estava apaixonado por mim. Eu fiquei feliz. Mas aos poucos minha mente foi mudando. As pessoas me disseram que eu devia deixa lo, e eu me preocupava muito com o que os outros pensavam. Eu então, fiz ele se afastar de mim do pior jeito possível. Contei a todos que ele era gay, disse que eu era hetero, e que nunca ficaria com um viadinho. Dentro de mim eu achava que era o melhor. Mas não foi. Eu nunca mais amei ninguém como eu amei aquele garoto uma vez. Sofri por toda a minha vida - ele estava com lágrimas nos olhos- Até hoje sofro ainda. Depois tentei procura lo, mas já era tarde demais. A família havia expulsado ele de casa. Ninguém mais teve notícias dele. E eu te dou um conselho, não faça o que eu fiz. Aceite o seu sentimento, e seja feliz. Não pense nos outros, a felicidade é sua, não dos outros. Não se negue.

Continua

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Comentários

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Sábio conselho mas será que o Dan vai segui-lo? O verdadeiro amor é cada vez mais raro nos dias de hoje. Espero que ele não demore a se resolver. Beijos & amaços apaixonantes ;)

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