@ NYC #8

Um conto erótico de Marc
Categoria: Homossexual
Contém 1204 palavras
Data: 22/02/2014 00:23:30
Última revisão: 23/02/2014 03:28:00

Voltamos para NYC, na volta eu estava feliz e Luke ainda estava bem apreensivo. Apesar de isso ser um pouco “errado” de minha parte eu estava adorando a culpa que ele vinha sentindo.

Sim, isso é egoísta, mas vou explicar: Luke estava ainda mais fofo do que costumava ser, me tratando com mais cuidado e carinho do que nunca, e aquilo estava sendo maravilhoso.

Chegamos em NYC em um final de tarde, Luke me deixou em casa e subiu com as malas, porque ele não deixava eu carregar nem uma pizza, que era pesado demais, e eu nem discutia porque no fundo eu gostava daquilo. Nos beijamos e ele foi para a casa.

A semana passou voando, eu nem vi as horas passarem. Eu e Luke saíamos bem menos, porque precisávamos ir em lugares muito reservados ou o assédio era insuportável. Fui chamado para uma reunião com a Forever 21, naquela semana, para discutirmos uma possível parceria (que não deu certo).

Na escola estava tudo normal: eu e Brigitte nos falávamos sempre, e quando não estávamos juntos trocávamos mensagens. Zac me rondava o dia todo, tentando a todo custo falar comigo, o que já estava começando a irritar.

- Que saco Zac! Não cansou ainda de ser minha sombra?

- Preciso falar com você, é sério – ele disse, meio choroso.

Antes eu já tinha caído naquela encenação de choro dele, mas agora me irritava, aquilo tudo era falso demais e eu sabia que ele fazia intencionalmente, ele queria que eu desse corda, o que não aconteceria mais. Eu erro, é claro, mas não cometo o mesmo erro repetidas vezes.

- Zac, me escute – eu disse, tentando ser o mais calmo o possível – você me conhece, sabe que eu odeio confusão, mas não quero mais você próximo a mim! Tudo o que você já fez, Luke te odeia, e eu também não tenho nenhuma simpatia.

- Mas... Por favor, me perdoa! – Zac tentava, a todo custo, me fazer acreditar nele – Eu sei que o que eu fiz foi horrível, eu sei que nunca deveria ter feito aquilo mas nunca ninguém fez o que você fez por mim!

- Para com isso! – Eu disse, tentando não ser tão censurador – Você vive cercado de meninas, qualquer uma corre atrás de você. Agora você me vem com esse papo de desprezado? Qual é!

- Não é disso que eu estou falando! – Ele veio pra cima de mim e socou a parede, fiquei bem assustado naquele momento – Essas vagabundas sempre estão atrás de mim, porque eu sou popular, porque sou o capitão do time de natação, porque eu sou bonito... – Ele saiu de cima de mim e ficou olhando para o chão – Mas nenhuma delas faria o que você fez, sem interesse, sem segundas intenções, você fez porque é bom.

Eu absolutamente não tinha o que falar, então nada falei. Zac estava de costas para mim e foi se retirando, quando estava longe me disse.

- Pena que nunca mais serei digno de sua atenção.

Aquilo mexeu comigo. É claro que eu não estava apaixonado por Zac, é claro que eu não deixaria Luke nunca mas eu entendia o que ele sentia. Ele sentia por mim o que eu sentia por Luke, e como é que eu ficaria se Luke se comportasse comigo como eu me comportava com Zac?

Apesar disso eu não podia simplesmente me tornar amigo de Zac, Luke tinha repulsa por ele, e provavelmente eu o machucaria ainda mais estando por perto, ele tinha que conseguir superar tudo isso, eu sabia que era difícil mas não seria difícil para ele. Zac era um garoto lindo, sonho de qualquer garota, ele conseguiria alguma namorada ocasionalmente.

Bem, finalmente chegou o final de semana, eu dormi na casa de Luke na sexta-feira, o pai dele me desprezava menos, o que era um alívio. No sábado Gianni ia fazer alguma coisa italiana, que nem me lembro o que era, mas ele convidou a mim e Luke, e é claro nós fomos.

Quando chegamos lá a recepção, que eu imaginei ser mais íntima, tinha por volta de 30 pessoas. Tudo bem, foi legal, eu conheci alguns artistas underground de NYC que nunca havia ouvido falar, conheci uma banda incrível do Brooklyn, foi uma noite bem interessante, acho que é por isso que nem me lembro qual foi o menu.

Convidei Luke para dormir em casa, ele disse que não poderia, tinha algumas coisas para fazer em casa, eu compreendi e ele foi para a casa. Fiquei na casa de Gianni, para ir com meu pai depois. No fim das contas ele decidiu dormir no apartamento de Gianni e eu chamei um taxi, não estava no astral de dormir no sofá.

Cheguei em casa de madrugada, subi e tomei um banho rápido para dormir. No domingo saí para comer algo na rua, encontrei alguns conhecidos, mas eu estava completamente entediado. Meu pai estava com Gianni, Luke estava ocupado e Brigitte não me atendia, tudo aquilo estava me deixando horrorizado. O CFDA estava fechado, não havia absolutamente nada para fazer, nada! Liguei para Zac Posen, perguntando se tinha algo para fazer, nada!

Ele me chamou para ir ao apartamento do namorado dele, que eles iriam beber um vinho ou algo assim, mas eu não queria ser um intruso. Agradeci o convite e recusei.

Decidi andar pelo Central Park, era ao lado da minha casa e talvez aquilo tirasse meu tédio. Adoro o Central Park, é terapêutico andar por lá, embora por vezes me deixe estressado. Vive lotado de crianças, algumas pessoas patinando, outras correndo... Apesar de tudo isso eu ia muito quando era pequeno, então aquilo, de certa forma, me dava uma sensação de acalanto.

Era final de tarde e estava escurecendo quando eu sinto uma mão no meu pescoço.

- Fica quieto e ninguém se machuca!

- Ok, pode levar o que quiser – eu disse, morrendo de medo.

Ele pegou minha carteira, celular e até o sapato que eu estava usando, eu estava morrendo de medo quando ele me deixou. Agradeci que ele não tivesse me reconhecido, talvez quisesse me sequestrar ou coisa assim, ele havia me empurrado para um lugar escuro e quando estou saindo de lá encontro com Brigitte e o menino que ela estava saindo.

- Luke, você por aqui? – Ela veio correndo me dar um abraço, quando percebeu que eu estava frio, suando e descalço – O que aconteceu?

Contei tudo o que havia acontecido, o (acompanhante?) dela me levou para a casa, eles subiram e esperaram eu me acalmar. Liguei para Luke e contei tudo o que havia acontecido e ele veio correndo me ver.

– Marc, é só eu ficar um dia longe de você que já se mete em confusão? – Ele disse, rindo e me abraçando quando fui abrir a porta.

– Não me abandona mais, por favor – eu disse, abraçando ele forte e beijando.

Aí, como o namorado de Brigitte ainda estava lá rolou aquela apresentação costumeira, e nós ficamos conversando um pouco. Decidimos sair para comer e fomos em um restaurante chinês que eu nunca havia ouvido falar, NADA convidativo, mas que tinha uma comida deliciosa, foi dica do Thomas (o namoradinho de Brigitte).

Voltamos para a casa e Luke dormiu lá comigo, me abraçando. Naquele momento eu tinha somente uma certeza: nada poderia me machucar.

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Comentários

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Teve uma confusão nos nomes mas deu pra entender certinho... como de costume, mais um ótimo capítulo! Nota 10

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Argh! A outra metade do comentário não foi: seu conto é muito bom e um dos mais bem escritos da casa! Congrats.

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Mon cher, só toma cuidado pra não confundir os nomes... por exemplo: você disse que dormiu na casa do Zac, mas claramente era a do Luke

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