O rapaz da guarita - Capítulo 29

Um conto erótico de BrunnoLemme
Categoria: Homossexual
Contém 1167 palavras
Data: 02/02/2014 22:21:50

Capítulo 29

Apesar da preocupação, os dois dias seguintes passaram tranquilamente. Eu me preparando psicologicamente prá chegada dela, que viria no final de semana, ele tentando me tranquilizar de uma maneira muito esperta : Não tocando no assunto, tentando não dar a ele a devida importância. Ou realmente não dando a ele a importância que eu dava. Sei lá.

Só sei que de certa forma funcionou. Eu "comuniquei" que aceitava a força que ele queria dar à ela, mesmo sabendo que isso não faria diferença na decisão que ele ia tomar - como ele tinha me alertado. Ele me "comunicou" que minha decisão teria sim feito a diferença, mas que estava feliz com o fato de eu confiar nele.

E assim ficamos.

Sexta Feira. Véspera da chegada. Duas da tarde e eu voltando do almoço.

Tocou meu telefone.

- Bruno?

- Não... Catatau.

- Seu bobo...

- Fala Dani... Beleza meu gatão?

- Eu tô legal, e você?

- Também. Voltando do almoço.

- Legal. Vai estar em casa que horas?

- Por volta das 7h, 7h30... Cola lá?

- Vou sim. Tava pensando em passar a noite contigo, e amanhã a gente ir cedo pegar a Ana na rodoviária. Pode ser?

- Hã... Claro. Pode sim. Te espero.

- Beijo molhado...

- Pego depois...

- Hehehe... Valeu.

Entrei no escritório e ouvi alguém me chamando...

- Bruno?

- Oi Marcão. Não te vi de manhã.

- Cheguei tarde. Tem 10 minutos?

- Claro...

Marcão era um amigão. Nos conhecíamos há mais de oito anos, antes mesmo de trabalhar juntos ali. Ele era o único que vinha acompanhando todo meu lance com Daniel, desde o início. E eu tinha aberto a atual situação com ele dois dias atrás.

Fomos até a cafeteria.

- E aí Brunão... Tô muito curioso brother... Ela já chegou?

- Amanhã Marcão... Ele acabou de ligar. Vai prá casa hoje e amanhã a gente vai pegá-la na rodoviária. Seja o que Deus quiser...

- Já sabe em cara... Como te falei, fica esperto. Confio na sua intuição e confio no Daniel, mas fica bem esperto com ela. Não dá mole não...

- Fácil falar cara. Vou ter que sondar, tentar ver como a coisa anda, como ela vem. Tenho que me segurar velho, prá que ele não fique decepcionado comigo...

- Tá certo... Mas não engole tudo não. E me deixa a par do que rolar, hein ?

- Pode deixar velho. Valeu mesmo pela força.

Dei um abraço forte.

- E aproveita hoje a noite, ok ?

- Hehehe... pode deixar. Quer participar?

- Sai fora cara... Ainda não evoluí tanto assim...

Rimos juntos. Marcão era o hétero mais friendly que eu conhecia. E um parceirão prá toda hora. Nos despedimos e fomos cada um pro seu andar.

O dia passou rápido e consegui não pensar no assunto, nem no dia seguinte. Cheguei em casa, liguei o som e me larguei no sofá. Eu queria esperá-lo pro banho, e tava com preguiça de cozinhar. Pedia uma pizza e tudo beleza.

19h20 ele chegou, exalando aquela masculinidade e energia que me fascinavam tanto. O recebi com um beijo franco, e o convidei prá nos banharmos juntos...

- Ai, mas que delícia... Tava com tanta saudade do seu corpo cara...

- Só do meu corpo?

- Só não. Mas confesso que com MAIS saudade dele que da sua mente...

- Você...

- Acha ruim ?

- Nem um pouco... Vem...

Nos despimos sem pressa, devorando-nos a cada movimento. E reservando todo o tesão acumulado para o que viria a seguir...

Eu acabei de tirar minha roupa, e me sentei no sofá, esperando por ele que ia mais devagar, parando às vezes prá me olhar. Ele terminou de se despir, se levantou e veio até mim. Sentou-se no meu colo de frente prá mim, pernas abertas, segurou meu rosto e o guiou para seu tórax.

Comecei beijando seus ombros, descendo pelo peitoral, agasalhando seus mamilos com a boca faminta. Minhas mãos desciam pelas suas costas, sua cintura, parando e apertando sua bunda linda. Ele se contorcia de olhos fechados, gemendo baixinho...

Aqueles mamilos na minha boca me fizeram lembrar Ígor...

Fomos nos inclinando, nos apertando e em segundos estávamos no chão. Eu recostado no sofá e ele descendo com seus lábios pelo meu corpo, até chegar em minha virilha. Lambia minha cintura, as minhas coxas, engoliu minhas bolas, segurou meu pau e batia uma punheta forte enquanto subia e descia com a língua pela base toda...

- Cara... que caralho lindo. E é meu...

- Tava com saudade?

- Muita cara. Sonho com ele todos os dias...

- Não precisa sonhar velho... Ele tá aqui. É real.

- Tô vendo cara... muito real.

Me deixei largar ali no chão, enquanto ele se dedicava ao meu cacete com destreza, carinho, cuidado e paciência. Era uma delícia vê-lo tendo tanto prazer em me dar prazer.O meu prazer era maior com o dele. Um círculo vicioso de necessidade de contentar um ao outro. Queria retribuir embora parecesse não ser necessário...

Apesar da vontade de ser egoísta e simplesmente aproveitar o momento, essa vontade foi maior...Desci com minhas mãos pelas suas costas, me inclinei e consegui alcançar seu pau com minha boca. Engoli tentando levar no mesmo rítmo, e com a mão explorava outros cantos de seu corpo.

Ele demonstrou satisfação. Reagiu. Contorceu-se. Abriu-se. Gemeu...

- Ahahahah... Continua...

Continuei. Até explodirmos juntos num gozo que parecia querer nos brindar com força para encarar tudo o que cruzasse nosso caminho.

E o banho a seguir, juntos, lavou minha alma.

Refrescou minha cabeça.

Eu estava pronto.

Era 6:20 da manhã. E lá estávamos nós esperando por Ana na rodoviária. Ela chegou com uma mala até que pequena para uma mulher que estava disposta a ficar. Estava bonita, ela era bonita. Daniel a recebeu com um beijo no rosto, tímido mas receptivo. Ela veio até mim e me cumprimentou. Não consegui notar nada em seu olhar, em seu jeito. Nem raiva, nem ciúme, nem mágoa, nem indiferença... Nada.

- Bom dia meninos. Poxa, valeu pelo trabalho de vir até aqui...

- Nada Ana. Agradece ao Bruno que levantou mais cedo prá vir comigo...

Ele me olhou com um sorriso aberto, e me abraçou de lado.

Ela sorriu.

- Valeu Bruno. Obrigada mesmo.

- Que isso. Bem vinda.

- Obrigada.

- Bom gente, vamos loguinho pois quero deixá-los em casa e tenho que correr pro trabalho.

- Ah, Bruno. Você vai tomar café com a gente ao menos...

- Dani, posso engolir o café, e olhe lá... A gente se encontra à noite. Eu apareço lá.

CLARO que eu ia aparecer... Ia marcar presença prá que ela notasse que eu não estava brincando.

Fomos pro carro. Como que para enfatizar a situação, ele abriu a porta de trás, convidou-a a entrar, fechou-a educadamente e foi se sentar comigo na frente.

Mãos na minha coxa. Falando com ela pelo retrovisor...

- Foi tudo ok de viagem?

- Hãhã... E vcs, tudo bem ?

- Tudo em paz.

- Que bom.

- É...

Silêncio. Desconforto...

- E você Ana - não resisti - quais seus planos? Já tem alguma ideia....?

- Ah, já sim. Faço questão de te contar à noite Bruno...

- Legal

Foi a primeira vez que pesquei em suas palavras e em seu tom de voz que sim, eu teria problemas...

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Comentários

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Espero que eu esteja enganado sobre essa mulher! Tava demorando aparecer gente chata... aff!

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