Meu Verdadeiro Amor

Um conto erótico de Carlos
Categoria: Homossexual
Contém 1138 palavras
Data: 02/01/2014 13:02:11
Assuntos: Gay, Homossexual

Prólogo

Nossa... Hoje é o grande dia. Minha paixão, meu amor, minha vida vai chegar hoje. Nós vamos nos encontrar...

Nunca fui o tipo de pessoa que abominasse uma relação homo. Sempre tive a mente aberta para assuntos como esse. Qual é o problema de duas pessoas do mesmo sexo se amar? Nenhum. Não interessa a forma que se ama, desde que se ama. Claro. Não podemos achar algo normal, um adulto ‘’ama’’ uma criança. É nojento. Não pelo fato da criança, mas sim do adulto. Isso sim é algo abominável. Medonho. Monstruoso. Detestável.

Eu não sei por que á muito igrejas que incentivam mais ainda o preconceito contra os homossexuais. Na própria bíblia diz: ‘’ Amarás o teu próximo como a ti mesmo’’ (Matheus 22:39). Eles fazem totalmente o ao contrário no que consta na bíblia. Pelo menos nessa parte sim. Eles são pecadores assim como todos nós. Não é porque eu amo um homem que sou mais pecador que ele. Não mesmo. Perante Deus, somos todos iguais.

O pior de tudo é quando o preconceito está na sua casa. É muito complicada esta situação, se torna muito mais difícil. Minha mãe é missionária e meu pai pastor. Eles descobriram á pouco tempo sobre minha sexualidade. Imagina como deve ser. Sofri bastante com eles no meu pé.

Mesmo com tantos problemas, meu amor mostrou ser forte. Durante todo esse tempo enfrentei pessoas dizendo que isso era ruim, era pecado, que não gostava do meu amor pelo meu irmão e tudo mais. Tive amores ruins, ou péssimos, que não deram certos. Mas o meu amor de agora tem tudo para dar certo.

Outra coisa que eu nunca imaginaria. Amar meu próprio irmão. Isso soa um pouco estranho. Mas é fato. Eu amo meu irmão. Com o passar do tempo fui entendendo mais sobre o amor que sentia. Foi algo inesperado que passamos juntos. Eu e ele.

Hoje será meu grande dia.

-Carlos cara, tu está viajando? Estou te chamando a mó tempão.– Ahhh... Esse é meu melhor amigo. O Edu. Ele sempre mostrou ser fiel. Um ótimo amigo. Aquele que posso chamar de irmão. Eu o conheço desde pequeno e assim estamos juntos até hoje. Sempre me tirava dos problemas em que eu me metia. Muitos pensavam que eu e ele tivemos algo, mas era apenas amizade mesmo. Nossa amizade é bem forte mesmo. Se a gente já brigou? Lógico. Mas não conseguíamos ficar nem uma hora sem se falar. Ele vivia lá em casa ou eu na dele.

Não sei o que aconteceu, mas minha mãe havia me mandando voltar para cá. Morar com meu irmão. E Edu? Veio junto, claro. Esse será meu ultimo ano de escola. Vou me tornar adulto oficialmente, as obrigações começarão a pesar.

-Mano foi mal. Estava pensando, como sempre. Mas e ai? Animado pra hoje a noite?

-Claro velho. Vamos tomar banho, estamos fedendo. Você está horrível.

-Edu não exagera! –Exclamei. –Vamos comer algo. Estou morrendo de fome. Sabe quem vai chamar para o baile da escola?

-Ainda não, cara. A situação está difícil.

Edu sempre mostrou ser fiel a qualquer um. Desde quando o conheço, ele pegou poucas meninas ou caras. Ele nunca namorou. Uma coisa que eu sempre estranhei, é que ele não é feio. Para dizer a verdade, ele é lindo. Corpo de academia, alto, olhos cinza, moreno claro, cabelo moicano, voltado mais pra punk, é azul, sua voz é doce. Combina muito com ele.

-Edu que difícil, o quê? Tem uma penca de mina ou cara, dando em cima de você. Você que sempre se faz do difícil. Os outros vão pensar que tu é purpurina.

-Adivinha quem eu vi ontem? –Ele fez uma cara de mau. Meu Deus, não!- Isso mesmo quem você pensou, ele não vai deixar barato com o que você fez, Carlos. Ele é do mau. Sinto que alguma coisa ele vai apronta pro seu lado, não vai parar de te perturbar até ver que você perder.

Edu tem razão. Antonio é um psicopata maníaco metido a maluco. Eu ficava com ele, mas ele nunca saia do meu pé, o tempo todo. Ele é um mala sem alça. Bom, devido a mim ele saiu da marinha. Não sei como está a situação dele no momento. Eu sinto que o mais rápido possível ele vai voltar.

-Todo esse tempo que estamos aqui, fiz poucos amigos e mais inimigos. Sério cara. E você como sempre se deu bem com todos. –Fiz uma pequena pausa, para me lembra dos acontecimentos... - Mas eu não ligo, sempre tive quem eu queria ao meu lado. Esse alguém é você.

-Valeu manim. Se ele voltar o que faremos? É que...

-Eu farei! –Corrigir ele num tom de brando- O meu problema é ele. Eu sei me defender. Você tem aquela loira oxigenada metida a patricinha maníaca, meu Deus outra na lista de inimigas. –Eu fiz uma careta ele começou a rir.

-Ela foi caso duro. Pensar que eu e você namorávamos. Sabe que eu acho estranho nisso tudo? É que você nunca notou algo. O Antonio sempre quis lhe alerta de algo, mas o que era?

Eu parei pra pensar... Lembrei que tinha uma carta, que mandaram para mim. Estava escrito apenas isso “O mal nem sempre faz o mal, o bem nem sempre faz o bem, as aparências podem ser apenas por um tempo, as máscaras podem cair”.

-Isso é estranho. Vamos tomar café. Estou farto de tudo isso. Fico feliz que tudo teve um fim, aliás, na vida tudo tem o começo e o fim e eu acho que meu fim é esse.

Comemos...

*

*

*

-Cara se arruma logo, estamos atrasados para o casamento.

-Eu sei Edu. Para de nóia, está mais estressado do que eu. Olha que sou o noivo, hein. Vamos! Eu queria tanto meus pais no casamento, mas será algo difícil.

-Verdade, mais quem sabe que eles não vêm?

-Tem razão.

Cheguei ao local onde seria meu casamento. Eu estava lá no altar, esperando meu verdadeiro amor. Ele chegou. Veio junto a mim e ali no altar o padre começou a cerimônia.

-André Meireles, você aceita Carlos Meireles como seu marido e fiel amigo, para amar e respeitar até que a morte vos separe?

-Sim eu aceito. –Disse ele, estava diferente. Seu sorriso era outro, não aquele típico sorriso de alegria, mas era bem diferente.

-Carlos Meireles, você aceita André Meireles como seu marido e fiel amigo, para amar e respeitar até que a morte vos separe. –Eu estava suando. Algo me perturbava ali.

-É...

-Não faça isso, ele é um corrupto, falso, ele quer a grana da sua empresa, seus bens. A herança de sua família foi dada a você Carlos e ele vai pegar tudo, nem mesmo tu sabia disso. –Antonio disse me disse e agora? Aceito ou não? É verdade ou mentira?

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