Paixão Secreta | 01x08

Um conto erótico de Mike
Categoria: Homossexual
Contém 2285 palavras
Data: 29/01/2014 19:33:43
Última revisão: 29/01/2015 12:17:52

Capítulo Oito

TESÃO PELO CHEFE________________________________________

D

e olhos fechados esqueci que havia um mundo a nossa volta. Sentia a respiração dele no meu pescoço e seus mãos fortes me tocando. Não conseguia descrever melhor esse momento. Parecia um sonho. Desde quando eu pensava assim sobre Adam? Não sei bem quando foi, mas eu acabei de descobrir: eu tinha tesão no meu chefe, hétero, casado com três filhos.

- eu estou sentindo seu tesão – falou ele me tirando daquele sonho. Percebi que eu estava excitado e meu pau duro pressionava nele.

- meu deus – falei levantando meu rosto tentando me afastar, mas ele não deixou.

- não se preocupe – falou ele rindo – não me importo que você tenha tesão em mim, afinal como você disse, eu sou seu tipo.

- só pra constar, eu não disse que você é meu tipo. Você disse que você é meu tipo.

- não importa o que disse, eu estou sentindo.

- eu estou muito envergonhado.

- não devia.

Nós dançamos mais um pouco e eu tentei relaxar para que a ereção fosse embora.

- você realmente não se importa?

- veja Mike – falou ele olhando para os outros casais e eu percebi que havia mais casais dançando. Um casal de homens na esquerda e um casal de mulheres na direta. – isso é mais normal do que você pensa.

- acho que tenho problemas de aceitação.

- eu acho que não.

- porque acha que não tenho?

- acho que você se aceita, só que tem vergonha de demonstração de afetos.

- eu não tenho problemas em demonstrar afeto em publico. Talvez seja porque eu tenho vergonha de estar dançando agarradinho com meu chefe, que a proposito está sentindo minha ereção.

A canção acabou exatamente quando eu disse aquilo.

- pena que acabou – falou Adam me soltando.

- pois é – falei respirando fundo.

Nós então voltamos para a mesa sem dizer uma palavra. Eu não podia evitar de estar envergonhado pelo o que tinha acontecido.

- minha vez – falou Steve.

- por favor, Steve, diz que está brincando.

- se você for bonzinho o resto da noite eu não peço.

Todos deram uma risada.

A noite continuou e eu olhei no celular e já quase uma da manhã. Adam voltou a fumar e a beber com o restante.

- Adam onde está seu irmão? – falei percebendo que Xavier não tinha chegado ainda.

- ele não pode vir. Sabe como é a vida de casado, a esposa conta nas decisões, mas eu quase ia me esquecendo, ele mandou seu presente – ele disse isso pegando um envelope no seu terno que estava pendurado na cadeira que ele estava sentado. Ele me entregou em seguida.

Eu abri o envelope e dentro tinha uma carta escrita à mão desejando feliz aniversário e junto em cheque dobrado. Eu olhei o valor e eu com as vistas um pouco embasadas afastei um pouco do rosto.

- eu devo estar vendo embasado – falei vendo o valor do cheque. – não é possível. Adam será que você não me entregou o envelope errado?

- deixe eu ver – falou Adam pegando e olhando.

Ele olhou o envelope, virou do outro lado de virou novamente para o valor.

- não, está certo, é a assinatura dele. Ele me entregou o envelope selado.

- gente será que ele está achando que eu vou processar vocês pelo o que aconteceu? – perguntei atordoado.

- o que aconteceu? – perguntou meu pai.

Nessa hora já era tarde demais para voltar atrás.

- claro que não. – falou Adam me entregando o envelope.

- desculpe, mas eu não posso aceitar- falei me recusando a pegar o envelope. – em fato eu fico até um pouco ofendido com o valor.

- que é isso – falou Adam – tenho certeza que essa não foi à intenção dele.

- então porque ele daria pra praticamente um desconhecido um valor desses?

- você não é desconhecido – falou Adam.

- sem querer ofendê-lo, mas eu não vou aceitar esse presente.

Eu peguei o envelope tirei a carta escrita à mão e dei o envelope vazio de volta para Adam.

- eu fico com a carta que foi escrita por ele, mas eu não posso e não vou aceitar esse dinheiro.

- de quanto estamos falando? – falou Vanessa pegando o cheque e olhando o valor. Ela e Steve arregalaram os olhos quando viram o valor. – nossa é realmente muito dinheiro.

Adam pegou o cheque e colocou no envelope.

- quer saber? Eu vou ligar para meu irmão pra saber dele o porquê do dinheiro, mas eu tenho certeza que ele só quis te dar um presente – falou Adam se levantando.

- pelo amor de deus, não vai acordá-lo a essa hora por causa disso.

- não tem problema – ele pegou a carteira de cigarros e o celular e saiu do restaurante.

- o que aconteceu? – perguntou meu pai.

- a gente conversa sobre isso em casa pai.

- tudo bem – falou ele tomando outro gole.

- gostou do colar? – perguntou Denny.

- eu adorei.

- eu também ia trazer um ramalhete de flores azuis, eu sei que você adora, mas eu acabei me esquecendo.

- você sabe né?

- sobre o que? – perguntou Denny.

- sobre as flores azuis? Sobre eu gostar de flores azuis?

- claro. – falou Denny - por quê?

- nada, é que eu tinha me esquecido que você sabe sobre esse assunto.

Logo Adam voltou para dentro.

- ligou para ele? – perguntei.

- sim, ele vai vir aqui.

- não acredito que você fez seu irmão vir até aqui por causa disso.

- ele se ofereceu para vir. – falou Adam.

- ele é acostumado – falou Steve – já que ele está vindo aproveita e pergunta pessoalmente o porquê do presente.

- tudo bem – respondi.

As músicas continuavam tocando a todo o vapor, parecia que a noite não tinha fim, à medida que as horas passavam ao invés do local esvaziar ele enchia. Eu dividia um Martini com meu pai.

Por volta dás 01h36min Xavier entrou no restaurante.

- boa noite para vocês - falou ele cumprimentando todos.

- boa noite – respondi apertando a mão dele meio envergonhado.

- Mike, eu queria falar com você em particular, posso? – perguntou Xavier.

Enquanto me levantava Xavier pegou o envelope com Adam e todos nós saímos do restaurante.

- eu preciso que você aceite o presente – falou Xavier.

- eu não posso. Eu não processar vocês pelo o que aconteceu, erros acontecem. Se o Hunt leu minha lista foi azar.

- Mike é claro que eu não estou te dando esse dinheiro com medo de processo, pelo amor de deus, não é isso.

- então por que esse valor no cheque? Isso é muito mais do que eu recebo em três anos.

- eu não tenho motivos pra te dar esse valor, eu apenas estou te dando um presente. Eu estou sendo sincero com você. Pode aceitar sem medo, não tem nada haver com o que aconteceu hoje.

- olha, eu não vou me sentir bem aceitando esse dinheiro, por mais que você diga que não tem nada haver se eu aceitar eu vou me sentir mal.

- Mike, eu realmente gosto de você, você é um rapaz bom e trabalhador, você merece o presente que eu estou te dando. Se você não aceitar eu vou ficar muito magoado, vai partir meu coração.

Eu olhei para o envelope e olhei nos olhos dele e depois para o envelope.

- posso te perguntar uma coisa? – falei.

- pode.

- você ouviu a conversa que eu tive com meu pai no telefone essa semana não ouviu? – perguntei.

Quinta-feira, 13h10min no estacionamento da “Partners Advocacy”.

Eu estava no horário de almoço e depois que comi algo decidi ir para o estacionamento da empresa que era um lugar quieto, pois eu precisava falar com meu pai.

Eu me sentei na escada de incêndio e disquei o número meu pai e esperei chamar.

- pai? Agora eu posso falar.

- filho, o banco ligou outra vez.

- o empréstimo que o senhor tentou fazer? Não deu certo?

- não – respondeu meu pai – eu liguei hoje e eles não aceitaram fazer o empréstimo, mas que banco faria empréstimo para um homem que está perdendo a casa? Especialmente para mim que não tenho trabalho fixo.

- eu posso fazer um empréstimo – falei.

- não vou deixar você fazer isso – falou meu pai.

- quanto tempo o banco deu para pagar?

- 1 mês para pagar pelo menos 50% da dívida

- qual o valor? – pergunteimil – respondeu meu paimil? não se preocupe, nós não vamos perder a casa eu vou pensar em algo. Eu tenho algum dinheiro no banco...

- não. Não quero que mecha no seu dinheiro, você trabalha tanto para juntá-lo. Eu é que deveria pagar essa divida. Eu é que deveria cuidar de você filho. Eu deveria ser sua rocha seu porto seguro.

- deixa de ser orgulhoso pai. Não tem jeito. Na segunda-feira eu vou pegar todo o dinheiro que eu tenho no banco, tenho mais ou menos 20 mil, deve dar pra pagar pelo menos um pouco da divida e na segunda o senhor vai ao banco conversar com eles e pede mais prazo, até lá eu arranjo com meu outro banco um empréstimo. Eu pago direitinho, tenho emprego fixo, eles devem liberar.

- prometo te pagar – falou meu pai.

- eu prometo não aceitar nenhum centavo. – respondi. – beijo pai.

Eu desliguei o telefone e fiquei pensando em como meu pai era um homem orgulhoso, mas eu iria fazer o que era certo, ele querendo ou não.

- sim. – respondeu Xavier. – me desculpe, mas eu ouvi. Eu estava descendo as escadas e ouvi você conversando.

- eu não posso aceitar esse dinheiro.

- era para o Adam te entregar esse presente em particular. Meu irmão é mesmo burro. – falou Xavier.

- é muito gentil, eu realmente agradeço, mas eu não posso aceitar.

- você vai aceitar Mike. Tem o valor que você precisa para quitar sua dívida. Não precisa ficar envergonhado. Ninguém nunca via saber o motivo por eu ter te dado esse dinheiro.

- com certeza todo mundo deve estar atordoado, pois o cheque passou de mão em mão lá dentro.

- como o Adam é idiota às vezes – falou Xavier – eu mandei ele te entregar em particular e ele praticamente exibe como se fosse um museu.

- mais um motivo para eu não aceitar.

- eles não sabem o porquê. Não interessa o que eles pensam. Aceite, eu estou te dando de todo coração.

Minha mão começou a tremer eu não queria pegar o dinheiro, mas ao mesmo tempo eu precisava.

Xavier dobrou o envelope e colocou no meu bolso.

- pronto é seu – falou ele.

- obrigado – falei caindo em lágrimas.

- que é isso, não precisa chorar – falou Xavier me abraçando.

- eu vou pagar cada centavo. – falei soluçando.

- não vai mesmo – falou Xavier – é meu presente pra você.

- você não sabe o medo que eu estava de perder a casa. O lugar aonde eu vivi toda minha vida com meu pai e minha mãe. Cada lugar naquela casa me trás uma lembrança diferente.

- não precisa se preocupar mais – falou ele afagando minhas costas.

- você precisa de uma explicação.

- não preciso de nada – falou ele me soltando e eu me afastei um pouco limpando as lágrimas.

- é o mínio que eu posso fazer. – falei. – meu pai e minha mãe sempre tiveram vontade de ter um filho e por azar do destino tanto minha mãe como o meu pai eram estéreis. Eles então decidiram adotar, afinal o sonho dos dois sempre foi terem um filho, mas eles não podiam ficar muito velhos ou nunca seriam selecionados para adoção e para facilitar essa parte eles precisavam ser muito bom financeiramente. Meu pai ficou louco tentando comprar uma casa e fez um empréstimo com um amigo de muitos anos que ele tinha. Eles combinaram a forma de pagamento e o amigo do meu pai emprestou o valor de comprar a casa. Só que dois anos depois do empréstimo o “amigo” do meu pai começou a pressioná-lo para fazer o pagamento de uma vez. E meu pai disse que pagaria como combinado. O tal amigo ameaçou a vida da minha mãe e a minha, afinal esse amigo era um agiota que devia outra pessoa.

Meu pai desesperado pela vida da minha mãe e a minha, foi ao banco e fez o empréstimo. O que um homem não faz pela família. Ele fez o empréstimo e pegou emprestado no banco e pagou tudo para o amigo. Ele pagou o banco certinho, todo o mês. Quando faltava apenas 10 mil para quitar a divida, pouco mais de 1 ano atrás, ele perdeu o emprego e como meu pai é um homem orgulhoso ele não me disse nada. Ele ficou um ano sem pagar e acabou que os 10 mil viraram 100 mil. Ele voltou a trabalhar há pouco tempo e eu só descobri essa história porque eu abri uma correspondência dele e o pressionei a me contar tudo.

- seu pai agiu certo ele fez o que foi possível pela família.

- meu pai é um home incrível, ele não me contou nada, se tivesse me contado eu teria diminuído as despesas em casa e teria pagado a divida por ele, mas meu pai é muito orgulhoso, ele não quis me contar.

- agora fica tranquilo, vai ao banco e paga a divida.

- eu vou ser grato toda a minha vida.

- não precisa.

- o que eu digo sobre o valor?

- diz que eu te entreguei o cheque errado.

- tudo bem.

- eu já vou indo – falou Xavier.

- obrigado. – falei colocando o cheque no meu bolso.

- por nada. Te vejo na segunda – falou Xavier.

- até – respondi entrando no restaurante.

Eu me sentei à mesa e expliquei para todos que Xavier tinha me dado um cheque errado, mas a verdade é que o cheque estava certo.

- foi um erro bem grotesco – falou Vanessa rindo.

- erros acontecem – falei disfarçando um sorriso e olhando no relógio que marcava 01h59min.

A noite continuava. Tinha ficado feliz pelo presente de Xavier. Ele tinha realmente me surpreendido. A noite estava sendo perfeita, mas uma coisa ainda me chateava. O fato de meu namorado não ter vindo e ainda por cima não atendia o telefone.

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Comentários

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Maravilhoso :) Quem será a paixão secreta, estou na duvida entre Adam e Stive.Continua logo.

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Amo muito suas histórias já acompanho você aqui no site à algum tempo e estou amando mas esse conto, perfeito

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