Sim, nós podemos 13

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 958 palavras
Data: 02/12/2013 14:52:04
Assuntos: Gay, Homossexual

...

- Isso tá virando mania, hein menino? - falei sem virar.

- haha, sim, parece que só te vejo quando você está de costas - falou sentando do meu lado.

- E você tá fazendo o que aqui? Ainda são 17h.

- É, mas eu decidir vir mais cedo, tava querendo pensar. Mas você se adiantou mais que eu. O que houve? Ta com cara de tristeza - falou colocando a mão nas minhas costas. Eu finalmente olhei em seus olhos, vi uma pessoa que mexia tanto comigo e ainda não entendia o porquê.

- Ah, umas paradas aí com o Carlos... - falei olhando o movimento da rua e ele tirou a mão.

- Ah sim. Acho que entendo. Quer falar sobre isso?

- Não. Eu tô aqui só esperando o que você queria me dizer primeiro - o encarei pensando que ele iria virar mas ele continuou com o olhar nos meus olhos e se virou ficando totalmente de frente pra mim.

- Eu pensei, pensei, sofri por esse amor que não teve fim e você sabe, eu estou sofrendo por sabee que você está com outro... - eu o interrompi.

- Ahhh, você sofreu, nossa! Que pena de você, "amorzinho" - fiz as aspas com as mãos.

- Deixa eu terminar, por favor? - fiz que sim com a cabeça com um sorriso de deboche - Então, eu sei que eu sou errado e como o seu namorado disse, eu perdi. Mas eu não vou desistir, eu me assumo gay pra todos, eu enfrento meus familiares, eu abandono e encaro tudo pra te ter ao meu lado. Eu só quero mais uma oportunidade, você lembra? Nós podemos - falou com lágrimas nos olhos.

Naquela hora eu não sabia o que fazer, o que pensar, eu estava olhando para aqueles olhos cor de mel que estavam com um outro brilho agora, estavam transmitindo a emoção, a sua aflição. Por um momento eu pensei em largar tudo e beija-lo, mas eu lembrei de tudo o que ele tinha feito, o quanto eu sofri e ele sofreu igual dizendo o mesmo, mas eu não poderia deixar o Carlos, eu tinha decidido ficar com ele até ele viajar, então, apenas fiz um sinal negativo e repeti as mesmas palavras que ele me disse quando eu me declarei no mesmo lugar há meses atrás: "desculpa, está na minha hora. Falou!". Me levantei e quando estava indo embora escutei: "Não faz isso comigo. Eu quero o Patrick de verdade". E realmente, aquele não era eu, estava fugindo da minha chance de falar algo que estava pensando e iria me arrepender disso, então voltei e me sentei.

- Por favor, não faz isso com nós dois. Se é o que você precisa saber... Sim, eu te amo, você poderia tentar, mas eu... Eu não corresponderia. Não agora. Se dê um tempo, arrisca em outros ou outras, mas comigo e agora, você não vai ter nada. Eu quero realmente te ver feliz, mesmo depois de tudo isso. Eu amo dois caras, um que me fez sofrer e outro que me tirou do sofrimento. Espero que você entenda a minha escolha.

- Eu não vou desistir, vou esperar, juro. Eu te amo também e quero você do meu lado, mas vou deixar você viver a sua vida. Perdão pelo os meus erros, eu tentarei ser melhor agora, por nós dois - Ele falou, se levantou, me deu um beijo na testa e foi embora, parece que os papéis se inverteram.

Fiquei um tempo olhando o mar. Essas "poucas" coisas me fazem pensar tanto, eu adoro ficar quieto olhando o céu e o mar com apenas os ventos fazendo música nos ouvidos.

Quando deu umas 19h eu fui para casa, falei com todos e meu pai continuava me observando sem falar muito. Fui tomar banho, vi o celular e tinha 5 mensagens, 2 eram do Carlos e as outras três do Marcus. Decidi ir dormir logo, não queria falar com esses dois moços que são os mais importantes da minha vida até hoje.

No outro dia eu só fui para a escola, voltei e fiquei estudando e tocando umas músicas, só pra passar o dia, não falei com nenhum dos dois. Decidi que iria passar o final de semana na casa do Carlos, ele estava precisando de um apoio e ele ainda pensava que eu estava com raiva ou triste. Arrumei minhas coisas e avisei a minha mãe, ela deixou sem questionar muito e o meu pai como sempre: calado.

Na sexta fui de tarde quase escurecendo para o apê deles. Cheguei lá, falei com o César e ele me disse que o Carlos não queria nem sair mais do quarto, que estava muito mal. Entrei no quarto e ele estava deitado de costas para a porta, fui em silêncio e me deitei atrás dele e deu um cheiro no seu pescoço. Aquele cheiro que me era tão especial, ele se virou com um sorrisão, eu o beijei muito ele ficou agarrado comigo e ficamos conversando assim, abraçados.

- Carlos, eu demorei pra falar, mas eu te amo. Acho que você devia parar de se preocupar comigo, eu tô bem. Se é com a minha felicidade que você se preocupa eu estarei feliz se você for feliz lá. Se permita para novas experiências, ta bom? Não se prenda a mim. Eu (beijo) te (beijo) amo (beijo) meu anjinho lindo.

- Amor, obrigado por tudo, eu vou tentar, sem você fica difícil, mas tentarei. Você me aliviou, pensei que nunca mais iria falar comigo.

- Deixa de ser besta e vem cá ficar abraçadinho comigo.

Dormimos de conxinha. Eu não sei o que seria de nós, nem o que aconteceria depois, mas eu aproveitaria enquanto o tinha em meus braços e lhe daria todo amor que ele precisava pra poder ir feliz.

...

Obrigado a todos por lerem, lindos. Desculpem os erros.

Abraço!

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Comentários

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tanta decisão dificil a ser tomada hein!

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Ai eu fico só na curiosidade pra saber o que vai acontecer:) muito bom :-*

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Ah cara o conto ao mesmo tempo é triste, fofo, angustiante e apaixonante.

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Nossa que difícil ter que escolher, sendo que as duas opções tem pesares tão grandes :X. Mas ainda assim fico com o coração apertado pelo Marcus. Ele merecia/merece uma segunda chance :/. Ta otimo o conto cara parabéns :)

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Quer dizer tem partes tristes e fofas como tem as partes angustiantes de ver o sofrimento de vocês e apaixonante pela verdade que tu passa com tuas palavras. Abraços.

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Ah cara o conto ao mesmo tempo é triste, fofo, angustiante e apaixonante.

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