Sim, nós podemos 17

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 1241 palavras
Data: 09/12/2013 14:39:13
Última revisão: 09/12/2013 14:41:34

...

Ficamos enrolando no apê dele até dar umas 22h, já tinha avisado para os meus primos que seria essa hora e já estavam compradas as entradas para o camarote (pena que ainda não tinha isso de "o rei do camarote", iria tirar maior onda hahaha).

Chegamos na balada, o Carlos entrava tranquilo nessas baladas porque ele tinha cara de mais velho e tinha contatos. Já estavam três primos e dois amigos de infância, apresentei todos e de entrada pedi uns três baldes de vodka e red bull. O resto do pessoal chegou e deu mais ou menos umas 14 pessoas, mulheres e homens. Foi muito foda, o que eu lembro foi que tocou de tudo e que o Carlos sumiu uma hora, mas eu nem liguei, curti muuuuito. Quando acordei já tava só de cueca na minha cama. Já tinha deixado pago uma boa parte da conta, depois os meus primos me falaram que eles fizeram uma "vaquinha" e pagaram o resto.

Acordei morrendo de dor de cabeça e fui direto pro banho, depois de fazer o que eu tinha que fazer, tomei café e etc, liguei pro Carlos que não me atendeu, pensei que ainda estava dormindo. Passou um bom tempo, já estava de tarde e eu recebi uma ligação do Marcus, aí que eu lembrei do presente dele e estava na mesa do pc mas fechado ainda.

- Alô? - disse com cara de sono e pegando o presente.

- Faaalaa, piradão. Dor de cabeça, alcoólatra?

- Um pouco né, meu chapa haha.

- Já viu meu presente? - "putz".

- Olha... - quando ia falar.

- Sabia... Mas não faz mal, tava meio que desejando isso. Vamos abrir juntos na orla?

- Agora?

- Sim, se tu puder, mano.

- Posso sim, vou pôr uma roupa aqui e te espero lá.

- Já tô aqui, saí mais cedo da escola e fiquei aqui de bobeira. Te espero no banco das lamentações ou é o banco das declarações? hahaha.

- Hahahaha tá bom, já tô chegando, espera.

- Falou, vem lindão que não ando com macho feio - falou e desligou, fiquei rindo sozinho.

Coloquei uma bermuda jeans e uma regata vermelha (lembro porque tenho uma foto desse dia kk). Saí levando o presente comigo, não era muito leve.

Cheguei e ele estava sentado de costas, sentei do seu lado e ele se espantou.

- Caaalma, menino. Se assusta fácil.

- E tem como não se assustar com essa tua cara? - disse ele rindo e voltando a se sentar.

- Ah é, moleque? Deveria ter medo de apanhar - disse dando uma gravata nele.

- Ta bom, ta bom, desculpa. Tu tá até bonitinho, inho - Rimos -. Sim, vai abrir não?

- Ah é - peguei o embrulho e abri-lo, quando vi o que era meus olhos brilharam e eu olhei pra ele com cara de besta (segundo ele) - Naaão Marcus, não acredito.

- Tu me falou uma vez que queria, tive que economizar mas é ótimo ver tua a cara de feliz.

Era um Nintendo 3ds (sim, homens e seus vícios), tinham 4 jogos juntos.

- Me dá um abraço, marquinho. Cê é foda - disse lhe abraçando, não sei quanto tempo durou mas eu me perdi naquele abraço.

- Obrigado por esse abraço e por esse sorriso.

- Para com isso, eu é que agradeço, tu me dá motivos, seu lesado - disse pondo meu braço no seu ombro em um "meio abraço" e ficamos assim um bom tempo.

Conversamos e eu paguei o nosso tradicional sorvete. Tava ficando tarde e ele disse que tinha que ir, me ofereci para deixa-lo em casa mas ele disse que seu irmão iria busca-lo. Nos despedimos com um abraço, eu sempre agradecendo, foi nessa hora que tiramos a foto, quase no pôr-so-sol.

Cheguei em casa super empolgado e feliz com o meu novo vício que esqueci de ligar para o Carlos e fui dormir sem falar com ele.

No sábado, que desde quando eu soube da viagem eram sempre passados com o Carlos, eu liguei e finalmente ele atendeu.

- Oiii, sumido - disse.

- Oi.

- Iiiih, o que eu ou tu fizemos?

- Não lembra mesmo? Vem pra cá que nós conversamos melhor.

- Eita! Vou almoçar e passo aí.

- Não, vem agora. Já fiz almoço aqui.

- Tudo bem...

Avisei a minha mãe, peguei a moto do meu irmão e fui para o apê dele. Cheguei e já fui subindo direto. Bati na porta e ele quem abriu, percebi que estava silêncio, sem pop, sem músicas, ou seja, só nós dois.

- Oi, amor! - fui dar um beijo nele e ele passou direto para fechar a porta, "vácuo" - Nossa. Vamos almoçar primeiro ou...

- Comida tá lá na cozinha, tá quente. Almoça, tô te esperando no quarto.

Tava com um puta medo, não me lembrava de nada da festa mesmo. E com medo fui almoçar porque ninguém merece DR com barriga vazia.

Terminei de comer e fiquei enrolando pensando, lavei tudo e bati no quarto dele. "Entra e fecha a porta". Putzz, que tenso. Entrei e ele estava sem camisa na mesa do pc, eu me sentei na cama atrás dele.

- Amor... - silêncio - Vamos conversar ou não? - silêncio - Olha, eu não me lembro, por favor me fala - aí ele se virou e me encarou, com um olhar de raiva mas triste e arrependido.

- Não lembra mesmo? Pra mim você estava lúcido ainda.

- Claro que não, naquele dia eu estava tudo, menos sóbrio.

- Vamos fazer você lembrar então. Depois que todos começaram a beber muito eu fiquei meio deslocado porque não tava bebendo e fui ao banheiro, um primo seu, o primeiro que já estava bebendo antes de nós chegarmos, o André, estava no banheiro também e tava muito porre... Bom, ele me encurralou e perguntou se eu curtia, lógico que eu disse que não e saí do banheiro, só que quando eu voltei não te achei. Falaram que você tinha ido pagar mais bebidas e eu fiquei rodando te procurando. Quando voltei pro camarote... Você tava se pegando pra valer com uma morena - nessa hora ele limpou as lágrimas que caíam, me sentir a pior pessoa do mundo por fazer a mesma merda que fizeram comigo, eu o entendia -, eu fiquei desnorteado, não sabia o que fazer, e... Eu... Procurei seu primo André, nós ficamos no banheiro, em uma cabine, estava começando a ficar mais intenso, foi a hora que eu saí correndo de lá, você ainda tava com a morena. Eu vim embora. Foi isso.

Eu não estava mais lá, não estava entendendo nada. Eu o traí e ele me traiu com o meu primo. Não sabia se sentia nojo de mim ou dele, mas dele não conseguiria sentir nojo, não mesmo.

- Como... Por que você fez isso? Eu não... Caralho! - falei pondo as mãos na testa.

- Lhe pergunto o mesmo.

- Pelo amor de Deus, eu estava bêbado, você não. Fez só por vingança. Tamanha criancice sua. Poxa, eu... Nossa, Carlos, que merda, com o meu primo. Eu vou indo, na boa, não mereço isso agora. Você disse que era diferente. Um me trai por aparências e outro por vingança. Sei que tenho minha parcela de culpa, não deveria ter bebido tanto, mas... Afê! Tenho que pensar melhor. Tchau - disse beijando sua cabeça (sou assim), e sem escutar mais nada fui embora.

...

E ae? Demorei pra postar porque esse findi foi meu aniversário (tuts tuts tuts), 20 anos nas costas haha.

Obrigado por lerem. Adoro quando vocês dizem que gostam, sério, fico rindo bobo kkkk. Desculpem pelos erros e demora.

Um beijo e um cheiro forte em vocês! (Mudando a despedida. Ousadia heuheu).

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Comentários

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Nossa demais. É sério teu conto é muito bom. Abraços.

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